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Hesfodo OS TRABALHOS E OS DIAS (PRIMEIRA PARTE) Introduedo, traduedo ¢ comentarios Mary de Camargo Neves Lafer 3° Btigao mumyuras ite Pen Dida por Rubens Rodigns Tors Filho ‘Thal orignal do pom: egal Hendra, Comrigt © de watt ‘Mary de Camargo Neves Later Comrise © deve ito oa laminas a Reve: (Camem Gacez Beatie Chines Compo (WS Astoria eda Lid, ION: 85-95219-22-% 1996, [EDITORA ILUMINURAS LTDA Rua Oscar Freie, 1233, (01426001 So Paulo - SP “el: (01198528284 Fax: (01282-5317 INDICE Biblioteca Polen Inteodueao Traduyao (Os mitos: comentrios 1 As dus utas 2 — Prometeu e Pandora 3 = Ascinco rapas A guisa de conclusto a 3 38 n on BIBLIOTECA POLEN ara quem nfo quer confundir rigor com rigidez, ¢férti ‘onsiderat que a filosofia nto somente uma exclusvidade ‘esse competent etrulado tkenico chamado Mésofo. Nem Ssempee ela eapresentou em plblico revestida de tras acadé- tmicos, cultivada em vveios protetores contra o perigo da re flexdo: a propria erkea da razto, de Kant, com todo o seu parato eenolégico, vsava, decaradament, libertar os obje- tor da metafisica do “"monopotio das Escola. © filosofar, desde @ antiguidade, tem acontecido na forma {de fagmentos, poems, ddlogos, carts, ensaos,confssdes, reditagbes, parodia, peripatticos pases, acompantados de infindavel coments, sempre recomerado, eat os mode Jos mais classcos de sistema (Espinosa com sua éica, Hegel, ‘om sua lia, Fichte com sua doutrina-da-iénia) sto atin ‘idos nse proprio estatutosstematico pelo paradoxo consti- tutivo que os faz vver. Essa vitalidade da filosofia, em suas ‘iltiplas formas, & denominador comum dos livros desta co- leplo, que nfo s pretende dscplinarmente filosifca, mas, jumamente, portadora dsses gr4os de antidogmatismo que Jmpedem o pensamento de enclausurar-se: um convite a liber- dade &alegria da reflex. Rubens Rodrigues Tores Filho Agradecimentos Aos meus pais, pelo firdamental. A meus immdos “Achilles, Monica, Orestes ¢ Arminda, pela amizade ¢ pela ‘Prion sauddvel do bom-hamor. A Marta Lucia, pelo cri- ‘ho pela combuvidade. Aos colepas de Grego, Anna Lia, 1, there Tora, Medina, Pla Canacate, plas ‘ensinamentos pelo apoio e, dé mado mulio especial, & Filomena, que solic ¢ slldiria, socorrewme om diversas ‘momentos da tese que esti na origem deste livre. A Maria ‘Syivia, pela atengdo culdadosae pelos pertinentes comenis- ‘hos. Ao Rubens que, atero, leu ¢ comentou, cm Sut sensi Viidede de poets, 4 minha tradugao. A carinhosa ¢ suil ‘olaborasdo de D. Betty, D. Gilda ¢ Salete. Ao trabalho Inestindvel de Dulce Femandes (in. metmorian), Nanci Femandes, Lia Palek © Adhemar Sarda’ Clara. Ao apoio ‘sempre presente da [dae do Sr. Coll. Por outros motivo, relevantes, @ Maria Licia, Rose, Bia, Lidia, Valéria, Vera e Lucia. A Insc 20 Manu, pelo rico dprendi- ado da nossa convvéncia. Ao Tlago, pelo seu doce amor € ‘ela sua contagiance energia. Por fm, sem pudor, ao Celso (que, madi-estimadante em seu conor, mesclou consincia € (enerosdade nesses anes todo. OVONGOUINI Se na Teogonia Hesiodo mostra como se organiza 0 ‘mundo dos. dewss, apescntando-nos sua genesogia, mos- ‘tando sua linhagem e como foram dstbufdor seus lots ¢ sans honras, em Os wrabathes e a das, leo moar ago Alferente: a organizacao. do tmando dos moras, apontando ‘ue origem, suas limitagtes, sous Jeveres, revelando-nos, 2° ‘sim, er que se fundamenta a prépria condigso humana, ‘Neste ensai, minha preocupesto € coment 0s elatos riticos que apareetm em Os trabathos ¢ os das e mostar ‘ome eles se intertigam e, em conjunto, do forma 0 que ‘Seria natureza humana, em oposigao dnatureza diving © 8 ‘atures animal. ‘Cabem aqui, entretanto,algumasinformasdes prvias se carder mais gra (Os ‘Erga sho traicionalnente diviidos em duas panes" primeira, que aq aduzinos e comentames, com: Dreende os 382 vertor iniciais © constitu uma eepécie Je Stcabouco miftco-cosmogénico para a segunds parte do poe: ta. Esta, por sua vez, Uata de prover conselhos pragmticos calendésios relaivos 8 agriculture c & navegnsto, além de fazer admoestagGes moras. Apesar de serem soparveis em ‘dus seqUeneins, of Erga so, como deveros slientar, 90 Su todo, 0 canto das Musas, scuhino gra, 20 poder Tastiya de Zeus, ¢0 cantor deme canto € Hesfodo, mantis: ‘mente nomeado como tal? ‘esodo viveu na Boscia, provavelments no final do se. VIII ou comeco do séc. Vil 8. C. quando esreveu este oema dirgido a0 seu imo Peres ~ como lemos na Iavo- apo ~, com quem 0 peta extava tendo um tsi apropos {o'ds visto das teas dos bens hendados dopa Estamos, ‘no, nim contexto de peenosagscultores, em uma tert easia,vivendo no 6 um periodo de crise agricola e socal ‘mas também rligiosa,conforme Marcel Deticnne outros ‘lustre elonistas®. Nio se tata, enetanto, de um tempo de trevas e obscurantimo, da “Idade Media” da Grecia, como sr styrene seen ee mei siesta eee Se eae nomena te reine cotctear ats ts 1s «querem alguns, mas sim de um perfodo extremsmentefecundo "ho qual podemos localizar grandes wansforimagdes econdai- as, Soca vligosas‘, além de nos encontarmos diane da ‘capa embriondria desta experiéncia unvca na Historia da ‘umanidade que foi a pis geea. ‘Lembremo-nos ainda de que, apesar de primo cromo- Jogicanente, Homero esté muto distante deste poet, tendo fem comum apenas 2 forma do verso épico que waza a sua I ‘gago com a tradigio da literatura oral, mas a sepaagio entre Enbos se verfica tanto na postura diane da propria fungso podtica quanto no objeto dos poemis « ands quanto 40s pblicos aos quais se diigem. Hesfodo fala de sou propio Itabalho, ode agricultor, edirige-se a um pablico bem deter- ‘minado que se compée de seu inndo, de pequenos agrculto- res de uma determinada rego da Gréca também de alguns oucos.poderosos proprictrios fundirios que habitam ¢ fazem arbitragem nos centros urbanos 1B usual fazer-se também uma sproximasio dele como profeta Amés, por compartiharem uma condo social co- um e por teem escrto-na mesma época, na Grécia e em Tizacl Bilico, espectivamente. A comparagdo, no enlanto, ‘lo € muito adequada jf que Hesiodo, antes de sero porta” Woz dot oprimidos, ¢ 0 port-vor das musas, valendo-se, ‘lid, de um reperttio eminentementeéico-ligios tanto 90 vocabulésio empregado quanto nos temas naeados. O profeta Ams se distancia dele por ser efetivamente um cantor das ‘evindicagées soiais de um povo, enguanto o nosso poeta apenas” reivindica uma praticajurdice inspirada a Jusica de" Zeus para 0 seu caso pessoal c, consequentemente, ‘anbém para scus contemporineos. & curioso lembrar que Justanente Homero, que cacreveu para uma elite © reGrou ‘as narradvas de ume tradigio arstocréica, foi aquele que Se tomou 0 "educador da Grécia™ em toda 2 sus hist , no eatanto, um dado importante e que nos ajuda a compre= fender a razio © a motivagio de Hesfodo 0 fato de ele ter ‘crit o Unico poema da tadisio grega ase inser no inet 0 qundro da Wisdomliterature wniversl de que noe fla M. Es West eer ac Press, 1978. + ima 1s ‘Aquilo que chamamos de lderatura saplencal € ite- grado por algumas obras da Iieratura nativa de mulias nage {ue seearacterizam pela preocupasto em reuniliterariamen- Perfodos de profundss crises e de conseqientes tentativas de ‘eonstrugio de sua sociedade e de seu patrimbnio moral. O fais antigo destes texios de que temos.conhecimen & tan poem sumério de 285 versos chamado "lnstrugses de Soruppak’, escrito por volta de 2500 a. C- por um sbio que tera vvido "antes Jo Divo" a0 seu filho Ziusocha. Outs Interessantes exemplos podem ser observados entre os ba- bildnios, egipcios ¢ hindus*. Na Biblia, tl como organizada ‘no periodo hlenstico, sto exemplos dc lives sapicncals 0s “Drovérbios" eo "Eclesaser™ ‘Do posto de vista temstico, entetanto, Hesiodo en- contrase' em situagio de isolamento, pois € fato que aio Inaugura nenhuma escola dentro da tradigdo helénice; € ele, porém, quem ica, na Grécia, 0 rico fllo dos poetas que fantam em primeira pessoa. De acordo com Lovie Gemet”, a situagéo desta época, em grande parte do territrio helenico, se caracteriza pelo que ‘© conhece jridicamente como um Estado de pré-Dircit. Is. {6 porque aio se pode cotender a arbitragem dos baslis* ‘como uma antcipagio da justia dos uibunais ou a de outa Instincia especiaizada em fazlla valer. Ndo nos eacoatre- ‘mos diante de um Direitoaraico, uma vez que no hé fone Jrdica autdnom, pois, como se sabe, esta Tequer uma espe- ializagio, 00 tej, 08 tbunsis auténomos que jlgam: © a frdem legal na Gréca, posteriormente a ese period, esteve Stmpre esteitamente Iigada 8 ida de justica © por isso mes- ro ents de toda ripidez formalista. Genet nos mostra ainda ‘Que na Grécia nfo howe nunca, como aconteceu em Rema, em termos apropriados, uma “Filosofia do Dire Yat pt nin mn i oe eee degen 8, pe Te indy mrp 7 4 a Cem Bp Br, Tin i ne v uma “Filosofia ds Fustica, cuja mais elaborada formula ‘nor fok led por Arist6cls em sua Etiea@ Nicdmaco€ que jf aparece detinenda na Grécia Arcaics jostament aqui em ‘Os trabathos oF dias ‘Arespeito da Invocapo as Musas no inicio do poema «para a compreensio de seu papel na mentalidade grega do perfodo chamado arcaico, sugio a leltua dos ineressantss nsaios de J. A. A. Torrano, "Musas © ser" ¢ "Musas ¢ ara finalizar esta concisa introdugéo, gostaria dedi 2zer algumas palaveas sobre minha propos de tradugio para em seguda, ensaiar em tomo das Drioridades: Paulo. Rénai, Waller ‘Benjamin, Octavio. Paz, Ezra Pound, José Paulo Paes, José Cavalcante de Souza, ILA, A, Torrano, Haroldo de Campos e Tércio Sampaio Fer. ‘a Je, ente outos. Creio que o enitro de avalagdo de uma ‘eadugio repousa na aceitago, pelo ltr, do enfoque adota- do pelo tradutor'®, Por isso vale a pena salientaralgumas de ‘minhas preocupacdes nesse campo, registrndo que o meu Gilero ¢ da abrangéacia e nlo.9 da excusdo. Ao waduzir, ‘neu compromisso estabeleceu-se tanto com o original ego, ‘Rspeitando-he a sintae, a escolha das palavas, © ritmo © ‘otras pecularidades da lingua, quanto com a Ungoa porta- fuesa, Tespeitandothe igualmente a sinaxc, seus recursos onoros e prinipalmenteo carer po6tico da taneposisso de lum texto a outro; a tradugio passa também por um certo tipo de intigdo “pottica” que me parece diffi de ser explicada, (© poem fot taduzido verso’ a verso, observando a exata twansposigdo de todas as palavra contidas no verso gre 80 Pa ‘0 verso portuguls,e Bosse sentido hd apenas poucas &x- cegées: os versos 23, 24, 249, 250, 281, Sacifiqut algumas 13 Taran. Ton arto de des ae pperen i a sige nin (Bhan anemdo do ene, Ss Pa At 18 vezes uma preferéncia sonora por uma fidelidade ao sentido ico do tero gregoe raramente tome o sentido cont ‘io, embora tivesse me preocupado com a belera a fide? 4o texto vernsculo. Minha pestura diante do leitor foi a de ‘eanspor com clareza o que asim se presenta 0 texto E80, ‘sem Gidatismos, mas evitando © quanto possvel una sian Portuguesa estanha earrevezada © me orientando pela fide dade & eta, ou melhor, ao espinito da lta. Algumnas poucas ‘otas de carter lingutico e histénco-antropoldgico acon ‘anham meu texto, que vem a sera primeira tradugto ean ver= fos para 0 veméculo de Or tabalhos e o# diat do qual 8 ‘lima tdusdo, aids muito rigorosa, embora em pros, £6 feitaem 1987 por Amzalak em Lisboa ‘taal Ez Hun Bomaeas enh (Screro um Mints day dour econ dang Grd, som Ob ‘Sip manga hananes Set spun pred pcra note ats 1 OvSnavaL EPTA KAI HMEPAI Maton Mupinte, dod Davee, tates A tretnes opty ey Spine eee pol Bg Og grote gel co Bop ce Bibs pepe tee ‘Pe ul yap Bye, a8 Bpdore ore, eta tglizie yore at Ror Bn, (ita © Bes alt lope tp Zebe beg Be Spree Baye vale, 100% te lay se, Sc Cove Stora sy by Mp Eros espe. (0 i stn Ey "Ebay yr, Ek yay la hr sp sens tore vee, A brponnsy ba 8 Beige par owe! SW et ip tay een ant By B90, exe 0 ye lt Bye, Oo dens ABavkvov Bouljouw “Epwy yx Bapatan. “Thu 8 tpn spectro yeoero NOE bpterh, ce go Kyo Zot, lips vlan reine & Higa eat tpn mel ter Treen Enger pti Bt Bor Eyer He Eeape psc se Bde Epo er. Invocagto Musas Pigrias’ que gloviais com vorsoscantos, ‘inde! Dizei Zeus vosso pai hineando, Por ele mortasigualmente desafamadose afamados, fotos ¢ ignotos #0, por praca do grande Zeus. Poisficil toma force facile fore enfraquece, —¥. 5 fii obrilhanteebscureee e o obscur sbrlbant, fei o oblique apruma eo artogante verga ‘Zeus alissonante que alssimos palios habia (uve, vé, compresnde e com justiga endiretasentengas ‘Tu! Ev a Perses® verdades quero contr v.10 As duas Litas [Ni hi origem sinica de Laas, mas sobre a terra ‘dua sio! Uma louvara quem a compreendesse, txndenivel a outa 6; em imo eiferem ambae Pois uma € guerra mie o combate amplia, funesta! Nenhum moral a preza, mas por necessidade, v.15 pelos designios dos morals, bonram a grave Lata, 7 outra nasceu primeira da Noite Tenabrosa ‘ea pds o Cronidaaltregente no éter, fs rafzes da terme para homens ela melhor. Esta desperta at indalente pars o trabalho v.20 pis um Semtedesejo de wabalho tendo visto teenage a Mn copra ‘Tens gue pur spl trl 9 ee Hae,» ge edge Soe feel ken le ink Save ete em cs, 2 ‘teu, Be ents pv Apdyeons AR gonebor eben ht A ve yt yey eter eto dyeBh 8 "Ep Bota. Ket epogeb eapopt coke ea leven chev, sal royte eye tere at Bie SoS. 2 Mig, rede ta fds Bo, eB pg cecdzepes Bo Hoes Oop Ben. tei” bei yop basen hrs ap yp © By wwe eter ope 2 ro uh Blog fen Ere ede pata pote gga Bhp dey “eo ax sopenoero veces tl Bp bang yest Menge Eat Bote, apr ove 8 Epler 9 es mpd vce tegen Sr be Ae ea Spr. “Hin te yp gor Beotge, Da enol ASgniin bpp eye eotaion Baifos Rapoport ee Beyy EOBove rkere. [Ns ot ture Bop woe fs mare, ‘A bor b pay sect dnp py Beep. Kpiperes yy Exe: Bs Blo btpbmeiee len ip sere et pas Upoomi, ee oe ary Fy et Bap Bre gd extn qa bp ceed eave, tpye Boar 8 Anda rat fiver toaep- “Mia Zaks Beppe yootveesgpel for, tr pr tame Tpogntets Aron sober’ by beipenees tore ex ep, ogc Bay 2 vote ng Tene © out rico apressado em plantar, semear € a ‘asa beneciar:o vizio Inveja so vizinho apresisdo Ss de iquoza; boa Lua para os homens esta & ‘© oleiro ao oleio cobiga, o capinteo ao capintiro, v. 25, ‘9 mendigo ao mendigoinveja «0 sedo 20 ado. G Perses! mete isto em tev anime ‘Luts malevolente teu peito do trabalho nfo afte pra ouvir querelas na dgora © elas dar ouvidos Pois pouco interesse hi em disputasediseuros v.30 pra quem em casa abundante sustento no tem armazenado fa sua estagdo: o que a tera traz, 0 tigo de Demeter. Fartado disto, fazer dsputase controversias contra bens aleios poderias. Mas no haverd segunda vez para assim agires, Decidamos agui nossa dsputa v.35 om retassentenga, que, de Zeus, sto as melhores 5d dividimos a heranga etude muito mais te apoderando levasteroubando eo fizeste também para seduzir res comedores-de-presentes, que ete Ifo querem jugar NNescios, no sabem quaito a meade vale masque 0 todo v.40 em quanta provelto hd na malvae no ssf6delo ‘Mito de Prometeu ¢ Pandora ‘Ceultorettm os deuses o vial para os homens: ‘endo comodamerse em un s6 dia tabalhiras| ra teres por um ano, podendo em io fear ‘cima da fumaca logo's lene alors Uwabalhos de boise vncansaveis mula se perder “Mas Zeus encolerizado em suas entranhas ocultou", pois fo logrado por Prometeu de curvo-traar, por isso para 0s homens tamou uses pesares: ‘Seullow 6 fogo. Ede nove o bravo filha de Japeto v.50. Seer th slereaemaneteneniieao ‘Tier stapen''s ele corto 6 do save guido em deo, =e 2s eg! dapdmoin ide map ynsdereoe Bs cal wpe abn Bla ceprctperor shy 8 yoleodyenec tpeatgn vegedneptee Zab “lanenoviy, navov még fen dS spec np ligase fas gplvesfepentions, cn bed ubys wes cal nips Lecoptroir S1C 8 fy doe op Som edn, act Brees ‘epioras etd Bop Rv nate Augers.» “fg Uer'ke 8 byaaoe ery Snip ve Beye “Hgauro 8 beavoe reply Br roe tetav Oe gop, bv pion Sep ade at lve, Mand Bei ete Be Kons seepbence ain elecEniperr andy "ABhene Tye Baotou webudlbcor tory Oguoesr a xt An gonts sep poctny “Appts at niBrbppolon sal yotdpong pelcSoves 2 5 gay ove doy eal Econo M66 “Equine Rroye, beropon“Aptepaveny. ac Ege ot Ener Al Kp Boe aten 8 x yang wor ehindg“Avguyine ‘apBlvg eldtg thew Kpenico Bd Boul {ho 8 al ebognoe Be Paved ‘AB pt Bo Xepeds ve Gel eat rérves MS Spy oct Ecce yp: pg Bch ye “Pipa ealllape orton den lapse ‘nh io pt eben lppguce Mal ABhon- bv 8 Bye ok ocean Boye “Apetgbrens roubou-o do tramante Zeus para os homens moras fem ecaférula®,dissimulando-o de Zeus fra raios Eno encolerzado disse agrega-nuvens Zeus: “Filho de Jépeto, sobre todeshabil em tuas amas, saprazte fata ofogo faudando-me as entanhas;—v. SS {rande praga para para os homens vindouros! ara estes em lugar do Togo eu darel un male {odos se aleprarto no ino, mimando muito este mal Disse assim e gargaliou o pal dos homens e dos deuses; ‘ordenou eno ao facto Hefesto muito velozmente terra gua misturare af pr humana vor e erga, e asemelhar de rosto 2s deusas imortais ca bela deleitivel forma de vrgem: ¢ a Atena ‘ensinar 05 trabalhos, 0 polidedileo’tecido tecer, 8 durea Afrdite A volta da eabega verter gragay v.65 ‘erie deseo e preocupagdes devoradoras de membros. ‘Af por espifto de cio edisimulad conduta eterminou ele a Hermes Mensageiro Argifonte ‘Assim disse obedeceram a Zeus Cronida Rel Répido falito Coxo® da terra plasmon v0 conforme reatada virgem, por designs do Cron: ‘Atena, deusa de glaucosollos, cingiu-ae adomou-a; ‘deusas Gragas ¢soberana Persuasto em volta, ‘do pescogo puseram colares de ouro ea cabeca, ‘om flores vernai,coroaran as bem comadas Horas v.75 ‘Palas Atena ajusiowthe a coxpo 0 adoro todo Entio em seu peito, Hermes Mensageio ArgiTonte tisneamte ume cee ee oi 7 $e. eyanng ne qo et Eniahon Hee ‘ele ig Bouin Baponsinon: bps gory ex Onshore BB che yoo spy, Be nave "Oddy Boyer Byers appear, ne’ dndphow Degnerfio. ‘Abclp ta Bev eb Ayano tase, se "Emgyda nye ey rey “Apregbeeye open Byoree Sab, yy year 98" Emtec Apple ot tae eget wh m0 pes ‘ata ap Zd ‘Okoan, DX erent Apna, yh nob eds Oran Ye at 8 bebgevc, Ys Bean We. vee Tip ly corn bn yong dnpémn oi ape eae eal Beep yelerae nets Tesvov ¢ dppelion at © bsipox ripe Wore. aia yooh yeipeors ibn ple by Agata oct’, dbp Eyhouceeften op. Mobry 8 brits Elntg By Appice Sopot stor Eygre new Ob yee, 8k Wpala rnp yp Erte ny vie regen Benes Ag vepelnrepéee. “Aide pple hph ea bp DA ‘wat rT ate ean, rly 8 BOacoe tons 8 brdpirniw b!fipy, o 8k oes ‘Steipera. geen ceed Ovyroln plpovoe. cert rel govhy Akai pices Zee. (Otcog 6 xi Hee Bike wow ReaLnabn 28 uae ‘mentires,sedutoraspalavras dissimulada conduta forjou, por designios do bartonante Zeus. Fala ‘arauio dos deuses af pose a esta mulher chamou Pandora, porque todos os que tem olimpia morada ‘derar-Ibe um dom, um mal aos homens que comem po, quando terminou oingreme invencivel aril « Epimeteu®o pai eaviou o felto Argiomte ‘elozmensageire dos deuses, odomlevando: Epimeteu ¥. iio peasou ao que Prometey Ihe dssera jamais dom 4o olfmpio Zeus acetar, mas que logo 0 devolvesse fara mal nenhum nascer aos homens moras, DDepois de aeitar,sofrendo 0 mal, ele compreende ‘Antes vivia sobre ster a gre dos homange . ‘arecato dos males, dos difces wabalhos, ‘da terives docnyas que ao homem pen ‘mas a mulher, « grande tampa do jaro algendo, Aispersouos ¢ para os homens tramou trates pares. v Sovinha, all a Expeetacdo" em indesutivel morada abaixo das bordasrestoue para fora nto. oow, pois antes reps ela a tampa no jaro, por designios de Zeus port-égide, 0 agrega-nuvens. Mas outros mil pesares cram ent os homens; plena de males, a tera pleno, omit, Soencas os homens, de dia ede note, ‘io e vém, espontincas, levando males aos moras, fem signa, pois o tramante Zeus a vor thes trou Da inteligéncia de Zeus alo hf como escaper! v 85 9s 100 105 ‘rena 0s Toy ape ey acon, come poder veri 10 Fo unc or ago pore emporio {Sifu tnpentn''onapneir con ome fst mp ou npn) gees erage ra Soandieayats ester pe htaeese Ht, 2 ELE 00g Eepbv co yd Aor exepupce eal Bmeraplvac ob 8 Uo gpeat Bale ofl. [10% Byer yerdnen Get Snel Eotpeman] Xpéocen ybv ydrievayhveg pepinoy Apne soavarosnehory ‘OLdprua Boyar Broves. (Ot pty Ent Kydvou oo, Bx’ etpavd ptacdever ge Bee Rao dhe Oop Egorees dope Seep ve nvr eal Zc” often Bey vm Eni att 82 ag eat yeu Sycen "pmor’ by Baliga waxy Keres édotor nfoeev & 6 tog Sebenutv oh 8 bors ‘eto Env xapmiy 8 KgnpeLelbap Spay ‘copie veldy ve eal Bgovov. ot 8 Eel omnes fry trégorc abv Lootor nooo, [Abnip Enel 8) ree ylvec eetd yaad, sol pv Balgords els Bide pylon Bu Bou ig lat, axl, godaces Bn Brpsmaw, [tb quatoowvety xt eas el otha Byyo fps dovyaver nde eevee ater) ‘movreblea cal woe ype Bahn Beyer, ‘eicepv ace ye ne}0 yupdepon periucter Aprépeey woiqoey “Ohtyma Sauer’ Byers. yvotg bce quhy vel aoy ote vue {BY tewete ge nat Eva rag espe ecb Aepkger dedllan,plya vhmog, Et olep" 30 As cinco raga Raga de Ouro ~ Se queres, com outr extra esta encimareis theme sabiamente langa-aem teu peito! {Como da mesma orgem nasceram deuses © homens.) Primeiro de oro a niga dos homens moras ‘caram os imortais, que mantém olimpias moradas ram do tempo de Cronos, quando no cfu este reinava; ‘como deuses viviam, tendo despreocupado coracto, spartados, loge de penas e misérias; nem temivel velhice hes pesava, sempre iguais nes pés e nas mios, Alegravan-seem fesing, 0 males todos afastades, ‘mertiam como por sono tomados; todos os bens eram para eles: espontinen a era nutriz frto taza abundante€ generoso cele, contentes, ttangilloe aurian-se de seus prédigos bens. “Mas depois que a terra a extaraga cobria v les si, por designs do poderoso Zeus, gbaios ‘corajosos, etnies, curadores dos homens mortals. [les entéo vigiam decisdes e obras mals, ‘estos de ar vagam onipreseaies pela terra] v cdo riquezas: fo este 0 seu privilegi rel Raga de Prata— Entio uma segunda raga bem inferior criaram, argéntea, os que detém olimpia morada; |Mfurea, nem por talhe nem por espit, semelhante; ‘mas por em anos filho junto mle cuidadosa ‘escia, menino grande, em sua case brincando, a v.00 wus 120 bs 130 BU Be dentin ve ual fing play Tose, sneupbae Caeacon En xpbvan, Wye” Bornes Agpaligg: Cpr Yap Aedctalov ate ddvarce Bifon da, a eve Sepencce {ede ob" Fp pardpolpats Ent Bagels, 1) Otic dsSpdmncn rar ben. Talc 2 Ene Zee Kyovdng poe yoletqarec bern rgd (te Widen yordpeon ast ot“Ologner Eyooa [Abcip tal eal toe yg ead yata ge, ‘ol uty Groxtnos warapes Oras ealtrran, Aetcepos A2N yrms ep ca stow brett. ‘Zebe B recp plo Ble veg purine Avipimen xAdeesev meine’ abe Spoptg old Syston, 1 poy, Beurky cecal Upper stew "Apes as {pf Uyehes erovbevee eat Spry old. oor fetuon, DY dBdgare Egon epacepbppora ope, dart: yey Be Big al yelpeg Hae, UE Spar inigueny tn eribapsten pOaove bv hp xOheue pv eden, Adee Bese, so Oud F eiprLovce plac 8 cbc Love ednpec, Kat rol pty xiproow bd epertpnesfontrree Mow te dpscrre Byer epveped "Ald ‘avopvr: Bevarog Meal eryovg ney Rbvras sf wa, Ing 3 Bho gor feo, a ‘Atcip tel eal wee ylvec eat yale eOper, sxteg FP De ekeaprov dal Sout movlutareyy Zekg Kyonldgg noigen, beaueeper eal Bpeen, 2 © quando cresciam'”e atingiam 0 limiar da adotescéncia fpouco tempo viviam padecendo horrveis domes por insensatez: pois louco Excesso mio podiam onterem si nem aos morals quesiam sevir v.38 fem sarifiear aos venturosos em sagradas aas, Tei eate 0s homens segundo o costume. Entio Zeus Cronida encolerizade os esvondeu pore honra fio davam aos doses deuses que o Olimpe detém DDepois também esta raga sob a tera cle ccultow sho chamnados hipoctonices, ventrosos pelos morta, Sepundos, mas ainda assim honra os acompanha, Raga de Bronze E Zeus Pai, terceira, outa raga de homens mortais ‘dna criow cm nada se asemelhando B argentea; cerado freix, terrvele fone e lhe importavam de Ares v.14S ‘obras gementese volencas; nenhum tigo les comin e de ago tinham resstente 0 corso: Inacessfveis: grande sua frgae brags invenciveis dos ombros nazciam sobre as robust partes. Dees, brazeas at amas e bronzeas a5 casas, v.150 ‘com bronze tabalhavar: negro frre ndo havi. E porsuas proprias mios tendo sucumbido ‘desceram ao imidopalécio do géido Hades; ‘andnimos:« mort, por assombrosos que fossem, pegouros negra. Detaram, do sol, luz brhante. v.15 Raga dos Hersis — Mas depois também a esta raga a terra cob de nove ainda ours, quart, sobre fecunda era Zeus Cronida fz mais justa © mais corajosa, 1 Mane tai ao cmcrdinc overcome ene sr oi inigiieetic es mebrpareusea os oo om pore 33 duly pow atv yvag ot eaoveae ‘ulbeanperton yeh cae dreljova Yate. at tag pv lege ee wendy eal gilarag atv ‘oie at Op Encerhg Offi, Kade tal ace yapraytvove poy lee! Otbrdbae, sig teal Ev vheoow trp uly Dateya Baboon 5 Tyoiy ayaydn “Ehbans ee ve 18" xox rebg yb Bardeen lag Appendage, gH Biy dstptmaw Bloro ea RBC Undaoe Zeag Kyondng eatouaoe mathe by nelpets Ye Katt ply valovew dente Bopby Byers 4 cbpan vhocin nap" ‘xesviy Babson, Bie fies, eotow ponte apy ‘yl Eng alavea gfperCetbapg Speups. [yo dr Abandcow otow Kplves bytaodaten] 0 ap Boyt)» Duce macy Bntp re Oe, ‘otf Bij ude ap a Bog Secor, 18 otra elvev Silo rte Of (dpdena Zee Estpde ot) yeqdaows ft dent noslatortpy,] net Ena’ Bgedev by npr. paces Adstpdo, 20h poe Bet 9 Een perk. Nov ip 8h hone owt oxBhpren= e886 rev’ Reap smetooves eapou ta bLe, oblé-n vocrop _gbepdpeen, yederibg He Bel Bboows pepe. “AX mn eat cote pry toP eaxstow. Zeig U Bdoe eal oOo yee pepénenAvBpdnen, ‘tv By yen mohoepdeapet ao ttt necty madccow byotogobBl es nates, 12a divina de homens hers s80 chamados semideuses, geragio anterior & nossa na tera sem fim. v. 160 Aestes a guera mi eo git temivel da tibo ‘uns, na terra Cadnéin, sob Teas de Sete Portas, fizeram perecer pelos rebanhos de Edipo combatendo, ‘ea outs, embareados para além do grande mar abisal ‘Troi levaram por causa de Helena de beloscabelos, v. 165 Ali cetamente remate de mote os envalveu todos Tonge des humanos dando-Ihessusiento e morada ‘Zeus Cronida Pai nos confins da terra 08 coninou. ado eles que habitam de coragso tango aha dos Bem-Aventurado, junto so ocean profundo, ¥. 170 hens afortunados, a quem doce frato nur és vezes a0 ano a tera mz Raga’ de Ferro ~ Antes no estivesse eu entre os hownens da quinta raga, ‘mais cede tvesse momido ow nascdo depots. Pois agora éa asa de feo e nunca durante 0 dia cessarto de labutare pena e nem & noite de esti edrduas angstias ox deuses Ines dro. [Eiretanto a estes mals bens estarko mistrados. ‘Tambem esta raga de homens morals Zeus destuirg,v. 180 ‘bo momento em que nascerem com tEmporas encanecdas. ‘Nem pai a filhos Se assemethard, nem lthosw pal; nem héspedes a as 88 Eats Endl eat Fretpes bray, ttt enctyes 9g Lovete, bg 2 lpes ap lhe 8 plover dephomen tod he porve Bye wis yoeets Bore Emcor, xk, 0 by Br tbe: nar hye Tiptrseon eeeedew dn Opec Star Exapstans Free tsp née teahendce] tld ca elpens xls Hoveves are aleve st dyed, pay 8 cache force ter heccgerte Ute aaa te Lea Bugs 88 ens hv Upto $i dese ena tk, tt Bea bate pec beparmae beta Bac. ” Seondladessxchrapros Sparco evrpta. Kat eee 3 rpg “Oleg dr ork ebpedelgs Aewetow plpeso eclpepive yp sie Aberkver ure pty ro nycinte’ dpe, [Atkic eat Néyeng vd M etperes yen hyp se tc detpdman caso ob Eooras ah. Nov 8 ater Bacco pk grooves pst, 201 yg ryeotaee dative reir pp bo eptcon piper blgaee pagans 8 Dao, yeeros meapptin Bag? Eye, ak vipe hy BY mapas nyheter tamer Ayoviy igen Opto SBE ete le Bs bys rey Beta ay Lene 46 hospedeio ou companhciro a companheir, ‘nem imo a imo caro srs, como ja havi sido; ‘Wo desonrar of pais io logo estes evelesam ——v. 185, € vio censurt-los, com duras palavra insultando-os ‘rus; sem conhecero olhar Jos Jeuses © sem poder ‘eeibuir aos velhos pais os alimentos: {com a lei nas mios, um do outro saquearé a cidade)" igraca alguma haverd a quem jars bem, nem so justo v.190 ‘Bem ao bom; honrar-se-4 muito mais no malfetore 0 hhomem desmedido: com justiga namo, respeito no Ivers: o covarde a0 mais vir lesa com tortaspalavasfalando e sobre clas jurard ‘A todos os homens miseriveis a nveja acompanhar, v. 195 la, malsonante, malevolent, maliciosa ao oar. nto, ao Olimpo, da terra de amplos caminhos, ‘com of belos compos envotos em alvos véus, 2 bo dos imorats iro, abandonando os homens, Respeitoe Retribuicio:e wists pesres vio deixar v. 200 sos homens mortais. Contra o mal forga no havers! A dusiga ‘Agora uma faba falo aos res mesmo que iso sibam. ‘Assim disc 0 gavito a rouxinol de colorido colo ‘no muito allo das auvens levando-ocravado nas garas; le miserivel varado todo por recurvadasgazras ¥.208 {gemia enquanto o outro prepotete ia Ihe dizendo: "Desafortunado, © que grits? Tem a tum bem mas fortes ‘tw iris por onde eu te levar, mest sendo bom cantor Eooomarns eerie st at See eee eee eee 7 etryor 8, ae! 1800, neshoua Heh. "Agyor 8 18Eq nptceptocevac gener 16 lene we opetas np ¥ atyeaw Dyen yes "As Roa’ Berntens YE, saroctneepc Bo 721 Mépo, ob & dxove Bens a Op Balke Apc vp ee each BE Boot cE ps BoPlbg rds guppy Bivara, Bape 88 adn Agipons kero Big Entpng pede paleo be vt Besa a 8 Oy Bop oye. 4 wag UBeAodon: nab Be vig vo Adrtca yp ply “Opes fps malin apo ‘Bk Ble dog Buspkonc Bx nips yor Aepepiqe ale 8 Bry elvan Sree {48 Rac: aloo nd cal fe hae {eps toon saab dnp plpon] ey bEahdooot clo tea og. V8 Beas Ecvoun ea Bas sow Ulla ea uf rapertatover cto, ‘otc enh nig, al eo abe te oa yy eoperpioc, ene’ abet Adpyeennideyo ceguiperanebbone Zed 8 nor tBicpn pe dniphn ge ret 08 dey, aig 8 yew py vores ‘oto. gps yl yt ly Bln, peo B88 {apy pho eobpe Baddvo, goon 8 pone Atyonb Bee ate erate ace ‘revo 8 ywteas laine steve govt doe 8 babar ayreph: ot e limento, se quiser, de ti fre ou até te sltart Tsenrato quem com mais fries quoi medirse, |v. 210 de vitéria € pivado e soe, alm de penas, vexime” ‘Assim flou 0 gavio de v6o veloz, ave de Tongas ass. ‘Ta, Perse, cacuta eJustigae 9 Excesso no amples! fexcesso 6 mal ao homem fracoe sem 0 poderoso facilmente pode sutentro ¢ sob seu peso desmorona v. 215 ‘quando em despraca cal a rota.a seguir pelo out lado € pefervel ova ao justo; Justiga sobrepae-se a Excesso {quando se chega 0 final: 0 néscio aptende sotrendo, ‘Bem répido corre oJuramento po tras sentensas ‘eo clamor de Justia, aastaa por onde a Ievam os homens v. 220 ‘omedores-de-presenies ¢ por tas seniensas a veer! Ela segue chorando a8 chads ¢ 0s costumes dos povos Ivestida de are aos homens levando © mal) (goes expulsaram eno a distibuiam reamente. ‘Kucies que a fornsteirs e natvos dio sentengas Vv. 225, ‘tas, em hada Se apartando do que 6 justo, para cles a cidade cresce e nea lorese 0 povo: tobe esta lera est a paz mlsiz de jovens ea eles ‘lo destina penosa guera olongevidente Zeus fem a homers equinimes a fome acompantin nem v. 230, { desgrag em fstins desfrutam dos campos cultvados; {term Ines tz muito alimento; nos moates, © carvalbo to topo traz bélanos¢ em seu meio, abelhas ‘ovelhas de plo espesso quasesucuimbem sob sua I mulheres prem crlangas que se assemelham aos ais; v. 235, ‘om centr desabyocham em bens e nfo partem overs engi 38 tps Lthopns Bpoop, O16 tps eae ean el egtoon py 16 3 Boy Kyi enppece ptr Zee sehen Epraoe nls ented dpe Eenipe Seng Spay al Adela pgeode ‘stow 8 bps py’ Ecyaye fue Kyla, igh beat nigh bg es, 88 yrataasclewort,poves ote Zarb apabvectrpw “Olopnioy Wier ace {tov ye expe elpby des 8 ye etyor A vtec nore Kpnngdnersinves eb. “0 baodes, Outs 88 ware wal esl side deg tts tp bo dpa Rees, Adbtvara gphtoreas Bot exif Benes {pave tpn Be Br ode Agere. Toker wip ew Ei yond novsberpn aBirewe Zyptc gilanze Obs Ep Snor” Ju gldovoety ve Beast en ye kp tootyevx ny goedraee te’ tan, “Wik we mapBtvag bot ley Bg Ege, sith allele Beate ot “Olopnoy Broo al tnd yr Bld slg bork, ‘eel my it nal exegd Kyowa fm naves, pois hes waz 0 fut terra utrz Aqueles que se ocupam do mau Excess, de obras mi, ‘cles a Justiga destna 0 Cronid, Zeus longevidente ‘Amidde papa a cidade toda por um nico homem mau v. 240 que se extravia e que maguina desatinos Tara eles do céu envio Cronida grande pesar fom e peste juntas, © asim consomertse 0s PoveS, ‘as mulheres nfo parem mais eas casas se arufnamn pelos desfgnios de Zeus olinpo; ouras vezes ainda fu les desir vasto exércto © mura ou fntvios em alo-mar Ibesteclama’o Crocida também vs, 6 ris, considera vis mesmos esta lstica, poss mato prdximos esto os totais v.24 «entre os homens observa quanto lesam uns aos outs v. 250 om tortassertengas, egligeniande 0 elhar divino. Erna mil a sobre a ters eatkinutiz ogénios de Zeus, guards dos homens moras: fo eles que vigiam sentengas e obras mals, ‘estidos de ar vagam onipresentes pela tera Eh uma vingem, Justis, por Zeus engendrada, soriosa¢ augusta entre o deuses que o Olimps tim quando alguém 2 ofende, sinuosamente a injurando, ‘Se iediato ela juno ao Pai Zeus Cronida se aseata 4“ ¥.255 ple Avdpdmen Alico vow, Sp" deren ‘Mian deacSaing Becdon ot huh voetwees (Dg mapeivan Blea oFohisc Ekmorees ‘Tades gulacodpeve bode, tvere pov, apap oeeliy 2 Baty Ent yy Bee GRY adnp coed eigesAvip Dp ead wedge, 148 och Boul <9 Besdesoave xeory ‘dvr Udy Aide Bptalgts al ndvee veins, salve ti ate ABLg?, baddpeeen oC}, tq Bh cal ode Bla ntl vd bipyes Nov Bh ya ph ated fe dope Senos Ay ep Uyeda Batya Ramee geval ye Beye ABudrapg Hs "Ra why’ ste le ey Ale pera "2 Mpon, ob Bk cates pevd gpect Balle of sav Beng Indrove, Bigg baie née ‘Tee yp dpa vip Baraka Kpevien {y8box ut el ape eal slave mevenete Aebiyes Dione, Enel ob Seq Hor ye’ alee: Avdpdoie B Dace Bens, moby Bplocy irvcen a yp we Edy ob Bla” Bopetous Trretonan, x6 ply © Biv bist ebpbone Zee 1 xe poppin Ex Emap Spores, \yedoriny ty 82 Bley Bags vceotr both ‘wo0 8 € dyanpecdpn yore perémiode Mlestens Aatpdg 8 eSipou puch weiner dpe. a © denunciaa mente dos homens injustos até que expe. 260 © pove o desatino dos res que maquinam maldades © “Giversamente desviam-se, formulando tomas semtengas. Isto observando, alin as palavas, 6 reis ccomedores-de-presentes,esquece de ez torts sentengss! ‘A'simesmo © homem faz mal, au out 0 mal fazendo:v.265 ara quem a intents a é itengio massa & ‘Oolho de Zeus que tudo vee asim tudo sabe também isto ve, se quisr,¥é nao ignora que Justia € esta que a cidade em si encerra, ‘Agora eu mesmo justo eae os homens nio querera serv, 270, fenem meu fio, porgue€ um mal homom justo ser ‘quando se sabe que maior lustiga ted o mais injusto Mas espero isto nto deixar cumprir-se 0 ramante Zeus! Tu, 6 Poses, lana isto em teu peo A Iustiga escuta o Excesto esquoce de vee! vs is esta let nos homens o Cronida disp «que peites, amas epéssaros que voam ‘Sevoremse ente si, pois enue eles Justiga no hi ‘0s homens deu Jusiga que € de Tonge o bem maior: pois se alguém quiser as cosas justas proclamae_v. 280 ‘Sbiamente, prosperidade Ihe do longevidente Zeus: ‘mas quem deliveradaentejurar com perizios e, ‘mentindo,ofender a Jstga, comet intepardvel crime; deste, espe no futuro se toma obscura, ‘mas do homer fel ao juramento a este seré melhor v. 285 Ea yb beth va pt, bye ve Mego, “Thy po andere el lads Eo Bln, rl dey gh Bb, ple ty vl “The 8 dpe tipo eal pemdgne pce Ssbveoe perp Beal pb gag te ate al epnybe 18 npier Ey le eon ae rte, Bh free we, heh ep teow ‘Otec pi neve 4c alah mires von “greigevg uh Pree al Ee we fo die Aebic a ebetvr Be chr nidqe 16 Bee whee vey ut Dan deodon 5 Oe Balkqes, 38 ae daphne dnp Rd bY Heston Hewes ati pene Apes, poy Bor yon Hp ot de {30epg, gg ke’ Lortpevee nee | seg, anos 8 shy opine | Daghc yp rx nd Hep ager Ay | 9 8 bl vepotn cl Snipes Bet pyc ha, exphveon coeipn dco yey, ste pohacton eeuetn spizeow tpt eboreec ool ¥ Eyre 90° tere psp nye {ct pul Buoy ra ea Eetpen Babys wohtge ¢ pret ne | tat Upaciveves wo gcse Epp elds Bredesen BEC Bags 0 rabaiho ‘At boas coisas falar, 6 Perses, grande tolo! “Adquirir a miséria, mesmo que sja em abundincia facil plana éa rote pero ela reside Mas diane da excelénci, suor puseram os deuses ‘moras, longa eingreme € a via alé el, v.20 ‘aspera de inicio, mas depois que anges 0 topo {el dese eno 6, enbora diel sj mem excelente & quem por si mesmo tudo pens, refleind 0 gue eno © atéo fim seja melhor, © 6 bom também quem ao bom conselhero obedece; v. 295 ‘mas quem no pensa por si pem uve 0 outro atingido no dnimw: este, pis, € home ini “Mar ts, lembrando sempre do nosso conselho, ‘wabalha, 6 Peres, divina progéne, para que a fome te detest ete queira a bem coroada ¢ venerandav.300 emer, enchendo-te de alimentas 0 celeio; poi a fome € sempre do ocioso companteira; ‘Seusese homens se iitam com quem ocioso ‘iver na indole se parece aos zangoes Sem dardo, {qe 0 esforgo das abelhas, ociosamente destrvem, ——¥. 305, ‘omendo-o: que fe sia caro prudentes obras dena, pars que feusceleiros se encham do sustentosazonal Fr trbalhos os homens so rcos er rebannose recursos ¢, trabalhando, muito mais eros serio a0s iors. ‘O trabalho, desoura neni, 0 Selo desonea €! v.31 6 be ttt ta tate ee stern ag ip et teen ist ta ps Sues tv Giron sera deagpec totes ‘ete tyes bn ce ssc he ty cote Se a [alte 9 tic py tore once 5 emote ly tpn pe phe ob tre Batra sty eto go kre ALY pone quote cee {tee eb tcp ne aon ipna te a trun cece Meg pope tt pir tor Ise yr bgp ee pu “ow 86,0 oy Sb tn ee ‘retention ty Bay spol ene zn mpi an, Cao Spat ain Ieee ae ES yer ch seatpost SEP Atm zuceei pr, tt aary {yr br syle ate peg “Ai eveorptnia pp tegple le sat npr te eee treat atop fF ad ype ae Shee rn nn Suter ftv erat pep Se tabalhares para ti, logo te invejaréo invejoso porque prosperss riquezagléta e mérito acompanham. Por condigio és de tal forma que trabalhar& melhor, os bens de ovtrem desvia teu Snimolevianoe, —_ v. 31S ‘com trabalho, cuidando do teu sustento, como te exort. ‘Vergonta no boa 0 homem indigenteacompanha. (Vergontia que ov muito prejudica ou favorece aos homens.) ‘Vergonha é com peniria€audécia & com riqueza, Bens aio se furtam: dons divinos slo muito melhores. v. 320 ois, se por fora, alguém toma nas mos grande bem ‘ou 86 coma lingua pode conseguilo, como nto €raro ‘contccer, quando 0 proveita sade aintaigéncia os homens, ao respito 0 desrespeit persegue. Fciimente os deuses obscurecert eaminguamn casa v. 325, ‘do homem ¢ por pouco tempo a prosperidade o acompans Igualmente quem a suplicanteeextrangeiro faz mal ‘© quem de se into sobe a0 lito As secretas fntmidades de sua espesa, agindo desprezivelmente, ‘e quem, por insensater, comets crime contra Grfi0s, 330 ‘equem ao veo pai no mau umbral da velhice Uulsaja, dirgindo-theembrutecidas palavrss, ‘contra ese ceramente o prdprio Zeus se ita no Fim € difel reparagto impoe ato injustas obras! ‘Mas ty, dst fasta inteiramente tou animo insensato, v. 335, te poder, ofeece sacrificios eos deuses imortais Sera eimaculadamente © queima permis lzidios; tomando-os propciadore com libagdese oferendas, ‘quando adormecese quando volt luz sagrada, a {5 eh wo aay epaqy nal Oop Eyer, gp Wor ut ehpon 4h xbv sey Boe “The gldor’ En ive eae, v8 Bap dou sv Bk iors cadets Be ug obey fyi valor hyly so el ph Eyxspuey Do yan elronegRZaore feos, Goowore Be pel. igs easdc Yetta, Booey + dyaic pl Bony ageph orth © Eypepepelaorr Loa A by Bod dae ph elena ED ply pespetote nap eioveg 8 F debs, 00909 ube el dso, at ne Sons, 1 Be pnw al Be Gorgon Bipein apy Mi ened eepbaivcr nerd tdpiee eben, ‘Toe gator gets, eal xp rporbrsnaeova eat Boyes, Be exw 26, eal ph gen Be ee wh 9 oy ple ug ace, dBér Bo ug Boner” 135 bye, Apne, BE cay Bardo Begs 1 eb php ex dy Ade, Be ea py, By xelpes 2 Bipg al kyr By card opr 1 Bnav atebg Dra dvabeings mh, sal se opupie bbe sb 7 tndgvorer Oey rep Et yp ee eal opus ti oey cavecte at Beg 0% Bog, hye er py eal 1b yee, 706 bo kére gp, 8B Adee eto gb 888 by by og eanaluevr bvipe bee eas BeLepon clas, ral BlaSepb 6 Bienes {othby pts rapebrras Ebdon rf 2 OG pnts dnasvreg, hoe pecs broye, "Apyoutvow 8 wie eat Morac woptoaaes, ara que tenham a H propicios coragaoe énimo, ‘ara de outros comprar a herangae alo, outros, atu, ‘Convida quem le ama para comer e deiva quem te dela; sebretado convida aque que mora préximo det, pois se alguma coisa estranha acontcer em tou lugar (or viainos sem star 9 eintoacorem, 0s paretes, no. v. 345 Flagclo ¢ um ma virinho, quanto un bom vantagem & ‘Tem fortuna quem tem a fortna de um bom vizinho ter ‘hem um 36 bot morreria se mau no fosse teu vizio. ‘Mode bem o que tomas de cu viznho e devolve bem ‘na miceroa medida, ou mus ainda, se puderes, ¥.350 fara que precisando depots o encontes mais generoso. ‘io fagat maus pathos, maus ganhos granjiam desgraca ‘Ama quem te ama e eeqlenta quem te frequents, ‘dha quem te dé e. quem ndo te d, io ds ‘Bo que di x dG. a0 que nio dé, no se dé v.38 Doar € bom, roubar€ mae doador de morte: pois © homem que di de bom grado, mesmo doando muito, Slepr-se com o que tem eem seu fimo se comprar. Confiando na impudéncia, quem para si préprio fur, tmesino sendo pouco, deste se ennjece 0cOragS0, —— ¥. 360, pois se um poaco sobre um povco puseres Crepetidamnte 0 fizeresfogo grande fears ‘Quem seescenta a0 que jé tem ardente fomeafasaré; ® armazenad em casa desarsossego ao homem ni0 a2; tnelhor € 9 de casa, ode fra danoso € 9.365 ‘Bom é pepar do que se tem; para o Snime 6 provasto frecisar do que nio ha; convido-e a nisto pensar! Fartate do jaro quando o iniclas e quando 6 cabas, eso getdcta Bek By mpi ped Mood 8 dnb gp etetone pees Fore yp i ratte xampp yldong i ppp Soba ‘newest. Seg eal Arles Sheva Bap, Mn yor ot vbov oqeordlog Earn i style eordiaven, ely Spon eat Ae 8 oval mnade, ried 8 ye enltege. 8 Movvoevig Be reac ety rapbicretoe { ‘gebixer Oc vip wedtoc defray pebpae j rpmbs 8 Bkvor Epon atl yearn. “Peta 8 ev whebeccr nips Zedg Borevov for ‘ator aby may yO, petLow F mshene ae Eat Between Op EAdeva by pea ow, 88 pew, eal fpyv EBay py, ‘poupa o meio: parciménia instil poupar 0 fundo, Esteja seguro o pagamento acordado a um amigo. v. 370 “Mesmo a0 indo, sono, impée una testemunha: confianga e desconfianga 0s homens sniguilam por igual [Nem mulher de imsinuadas ancas te engane a mente Palreando provocante com o olho em teu ceei: ‘quem em mulher confia em adres estéconfiand. Unigénito sjao io para os bens paternos ‘mentar ssn a fortuna se amplia mas casas; ‘eque morrasvelho, deixando um flho para te sucede. Faciiente imensa fara forneceria Zeus @ muitos ‘quanto maior foro cuidado de muitos, maior 0 ganho, . 380 ‘Serus entranhas riquezadesejr teu Anim, asim faze! trabalho sobre trabalho wabalha sr OS MITOS: COMENTARIOS 1. Asduas Laas © mito de Prometeu e Pandora €, sem divida,o rato central dos Evga no que diz espeito 2 interpretasio que pro- Ponho, sto é,a de que © posmna qucrestabelecer os funda ‘Bentos da condigdo humana. Enetanto,outos dois mito r- Tevantes sto aqui apresentados, o das “duas Luts” © 0 das elnco ras" ‘Apés 0 profmio (vv. 1-10), que constiui um breve tino em louvor # Zeus, no qual at Musas, suas filha com [Mnemosyne (Mleména), cantam atrav6s da vor do poeta cele: bande 0 grande poder exerci com justia peo Pai dos dew. ses e dos homens, anuncl-se que ‘© poeta falard ctétma ‘wendades, por oposico a fisdo) a seu inna Peses; ts nar rativas mileas so seguem "As duas Litas” (Erides), "Pro- meteu ¢ Pandora” ¢ "As cinco rap \Na Teogonia (wv. 225-32) Erls aparece na extensa ta dos flhos da Now, caracterizada como de “nim eruel™ € “hedionda"'; como conta 0 poomna, par Fadiga, Olvido, ome, Batalhas, Combates, Massactes, Homicidios, Litgos, ‘Mentiras, Falas, Disputas, Desordem, Derrota © Juramento arrun aos homens que perjuran. ‘que Hestodo faz aqui € apenas uma narativae, spe sar das referencias micas implicts, ele certamente nao std ‘querendo fazer cosmogonia como nos versos da Peogonla 'Nos Ega nio encontramos mas uma tnica Luts, ago- a “sobre a terra duns si0". Una, cuja identidade € a mesma a que aparece na Teogonia, © outa, sua imi mais velba, {que € bon 20s homens moras, incitando-os i emulagio pos. ‘Uva e constutiva. Esta Luta despertao indolente ¢ induz © ‘cioso a tabalhar quando confere os beneficios de que 0 ho- ‘mem trabalhador pose usulrur. Chantrine, no seu Diciond- Pio etimoldgico da lingua grega, observa que a palavra éris fem Homero aparece em exemplos que sugerem o sentido ori {Binal de "ardor no combute™; assum, tmnos drs ligada a Doe lor (ardor, emulagio, sivaldade) © ers ligada a. nedhos (GiseSedi ua, combate). "A palavra drs, segundo A, Bailly, significa “querela a smo armada", “ita, "combate", “discéedia “disput rn MSc ae Rene Sto Posa aE emai ed AA Tor 35 ‘contests ete. Escolhemos a palavra Iuta por comportar muito hem em portugues suas conotages posiiva © negative, ‘puardando 0 sentido genérico de disputa, Vale observar est distingéo que Hesfodo faz ente a éri bon © a drs mt € bastante clara no momento em que ele as carcteiza, mas, Posterionnente, essas diferagas se misturam 8 medida’ ext que tems pricritariamente a conotagso postva da idéia de ht, ls i, conv taper 20 Res go semintico de agdn (disputa) © de pélemos (guerra, dis ‘la, combate). Herdlito poco depois de Hesiodo ja afta: ‘0 combate (lems) & de todas ae coisas pay de todas Te ca uns ele evelou deuses, a outros, homens; de uns fer ‘raves, de outros, ives. ‘arece-me adequado © mesmo esclarecedor aproximar também a nogio de éris& nacho de agdn disput, conflito), por fazerem igualmente parte do mesmo universo smfinico, ‘ome lembram as reflexdes de Niche a propdsito do aga homrco*. Discorrendo sobre o sentido origindrio Go osta. cismno na Grécia, © pensador alemio nos adverte sobre ofato de gue, nesse contexo histrico, 0 agén & tido como wn os prineipiosvitis para o Estado grego e sua existincia se ‘6 ameagaia quando um elemento da sociedade €considerado “o melhor”. Se alguém € qualificado de "o melhor", essa, evidentemente, © agdn no setor em que ele tem a enceéncia, pois os outros he s8o necessariamenteinfeiores. SiO suas fxs palavras: “O sentido origindsio desta esta insti~ tuigHo (0 astracismo), porém, io € de una valvaa, mas dem estimate: posto J ado o inva gue e deta ‘8, para que desperte outa ¥ez 0 joge agonal das forgas: um Pensamento que & hos &‘exclusividade" do genio m0 sentido ‘modemo, mas pressupde que, em uma ordem natural das coi ‘iS, hala Sempre varios génios, que se incitam mutuamente 'agir, como também se mantém mntuamente no limite da me Aida. Este € 0 nucleo da representagto helenica do ag. ela execra a supremacia de um $6 e teme seus perigost ela cei como meio de pro conta 0 pei, un Segundo lio Btw fag 83 DK, wat de) Chane Sun Or ‘Aya ed Lan, lis fend, nAmanage 3p. 33. 4 Nth Laie rtp 56 Na reflendo que Hesiodo faz sobre as duas Lutas jt aparoce claramente delineada uma das caracterGticas funda- ‘enfnis da cultrs grega, ov seja, a do callvo do esptito fagénico como forma exemplar de se atingir a sabedora no plano artiste © no police, Diante da iminfncia de um novo processo cate os dois limits devide & vorscidade de Perse, 0 poeta passa, de ma ‘peiraextremamente habiidosa, a fazer a aproximagao da dis ‘boa, entendida como emulasio a0 trabalho, que a pari deste onto aparece sempre associada 8 érie ms: Frente resisten- la do iio, ele discorre sobre a necesidade humana do tar batho, © € sem divide nese relato chet de indignagio quan- to deeper que se nia grande cose do tbo gue permeard todo © pocma. Assim, vemos a alegoria ‘Como © primeiro passo em diego a defesa da vid justae da ‘ida de trabalho entre os homens. Para Hesfodo, o trabalho & a base da justia entre os ‘homens, sem tim no hf outa: nos vv. 199-201 0 poeta diz “A tbo dos imortais 50 deixa/‘os homens abandonando / Aidée © Nemesis ¢ tntes pesares 190 delat! 203 homens ‘montis. Conta o mal frga nao havers™®. Assim como Ads Nemesis, a virgem Justia, filha de Zeus, ofendida, sobe 30 ‘Olimpo junto a0 pa: se nio I respeito pela necesidade do trabalho, ndo hd tampouco pela Justica, Para o poeta certa- ‘mente nio hi sada fora deste caminho. Neste sentido Hesfo- 6) se distancia, ainda uma vez, tanto do mundo homérico ‘quanto do perfodo clssco da cultura grege, Para cle a defesa a reiteraguo da necessdade do Wabalho Se fazem por mot= ‘or ligados 8 sobrevivénca material, enquanto em Homero tanto or deuses (exceto Hefesto) quanto os hers aparece ‘ocupades com indmeras atividades, mas completamente pou ppados da fatalidade do wabalho®; por ouxe lado, no pesiodo {Elgsico, vemos alé mesmo a apolopia do dio (schold)” como ‘condigao necessiria para se atingir felicidad, aravés da bbutes da verdade. Aindn sob este aspecto Hesfodo se encon- ttm tslado na trai. O relato termina com uma belfssina formulagio posti- 2, com uma imagem forte, un oximoro ~ 0 provéstio do tegen pment 5 plan sch, cn ni co, hepa come "excl" porto ” ¥, 40: “nfo sabem quanto a metade vale mais que 0 to- bo... Ente provérbio € justamente um dos mais famosas © ‘ecorrentes da Antiguidae (aparece em Platio, em Diggenes LBarcio, em Ovidio © em outtos) e encera una preceito mo- ral que defende 0 uso do meio Justo © ponrado para se pros- era. por valer muito mais que bens maiores porém mal ‘dquirios. © preceito que afirma que € preciso guardar a “medida” aproxima-se do “Nada em Excesso™ inscrito no templo de Delos. Apaece, assim, neste breve relat, a defe- Sa'do uma maxima que expressa usa das tndénciag funda ‘mentas da ica grega a longo de sua rica hist, ‘De maneira curosa esses versos aparentemente despre lensiosor sobre as duas rides introduem as questes en tras do poema que vém depois 2 Ser uaiadas mais longamente no mito de Prometeu e Pandora e no mito das cinco ragas; © trabalho, a Justga, a boa Lata, a medida © « desmediga. A {Una boa supde medida para que no se tome destrutiva, vier a cessar 0 agdn e se dstinguir 0 melhor em detimento dos perdedores; © exercicio da Justia supde a medida © também a "disputa", 0 aan, a érs boa: © Wabalho, por sua vex, a0 exigi disciplina, requer igualmente medida: desta Fomna as ts nogdes aparecom inteligadas pela necessidade da medida, e qualquer destespeito a elas leva inevtavelmente | nefasta hjbris, a desmedide, 0 exeesso, conforme 0 mito as cinco rasas. ‘tear uss Vinci oon, sn nate meses ss 2, Prometeu ¢ Pandora Provocando a intlgéneia dos estuiosos ¢ seduzindo © imapindrio dos artistas, o mato de Prometeu e Pandora é um os mais asiduos no rho acervo da cultura ocidental; 20 lado de Edipo, Aguiles © Ouisseu, esses dois personagens apare- ‘com ~ juntos ou separados ~ reincidentenente na Ieratura © fas aries plistcas', ao longo dos muitos séculos que no feparam dest primero relato no Erg. O fato€ ae que = Gedica a compreender o que os gregos entendiam do ser Tnumano acaba sempre por se socorer dessa fone Isso que Hesfodo apresenta coro uma tica estéia em seus dois famosos poemas ¢, de fat, una versio prOpria © inovadora? resultante da combinagio de dois mitos muito an tigos que vém de matizes dstntas. Na Antiguidade belenica formto de Prometeu fol watado em quatro obras notiveis Proudgoras, de Plaido: Prometeu, de Eaquilo: © Teogomia ‘erga, de Hesiodo, Como observa J.A. A. Toran”, dela ‘de “pavtha” estd presente em todas elas, np igi010 vemos © vetbo némeio (istibus); na wagédia de Esquilo a pala (que a dosigna € moira (pat, parti, destino) © nos poemas hesidaicos€ dams (pariha) Esta noslo, tanto na Teogania quanto nos Evga, ligise estreitamente & necessidade de oF ‘dem, organizapio e harmonia, sejana esferadivina, como no primero pocma, seja ma esfera humana, como no segundo. [As duas verses Em Os trabathos ¢ os dias ¢ 0a Teogonia, a mesma, cesta € apresentada de naneiras matizadasy que enfstizam personagens ow pontos do enredo de formas diversas. Assim, fa Teogonia, © milo se apresena, esquematicamente, do se- fulnte modo" os protagonisias sio Prometeu, caracterzado por sus astlciae sua arte fraudulent, © Zeus, cuja sabedoria ‘5 manifesta pela asticia superior pela inteligencin sobere- 2 Wen A "Comment n Warr an Oxard 178.5. 5 Tain J 8 Ao Same amo Pa ria ‘Pema A le nen a an ert or os 9 faa. Aparecem ainda Atena ¢ Hefestos pars confecionar & Drimeira muther, © "belo mal” (v. 58S), que Zeus ofeece ' Epimeteu, inmio e reverso de Prometeu® 0 confit ene inteligéncis do Cronida e a astcia do tt se dé na frente dos deuses © dos homens, quando eles ainda conviviam hannoni ‘amente, e dele resulta 4 repartisio dos lotese da arbuigdes ‘que caberio a cada um O-dvelo ente os dois se Jeseavolve Seguindo os seguintes movimentos: Prometeu oferoce um pre sente fraudulento a Zeus (ossos cabertos com gorda), Zeus cits oferena e,irtado,ndo concede mas 0 fogo celeste ‘08 mortsis; Prométeu, enti, roubeo © 0 entegn 208 ho ‘mens: Zeus, em resposts, dé aos homes una mer Assim se di a separa enure deuses © homens. © episodio se pass fem Mekona, local mifico onde teria havido 8 repartigio das honras dos lotes priprios a cada um dos deuses, segundo a Aradigio,e desse modo 0 evento prometcico & um elemento mais que integra este contexio de partihas. Mekona € un nome que se liga & ferulidade ater, lembrando a Kade do (Ouro, ¢ estélocalizada na regido de Titané, que por sun ver se liga estéria dos tts. Nesta versio do mito vemos a Ins: ‘aurapio do sacificio como forma de relacionamento efcar enue os homens e 0s deuses, jf que alo mais compartilaen & ‘besma linguagem. 56, por outro lado, nos Erga, a presenca de Pandora & muito mais enfitica, cla no aparece apenas como a primeira ‘mulher, mas vem nomeada e € um dor protagonists, do ‘Po, Neste poe Yemes que no comple ogo de toe presentes,disimulagdes e ermadithas havido entre a me ‘is de Prometeu e a mers soberana de Zeus, 0 envio de Pan dors (dom do Cronida a Prometeu aos homens) significa ‘una modanca de estratégia por pare de Zeus, que, contaria: mente 20 gue até entio acontscia, ao invés de trer algo, ‘erescenia’ Com isto ele dao geipe de meste, pond uit fig emetic SReE rer euangemarmnerme, ie rea nore a wo onto fina nese elo arilow, © Promete, qe a exe lomo se colcrvs quem pois de um vale Zen, A60- fr encona sua © sot yosiae de rin, © 060 cnn E com Pandora due se instars Setinvameme 8 ‘Snuigao human, que je sabogava om opine cit Sono eps separa Magu or humano® cram stistoess com a meister sunge #sexuaade € coma pms een, ere dor moras, goer clo Sica eos duropot eres hao) patsam ae dre ‘omens eater nals) Pandora az consi ua {0 hs) © dento Slr inineos mses & « Eb Expos: {aslo 8 pins malberaprece nesta vero cn siete fctios dow doues que sonfesionan:Heteton, Att, ‘Mie eau scquto) Hermes cn cviene no kor que a8 dias verses do se pce, a0 con, compan, foam eX ia nro uc os cohca cos queen © sacrifcio, o sexo, o dom, o trabalho © primeiro resultado do contronto entre 0 Cronida 0 tit € a repartigao ntl dos pedagos do animal imolado que fc destinam aos devses (os estos € a gordura qucimados pelo ogo) ¢ aos homens (as partes ue alimentan). Prometeu € 0 undador do primero secifeio, mais especificamente, € ele {quem reparte ¢ dstrbui os pedasos da vila sacrificial © no ‘Quem a imola!. ele quem separa as partes e, consequente- ‘Bente, os homens dos deuses, porque passam a se alimentar 4 cove dveras nomi enendem com mest i> fuagem. Neste universo oganizado, os morais tm um tuto diferente dos imorais,« € neste momento sacrificial que to se fia 6 ment alien o arte prametic parece na Teogonia pela came do boi e 0s Trabal Produtos da terra culivada, pelo tigo de Demfter®; a cultura etelista, pode-se afimar, € o reverso do sacificio anima ‘Os homens que comem pao sio mortais ¢ 0s deuses que co- ‘mem ambrosia so mori. science ean nec mt Fee ee ntommnamcnr o Anda com J.P. Vernet, coeluo gue mito saci cial de Prometeu vem para justia us forma religions ei ‘ve o home se enconta nite os sina eo dees no se Henticando nem com uns nen conn outos, as mas ae, om oaparecimento Se Pandora, vere i le de ao, val Paricipar da maturcza dos dois sem, encanto, Som els se entitiar ‘A searagio entre moriais¢imorais acontece com © brimeio sri c be efeiva com a pameih mier Se ENG Panos spr nes ne vO princi ‘para imorais de moras spontando sus expos ropios © {hecesidade do rio saci pm se connate, par a nirem.A pret mater, pelo eno", sepa mcs © Ines ¢€ por ele mesmo qe eles pode se une 1, Aes pani, humana rua ama “recat dos males” Erg, v.91), longe de pena © Iiseas (Evga, v. 1060s.) man com qu “por 2 te oat Era, w 110 stn la urge Stale ¢ 4 necessdade da reproduposotuada porn gare a erp tuago da epéco todas as nova enorfcnades domo ‘de ser hunano. Pandora ¢ liga 8a do slimento gus vem oh Kem nts do ctsmen el ager tm gyre ‘ganeté, un mulber-esposs com quem deve se Hee 0 omen; da mesma forma que ce deve colosa 8 Semedte 1 fe, deve [gualmente colocar semen dena dla pre Proctar.Essas fonts do gue ¢ ropsmene human Jit outs lites, como 2 acess do taba pars sobreviver. Temos, eno, ts elementos que: separa os imortis dos moras sacri, agrcultun-aimcnte sexual Adade-casineno. Outro ponto que chana minha stengio € 0 fato de andor sr tm pest vio a Prete © 205 Do, ero Pucci far ieresantes" considera soe “dom; diz le qu esta naratve nor Soloc dante do toa miico que liga a instuigso da condisao humana a0 Son Ena que liga gem da pocaicdade humana dong ‘in, Contastando com OF presente humunes, gee do Aesejves, precios, has geraimente dispensdels, bs donk ivinostin'um carder que scomoda a voniade doy deus 3 10 Qe we ote ain fox 12 Qos wm do ve ins eo pes pe” Hag fos oa pug oft te pas iy a rnecessidade das cosas tal como elas devem ser. Os preventes divinos no podem ser recusades e constituem sempre uma fliglo eno uma substtuisto: assim, neste caso, Pandora ‘Yem em adicdo a uma stuagdo paradistaca que ela extingue, mas nio substitu, Essa adigdo, evidentemente, a0 invés de Substituicstuagées, trna-as mais eomplenas. Com 0 roubo do fogo divine, Promcteu oferece aos homens 0 fogo "téenioo"; passa-se, assim, do fogo “natural” t» fogo “caltural” Pandora também esta do lado da cult la € produrida, fila, © nS0 aparece Como os dauhropo (sees hnumanos), que, ante, apenas surgiam da tera, Pr ter escondido © que € vill (o Bion) (Erga, v. 42) para os homens, Zeus provoca uma série de eventos que aca- ‘bam com o surgimente da primeira mulher. Atéentio os h- ‘manos ndo precisavam tabalhar para viver, apenas conviviam ‘om of imortais. Com esse dom ambiguo dado pelo Croni, ‘parece, também, a necessidade do wabalho. ‘Gs vocsbulos provenientes da raiz “Erg ~ foram tra ‘duzidos por “tmbalho” © reus derivados em minha wadusto. He alguma discussio ente os estionos sobre Tato de ér- gon sr aplicado aqui somente como trabalho agricola, porém, fe observarmos o resto do poems, veremos que ele carega O ‘Stntido mais amplo de "wabalho"™, Observemos, ainda, que 2 oposigdo de argon com pans é clara neste poema, © pi- fnelr sighficando "rabalho” e o segundo sigificando "ta- tulho deduo", "fadign", embora algunas vezes um 56 apro- pie do sentido do outro, Hannah Arendt, cm The huenan condition, busca mostrar que existem diferengas entre Labor dabor) © Work (trabalho). O labor € uma alvidade do antmal laborans 50- ‘vermada pelas necessidades de subsisténcia do ciclo bioldgico ‘dr vida. O Wabalho que nfo esténecessariamecate contigo no ciclo vital da eapécie € uma atvidade do homo faber, por tneio da qual comas extraidas da natura se converem emt ‘hjeto de uso. Para sua agumentagao, a ara nos rove d= ‘Yereos exemplos em linguasantigas e moderas que fazem es- {2 dstingso. A linguagem para Hannah, na sua historcnade, 12 enn Tah as Cia” preente 6 consi orpertco da capris humana, interesante, for so ieano, epnrar que la rsten no Gris 0 Unis coe Lar © Work stanente span Hee sos ‘Ergn, sontaponco pias ergo. Cat lembra Po ‘eb sages como Wn doe ales us stem de de dae, rE com ee mito gor Hany jin» etna trae come uma Gar coring bananas surge ‘vido respon da plo Cont ao ty For ese por Sie engana Teno eatondo foo Gay hoes eae fnicsdo, ovo waatnar pornstar, Timbers pontvo eat nee coment (vv. 43-48) on aparece com icon ness po Spe fa tee cm uo tengo sir hatmouis et netics 5 Jogo do pea, cnet, Hest fal sale ou po Sut esd # sun ligago com a Juss Alzm do, eigon aarce no ini (0 20) sseiady 8 boa Lata (re) eee ‘Simla compeosio consti Os personasens Em Os mabahose or dias os protagonists dese mito sto zeun Promete Pando sas Conantes, Epa, Fetes, Aten Atri Hermes No ero 48 temps cols, peonlizad, dos protagonists do deer tna ono ru doo. fo: Zee Fromecu, Sendo gue 0 i surge com amcor ‘eisice fundamental preset ese noes =o de mei ‘linia astcions) provident © referndo th seu eps (cnipicei) 0 de mei ores. Dos tage som epee, 2 for descent pode sebum Sui de Mets, 4 primeim exon de ous fo por le nglis, o uc safle urs tm Mes conto de See ec ete, Seed ee, mace mer Sa Soar eee areonin teenie Seaseietemieemaertnmerme Shears epee mae: Se ee eee ae SRetie eminem mena siete a omemncewmenernareaors SER ot Zeus 6 0 pai dos homens e dos deuses, ¢€o soberano. ‘Toda 4 Teogonia nos conta “como” ele chegou a esse lugar centre os deuses © "por que” ele lest Prometcu é aniolométis, habilidoso na arte de tana. Ete tem a métisretoreda, 0 que faz dele especialmente hab lidoso e com isso desafia Zeus. Este epteto €attibuido & Cronos, sti como Promote, tanto em Hesfodo (Teogonia, 137) quanto em Homero". 'A respeito dos eptetos,lembramos agui Paula Philip- son", que tfima que, na expenéncia prega regstada por esioio, hd tes elementos eslarecedores na compreensto do significado de uma divindade: 0 Seu nome, os sus epets © ‘lugar que ocupa em sua linhagem genealdpic. ‘O mito de Prometeu é 0 mito da eriagio do homens: 0 criador Prometeu € um tit: isso Taz dele alguém que carey tims série de peculiaridades que o distinguem dos homens também dot deus, embora seado um ioral. Os itis" nas- em da terra edo fog0 do so, sem a necessidade de unio en- tae macho e femea: dda sua naturers sca efghea, eles esto Sempre distantes da deterioragio, do envelbecimento © da ‘morte: esta verséo sobre a origem dos tts vem de ties thom antigas © j4 na Teogonia (vv. 130-134 6 207-210) cles sho apresentados como llbos do Céu eda Terra, "Walter Oro observa que palara it tera significado 4, da mesma fora que deur para os latinos e theds para ‘os propos designava, nfo uma categoria particular de deuses, ‘mat of grandes deuses, os deuses propriamente ditos". Os tiiis sb0 ainda requentmente caraclerizados como deuses Pridpicos. Essas figures “elyphalicar” (de penis pemmanen- foment sret) tinham, como € vio, sua viriidade particu Tammente acentuada, fto curioro de se observa, que 8 p= rmeira mulher surge por causa de um it, Prometu, que se faparecimento transforma todos os homens de dndhropot em ures. ‘Se tomarmnos a questo dos tits sob una tice psc raltica, coma de Paul Dil, observamos que tanto Zeus 18 Oo, Wate, Le ew de Grier ap 19819 8 16 ion Ogee rye Es, 6s ‘quanto Prometu tim 0 estat de “cadres” send Zeus © Stindr peo espito, © 0 i eador pelo intleei. Ele o& Sena que Prometcu representa © pieipio da ncectal {ago que aparece jéiscrto em seu nome o de pena {2 prevident, ind no campo psicanalfico, Caton Bache= Jani faz curonoscomentnos see queso pode falar ro tim “conplexo de Prometeu” gue sta casted por 10, 4s as tendéocias que nos leva a quer sae tam quant cs nosos pat, ou mais do que cies © do que os fons meses", Essa sto, obviamente, alguns das nner let ‘ae s poem fater dos mitor equ ache curse indica, ‘Quam aos epics, fiers sind algunas” ose ‘vaste © fog0 € atbuto de Zeus, e, pra oto, © hd usa A um ate. Roubando-, ele © olocano sco de ua fe Tula pois ao fogo se preserva devi natura conbustvel ess planta, e€ por meio dese expediente qu a humane: {ae pasta a tro fogo 8 sua disposi, nlodopendendo nas o tio de Zeus. Neste xato momento do poeta, 9 ecto {ado ao Cronida € terpkéraynon (suc se compas Com ‘aio),signiicativamente a clacado, ois €0 Tope 80 ao Ge acaba de he ser toubado. ‘Qualifiado cm seguda como aquele que “aprega mi- ven (nephelegerég), Zeus ges # Prone em cut. $0 dro, recur que, no interior d eto, provera fet a= tamentedamsico © fleas no gue de respi & angio Jo Zeus interpola o bo de Sietocharando-o de “sobre todos hibil em tramas", teteréacia clogiosa¢itica, 0 mesmo tempo, pois dante dos homens le €vealnenteo als bl‘ nic pre ned divin on sconce, A interpoasio € muito adeguada para 0 vem Segui, pis a habia nor € de Zous que ce aoe ho, ‘hens Vindouos dard um mal como leas se leper, No 1. 56 Zeus inca a explicagbo desta ina eavada, qu Aingiré Prometeu ¢ toda «humanidade. Se Prone cus Foubaro fogo do Cronida, juste 0 golpequs cle recebe £0 ant-pyros itera, € 0 fogo contr it & acon teapartidh do fogo), que tom, portant, esata scanehante 230090 ¢ ao mesmo tempo aponose se, vndo oan eu far e tendo 0 mesmo nivel de inportnsn dee, Eo mal, car, Gaston, Apa dog, Lib, 19729.28 6 conrapartia-o-fogo, aparece para regal 0 fog0roubado Zeus: 65 demonsrago de sun eer: €o poste que & ‘Smal mas receber mato caro dos qo por el sero l= se vem a fog rt in 9 ro 50 de passagem da atureza par cultura. Pandora ta ‘marcas pela smbitidade, € um kalon taken (belo tal”), {jr vem cm ga Jo fog, lamb abigua pols 6 bo mes. ‘ho wrpo ui bem ea can da desgrasa para'os homens, O "elo mal" ambiguo poe sed tral sets o ta tds Os males para 4 humanidae Tales 9 rar tal tro por Fandom ej o surpmento de san propia ambigoda, ©, om a presoca da anbighidade, a possbidade a exclns, Su'meliordinendo, a necessieds da cxolha Zeus se compres com su lance fale gargalbaate- sorando 0 que aconecrd pare & humanidade Gnete de 20 present sm voli. Tiedlaament o Cronidaconvoca ot deus que cons- tert @ mal snuncino: Hofestos, Aten, Alrite e Hermes, Sade qua colaborando com abuts qc tansy Ie 0 fn O primeiro a ser chamado é Hefestos, que vem acom- panhado pelo sou epee periivss(enomado 20 Ter, f= ito), 0 que o coloa em deste enquantogloiosoe eeo- thecio pelos dena, conforms © desgo do rin mie Her {GE Hino Homeric «Apolo, 309) Heese Promete est ‘edximos por ligarse 20 Togo e 8 sun aplicasae a mxtar Kapia ¢'m orice, Em Hameo, algunas yaee © some dete Jou aparece tn ugar da cham do fogo, tal pont Seon a dcniican™ Kerényimosta que ete deus tem se ‘me igado » Redon, qe forse titor «The ensinow © ‘ofc de ferreito,e& também vine ao panes lbs, Sem de ter como companbeiros os karkint (carne), Ge, como cio, se locomuvem de mancir extra, “Apsar de coxo (ara desiguagso espa pr an ous), cesporon Afrdite, deusn do Amon, estetamcnte Siocuiad f belezn™ Pio bastard, ft de una attde ompcitiva de Hera em elas a seu mario Zeus Teogonta, 2B Keays rhe pate oes SS. 928), € le @ mais bemdotado atesio dente todos 08 Aescendcnes de Urano. Tendo em conser seus arb tomas rope dg sn onvoan asl ‘Nesia mista de tema © Agu, o primo elemento post, v.61, € 8 audon(linguagen humana ean pote, onfgarando ese ato a insttuigio de uma nove fori deco. ‘unica que at ento exist, ji que ore desnocesnéi “rate da linguagem dos dndre, © no mats dos dnchropo, sK6 cntiosufciemtee eficaz no ententimento com on donses Ein Segue @ ge fc do hom So css os primis ainbutos da massa informe. linguagem ef Frumanas: Deposscomosa ate Configurar sua apurocie ove ascmelarat Je rot Ae deusar iporss © de corpo a una tela forma de virgsm. Ags se inicin © process de anita, ‘A mulher € im paradox, pois consi numa initio do gu existe: cla nao €toemonte nova neta, cla € 9 pe ‘era de soa pce. Ela esto lado dtc (produ das fs), enquamo.© homem esta do Ind ds pps 108). A ‘manera como ela € feta lero molar nv, © ela & [ratcamente desta como tn vaso adomnado onde os dees Seposiam seus aributow: ojo que cerega uma metfora ‘cla mesma: Jao, als, que surge esse contexo sem ne hua explicago, a nto Ser que. enendamos no contexto agricola em que la ext, onde este vaso (phos) aparece Sempre dentro de cat, amazenandoo gr colnido que st ‘rt dealimento. De qualquer modo, cota forma ove de nas mento tamben inoduz tuna diatingo entre 0 uc ete ‘ogimaramente — deuses © homens ee que vem depo, ‘geno ay nina i ipa Pandora ee beleee sodutora, iar essa elciade agra users, Como io sio dios os nome das deusns com at us clase assem, ela vem como eépia de una imagem de tna Settee aches aa cera TE Pees pcb p19, 4. Ticaor inca ques ples gies mas mn os pore dos patonta¢mit © hinano, ma vor Fong, como dis. ws Rove 6h Alena & convocada para ensinarshe 0 a= tus © 0 complexe Bisio de tecs; Pandora € proto das habiades Jos deases também or init aa media em ‘soreness aren "A Afoditecabe streta de rodedla de Grape, de p= oso dejo de preosupagses devorndorah de memos: e0- ovumonte slo estes os nibulos da deusa ue se sobressem {ov demain. Agui se localiza # ongem Ja Oposicio "Cu" © uo" para avace humana; evecacto do penoso deseo, o temtsno comum que separa © une 9 "ev" © 0 “ou Suscedo (vs. 73-75) pla srager de Pandora paramentada Como tna roiva,indcando, asin, que Fonowo deseo © Goamcu se intrcamblam. E nesse mito que a questo do “ouso", do “diferent 2 localiza na obra besides, © € figura da pimcira mur quo peta situa a erige dos mae Tek munauns, O "diferent alo €o ma, mas quem Wa 0s fines, Taver est sej um elemento Se especto extermaen- {Campo a cultura eedertal 0 ferent” como a one Gomis Pandora io € um mal em io melhor, nia € 30 um Stal mas é de onde surgem todos of males paras homens. Tenbrenos,entetant, que como pano de fund para ee plo cota iferenga realmente radia, aquela que ¢ dad pe- im More: uns io morta tos, iors: uns so deus, futon homens. Gostaria aqui, de tagar um possvel paalo ene ‘ens Aedes ope oa Em ge aa a tuigao ences, 8 comecar pela cpopeia homie, onde se ‘etromtam través dow hetit de sua precedes), fovando ‘Sm comiderago o fato e gue nese comento elas aparecem indo. ado 7 Hesodo nio far. aeshuma alusio & oposigéo ou & complementarlade deases dois peseonagens, mas € Por Socimouve que alguns lementon, ness sentido, esto auen- ‘econ a, como are osea ‘Ar contigo de nacmento is das deusas ecem en- tre els una reoe Je eon elgbes. Ao se ue (62 Chia) da espura, pros, que surge quando Cronos J 25 asi Pit Hesin anon of py p86. 4 Pa Pe, on adem of py. 93 o rmembro vill de seu pai, Urano, 20 mar, pénias; 0 terme phros 6, nese contexto, smbquo", podendo designar tanto ‘vesperma de Urano quanto a espumt do mar infecundo que ‘cerea 0 penis de Urano: além de ser o espera (liga 8 Fert Tidade—fecundidade presidida por Atala), éphror 6 também parte do mar infecundo e caractenizase pela brancirs, ve, fm outtos epissdios,estérelacionada cabeleim de Neiel, © Velho do Mar, havénd, assim, uma relagdo ene 8 espuma do mare a vehice (phrase géras). Enquanto liquid seni hal ligase ao temo phuldter, 0 vineulo sexual, que € pivile- io e quinhio de Afroite (Feogonta, w. 203-206). Na Teo- {gonia (vv. 224-225) vemos, lado a lado, ene 0s descenden- tes da Noite, Philées © Geras. Assim, peecbemon ue 0 vih~ culo amoreso tem algo de notumo, como © tem, tambem, ‘Atodite, jf que ¢ descendente do Céu Estrela (lembrar uu © relato da descendéncia da Noite aparece imdiatamente p08 0 relato do nascimento de Afri). Desta for, emos dpiros evocando a fecundidade que precede onascimento ea velhice que prefigura a mone. AS faces opostas de umn ines temo; polardades da mesma deuea. Ela € um principio de Unido e um prensncio da velhice e da mere, Os dois prmsi- 10s actos de Aftocite so Heros e Eras (0 dessjo ¢ © amon). © segundo enuncia ligaslo amorosa realizada ¢ © primeira enuncia como iminents,embors, a0 nivel da signi ficante, o primero contenha 0 segundo™ ‘assim como Afrodite, Atena tem seu nascimento partir somente do pa. Sabendo-seameagado por um flho de sua ligago com Méris, Zeus engole sua exposa © dA nase remo, cle mesma, aus, de sua cate, «Ate ogni ‘924 © seg). de quem Metis jestavs prévida antes de set Nims see de i estava prt ‘se ‘Se Affodite nasce do. membro pelo qual se efetua © Bros (endo este seu companheizo dese 0 infcio),pattoc nando, desta maneira, os fos amorosos em unio dos lemon EScrae re Reibblermecn setts voce Seo Sessa =e 7 tos ov mis opto, ens, prs ve, uma deus vrs Suri, Noma port, bs Bids (ats), bon (Ate Sgané = stein indution) eh mis da Goer Ate fe 8 st aun ps er and S- fe (te vou Ew fod gas ambi qe ane os ops tentang masts ranor 9 une rr” Stona mm Pri a Sepraro cue fra 8d {tase Alot associ 0 tna Jo ator a0 amore. & papecuagto, da expécis implice a morte. Atenas. forma Tifa da és, modo de tabodoria mas tanbem de abi dale que ém ov homens nos tabalhos gueweres © nos de "So estas as das deusas convocaas para a fbricagdo de Pandora, oferecendo 2 prinela mulher suas aebuiges Searpenetaes © oposts. Tenbramos sina que Pandora, como Atena, & int parthénes (ergem), © uno snvern do mito const af fara eu sor mut ambiguo, pow cairn, ela Me, tatmenteo itrdito feel do que ¢ ferunino no proprio {minin. A portienas™ pasta sempre, muito Ov pour, com 1 ori, nn ver que uaz em ala condigio mortal © tr then da senulndae no realzada, como dia Dante Gabel Roose "in Venus eyes the ane of Prcerpine™™ "Tanto ma Teogomia guano noe Ergo 8 malber carga consigo mul podses de desuso do que pemeipo da f= ‘tndidade A Tipu ominina rasa plaidade Eros Thin {br guuse por um proceso mincaco por que pasou @ Pare A Ntrditectambem de Aten Tn segue, ¥- 67, Hemes® € quom 6 convocado por Zeus para cols no peo do novo se a cond simula 2 wn ato etme capo do eho gue inca su apa iano de abeorer, com sou ardor amen, toda a ener {fo macho. Ene devs, cu epteto aqui € "Niensageto AFB font” ea Teogona, v 938 "arato dos moras" € 0 Jews din caninhos, das pusagens de um espgo a ou, de dentro para fra, de fora pare dsnto ©-de um mundo para out. E {ier protege os vsjanes os comersants, 0 confutr de EE at ana a nas (pohopémpes) & tide ome © mais amigo dos ho iets det oe dts ‘Seftor clam nto ms Se ‘glade © da ate do segredo do que proprianente de Targa ¢ Shoda, Eo meste db senso da oportundades da ate do Fonbo © do also jrameno, em com de tado Ge felie que ‘he a0 homem, desde que sei om 9 compromisso de ua ‘esponsabilidade Para a pineira mule, se Jon so noon {yndan (mente de clo) e ethos epdlopon (cond disse. da, como a do ladda). Pandora participa, asim, da natreea divina pela sua aparéncia, da natrera humana pla frga ¢ a fla eda atrera animal pla mont de eo, ‘Nov. 70 inieiase a conecgan de Pandors.O cumpei- mento eftivo das erdens Je Zeit € um pouco diferente do ‘rojeto anonciad. Rapidanenie, todos obedcem ts erdens ‘do Cronidaerépidos também sho ov versos que dessrevem sss agdes. Hefesiosplasia-a a partir da tera mistrads 8 Sgua, com a aparncia de rcatadavrgem. A paavea hel (Gparéocia, semelhang) nao estabelece necesstiamenie una Uigagho de parecenga ene dois cbjetos ou uma rclasso. de conformiiade ene uri imagem e seu modelo™, mas desig. mi eat an ion mie ed ena iepago que caracterza 0 parecer vertico€ pete Fomem orienta em wm mindo de signos Deleuze dina ue a mulher € um simulacro no sentido de que 9 simulacro ecm questo as nogdes de copa.) de mac. ‘Ata a et para adorn © Cig; come so cine ids as noivas. Afeite io compare na cleboraio pro. iamente dita, mas envi, em se lugar, sun ails fara mbelezar Pandora. Ela & representa plas Grayas™, pe Fersusio e pels Horas” € Pandora sparcce parunetada 1S Apu onan Rico, nta 0. 3 AS air © That tine Ne Tom. sli Ape essay Se ele etree’ {ial jue btm eds sport oc ue pee Saiaaemetee eet n ‘como para fester a coloida primavera, promta para seu pré- pro cfsamento. Pandora adornada com ov signos da mudanga {Ne estagso marca oinfeo de um novo cielo para a humanida- ‘de. A Chars (Graca) que Atroite confere & primeira malher Introduz uma novidade no mundo dos homens, uma vez que fntes dein inexitiam 0 prazersoxual da mulher © © proprio prazer sexual, pois, come se sabe, sexo vem do verbo seco, ‘be significa Separr, dat «ida de sexo como separagio que Sipde dugs partes e's cada qual su prazer. Ago de Affoite € paseado por fuss acompenantes 40 dom de Zeus aos ho- Cumprindo a vontade do Cronida, @ Mensageto Argi- fonte colocs, ainda, no peito dela, 0 que pactuari com a con- ano. Se ssvim nie fone extariacompistmente deslocoda a ‘aca dos hers, que no segue o partlis raga-metal; por ‘aio lndo, ainda Hesiododeslarando claramente que gost- fa de j evar mort ants de raga de ferro ou maser depois ‘cla, fea eviente nio o ténmino de um provesso de decinio Stas bexistncia de uma continuidade clea “Obscrecmos tb gue a prmeira rae ignore a am bide tad que nio se aém aos lites da soberani Ea age de ouro, cos omens vive como dees © 36 co- thocen a Dive, Tornanmse datmonesepictnices (gies so- tyes txt) sio peadides dor moras, Os a raga de pata tefinemese por oposiio 8 de our 80 piores, inferior; A Soberania dost guisdo pela Die, na idade de our, tems ‘ou invers, oss entrege 8 Hsbris. Els so carte ‘Rladoe pelo louco Ecesso ene 86 pela pica para Com os Jewes assim como od rca de our, nada tn em Comum com atvidadse milter nem com os tabalnos do Campo. Apesar de orem punidos ela cSlra de Zeus, 0 0 a ilégio de or dasnmer 9p a mone, enor hipoctnicos {embatto da tera) A raga de bronze et tad se see 8 Ge pea sua bras € de ota atures rage antror tem Secondo par © pe, ean pert or tabalhce vole. ‘Ars De plano Jardcovelghona passin part oda fo irate o ter Agui oe faa nm de Deven de > dade, Es ndo sho ahigulados por Za, rem plas $05 ‘ropras disput. Flam, depos no Hades om al anni: {, sem nenhuna gloria Esta race est pra © ditante da ae a accede: ambas sho dovotadas he fungoes guerra, tas se convaptcm porque os ers se paul Pela De ‘Abas so liga tan uae Eide, he ome vos mo item 1, reccbem ente os grogos tm valoraio potiva, A Wid ide de ferro nko Se cracterea nem pla Suprema ‘ite em pela da Hyris, posar de Hosoda vain que a pderdterminar em total Hrs. Commo os males mitra. dow aos tea, tos a carmctraca compra que reves eS tara: € anbiguae supoe a necessdads de dccmimento © desc. Fundanentalmente 6 esa a conyecensso que ‘errant tm do mito das cinco rags 'A-nosio de Dike em Hesodo, apesar de mitipla (as that so sentengas nem sempre feta como a Die de Ze), pois conesponde a experncia esidica de um estado de bre Dico, nip colocs 90 estadono modeimo un pote { tadugSo mas complica, Coem hg rhe. tex) filha de Zats, pe ¢enet al to War ane Uptidae: €eapeto devido ene os mens ea pedade para com os deuses,opondo-se carameate Bs (orgs). Em por. tugués voribulo etimologicamente vem Jo latin just, “tan, aue significa jut, spramac, ert to dito auc nos aponta tant para a polardade retorts Que reine Cid cm deren pontos Go paca or ou lao, Hrs se define por aséncia de Dike «© waz inieros problemas so tadstn, gos tmis complexe ¢ tren linitads temanucanente, € viens provoceia pot ado, Uluae.golpessexerdos por agen; sober Se ‘Asim, fca isl ao wadutordeOhtla como “Desmedia Segundo a aici francera, ou com “Violen, confor. ‘ie outras tragic: consider que além do prelno des ind far, nh mar pare de suas coorecis, © gag, © cata desmodida” no const nevesataneats Vlora en ffaqueeendo © a desviniando seu senda original Lam: 2 twemos ainda que a taduso alm pra Hybris & Hoctona, (jc se sss mais Go sonido de fei orden oral do o- S'og, ainda €sobesbe sm fandamento. Ouvas pays se Som apesentun:insleciy sober aim Superba), org Iho, abuso, uansgossto cc. Eneant, todas evtas pay PPleram tater serie sua formas ajetivas, mas parecer Tfdequadas quando at encartmos como subsanivos no- Ineando.noyGes, 14 que to softer uma especiaizaio ‘ooematmente ¢ conta algo mais restito do gue a plavra ‘een Acti, opamos peo weesbulo“excesso" que vem do fElun ex 1 cedorey suc significa ulrpassr,exavasa, sit Para SS feemos una abordapem mais voltada ao coneido signfcaivo das palavase de suas feagdes dentro dos et seats elementos descobriemos neste focundo mito. ino € bom eocrceer que 0 mito propriamentes6 come So terceis verso e termina no 126; do ¥- 106 a0 ¥. 108 ‘St emos entctat, lementos muito importantes. Abstare- ton a seg unm séne de pequenas nots que vem 103 as ne cate a Es No primeiro. verso do opi, aléen do vein cornet cata a plete eo Se a ah in mse ae ie ch ert ere eran tees Se ee oe ene pe va Se a ce el ps Sag ee er ae a Eyhensmeees mie pe oases 2 game gsi ngs oe, ce Ce eee Sat nae eps on eat dt alae eats fe te a Troe 1 We inert ee wee cmos” da ctr © come aie eo Pc ee s me Ess pu conan a moraise imorais 56 € visa se consleramos os dntropo, mas cs dures, uc dsingvem das murs. ‘Cab’ becrvar quo tempo de Cons (eptKrdnaw, 1, vide em ele fll cong, ald, eet inmginagio poplar, que se reisclona aos Festivals Rr (GE Teogont,v. 1%), undo meses escaven fey Jnios no apvel perodo apée a coli, Jane Marcon eomenta que ests festivals celeravan in anigo rio desu, cessio de ris, De qualqer foma, € nate peredo tm que ‘sins o grande tt que on homens mani spre tua 114) seus pes suas mon, sonpre ges inden & ps ‘gem do tempo, pots Rronat a ompo, et one cles, wy Ea aan a vite benis do bom através. Ge sua fungies lpia © leylador: erepants fumes, ocupanae de que 4 Justiga so ebseradar'c om, ‘iatto plowadéu, promove a teresa female do Slo pac os homens tras ‘Nov. 127 ins 0 rel sobre os homens da raga pra, a meu ver os mat exrabon ineefvels dense © Heo dere Vivian por sem aon cat sue ¢, sem_ vida, un pertodo de tempo copantoneeeis funk; pore, tats do una vides brove ques doe fomens de ouo, pos so infenors (Khetreron. 127) 2 les tambo isso Vivem nn casa de sua ecu em, ‘re como mga népor, cxangagiaadahons,supeemicte. ‘Rene brincam junto doe Cudadowy chepen © aolesee: Gin e morem sftendo or inexpertnes(aptradics, No 134 veros a plava Prin surgi pela rnc ve ho poe: ido claro de “exceso pela olen ¢ ‘io 0 sentido de “org descotola's aoe sera mus ae. {uso para 8 acpyio que tm 5 pulava be‘ A sua hyo {Sti present tanto na rela gue manta ene so ar 4s adtescncia quan na Sua Tec em sevire sacrear couse Por no darem honras aot deuses (agut boméis © ato thebis), Zeus os ccaton (Serypse) passa a Ser os hipoet= rnicos, oF “subterrineos", que slo tambem makares thnetot (entra pelos maotas), ¢ lembro que € este tamibem o des tino ds tite (reogonia, 697). A palavamdlares junto de Uineto seve part exciix 1 conoigo de "vino" que maka tro pode tery da mesina forma que Ppocthndnil respond 2 epithuhdniol,thnetot responde s datmones, 0 destino dos homens da raga de ouro ‘Segundo West", os homens de prata so identifcados com alguns motor respeitados como Se fossem poder Osos Ou ‘erigoros, cles nio saem, encanto, do mundo suberrnco. Eles nfo tm identidade,ndo so lendriose Hestodo, por es- 2 razio, nfo poderia té-lor igado 2 quarta raga. Hé muitos txemplos de timuloe nimerados supersiciosamente pelo po- ‘vo sem que se saiba a quem pertencem. esiodo comeca a diicoer sobre a raga de bronze no vy, 143 eval até ¥. 155, este € o recho mals reve do mito ds cinco racas. Aqui desaparece a expressio formula "Tze- tam os de olimpica morada tenents" em vez dos douses, ‘quest surge & Zeus para erir esta raga de morals, “Blemelioa (do frexo) aproxima esses homens de bron ‘ze das ninfas mella e também dos Gigante que Hesiodo de- ve er considerado os progenitores dos homens". A Tigagio entre Tinhagem dos homens ea dos pigantes aparece na Teogonia, v.50; também na Teogonia, ¥. 187, hi wages de ‘Outro mito, segundo 0 qual os homens team nascido do frei- ‘Xo, que 6 cxatamente a mesma Svore de onde sio as referidas hinfas. Asim, os homens de bronze tém a origem de sa raga neseae Arvoes, © que os identifica com os primeires homens COnhecidos int tradglo ordinéra dos gregos. Outa tradigao feconhece af apenas umn valor metafric. segundo cla, esses homens sto dures e beicosos como as lanas de combat fei- tas ipualmente do fcizo, (CL. Veedenius, op. cit.) ‘Em soguida vemos que eles se ocupavam com as obras (erga)! de-Aresy 0 deus da Guerra, Airis aqui taduzimos or violencia, Jé que West (p. 187) demonstra que n0 plural 1B Rovemomi «plas winds som eno que Vernant The tsb de tnbe as significa “stos de vioénci”. “Nenhum trigo comiam’ ude ‘ stoesthon), a ngicultarsensnnda por Dencir basen para a civiieacb, eos Cicloper (Oddie, 107) © 00 estigses (Odistia, 1098) sto exempos de povos seve. {ens por no connecetem o pio. Os hams de bronze ev Aeotmente desconbeciam a agricul ¢ estavam proxinos ‘dn scivageria, NO v8 paar plas (incesies), ue care- terizaescs homens dios foes gu se a psd qu mica moldado por um artesto,e' forma dplastas dstreve'a tase por onde 0 aresSo comesa seu trabalho, dal © ‘enti de infome, camo no caso dos "Cem rages". por ‘exemple. ida de rade pas de lnaessbidad, pos para os comedors-deo os homens de bronze sio rude, i traveis, inaceasfeiEntetanto,pucce nos igual t- Zodvel #expicago dada por Verdi (op cits p- 6) mos. trando que dplastos € uns palavafonnada Suna corapula Ae epldsen, um Aeristo 2 postico do verbo pelts, ue Sonica abort arosinar see ses homens no sto moos por Zeus, cles mesnos se uta comm on Gigaron, puna 8 Teognia No v 83, "desceram a do aio de Hades" 00 ‘ej hina moat do mono, ead on ange: Foe toes sh ona expen to ljtve “es roid) 56 aparece em Hesiodo. - f re "Nonna! annie), ie sige no do v.14, cm posto de rlvo, ca rand contrat am yuna tres, acta Seino ap se tan com's tape os esi, cla ela Is conftaplosscoe¢ ‘Se, sobretdo, os gu deta su noe se toe de on deroron, ‘raga dos bers 6 rida mais ita atderon © enor rion) do que ne 8 pect see gue Se eanctrzava por his Hieron pong de € are iGaclene), conor 0279 date poems 6 A palaven héros her tem em grego dois setidos princi! na plea antiga retereae a todos os Beis cua era for canta pon aed, posterionment cle refere thom psn mre gcse ar er mee ‘ho per para 0 Bem 06 ara Male que feque paras wm Ful Ge Honre spropada,confonne Walter Barter. Em FHasodo cles apurecom como a rage dvina dos michos hers (nde herdon thon geno ces dese dos deuses tho So doses tamin a Teogonia (ve 955-1020) ssn Ta sun origem dvina ‘Novv. 10m plavr hemfheot (semideuses) significa ‘que cles ado aparenadon™® sos deuses © nfo due tena sta {BS de semidctes, A paavra ner cm prego nfo tem cino- lopia conta, segundo Chanraive ‘Dos wo 102 3 172, Hesiodo apesenta de manccage- ral ox herd dae ns famosas eatigs lends peas 0 cclo {Chino eo csi tana A expresso tera Cadmela se efere {'Cadno,consderado pal dos tebanos e fundador de Tebas. [elon”™ Outiodao, ox rebanhos de Edi, rele 20s tens dc Esipo, a su tron, seus ebanhos disputes por seus fthos Etcocesc Ptinces.Tebas de Sete Portas er a= thowa por tru hes em ca uma de suas pores, pare de {odes (Engl, Or sete contra Teas). 1G. 166 oe men than tlosamphoktypse", ~o remate de more os envovet mosta de fora bem lara due a mors € fim de tao, terse de uma expresso pica {Gt Iuada, i 409), Os nerds tannin do mona, apes de torsos ela gra Now. [71 8 expessio En matron Nésost, ha dos Ben Avenurados, tats de ua mora teicinal de alguns fis onde vivian em condigéessemetnanes Ss da Made de ture. Esta morada, por ser io pvilegiada,fceva os com fine da tere, case ome apace ag Pla pipet Yer mo Hero o ome dese ugar € "Campos Eliscos ‘Os heris se dtnguem dos homens das outs 505 sobretudo pone api a mors eles conserva sta condo Se heise slancam una ques imortalidade, que € 9 prese Scho de sous ames une ploian, saves dos trpos pelos ‘amtos dos poeta ao A tina raga, wv. 174 a 201, 6 raga do presente, a raga dos omens de ferro. Hesfodo, jf'no primero verso, diz gue gostaria de ter nascdo depois u ter morrido antes dessa inta rasa, tio terfvel ela & Uma latagio entre verbos no presente e-bo futuro se di até ov. 179, para cin sepuida apa Fecerem fodos no tempo futur, carcterizando 0 torn prof code texto, © tema da quebra dos lagos familiares e dos costumes ‘que aparece nos. 182-86 € tpico das profecias onentais Sobre final dos tempos”. A imagem das cangas naseendo ‘om cabegas encanecidas (geindmenot poliotrdipio!) sponta para fato de que nascer e morrer esto exttemsamente pro ‘ios. Esta rasa tra a vida mais breve do que a de tov as precedes, © Su deca sere tot. Pati, Polio, By 'A palavea hyBrin, que aparcee no final do v. 191, & segundo West (op. cit» p. 202), personificagso do ner (homem) como a prépria encamacio da Hyori, caracter ‘ago exiremanente fore fulminant para os mortals, ‘AS. nogGes de Aidas (Respeito) © Nemesis (Retri- buigio)™ so indiscutivelmente muito difcels de terem cor respondentes exatos nas Iinguas moderna; so elas as tims Aivindades que coabitavam com os homens ¢ dante das twago de rua total, ambas vio fazer companhia 0s outtos Jmortais, abandonando os morais & sua propria sorte. Als Ss refere a um seatimeato que se tem de una Justa aprectago de seus proprios privilgios e de pusoe pars com oe direitos allieios. Nemesis, ligada a0 verbo nemen (Gist), tem sentido aproximado de “Justia dstibutiva™, Solmsem (aad Cérdovan op. ci.) sponta que no periodo acaico aidés € um feio muito poderoco pare inlinagao humana a fealzar in. {sicas. O desdobramento da figura de Aldde€ absolute a ttkico aparece na Teagenia, v. 223, como wma das filhas «da Noite © aq surge em sua imagem luminosn. ‘A admoestagio final €limpida e apocaliptica: kakow ok Eseta alle, ‘conta © al forga nso Ravers Como vino, 0 mito das cinco rges amas 0 esi samento dado por Hesiod oo mato de Prometee Pandora, fo apora, nto 4 nscestade do taba, femora neces {ide da Susiga do Zou Tara fisalizar, goxaria de senor para a aualvade do x, pos, spear speculaas propa de et tego, Seon toman coms = rig do ome, orig ds me ica a nctscidade do tabuo e da juste = so objeto ‘acicedae eda teflerdo mens do homer e je, sae ‘Sree copanca dine don esto oo eacho Vins ¢ so scat ela primeira vez na ieraturs cident un poeta se ccupa pootcunente em cael, pea verdad doo, Finland congo humana ito € to dentro do igor de uma lien propria So text, em gus, com a palo com Seaid polar Mona cl exes como a conga humana € fro do ura conplena rds de anbigtidaden, qu acaba por {omnis fundancetanent abtgun, OVSNTONOO Ad WSIND ¥ (0s fos tramados no urdume do texto hesiico prod- zem, de acordo com or caminhos eacolhido,teciJos que pO- ‘dem ~ ou nao ~ se desfits ¢refeitos de Outros muitos mo- ‘dos. A tecelagem, stividade exclusivamente feminina ene os [egos sitios, € aqui imitada em seus procedimentos para fxecutanmos um pano original, ao que pode haver de original fa combinacte dos mesos fio jf inimeras vezes tamades, ‘Os tis elatos miticos comentados tém em comim 0 fato de apontar sempre em diregso 20 mlplo, 20 comple- Xo, a0 ambiguo, quer quanto 2s nogées que apresentm, quer ‘quanto as caratersicas dos personagens © dos. acoate “Assim, jf no primero mito, 0 pocta diz que nio hé apenas uma “Lata”, quo descende de Nyc na Teogonia, mas ‘Sobre a terra existemn das; uma boa, que, pela emulagso, visa ‘Constr e& outa mi, que, pela contenda, leva a destrigto: 20 final do relato,lrabremos,s6 se fala em uma Eris, na qual ‘2 confundem as dae caracterntias (© mito das cinco ragas, como jé vimos, se organiza sobre a polaridade Hyfri/Dae’ nas primeira quatro rages ht ‘om altemdncta de supremacias de uma ou de outra, na dl tima, na qual © posta diz esar,existem concontantemente "Bxcesso" e “Justis” ¢ a difell contingéncia de ter de se cscolher entre um e out, ‘Sem dvida, 9 mito mais claro © mas rico nesta pers- pectiva de leitura'é o de Promoieu e Pandora, fortemente Imarcado pelas ambiglidades, como j4 observet. Exempliie ‘Cando, posso lembrar que a asticiaprevidente de Prometeu tem seu coniraponto no desacerto de Epimetev. Prom tem 4 mers, mas Zeus tem, além da Métis, 0 ndos. A figure de Pandora € fabrcada a pari da mistura do elemento tera 20 clemento égua:ela€, ao mesio tempo, o belo eo ml € fore te de prazer, mas de dor efadiga:produz vida e waz a morte ‘0 intitsir 9 novo cielo do nascer-perecer, ela &cdpia, mas € {amb original ao inaugurar a raga das mulheres; ela tem a fala (phon), que possibiita 8 comunicagao propria dos fo ‘mens ¢ que, a0 mesmo tenpo, € 0 elemento que pode enga- nar, persuad,alomenur,cssimulare domina. Pandora az © jaro que aparentomente € 0 plthos que guarda os gras da Sima colheita, mas qu, em realidade,estdcheio de males, alligdes,fadigas © doengas, que no alimentam mas destoem ‘os homens; dentro do jar fica presa @ Elps, a uma s6 vez 98 ‘expectafo do bom ¢ do mal e que, no espaco da incriorida- de, tem vo2 e dlaloga com o homem, inctando-o # agit Ov 4 pecientar Pandora é 0 desejivel, amorivel invencivel aril ‘ara os homens, seu prejuizo maravilhoso, (Ora, aimbighidade que empara igualmente para um Indo € para 0 outro dit a identidade e em seu lugar fea 3 diversidade, a incerta complexiade. Nos Erga nfo se define 4 identidade humana, mas se apresenta condiglo humana, fiferente da divina e'da animal, Assit, posso amar que entidade do homem, a sun natures, reside justumente na ‘complenidae e na tensio permanente entre pélos e dieses ‘Em minha leitura do poema, Hesfod es estabelecen: do os fundamentos da condisao humana nest labirintico tet ‘do que se tama sob o signo da ambigdidade, A origet, a a tureza e of lotes dos homens ficam agu nstituidos da mesma forma que na Teogonia se fez com a raga dos deus, 1. BDIGoES Hesiod — Hesiod — Hesiodus — Hesiod — BIBLIOGRAFIA Works and days, edited with prolegomena and commentary by M. L. West, Oxford, Claridon Press, 1978. Thdogonie, Les travaue et les jours, Le bow lier, texte abli et tradut par Paul Mazon, 8 4, Pais, Les Belles Letwes, 1972 Hesiodi Carmina, Leip, Bibliotheca Teub- rariana, “1902” (lento estabelecido por ‘A.React, Theogonia, Opera et dies, Seutwm, Oxford, Claridon Press, 1970 (exo estabelecido por F.Solmsen). 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