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Resumo
1 Bolsista do CNPQ
Abstract
Wie, wenn ich aber reden msste? und dieser Sprachtrieb zu sprechen
das Kennzeichen der Eingebung der Sprache, der Wirksamkeit der
Sprache in mir ware?
Novalis, Monolog.
12 Esse ttulo aparece somente na edio Musarion; na KSA o fragmento aparece no Nachlass, sem
ttulo, como fora deixado por Nietzsche em seus cadernos.
O inferno do sentido.
1950, poca em que essa leitura teria se dado de modo mais consistente pela
primeira vez (Cf. ERIBON, 2011, p. 57), parecem razoavelmente distintos
das preocupaes historiogrficas e hermenuticas da dcada de 1970.
Nesse primeiro momento, a proximidade com a interpretao de Heidegger
e Blanchot ainda orientava Foucault a procurar em Nietzsche a questo
de uma experincia do Ser na qual a linguagem emergia quase como uma
epifania. nesse sentido iminentemente mstico que suas leituras iniciais
compartilham do horizonte no qual Bosch, Hlderlin, Novalis, Bataille e
mesmo Blanchot sero descritos em textos como a Histria da Loucura e seus
contemporneos. .O arco que os reune designa propriamente o problema
da experincia do fora e de uma linguagem que manifestaria no o tagarelar
da cultura e da histria, mas o silncio de um apocalipse. No final da
dcada de 1960, essas questes acabaro por se dissolver nos domnios do
discurso. Mas interessante notar o tom romntico e rfico de uma carta
que Foucault escrevera em 27 de abril de 1956 a Jean-Paul Aron , quando
ainda se encontrava em Uppsala, na Sucia:
Meus passeios nietzscheanos tomam caminhos cada vez mais
[patricistas?], nos confins para uma tese do delrio. Estou
imerso no corpus hermeticum, nos alquimistas e em Paracelso.
O hermetismo no sentido amplo , como possibilidade sempre
recusada, figura o inferno do pensamento ocidental (uma verdade
concebida no como geometria, mas como labirinto; um Logos puro
de toda epifania, j que ele no salvo seno no interior da cova;
um discurso, enfim, libertado de todo cuidado dialtico, j que ele
transplantado do espao da gora para as regies rigorosamente
mensuradas do segredo etc.). esse inferno que se torna, com
Nietzsche, o sol negro de uma salvao sem Paraso (citado em
ARTIRES, Ph. & BERT, J.-F. 2011, p. 71).
Referncias
Fabiano Lemos
Professor Adjunto do Departamento de Filosofia da UERJ, e-mail: fabianolemos@gmail.com
Recebido: 24/02/2015
Received: 02/24/2015
Aprovado: 30/05/2015
Approved: 05/30/2015