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Nesta norma o legislador prev dois grupos de casos que so: a
responsabilidade por facto de outrem ou instruo administrativa e
responsabilidade objetiva. Na primeira situao o legislador exige que a
entidade avance com o montante, no que diz respeito s medidas
preventivas ou reparatrias, reconhecendo-lhe o direito de regresso contra
terceiro que provocou a ameaa de leso, ou dano contra a entidade
administrativa que emitiu a ordem ou instruo que concorreu para a
formao da ameaa ou para a produo do dano, como se verifica no
artigo 20. n. 1 do RPRDE. A segunda hiptese para os casos em que no
h pagamento de custos de preveno e reparao de danos ecolgicos
que, atuando sem culpa, provoque uma leso ambiental quer seja no
mbito de atividades de uma leso ambiental, quer no mbito de qualquer
outra atividade no tipicamente definida como uma atividade como
atividade de risco.
Desta forma podemos dizer que o principal responsvel pelos danos
ambientais e ecolgicos provocados o Estado. Este tanto pode ter
responsabilidade objetiva (consiste na responsabilidade de danos no
ambiente independentemente de ter ou no culpa da Administrao), como
responsabilidade subjetiva, na qual assenta sobre a teoria da culpa, ou seja,
numa ideia de indemnizar quando algum cause um dano de forma dolosa
ou culposa e, desta forma, o Estado sempre solidariamente responsvel,
desde que se demonstre a culpa do seu funcionrio.
Por fim, gostaria de fazer uma breve referncia aos danos ambientais e aos
atos autorizativos, ou seja, eventual existncia de um sacrifcio jurdico-
pblico quando uma atividade privada, devidamente autorizada, provocou
danos ambientais. Dir-se- que o ato autorizativo publico justifica a ilicitude
da atividade causadora do dano e, sendo assim, a responsabilidade por
danos ambientais devia transferir-se do estabelecimento industrial
licenciado para a administrao licenciadora. O poluidor s pagaria a
chamada poluio ilcita. Aqui poderemos ter uma neutralizao do
principio do poluidor-pagador. A responsabilidade acabava por transferir
para o legislador e, consequentemente, para os cidados. Existiria, ento,
um sacrifcio de particulares causado por atividades particulares geradoras
de uma pretenso indemnizatria de natureza jurdico-privada.
BIBLIOGRAFIA
www.apambiente.pt