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País: Portugal Cores: Cor

Period.: Semanal Área: 28,27 x 13,32 cm²

ID: 31060313 16-07-2010 Âmbito: Economia, Negócios e. Corte: 1 de 1

Dacia foi a marca que mais cresceu no primeiro semestre


Em Portugal a Dacia foi a marca que mais sensível ao preço, o consumidor não quer
cresceu no primeiro semestre de 2010. A que se note que o produto é barato. A Da-
marca de baixo custo da Renault aumentou cia está, a julgar pelas vendas, a contribuir
as vendas em 144,2%, para 613 unidades, para mudar essa realidade. Ainda é, porém,
enquanto a subida do mercado de ligeiros prematuro afirmar que a marca está a con-
foi de 51,3%. “Quando lançámos a Dacia seguir mudar o paradigma automóvel em
[em Maio de 2008], não tínhamos expec- Portugal, de acordo com o director de co-
tativas de volume e sabíamos que iria levar municação do grupo francês no nosso país.
tempo para a marca ganhar o seu espaço e “A pouco e pouco, há um conjunto de uti-
se fosse consolidando. Isso está feito”, disse lizadores que encontram na Dacia algo que
à “Vida Económica Ricardo Oliveira, direc- nenhuma marca lhes oferecia. Seja o clien-
tor de comunicação da Renault Portugal. te de automóveis usados, seja o cliente que
Um modelo que contribuiu, definitiva- tem uma visão pragmática do carro. Agora
mente, para a consolidação a que Ricardo dizer que a marca está a mudar a forma
Oliveira se refere foi o Duster (na foto), como os portugueses vêem o automóvel,
um SUV que, escassos meses após o lan- ainda é muito cedo”, afirma.
çamento em Portugal, é já um sucesso de
vendas. O modelo conta com poucas de- Mercado “não saiu da crise” ração do segundo semestre é maior. Em difícil dizer que saímos da crise. É evidente
zenas matriculadas, devido às limitações suma, a segunda metade do ano deverá ser este aumento das vendas terá contribuído
da fábrica para responder à procura, mas Ricardo Oliveira prevê para a generalida- mais difícil do que a primeira”, avisa. para o crescimento do PIB, mas o mercado
conta já com 600 unidades encomendadas. de do mercado automóvel português um O director de comunicação da Renault continua baixo. E o melhor indicador que
“Teve uma adesão extraordinária, mas só segundo semestre menos positivo do que o Portugal recorda, aliás, que o mercado au- temos para a actividade das empresas é o
vai exprimir esse sucesso depois do Verão”, primeiro e indica a conjuntura económica tomóvel português está a cair há uma dé- mercado de comerciais ligeiros, que foi o
avisa a nossa fonte. e fiscal e a baixa base de comparação como cada. “Se compararmos o nível de merca- segmento com a maior quebra em 2009 e
A relação dos portugueses com os bens justificação. “Estamos com crescimentos do com o que existia no início do século, o que tem a menor recuperação este ano”,
duradouros baratos nem sempre é fácil, com quase 60% de crescimento sobre um passa de 400 mil para 240 mil unidades explica Oliveira.
AP
pois, apesar de o nosso ser um mercado mercado muito baixo. A base de compa- por ano. Apesar de haver crescimento, é

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