Você está na página 1de 14
ICADA DOS ANOS 90: BORDAGEM CRI air Penrycook Introdugo Viveros em um mundo mareado por desigualdades fundamen- tais: um mundo no qual morrem diariamente 40 mil criangas nos paises do Terceiro Mundo; onde, em quase todas as sociedades e culturas, as diferengas construidas a partir de género, raga, etnicidade, classe, idade, preferéncia sexual e outras distingSes conduzem as desigualdades opres- soras; um mundo cada vez mais ameagado pela poluigdo e pelos desastres ecoldgicos. Creio que, para compreender tas inigdidades, precisamos ir além da visdo que postula que a politica é dominio dos estados-nagao ou dos “lideres politicos” e nos perceber dentro de um conjunto de relagBes, de poder que sfo globais em sua esséncia. Apesar da importincia de levarmos em conta as relagdes intemnacionais, devemos ser cautelosos ppara nfo reduzi-las a uma descrig@o socioeconémica das forgas do as sociedades sto desigualmente turas © ideologias hegem@nicas que trmos sobre o mundo e, conseqjien idarmos esse mi sobre as possi convencido de que a aprend io manutengo dessasiniqdid as condigaes que possi m mudé-las. Assim, é dever da Lingistica Aplicada examinar a base ideolbgica do conhecimento que produzimos. Para Pi em um mundo marcado pela prosperidade compartilhada de forma desigua, pelo des. perdico, pela milcarizaeto, pela injutia, pela fomee pela doenga”( 118). Os autores sugerem, também, que 05 lingdistas aplicados inves guem as vias pela quais 0 nosso trabalho favorece as formas cade vez fisticadas da coergio acima de tudo, id Portanto, como educadore lingista aplicado, sinto que o meu projeto pessoal deva ser, sempre e sim peclagézicoe pol No presente artigo dou um passo consideravelmente pre ao tentarexplorar questdes do vamos? Ao contrrio da m Onde examos agora Par onde dos trabalhos dessa natureza, que, freqdentemente restringem-se ao est logioso po as varias realizagdes alcangadas até entdo a lacunas a serem preenchidas p aqui uma posigdo muito mais critica, Defendo a ideia de que Linguistica Aplicada poderia passar por uma reformulagao ger trabalho repensado em fun do argumento que apresenteianteionmen. famos erifentando de que os. predominantes na LingUistica Aplicada nao oferecem ¢ rico para explorar 0 carter politico da educagao de lin. sendo 0 nosso areaboug suas. O que desejo fazer, neste breve artigo, & deseo dogmas da Linguistica Aplicada para mostrar como eles dos dentro de uma concepglo de mundo mod: CConsiderando que também proponho 0 desenvolvimento dos conduzem as erticas transformadoras, tentarei mostrar como © que cchamo de pds-madernismo com prineipios pode nos ajudar a percorer, ho em direpio a Ling argumentarei a favor de uma abordagem necessidade das visOes serem aqui apresentadas de forma simplificadae supergeneralizada, acho relevante tentar elaborar uma caracterizago mais ampla da dea, Enquanto muitas outras areas das Cineias Sociais seus produtos, 0 positivismo e o estruturalismo, Esse modo de pensar acarreta uma fé persistente em uma visto de linguagem apolitica € ahistorica; em uma divisto clara entre 0 sujito e o objeto e, portanto, nna nogio da objetividade; no pensamento e na experiéncia como sendo 10 desenvolvimento de modelos e de métodos, figis aos prineipios do cientista e na testagem subseqlente da validade fe tais modelos e métodos por meios est 1ga do progresso versal do principio da racionalidade e da verdade e nas teorias que esse modo de pensar produz. Devo retomar a uma discussao sobre as criticas a essa perspectiva na proxima segio, Na presente, dedicar-me-ei a demonstrar como as visdes predominantes de linguagem e pesquisa na Lingifstica Aplicada esto vinculadas a essas crengas.? Como observou sempre, imy jams (1977), uma definigdo de linguagem é 2 ou explicitamente, uma definiglo dos seres humanos no mundo. & imprescindivel que compreendamos tanto as origens de uma determinada visto de linguagem que predominou especialmente no eidente quanto as implicagdes desta viséo para a aprendizagem e a ‘comunicagio. Devemos estar cients, primeiramente, de que a nogio de lingua que se desenvolveu na Europa estava intimamente arelada a0 desenvolvimento da questi do estado-nagdo. Como os estados emergen- tes procuravam desvincular a questdo da cidadania da Igreja efortalecer © seu dominio sobre os distntos grupos de pessoas através de nogdes de hhomogeneidade ética,o desenvolvimento da nogo dé importincia fundamental, Este construto importante no séeulo XIX com o advento da industrializago e do colonia- mo, Essa era testemunhou as tentativas de criagdo de um conceto da lingua padronizada (Crowley 1989) e a do desenvolvimento da educagio fem massa como um meio poderoso de controle social. Harris (1981) descreve o processo afirmando ( da linguagem em sua forma moderna ¢ um produto cultural da Europa pés-renascentista. Este mito reflete a psicologia politica do nacionalismo e um sistema educacional empenhado em padronizar 0 comportamento ling 9). No final do século XIX e no século XX, a Visto de linguagem, que aceita 0 con solenemente, abengoou como ciéncia A ago da versio padrio de uma 2. Devoregisnarqueesiou cent da rane diveriade eds dvestncia gue ocorem er do qn gui descrevo como um ens homoge gemini de iin 4 cero que consistia o uso correto da lingua deram lugar a uma descrigao iguas. Entretanto, como indica o estudo abrangente de 1989) sobre essas afirmagées, nfo houve de fato uma mudanga, dda preserigdo para a descrigio: “a objetifieagto da lingua (..) é uma construgdo elaborada pela histéria do estudo da linguagem na Inglaterra, | no pode ser sustentada por evidéncia..., uma construgao discur- que serve a objetivos sociais e ret6ricos especificos” (pp. 13-14).Na jalistica tem-se engajado tanto na criagio quanto na defi- verdade, a nigo de padres como acontecia na era supostamente prescr processo que, conforme apontado por Bourne (1988), aleangou seu épice ‘como sendo um inguagem tem sido a da “teoria {que os objetos, as palavras e 0s pensamentos tr cia una, Embora essa concepeo representacional tenha sido que do significado ida pelos estruturalistas que acreditavam que 0 inado pelas relagdes internas que se estabel predominante de se conceber a linguagem. De forma aniloga, Harris jona que 0 “mito da linguagem’” baseia-se em duas falécias . A primeira éa faldcia “telemental”, na qual o conhe- iinglistico € concebido como sendo uma questo de saber a vras e os pensamentos, palavras sendo, portanto, ir pensamentos de uma para outra. Para que isso seja possivel é invocada a segunda do “cédigo fixo” ou da “determinagdo”, na qual a lingua & cconcebida como sendo um cédigo fixo e consensual para que as commu pelos paradigmas estruturalistas que tém se mantido, desde Saussure, em ‘movimento pendular. As distinges por ele estab« guinada importante ;amento da lingua: privilegiando o sinerdnico as relagdes estruturais internas sobre as extemas, ¢ ‘adotando uma dicotomia entre o individuo e a sociedade. © predominio inguagem ea aquisigdo de lingua, ‘no século XX, resultou no desvinculamento desses estudos das questoes culturais ou politicas. © pensamento dualista do smo europeu, reforeado pelas di , a. uma divisto problemética entre o individuo e a sociedade, a cultura e a sociedade, e entre a cultura e a cognigo. As concepees positivistas eestruturalistas tendem a co ‘como as tinicas dreas que permitem a pesquisa objetiva, focalizando, por lum lado, o individuo em isolamento cognitive ou em comunidades de falas ideai 0 lado, deixando de reconhecer que tanto a cultura ~ como um sistema de significagao primaéria pelo qual fazemos sentido , por o do mundo ~ quanto a aprendizagem de lingua ocorrem dent relagdes de poder. Na préxima segiio proporei uma concepgao diferente de lingua- ‘gem, mas, antes disso, apontare 0 delineada acima acarreta para a LingOisti das inglistica, na sua representagio das arvores de familia ling (Nayar 1989), porexemplo, quanto a Aplicada, especialmen- te em suas politicas de planejamento linglistico (Jemudd 198 ddesenvolvide modelos de linguagem ¢ uso de lingua que refletem ‘uma visto européia do mundo do que qualquer outra rea nalmente, olegado de uma abordage ‘gem, centrada na nogdo de um individuo perspectiva essa reforgada pelo uso da psicologia cognitiva como base para a maior parte 0, deu origem is concepgées de linguagem de comunicagio, nas quais néo ha espago para se considerar questde sobre o poder ea desigualdade, Uma concepgio gua tica Aplicada levaram a uma énfase limitadora no funcionalismo e na ‘comunicagao, Essa visdo tende a reduzir a linguagem a um sistema que existe para a transmissdo de mensagem ou para fazer coisas com as palavras. O falante A codifica idéias na lingua e transmite a mensagem -modo como concebemos 0 mundo e a nés mesmos. jionados a essa vistio meramente funcio- so do conteiido e uma énfase excessiva na jua hé muito tempo tem-se 0 6, além da lingua em si, do que ia comunicativa. O ensino dé ddebatido com a questao de conteiido, mais uma aula de lingua deve tratar? Infelizmente, com a difusto do censino comunica a crenga de que, na medida em que a mensagem fosse passada de A para B, a aprendizagem poderia ocorrer. Isso favoreceu a énfase dada a toda e qualquer atividade que encorajasse um aluno a passar algum tipo de mensagem para outro. lingua, levando aprendizes de lingua. Embora isso tenha implicagdes pedagdgicas © s importantes, as implieagBes polticas também deveriam ser con- herjee (1986). sideradas, como apontou se, recusando-se a explorar aspectos p ‘gem d niogiio de acesso ao poder ycionado ao pr segundo problem: nnogo de competéncia comunicativa. Embora 0 acrés competéncias a uma concepgdo restrita de competéncia ling fa comet ints er paring ia ajudado a ampliar a nc aoeeen oso de compet Central da adequagio soci ioreiicand discu , questo ompeténcia comunicativa lades da nogto de va transmutand fixas de a o-as na transmisst 8 ixas de adequagaio. Peirce (1989) também sugeri. ee cng itt. 5 sno, tno pore come xin eno explores camo oc ings snd nto ds gates de paler domi ‘NOS Seus usos cotidianos, haere ae ‘linguagem esta sempre envolvida em questes area esaemos una vezi desenvolvendo uma pritieadeensino om acomodagao do que com acesso ao poder. impliagdes do predominio do paradigma p oe in os obsecad los por modelos e métodos. Ei 2 métodos. Em na pesquisa em te parecem estar cestudo anterior (Pennycook de forma bastan : ae a de oma ban exes, simp ds notes : no presente trabalho, “ eeeee apenas sugiro que objegdes comnts Possam sr levanadas contra prliragio de modelos de ‘Rrsiizagem de lingua. © proceso de far, de forma diagrams, o de aprendizagem e entdo prosseguir buscando testar sua idade de acordo com os m re 05 métodos > se 0 uso de modelos e de métodos como eas, isto é, como versdes tempors- g20 na literatura da ‘categorias heuristicas no-ont ‘las de conhecimento, sua can \da tem, 20 contrério, conferido-Ihes 0 estatuto de teorias comple~ 2s situagies (Nayar icadas a difere pensamento moder Provavelmente é verdade que Lingtistica Aplicada tenha orgu- ho da sua tradigo crescente de pesquisa. Por outro lado, € provavel mbém que existam bases muito mais sélidas para preocupagao que para regozijo. Em primeiro lugar, e acima de tudo, esti o problema do predominio das formas de pesquisa quanttativa e postivista, Em uma revisio de artigos da TESOL Quarterly. ing (1986) considerou ‘como sendo um desenvolvimento louvdvel o fato de que @ proporgdo das sivas mudasse de 88% ¢ 12%, sm 1970, para 39% € 61%, em 1985. Embora seja uando apropriado, melhores métodos izados, creio que é altamente celebrar-se essa dominagdo crescente da pesquisa quantitativa. Embora fa pesquisa tenha se inclinado @ concentrar-se nas provas, ¢ nlo na compreensio, 0 uso de: sticos sofisticados para tentar estabe- Em um artigo eseri Ceshsner (1979) defendeu a necessidade de uma abordagem equilibrada de pesquisa que reconhecesse nfo apenas a tradigo postivstalegislan- te, mas também uma abordagem hermenéutica. Infelizmente 0 seu cconselho nao tem sido levado em conta, uma vez que 0 rolo compressor do positivismo alcangou tamanha predomingncia nos trabalhos da Lin- sistica Aplicada, Embora as discussbes sobre pesquisa geralmente reconhegam que a pesquisa qualitativa deveria ser complementar & iva, 0 que de fato acontece & que a pesquisa qualitativa, a0 relegada a desempenhar fungdes menores: cla parece ser to Util quanto a quantitativa para definir categorias © idveis, mas ndo como um fim em si mesma. Essa desigualdade tem icagbes séras, pois a pesquisa qualitaiva tem sido ignorada, pouco rio da q 2» desenvolvida e mal compreendida, e, freqiientemente, igualada a uma concepso limitada de etnografia, a qual, como Watson-Gegeo (1988) ignora, por um lado, muitas outras possibilidades de pesquisa Apesar de, estabelecer 0 “nat (ASL) —exempl 6¢8o natural, uma ordem natural de aprendizagem e um método natural para o ensino ~ tendéncia essa marcada por uma agenda claramente anti-sala de aula e antiprofessor, a maior parte da pesquisa em ASL ainda tem pouco a dizer sobre a aprendizagem de lingua em sala de aula (Van Lier 1988). Na realidade, apesar de afirmar estar enfocando a sala de aula, a ‘com estudantes em pequenos grupos desempenhando das pelos pesquisadores. Esses experimentos limitados posi A crenga de que a aprendizagem dk (Aston jes sociolingilisticas basicas ao comparar, por padres de perguntas entre pares de individuos que nilo se iecem, com padres de perguntas entre professores e alunos na sala de aula, A pesquisa em ASL, por meio de medidas quant relagdes ndo substanciais de causa e de efeito, em situagdes, tem tratado a sala de aula ingQisticas, em vez de buscar entendé-la como um local complexo de interagio social. A produso cientifica exploradora das dinimicas so- de segunda I recebido minima atengio (no entanto, ver Holmes 1989, sobre trabalhos nessa dea). Além disso, como Nayar (1989) sugere, a maior parte da tem sido ddaquelas nas quais professores e alunos encontram-se. Isso néo seria um Jo sério, caso.a pesquisa norte-americana, com asuatendéncia, ia a0 apoio das universidades de nil estivesse expor- ndo suas descobertas como uma forma de verdade universal para 0 resto do mundo, Eupoderiaprosseguirnessa vei critica, mas sintoqueas questdes to de vista jé foram colocadas. O que estou tagdes sofridas pela maior parte plicada desenvolvido até o presente mo- agdes como sendo baseadas tanto nos mento, Caracterizei ios do modernismo, em especial na sua énfase em teorias ce universais, quanto em uma compreensio teleol6- ites tem implicagses lo inteiro, Na medida ro do paradigma modemista, nante na manutengao das tem que essas idgias esto localizadas de que tem desempenhado um papel predor desigualdades sociais e culturais, ena medida em que 0 e naneiras de conceptualizar o mundo moder- tum breve panorama do que esse pode acarretar, antes de ilustrar como no, Na proxima segio, traga pés-modemismo com principi sido incorporados em Areas relacionadas & dos dogmas que considero bisicos ite no que diz respeito as concepgbes ‘como essas concepgdes se Jocalizam dentro de uma bem especifica, Nesta segto, sgostaria de delinear aqueles que considero ser os principais desafios a0 31 Pensamento modemista e que formam uma constelago dk que ‘aqui agrupo sob a rubrica de “pés-modernismo com prineipios”: “pés- ‘moderno” porque essas visdes envolvem uma profunda reavaliagio de ddas mais cultivadas crengas da era modema; “com principios Porque meu interesse aqui & evitar incorrer no relativismo ou nos jogos de linguagem caracteristicos de uma certa produgto escrita modemnista € sustentar uma visto de pés-modernismo que leve em consideragao cireulos académicos, da qual grande parte pode ser considerada como sendo variagdes sobre um tema marxista, outros desafios eriticos con- tundentes t8m surgido recentemente e parecem estar abalando intensa profundamente a esséncia das epistemologias tradicionais. A titulo de exemplo, afirmagdes que sustentam losofia chegou ao fim vem se tomando menos raras (Baynes, Bohman e McCarthy 1986). De forma ‘mais abrangente, esses desafios podem ser agrupados sob a rubrica do Pés-modemismo, a qual, neste trabalho, adoto para incluir uma gama variada de posturasc ssonantesas vozes do feminismo emergente e as do Terceiro Mundo, Interessam-me, parti- cularmente, as formas mais radicais e politicas do pés-modernismo Presentes nos eseritos de Foucault e outros (a0 invés dos jogos de linguagem menos politicos eneontrad (5 pontos de vista femi iguais de participagao e que questionam as implicagdes da participagao desigual, na maneira em cconjunto do pensamento pat ieas, dentre as quais so mai: la est representada no vasto académico ocidental, A produgtio pés-modernista vem tentando mostrar como a acade- as tém ressaltado as tendén Uuniversalizantes do pensamento modemista, parti refere a erenga em uma forma transcendente de racions dequeal inear e ordenada tem sido questionada, especialmente no que diz respeito a sua tendéncia de manter na obscuridade as visbes alternativas de mundo e a de adotar um percurso linear e ascendente de progresso. A nog#o de um sujeito uno, racional, cartesiano, capaz de hecer a si mesmo € a outros objetos, também se tornou altamente questionével. Nao é surpreendente que esses desafios tenham suscitado sérias diividas sobre a natureza dos modos filosétficos de investigagto. 5 filésofos e, ereio eu, todos nés que buscamos compreender os alicerces de nosso trabalho num sentido mais amplo, temos enfrentado ‘um nimero considerdvel de desafios: as questdes referentes ao que ¢ local e ao que é face as alegagSes da universalidade e do fundacionalismo; a descentralizagio do sujeito eo sentido concomi- Jago ao trabalho emergente sobre 0 incons- ciente, e a respeito da forga de vontade, da economia do desejo ¢ da formagdo das subjetividades no discurso; ¢ as quest6es sobre a concep- ‘cdo modemista de representagio a de que um sujeito cognoscente pode se manter independente do mundo dos objetos —face ds implicagdes dos trabalhos de Nietzsche e Heidegger, que sugeriram que todos nds esta~ ‘mos e somos deste mundo e que no ha como saber nada fora das cas e culturais dentro das quais a cigneia © a dos métodos hhumanas, podem ser detectadas desde a Escola de Frankfurt, passando por Nietzsche e Kierkegard, as criticas pés-modernas mais recentes tém demonstrado como 0 pensamento pos autoridade sobre as éreas considera) tomamo-nos sujeites do olhar normalizador da Medicina, da Psiquiatria, assim por diante (veja, por exemplo, Foucault 1979). A critica a filosofia tem questionado as alegagdes mais fundamentais des pina: a de ela ser capaz de desenvolver uma teoria do conheci sobre qualquer base universalizével (veja, por exemplo, Baynes, Boh- man e McCarthy 1986). Essas criticas 4 modemnidade tém, entio, procu- rado mostrar como 0s modos de pensar predominantemente ocidentais, ais, sto caracteristicos de um tempo e de um ista veio @ exercer extrema jente importantes da nossa vida: disci- ¢ progressivamente mi xB lugar muito especificos e representam somente uma das muitas episte- mologias possiveis, Como apontado por Nicholson (1990), 0 pds-modemismo € o feminismo deveriam ser, de varias maneiras, aliados naturais na sua ica a0 conjunto do conhecimento moder preende, portant,

Você também pode gostar