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DEDALUS - Acervo - FFLCH-FIL
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Ficha catsogréfia elaborada pela
Equipe de Pesquisa ds ORDECC
Cardoso d¢ Oliveira, Robert.
048 Sobre opensament
: =nsamento antropotégico,
Tempo Brasileiro: 3
DU s72:165
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PENSAMENTO
’ ANTROPOLOGI
ROBERTO CARDOSO DE OLIVEIRA.
SOBRE O
TEMPO BRASILEIRO
Em co-ediga0 com 0
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asda de Cte «Techs gm LETRAS
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ose nance ce orunvcrymaenro fe of
cone remeeee i Flog
RIO DE JANEIRO
1988BIBLIOTECA TEMPO UNIVERSITARIO — 63
40 dirigida por EDUARDO ROD
Colegio ditigida por EDUARDO PORTELLA /
Professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Capa de: Antonio Dias ¢ Elisabeth Lafayette
,
Programacio Editorial: Katia de Carvatho
Programacio Textual: Daniel Camarinha da Silva
ES TEMPO BRASILEIRO LTDA,
inho, 61 — Tel,: 205-5949
— CEP 22 221
A
4 Gilda Cardoso de Oliveira‘Tae asaRCaRERTnroerht “onceratocnrenan in
A DISCIPLINA NA PERIFERIA
CAPITULO 5
O.QUE E ISSO QUE CHAMAMOS DE.
ANTROPOLOGIA BRASILEIRA?
Gostaria de retomar nesta oportunidade' uma velha questo —
alias, proposta por Heidegger a propésito da Filosofia —relativa a0
‘SER da Aniropologia Social ou Cultural.. Digo retomar porque numa
outra ocasiao, hacerca de ano emeio, em Abril de 84, pude desenvol-
ver esse tema numa conferéncia proferida na 14.4 Reuniéo Brasileira
de Antropologia, realizada em Brasilia. Naquela conf it
ada ‘Tempo e Tradi¢ao: Interpretando a Antropoloy
deste volum®), detive-me a examinar diferentes rupturas que se pro-
cessaram na ofigem da disciplina em seus espago$ europeu e norte-
ameticano, numa busca-de suas diversas modal
servadas em sua prOpria formagio, por certo disciplinada no interior
itidas do pensamento ocidental. E; para falar agora so-
inarno Brasil, éindispensével que:
rsalidade, i.6, em suas formas primordiais, Por isso, gostaria.
‘um pouco para o que eu dizia em 84: combinei, entao, dois
procedimentos: o primeiro consistiu na elaboracao de um modelo ma-
1a por meio do qual se cruzavam as tradigoes
poral, que exprimisse a relagdo tempoe suanegagiio ounao tempo, de
Fons no Amari Agoplilol p, 27-246
109jo do tempo ou da dimensio hist6rica como categoria fun-
jodo de conhecer. Essa antinomia, formada pelas
sta da Antropologia Social, de Mauss a Lévi-Straus:
iistal impés-se o paradigma estrutural-fu
rada-por Boas; finalment
identifiquei o paradi
Elaborado 0 modelo grazas a0
de uma técnica estruturalista, nem por isso reflexio per-
interpretando um a um em busca de seus respectivos significados.
* Mas senaquelaocasido concluia que o SER eminentemente hi
Tico-da Antropologia na ‘conjunto de suas versées para-
digmaticas — ov, em outras palavras, subculturas de-uma-cultura
‘global chamada Antropologia, ou ainda — se se preferir a
jioma"* antropolégica,-o
certo € que fossem eles paradigmas, subculturas ou linguagens, do
tadds todos de relativa autonomia (uns em relacdo a outros), isso nf
ente (¢ com intensidade-crescen
meados deste século) deixassem de sofrer uma tinsio e
Ses miituas, que um etndlogo contumag ndo resis
histérica da disciplina, vamos agora — valenda-nos da mesma estra-
‘égia — procurar refletir sobre’a Antropologia em sua particularidade.
nacional tentando responder a pergunta: ““O que é isso que chama-
mos de Antropologia Brasileira?”” Vamos iniciar pela identificagao
das tradigGes que a disciplina logrou implantar no Brasil no processo
de sua instalagao entre nés.
Na historia dee Antropol
nos defrontar com uma evi
em seus primérdios brasileiros habitualmente por Etnol iso,
p.ex., 0 Tendéncias Tedricas da Moderna Investigagio Einolégica
, de Florestan Fernandes) — sempre pritiou por definir-se
, concretamente definido como indios, ne-
gf08 ou brancos, estes tiltimos Vistos enquanto grupos étnicos minor
tarios ou segmentos desprivilegiados da sociedade nacional, sejam p.
ex. 08 favelados urbanos, sejam ainda pequenos produtores rurais,
como bem ilustram os caipiras de Sao Paulo ou o:
te, Isso significa que 0 que se poderia chamar de
‘mento — que deveria marcar a natureza do saber antropol6gico —
cou historicamente subordinadé & natureza dos obj
sejao
60s dest
dessa mesma preponderancia do objeto real sobre objetos teorica-
te construldos, surgiram duas tradig6es no campo da Antropolo-
gia Brasileira, ordenando ad
ias.
vigor é a da Einologia
Indigena, send asegunda ada Antropologia da Sociedade Nacional:
ina, se nos dispusermos a cote}
Jas com detérminadas categorias — ou, segundo a ¢:
heimiana, “cont
jura. Porque
e Estrutura? Aqui cabe uma justificacio, ainda que prelimi-
nar, pois mais adiaite a razo da escolha ficar4 mais clara, Para co-
‘megarmos com 0 conceito de Cultura, vemos que ele tem uma pre-
ti ~ Senga constante e quase sistematica a partir do periodo que costumo
chamar de “*herdico'”(que corresponde as décadias de 20 e 30) quando
? a profissa0 de antropélogo e o propio caiipo antropoldgico aindanio
a
% 1' Etnologia. Flot
1nés.e, portanto, o trabalho de pes-
verdadeiramente herdica. Curt
na, ¢ Gilberto Freyre, para a
|, comegaram nesse periodo suas
lariam nos perfodos seguintes’. Entretanto,
valer de seus nomes pela forma exemplar com que desem-
penharam seus papéis de “*heréis civilizadores"” — e, como tais,,cul-
tuados e muitas vezes maiti impo da: Antropologia Brasi-
leira, Tanto um quanto outro se utilizaram amplamente do conceit
de Cultura: Curt Nimuendaju pela importncia que teve, em seu tra-
balho, Robert Loyie®; Gilberto Freyre por seus estudos pés-gradua-
dos nz Columbia University. Embora nao sejam 03 tiaicos, seus no-
mes servem para marcar tipicamente o perfodo. Outros'nomes, im-
Portantes por suas presencas, percorrem esse perfode — como Bal-
dus, Roquete Pinto, Arthur Ramos e
Carlos Estévao de Oliveira e Estévlo Pinto, no norte e nordeste —,
mas nao deixaram obras como mesmo impacto das de Nimu
Gilberto Freyre que nos permita dizer que a partir delas a di
antropolégica entre nds, nas duas tradigoes a
firmado de maneira irreversivel, Gostaria ainda de acrescentar uma
palavra a mais sobre o,componente “*her6ico" desse periodo: devo
dizer que nao se trata apenas de uma Visio, de um etnblogo meio sé-
culs depois; trata-se, 20 contririo, de uma nogao, que eu diria
roduzida talver pelo clima de herofsmo.que costumam gerar
‘como na época.raa'*pesquisade campo” e
refletir a sensibilidade de um Bastos de Avila,
‘quando em seu pequeno livre de-1932, "No Pacoval do Carimbé"”, re-
trata impressionado e num estilo.romanceado. a pesquisa que «joven
Heloisa Alberto Torres. havia feito ma ilha de Marajé, Mulher-
antropSloga era eritdo por demais inesperado, sobretudo numa época
predisposta a ver no exotismo de uma profissio emergente o carter
herdico de trabalhos pioneiros.
Jao conceito de Estrutura-comega a'entrar no moda de cénhecer
1a apenas no periodo seguinte —- a partir do final dos anos
dos 50 — particularmente na obra etnoligica de, Flo-
restan Ferandes (1949,,1952), enquanto nessa mesma época autores
igualmente importantes como Eduardo Galvio (Wagley & Galvao,
1949) e Darcy Ribeiro (1950) se nscreviam na vertenteculturalista da
Fernandes Darcy Ribeiro so os nomes com
0s quais eu gostaria de marcar esse perfodo que chamo de “carismati-
;
112
*
co”, So figuras centrais que conseguiram reunir em.torno de sie de
seus projetos cientificos ¢ académicos iniimeros jovens estudantes de
antropologia. Eu, que tive a sorte de conviver com ambos e deles re-
ceber forte influéncia, sou testemunha desse periodo que entendo ser
de transicdo para a consolidagao nao exclusivamente dwdisciplina no
Pais, mas do propric 1p0 antropolégico" que alcangaria grande
desenvolvimento no periodo seguinte —-e que eu gostaria de chamar
periodo, que chega até o presente, tem seu inicio na segunda metade
iano estilo do “Parecer Sucupira’” destinado 2 reformulacio da Pés-
sraduacio ¢ elaborado em meados de 1960" fo peztodo emquesero-
tiniza o carisma daquelas liderancas e de outras si
lugar surgem novas formas de divisio do trabalho na
bbuidas de uma preocupagao de estabelecer or
mas de Pés-graduagio) qu
io avancada
dos anos 60 e coincide com a criagao dos cursos de mestrado no Pais,
como conseqiién
reforgar os depart
Pacto das pers
zendo uma His
ronuidas
a iaior urea ao Sonceite de Estnitima ontze abt 6 as prolund
ralzes que o conceito de ra langou na Histériaida di
gostaria apenas de acrescentar que s¢ 0 conceito de. Cultura.
sempre inserido numa visio germanica (através de um Thurnyvald; de
quem Baldus fora aluno) ou norte-americana (pela via de um Boas),
nesse sentido; solidério de um certo culturalismo-funcionalista, 0
VER border este eardte somente.no Derlod Atal,
especialmente a partir dos anos,70.
Creio valeria a pena — a estacaltura — acrescentar um, pe-
queno episédio, quase um depoimento meu (que es} a
llares, em seu >
1137
1réprio da Antropologia: quando o nosso saudoso
\dus foi procurado em fins dos anos'50 por Alfred Me~
traux, entio na UNESCO, para indicar alguém — brasileiro ouses-
trangeiro — que pudesse realizar uma pesquisa sobre a estrutura so-
cial dos Xeté (entdo recentemente descobertos), ele indicou-meju:
ficando ser eu um '"étno-soci6logo”” que poderia dar contado recado!
‘Na c6pia da carta, que teve a gentileza de me mandar, baseava-se no
fato de ter eu — segundo ele — formaco sociolégica .,. (foi um con-
que, aliés, afinal no pude aceitar, interessado que estava enti
‘em iniciaro estudo dos TakGna). Outro fato interessante, sintométice
‘dapresencada sociolbgia sempre que estivessem em causa processos
societérios, ocorreu durante, o XXX Congreso Internacional. dos
Americanistas, organizado em 1954 pelo préprio Baldus em Sio Pau-
{o: foi o simpésio que coube a Florestan Fernandes presidir e que s¢
cchamou “ Simpésio Eino-socioldgico sobre Populagées Humanas no
Brasil” (0 grifo € meu); foi totalmente destinado & apresentagio de
‘comunicagées sobre a Antropologia da Sociedade Nacional. Lem-
bro-me, ainda, das provocagées de Eduardo Galvéo quando me cha-
mava de “'sociélogo estrutural”.,. duplamente estigmatizado: como
soci6logo e como estruturalista! Mas se formos além da anedota, po-
demos ver que o-conceito de estruttira era facilmente associado a dis-
ina Sociologia — ¢ quem dele se valia tinha grandes problemas de
jentidade profissional... Mas se naquela época Cultura e Estrutura
fo se articulavam, constituindo entre nés um par de categories cla-
, ja partir do perodo seguinte, quando se roti-
lina — segundo aminhaleitura—comegaa
iza est consolidaa
se diluir aquele cardter antinémico ea ter lugar umacerta articulagaio
‘entre ambas categorias, como veremos mais adiante.
‘Tal como fizemos com relagao & Adtropologia cm sua universali-
dade, quando tomanios os seus primeiros momentos de constituicao
de seus paradigmas, agora tentaremos igual exercicio com relagao &
Anitropologiano procurando apreendé-la nos seus primeiros
do ¢ de profissionalizagao no Pais: estarso
construir uma nova matriz (fig. 1). Imaginemos um qua-
io por coordenadas cartesianas onde numa delas dispo-
tradigdes de que temos tratado—a Etnologia Indigena ea
Antropologia da Sociedade Nacional, que passarei a indicar respec
ivamente como Ia. ¢ Ia. tradig6es; noutra coordenada estardo jus-
tapastos 08 conceitos de Cultura e de Estrutura. 0 cruzamento das.
1d
1 género “estudo de comur
tradigdes ¢ dos conceites gera um campo dividido ém quatro espagos
ou dominios. Sio:eles:-o resultante do cruzamento da-I.* tradigéo
com oconceito de Cultura forma o dominio ocupado por uma Et
gia Indigena Culturalista ede orientagao”bastante funcionalista;
como exemplificam: os trabalhos’ de Curt Nimuendaju (1939): 1942,
1946, 1952), H:Baldus (19371970), B: Schaden (1945, 1954, 196.
Wagley-de seus estudos dos Tenetehara G4 mencionado) e Tapitapé
(1977); E. Galvao:com suas pesquisas'no Rio Negro (1959) e Xingu
(1953)e Darey Ribeiro (1950, 1951 ¢ 1957)3j4 0 dominio resultante do
cruzamento da lls. tradigo com o mesmo conceito de Culturaé ocu-
pado por ama antropologis quase andloga, diferenciada mais pelo ob-
jeto de investigagio — a sociedade nacional — do: que pelo-tipo de
‘abordagem — como so exemplos 0s trabalhos de Gilberto Freyre
(1933, 1936, 1937,. 1959), Emilio Willems (1946, 1948a),-Thales de
Azevedo (1955), René Ribeiro (1952, 1956), Edison Camei
Diggues Jinior (1960), o mesmo Wagley de * Amazon Town’
‘¢.0 mesmo Galvao de “Santos e Visagens"” (1955), entfe outros; 0
culturalismo é a marca dessas duas tradiges. J4 0 cruzamento das
tradigdes com o conceito de Estrutura cria dois outros dominios: 0
que nasce de seu eruzamento com a primeira (i.é, da Etnologia Indige-
na) abriga uma Antropologia Funcional-Estrutural de que € exemplo
claro a obraretnolégica de Florestant Fernandes (a que jé me referi)€,
de uma certa mafeira — pois me situo na transigo entire 0 segundo &
do terceiro perfodo — meus livros sobre os Teréna (1960, 1968)’, tanto
quanto 0 “Akwé Xavante Society” (1967) de David Maybury-Le-
wis, meu colega de geragdo e Companheiro nessa transigio®. O°él-
imo dominio, de nosso quadro imaginério cruza a Ila. tradigao (ada
.ntropologiada Sociedade Nacional) com o mesmo conceito de Es~
trutura passarido-a conter uma Antropologia marcada por sua forte
assoeiogto com aque sosnbmeleaptopna nosao.de Es
fcando esta ultima mujtas vezes.néo mais do que a no:
é dos “estudos de comunidade” com as
lems (19480) e Willems & Gioconda Mussolini (1952), Antonio Can-
ido (1964), Oracy Noguéira (1962) tantos outros (sem nos esque!
ceimos, porém, das criticas que; no fim do periodo, ja se faziam'ao-
de"’, comoas de Otévio I961)ede
alguns outros »gos de sua geragao (isto ¢, da nossa), graduada
nos anos 50. Por tildo isso, ¢-um dominio ocupado quase indiferen-
giadamer jlopia e pela Sociologia”.
115icz do quadro vai se alterar substancialmente no
, cujo inicio pode ser indicado como sendo em me-
los anos 60 ¢ robustecido nos anos 70, como jé aludi. Diria que
uma nova geragio de antropélogos comoca’a surgir neste periodo
tendo como “carro chefe"* a puxar a composic&o da antropologia os
programas de pés-graduagio; Quer como professores ou como alu-
substitufda por uma certs fluidez no:
—a0 mesmo tempo que se pode perceber uma certa l6
namica. O caréter antagénico da relagao Cultura/Estrut
tuido por uma relagéo mais solid
tenso da pesquisa entre nds, pela maior vigéncia da reflexao tedrica e
pela absorgao critica dé uma multiplicidade de influéncias provenien-
tes dos maiores centros de antropologia da Europa e dos Estados
Unidos; onde os limites entre os dominios da matriz disciplinar origi-
nal ja tendiam a uma irreversivel permeabilidade ¢ prenunciavam
io entre os paradigmas, aliés altamente frutifera
para a modernizagao da disciplina naqueles mesmos centros em que
ela se originou. Essa tensio haveria de ser sentida no Bras
‘tudo em nossos nicleos de pés-graduagio mais consolidad
osde Brasilia, Rio de Janciro, Campinas e Sdo Paulo) que contribuem.
com um decisivo impulso na disciplina, cujo presente esté agora
diante de nds. E sobre esse presente tenho apenas um comentério a
mais a fazer, ainda que ele merecesse um exame mais acurado tra-
zendo & nossa consideragdo autores das geragdes mais novas que a
minha; tarefa que exigiria pelo menos uma segunda conferéncia..
Poressarazo, permito-me unicamente mencionar —em lugar de
autores — umas tantas lithas de pesquisa que possam revelar de ma-
neira sintética os caminhos que.a disciplina vem tomando no Brasil, a
par de recomendar alguns-estudos de caréter bibliogréfico que in-
cluam em seu Ambito o que se produziu a partir dos anos 60, no pe-
rfodo que chamei de “‘burocrético”. Tomando ainda em conta as
vas tradigdes aqui examinadas, ditia que, com referéncia & Etnologia
Indigena; as seguintes linhas.de pesquisa se destacam: Organizagao
Social; Religiéo e Cosmologia, Relagdes Interétnicas ¢ Et
Indigenismo, notando-se ainda um croséente interesse pela Etno-his-
t6ria uma tentativa de implantagéo de uma linha de pesquisa na.drea
da Evoldgia Cultural, particularmenté por Daniel Grosse seus estu-
116
dantes, Os levantamentos bibliogrificos de Seeger &Viveiros de
: .
ente quando complementados pelos volumes Ibe }1hda
bliografia Critica de Etnologia Brasileira (Baldus, 1968,'Hartmann,
a Sociedade Nacional, vale destacar
a as:que focalizam a Sociedade
sito, a Antropologia Urbana, as Minorias Socials
‘08 Movimentos Sociais, as Religides: Populares
|. Um ensaio de Klaas Woortmann (1972) ¢ outro
‘Velho (1980), mais um estudo bibliografico de Roque La-
dito (Laraia, ne prelo) sao valiosos, 20s
justade-pequenos
Informativo ¢
jgica é contemplada com interessantes ¢ competentes avaliagdes
luar Guimaraes, 1979; Laraia, 1979; Fukui, 1980; Magnani
Gnaccarini & Moura, 1983;e Me
zonte de minha Ieitura, cabe as
cortadas transversalmente suas diferentes linhas de pesq
uma tendéncia de ve enftiaar as formas de abordagem que pi
inter
dade o interesse que recai sobre o sistem de relagdes socials tana)
qui tio se possa dizer que esse titimo seja ignorado). Parece-me que
essa tendéncia
cado, dos conceitos de Cultura e Esteut
as nosconceitos de Cultur raed tra
nao tho claraé aqui no Brasil, a al evidentts no ‘campo interna-
cional. Se sempre houve uma certa polissemia ém ambos conceitos,
sempre houve, por outro lado, uma aveitagao técita de que ambos,
afinal de contas, se exclufam mutuamente, voltados cada um dele’,
entretanto, para apreensdo holistica ou totalizadora do real — fosse
esse real sociedade ou cultura. Porém, 0 que me parece importante
mencionar é um cada vez mais Visivel duplo-sentido desses conceitos
na praxis atual da disciplina,-na vida da Antropologia moderna —
com efeitos que suponho jé se encontrar em nosso meio, Comecemos
pelo conceito de Estrutura que encerra um duplo sentido bastante co-
nhecido: da estrUtura reificada no paradigma estrutural-fancional (€
que na Figura 2 indico com 0 adjetivo inglés structural) ¢-0 daestru-
uw