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Frente: 01 Aula: 07
- A Primeira Guerra
E
mbora a Rússia necessitasse de reformas e a situação interna do país não fosse das mais
calmas, Nicolau II possuía sonhos expansionistas. Pretendia se expandir na Península
Balcânica (Pan-Eslavismo), entrou para a Tríplice Entente ao lado da Inglaterra e da França e
participou da Guerra Russo-Japonesa.
Em 1914, ao estourar a Primeira Guerra Mundial ficou patente a fraqueza do país. Os fatos
demonstravam que ele não possuía condições de lutar ao lado e contra as grandes potências
industrializadas européias. Os campos eram cobertos de gelo, faltavam estradas, não havia
armamento suficiente e a produção agrícola não conseguia chegar às grandes cidades pela
ineficiência dos meios de transporte. As derrotas tornaram-se constantes junto aos alemães.
Os russos começaram a pedir ao czar que retirasse o pais da guerra. Diante da recusa do
governante, os protestos tornaram-se cada vez mais freqüentes e o descontentamento cada vez
maior. Com o agravamento da situação, a revolução começou a caminhar a passos cada vez mais
rápidos.
As primeiras medidas tomadas pelo novo governo foram a reforma agrária (com a distribuição
de terras aos camponeses), a nacionalização dos bancos e fábricas, (sendo que a direção destas
últimas foi entregue aos operários) e a saída da guerra. Ao retirar-se do conflito, a Rússia assinou
com a Alemanha a Paz de Brest-Litovsk, entregando aos alemães algumas regiões russas.
Entretanto, os primeiros tempos do novo governo não foram fáceis. Contrários a implantação
do socialismo pelos bolcheviques, foi formado o movimento dos russos brancos (mencheviques e
czaristas). Além de ter que enfrentá-los, ainda havia os exércitos estrangeiros que haviam invadido a
Rússia. Uma sangrenta guerra civil se espalhou pelo pais entre os brancos e os vermelhos,
Trótsky, que havia criado o Exército Vermelho, finalmente, em 1921 conseguiu pacificar o
país.
Para conseguir implantar o socialismo, Lênin foi obrigado a tomar medidas ditatoriais, o
chamado "comunismo de guerra". O trabalho tornou-se obrigatório, com salário único. A moeda foi
extinta, tendo sido criado um bônus que era trocado com os operários pelas horas trabalhadas.
Uma violenta crise, porém, não demorou a se abater sobre o pais. O abastecimento foi
seriamente afetado, camponeses começaram a se revoltar e a produção industrial caiu. Para
conseguir superar a crise, Lênin foi obrigado a adotar algumas medidas capitalistas na chamada
Nova Política Econômica (NEP).
A NEP caracterizou-se por "um passo atrás, para dar dois passos para a frente". Os
resultados da nova política foram altamente positivos e conseguiram salvar a revolução. Lênin,
entretanto, não viveu o bastante para ver os resultados. Morreu, em 1924. O poder passou a ser
disputado por Trótsky e Stálin.
- Stálin
Trótsky pregava que era preciso levar a revolução imediatamente para o resto do mundo
(Revolução Permanente), enquanto Stálin afirmava que, primeiramente, necessário consolidá-la na
Rússia e, somente depois, ela deveria ser levada para os outros países (Socialismo num só pais).
Josef Stálin venceu a disputa, tendo governado de 1924 a 1953. Em 1928, a NEP foi
substituída pelos Planos Qüinqüenais Soviéticos, quando o governo passou a planejar a
economia para os próximos cinco anos. O novo plano foi responsável pela industrialização e
modernização do país
Em 1923, foi elaborada uma Constituição que instituía a União das Repúblicas Socialistas
Soviéticas (URSS).
Stálin foi responsável por haver substituído a ditadura do proletariado pela ditadura do
Partido Comunista. Governando com mão de ferro e de maneira autoritária, foi responsável pela
eliminação de milhares de pessoas, acusadas de serem contra o comunismo russo.