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Direito Administrativo

10-06-2006

ESTADO

- Corporação territorial dotada de um poder de mando originário,


- Comunidade de homens, fixada sobre um território com poder de mando, ação e coerção;
- Pessoa jurídica territorial soberana;
- Pessoa jurídica de direito público interno;
- Entidade política, ou seja, pode elaborar as suas próprias leis.

GOVERNO

- Complexo de funções estatais básicas


- Comanda, fixa objetivos do Estado e mantém a ordem jurídica vigente.

ELEMENTOS DO ESTADO

- POVO: Componente humano


- TERRITÓRIO: Base fixa
- GOVERNO SOBERANO: elemento condutor do Estado

PODERES DE ESTADO
- EXECUTIVO
- FUNÇÃO TÍPICA: Conversão da lei em ato individual e concreto (função
administrativa)
- FUNÇÃO ATÍPICA: Edita Medida Provisória, Lei Delegada
- LEGISLATIVO
- FUNÇÃO TÍPICA: Elaboração, discussão e aprovação da lei.
- FUNÇÃO ATÍPICA: Função Administrativa e Jurisdicional.
- JUDICIÁRIO
- FUNÇÃO TÍPICA: Aplicação coativa da lei aos litigantes (função judicial)
- FUNÇÃO ATÍPICA: Função Administrativa

- Os poderes EXECUTIVO, LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO são INDEPENDENTES e


HARMÔNICOS ENTRE SI, com suas funções reciprocamente INDELEGÁVEIS.
SÃO ORGÂNICOS E ESTRUTURAIS

- NÃO HÁ A SEPARAÇÃO DE PODERES, COM DIVISÃO ABSOLUTA DE


FUNÇÕES, MAS SIM A DISTRIBUIÇÃO DAS TRÊS FUNÇÕES ESTATAIS
PRECÍPUAS ENTRE ÓRGÃOS INDEPENDENTES, MAS HARMÔNICO E
COORDENADOS NO SEU FUNCIONAMENTO, MESMO PORQUE O PODER
ESTATAL É UNO E INDIVISÍVEL.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO

Entidades componentes do Estado Federal (Político-Administrativa)


- UNIÃO
- ESTADOS
- DISTRITO FEDERAL
- MUNICÍPIOS

- Entidades AUTÔNOMAS.
- UNIÃO exerce SOBERANIA do ESTADO BRASILEIRO, no CONTEXTO INTERNO
- REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL exerce SOBERANIA no PLANO
INTERNACIONAL.

COMPETÊNCIAS

UNIÃO
- Exerce os poderes que objetivam a garantia da soberania e defesa nacionais;
- Mantém as relações com países estrangeiros
- Participação em organismos internacionais
- Promove o desenvolvimento econômico-social do país
- Garante a cidadania e direitos individuais dos cidadãos.

Destaques de ATRIBUIÇÕES da UNIÃO de caráter ADMINISTRATIVO


- Declarar a guerra e celebrar a paz
- Assegurar a defesa nacional
- Elaborar e executar planos nacionais e regionais de desenvolvimento econômico e
social
- Organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria
Pública do Distrito Federal e dos Territórios, bem como as Polícias Civil e Militar e
o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal.
- Manter o serviço postal e o Correio Aéreo Nacional
- Organizar, manter e executar a inspeção do trabalho
- Emitir moeda.

A UNIÃO pode LEGISLAR, privativamente, sobre matérias específicas (destaques)


- Direito Civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário e trabalho,
- População indígena
- Águas, energia (inclusive nuclear), informática, telecomunicações e radiodifusão;
comércio exterior e interestadual;
- Nacionalidade, cidadania, naturalização e direitos referentes aos estrangeiros;
- Seguridade social;
- Diretrizes e bases da educação nacional;
- Normas gerais de licitação e contratação para a Administração Pública nas
diversas esferas de governo e empresas sob seu controle
- Serviço postal
- Desapropriação
COMPETÊNCIAS COMUNS à UNIÃO, ESTADOS, DF exercidas de modo que cada
unidade restrinja-se a um determinado espaço de atuação. (destaques)
- Conservação do patrimônio público;
- Saúde e assistências públicas;
- Proteção dos bens de valor histórico, das paisagens naturais notáveis e dos sítios
arqueológicos;
- Acesso à educação, à cultura e à ciência;
- Proteção ao meio ambiente e controle da poluição;
- Combate às causas da pobreza e da marginalização, promovendo a integração dos setores
favorecidos.

A União, Estados e DF podem LEGISLAR de forma CONCORRENTE (Art 24 CF). Dessa


forma, a UNIÃO estabelece normas gerais, e os ESTADOS E DF exercem competências
legislativas complementares.
Destaques:
- Direito Tributário, Financeiro, Penitenciário, Econômico e Urbanístico;
- Orçamento;
- Produção e consumo;
- Floresta, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, proteção do meio ambiente e
controle da poluição;
- Proteção do patrimônio histórico, cultural, artístico e paisagístico;
- Educação, cultura, ensino e desporto;
- Previdência social, proteção e defesa à saúde;
- Proteção à infância e à juventude.

MUNICÍPIOS
- Legislar sobre assuntos de interesse local e ainda suplementar a legislação federal e
estadual no que couber.

DISTRITO FEDERAL
- Mesmas competências reservadas aos Estados e Municípios.
11-06-2006

DIREITO ADMINISTRATIVO

“Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos, os agentes e as


atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os fins desejados
pelo Estado”

“Ramo do Direito Público interno que regula a atividade e as relações jurídicas das pessoas
públicas e a instituição de meios e órgãos relativos à ação dessas pessoas”

“Complexo de posições jurídicas e princípios que disciplinam as relações da Administração


Pública e seus agentes públicos na busca do bem comum.”

OBJETO DO DIREITO ADMINISTRATIVO


- A Administração, ou seja, os serviços públicos.

FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO


- A LEI (principal, formal e primordial, fonte primária).
- Analogia
- Equidade
- Princípios Gerais do Direito
- Tratados internacionais
- Instrução
- Circular

- LEI EM SENTIDO FORMAL: É o ato EMANADO do LEGISLATIVO, com


SANÇÃO PRESIDENCIAL, PROMULGAÇÃO E PUBLICAÇÃO NA
IMPRENSA OFICIAL. Para ser Lei em sentido formal, ela deve cumprir todas as
formalidades de criação de uma lei, e recebe um número.

- LEI EM SENTIDO MATERIAL: É o ato emanado do ESTADO que dispõe sobre


relações jurídicas, direitos e deveres em um certo tempo e lugar, sendo editada em
caráter abstrato. Para ser Lei em sentido Material, obrigatoriamente ela deve
estabelecer alguma relação de direitos e deveres, em caráter abstrato.

- Uma Lei pode ser em sentido apenas Formal, apenas Material, e nos sentidos
Formal e Material.
- Exemplos:
- APENAS FORMAL: Lei concedendo ao Lula o título de cidadão
Brasileiro. (não trata de direitos e deveres, e nem é em sentido abstrato)
- APENAS MATERIAL: Resolução da Câmara ou Senado, Decreto
Legislativo, Portaria Ministerial. (não passaram pelo processo legislativo)
- FORMAL E MATERIAL: 8.112, 8.666 (tratam de direitos e deveres, e
seguiram todo o processo legislativo)
- A DOUTRINA
- Sistema teórico de princípios aplicáveis ao Direito Positivo
- Conjunto de estudos, teses, monografias, tratados dos estudiosos sobre certo ramo
jurídico ou instituto específico

- A JURISPRUDÊNCIA
- Reiteração dos julgamentos num mesmo sentido

- OS COSTUMES
- Praxe burocrática
- É a prática reiterada de uma ação na ausência de lei, desde que não contrarie a
moral.
- Ex: Fila.

SISTEMAS ADMINSTRATIVOS

- SISTEMA FRANCÊS – CONTENCIOSO ADMINISTRATIVO


- Há DIVISÃO entre JUSTIÇA ADMINISTRATIVA e JUSTIÇA COMUM.
- NÃO ADOTAMOS O SISTEMA FRANCÊS.

- SISTEMA DE JURISDIÇÃO UNA OU SISTEMA INGLÊS


- Um ÚNICO PODER JUDICIÁRIO se encarrega de TODA A JURISDIÇÃO do
ESTADO.

REGIME JURÍDICO DA ADMINISTRAÇÃO

“Conjunto de normas, regras e princípios que rege a atividade administrativa”

- Divide-se em REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO e em REGIME JURÍDICO


PRIVADO
- A administração pode optar por qualquer um dos dois.

- REGIME JURÍDICO PRIVADO


- Disciplina as RELAÇÕES PRIVADAS
- Codificado principalmente pelo CÓDIGO CIVIL.
- Marca fundamental: IGUALDADE ENTRE AS PARTES.

- REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO


- Princípios da SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO e
INDISPONIBILIDADE DO INTERESSE PÚBLICO.
- Prerrogativas da Administração e SUJEIÇÃO DO PARTICULAR.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

CONCEITOS
“Conjunto de entes (órgãos e entidades) constituídos pelo Poder Público (Estado) para a
consecução do bem comum”.

“Conjunto de órgãos, entidades e funções instituídos para a consecução dos objetivos do


Governo, quais sejam: a satisfação dos interesses públicos em geral e a prosperidade
social”.

NATUREZA
Encargo de defesa, conservação e aprimoramento dos bens, serviços e interesses da
coletividade.

FINS
Bem comum da comunidade administrada.
Caso contrário, configura DESVIO DE FINALIDADE

PODERES E DEVERES DO ADMINSTRADOR PÚBLICO

- Cada AGENTE ADMINISTRATIVO é investido da necessária parcela de PODER


PÚBLICO para o DESEMPENHO DE SUAS ATRIBUIÇÕES.
- Em caso de uso impróprio, tipifica o crime de ABUSO DE AUTORIDADE.
- O PODER ADMINISTRATIVO é atribuído à AUTORIDADE para REMOVER os
INTERESSES PARTICULARES. Nessas condições, o PODER DE AGIR converte-se em
DEVER DE AGIR.
- Não é admitido a omissão da autoridade diante de situações que exigem sua atuação.

PODER-DEVER DE AGIR
- Quem DETÉM o PODER está na OBRIGAÇÃO de EXERCITÁ-LO.

DEVER DE EFICIÊNCIA
- Todo AGENTE PÚBLICO deve realizar suas atribuições com PRESTEZA, PERFEIÇÃO
e RENDIMENTO FUNCIONAL.

DEVER DE PROBIDADE
- O ADMINISTRADOR PÚBLICO deve ter INTEGRIDADE DE CARÁTER.
- Sua CONDUTA deve ser elemento necessário à legitimidade de seus atos

DEVER DE PRESTAR CONTAS


- Refere-se a TODOS OS ATOS DO GOVERNO E DE ADMINISTRAÇÃO
ABUSO DO PODER: EXCESSO DE PODER E DESVIO DE FINALIDADE (Lei 4.898-
1965)

USO E ABUSO DO PODER


- A ADMINISTRAÇÃO deve OBEDIÊNCIA em TODAS as suas manifestações, até
mesmo nas chamadas DISCRICIONÁRIAS, o administrador fica sujeito às
PRESCRIÇÕES LEGAIS quanto à COMPETÊNCIA, FINALIDADE e FORMA.

USO DO PODER
- Deve ser usado em benefício da coletividade administrada.
- O USO do PODER é LÍCITO
- O ABUSO é sempre ILÍCITO
- Todo ATO ABUSIVO é NULO.

ABUSO DO PODER
- Quando a autoridade ultrapassa os limites de suas atribuições, ou se desvia das finalidades
administrativas.
- O ABUSO tanto pode revestira forma COMISSIVA como a OMISSIVA.
- Remédio: MANDADO DE SEGURANÇA

EXCESSO DE PODER
“Quando a autoridade vai além do permitido e exorbita no uso de suas faculdades
administrativas”

DESVIO DE FINALIDADE
“Quando a AUTORIDADE pratica o ATO por MOTIVOS ou com FINS DIVERSOS dos
OBJETIVADOS pela LEI ou EXIGIDOS pelo INTERESSE PÚBLICO”
- “Indícios vários e concordantes são prova” (STF)

ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA (Decreto-Lei 200-67)

- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA ou CENTRALIZADA


- Atividade administrativa realizada pelo próprio ESTADO
- O ESTADO age por meio de ÓRGÃOS PÚBLICOS, e NÃO há a CRIAÇÃO de
PESSOAS.

- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA ou DESCENTRALIZADA


- Atividade Administrativa DO ESTADO, realizada por meio de PESSOAS
JURÍDICAS (ENTIDADES) CRIADAS pelo próprio ESTADO.
- São DISTINTAS do ESTADO
- Suas atividades são outorgadas por meio de LEIS
- Exemplos:
- AUTARQUIAS (Art. 37, XIX, CF)
- PERSONALIDADE de DIREITO PÚBLICO
- Patrimônio próprio
- Receita própria
- Destinada ao DESEMPENHO de ATIVIDADES TÍPICAS do
ESTADO (Serviços públicos, atividades administrativas)

- AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL


- Exercem atividades de FISCALIZAÇÃO e REGULAÇÃO do
SETOR PRIVADO econômico e das EMPRESAS PRESTADORAS
DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
- Têm AMPLO poder de FISCALIZAÇÃO e REGULAÇÃO na área
de sua atuação, NÃO sendo seus ATOS SUJEITOS a REVISÃO
pela ADMINISTRAÇÃO DIRETA.
- DIRIGENTES INDICADOS pelo PRESIDENTE, APROVADOS
pelo SENADO, e NOMEADOS.
- Administrados por um COLEGIADO.
- DIRIGENTES com MANDATO FIXO e ESTABILIDADE no
MANDATO.
- Podem PERDER o CARGO em PROCESSO
ADMINISTRATIVO com anuência do SENADO,
DECISÃO JUDICIAL, RENÚNCIA, exceto BACEN.
- Estão sujeitos a QUARENTENA quando DEIXAM o
CARGO.

- Exemplos:
- Autarquias COMUNS: DNIT, CUM, INCRA, INSS, FNDE,
IBAMA, DETRAN, DER, DFTRANS
- Autarquias em REGIME ESPECIAL: BACEN, CADE, ANATEL,
ANEEL, ANVISA, ANTT, ANTAQ, ADASA-DF

- FUNDAÇÕES PÚBLICAS
- PERSONALIDADE de DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO
- Criado por LEI ESPECÍFICA (DIREITO PÚBLICO) ou PELO
REGISTRO do ATO CONSTITUTIVO do ÓRGÃO
COMPETENTE (geralmente é cartório), depois de uma autorização
por LEI ESPECÍFICA.
- PATRIMÔNIO PRÓPRIO
- EXECUÇÃO DE ATIVIDADES DE CARÁTER SOCIAL
(ENSINO, SAÚDE, PESQUISA, ASSISTÊNCIA SOCIAL)
- Exemplos de FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO
PÚBLICO:
- FUB, FIOCRUZ, IBGE, IPEA, ENAB, FUNASA, FUNAI.
- EMPRESAS PÚBLICAS
- PERSONALIDADE de DIREITO PRIVADO
- PATRIMÔNIO PRÓPRIO
- CAPITAL integralmente PÚBLICO
- Destinadas ao desempenho de ATIVIDADE ECONÔMICA (Art.
173) ou prestação de SERVIÇOS PÚBLICOS (Art. 175)

- SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA


- PERSONALIDADE de DIREITO PRIVADO
- PATRIMÔNIO PRÓPRIO
- CAPITAL MISTO (PÚBLICO E PRIVADO)
- Organizado obrigatoriamente como SOCIEDADE ANÔNIMA S/A
- Maioria das ações com direito a voto pertencentes ao Estado ou as
Entidades da Administração Pública Indireta.
- Desempenho de atividade econômica ou prestação de serviços
públicos
- Licitações públicas
- Concurso Público
- Vedação à acumulação de cargos e empregos
- Responsabilidade objetiva, quando prestadores de serviços públicos
- Controle da Administração Pública (CGU-TCU)
- Os atos de seus dirigentes são controlados pelas ações judiciais
utilizadas como controle da administração pública. Ex: Mandado de
Segurança, Ação Civil Pública, Ação Popular, Ação de Improbidade
Administrativa.

- BENS das EMPRESAS PÚBLICAS e das SOCIEDADES DE


ECONOMIA MISTA são BENS PARTICULARES
- Podem ser PENHORADOS para PAGAMENTO de DÍVIDAS e podem ser
USUCAPIDOS ou objetos de USUCAPIÃO.
- EXCEÇÃO: Bens das Empresas Públicas e das Sociedades de
Economia Mista afetados à Prestação de Serviços Públicos NÃO
podem ser PENHORADOS nem USUCAPIDOS.

FALÊNCIA DA EMPRESA PÚBLICA E DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA


- EMPRESA PÚBLICA E DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA (PASSADO)

- Exploração de atividade econômica (Falência)


- Qualquer produção, industrialização de bens ou prestação de serviços
privados
- Prestadora de Serviço Público (Não estava sujeita a falência)
- SERVIÇO PÚBLICO: TODA ATIVIDADE ÚTIL À SOCIEDADE E DE
OBRIGAÇÃO DO ESTADO
- Lei 8101-05
- Art. 173, I – CF-88 – Empresas públicas e Sociedades de Economia Mista que
exploram a Atividade Econômica estão sujeitas às MESMAS OBRIGAÇÕES
Trabalhistas, fiscais, comerciais** e previdenciárias das EMPRESAS PRIVADAS.

ENTIDADES PARAESTATAIS OU 3º SETOR

1º SETOR: Estado
2º SETOR: Atividade ECONÔMICA Privada
3
º SETOR: Atividade Privada não econômica, mas SOCIAL
Atividade Social NÃO ESTATAL
4º SETOR: Atividade econômica ilegal (crime organizado)

- São entidades privadas;


- Sem fins lucrativos;
- Realização de atividades sociais NÃO EXCLUSIVAS DO ESTADO;
- Colaborador, parceiro;
- NÃO integram a ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA ou INDIRETA;

- Exemplos:
- Entidades privadas qualificadas como ORGANIZAÇÃO SOCIAL (Lei
9637-98)
- Entidades privadas qualificadas como ORGANIZAÇÃO DA
SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (Lei 9790-99)
- Entidades integrantes do sistema “S” (SESC, SENAI, SESI, SEBRAE)

AGÊNCIA EXECUTIVA (Art. 37-8 – CF)


- TÍTULO, QUALIFICAÇÃO concedida pelo ESTADO a uma AUTARQUIA ou
FUNDAÇÃO PÚBLICA que tenha celebrado um contrato de GESTÃO.
- Metas de desempenho e qualidade previamente estabelecidas
- Maior autonomia na sua administração
- Título conferido pelo Presidente da República, por DECRETO

- Instituto mal visto pela doutrina especializada.

EMPRESAS ESTATAIS – GOVERNAMENTAIS


- Art. 170 – CF 88 – PRINCÍPIO DA ORDEM ECONÔMICA
- Livre Iniciativa
- Livre concorrência
- Propriedade Privada

- Art. 173 – Limitação à ATIVIDADE ECONÔMICA por parte do ESTADO, das hipóteses
de:
- Relevante interesse coletivo
- RISCOS para a SEGURANÇA NACIONAL

- Art. 175 – Serviços Públicos


A PERSONALIDADE JURÍDICA de DIREITO PRIVADO NASCE com o REGISTRO
do ATO CONSTITUTIVO no ÓRGÃO COMPETENTE.

A PESSOA JURÍDICA de DIREITO PÚBLICO NASCE com uma LEI.

ÓRGÃOS PÚBLICOS

- São CENTROS DE COMPETÊNCIAS instituídos para o DESEMPENHO DE


FUNÇÕES ESTATAIS POR INTERMÉDIO DE SEUS AGENTES.

“UNIDADE DE ATUAÇÃO INTEGRANTE DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO


DIRETA E DA ESTRUTURA DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA” (Lei 9.84-1999)

- Cada ÓRGÃO é investido de determinada COMPETÊNCIA, redistribuída entre os seus


CARGOS, com a correspondente PARCELA DE PODER necessária ao EXERCÍCIO
FUNCIONAL de seus AGENTES.

CLASSIFICAÇÃO DOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

- Quanto à POSIÇÃO ESTATAL:


a) INDEPENDENTES:
- ORIGINÁRIOS DA CONSTITUIÇÃO e REPRESENTATIVOS dos
PODERES DE ESTADO – Legislativo, Executivo e Judiciário.
- ÁPICE DA PIRÂMIDE GOVERNAMENTAL
- NÃO POSSUI SUBORDINAÇÕ HIERÁRQUICA OU FUNCIONAL
- SÃO SUJEITOS AOS CONTROLES CONSTITUCIONAIS DE UM
PODER PELO OUTRO
- Exercem precipuamente as FUNÇÕES POLÍTICAS, JUDICIAIS E
QUASE JUDICIAIS, outorgadas diretamente pela CONSTITUIÇÃO.
- Essas FUNÇÕES são desempenhadas pelos seus MEMBROS (AGENTES
POLÍTICOS, distintos de seus servidores, que são agentes administrativos)

- Exemplos: CD, SF, Presidência, TJ e Juízes singulares (STF, Tribunais


Superiores Federais, Tribunais Regionais Federais, Tribunais de Justiça e de Alçada dos
Estados-Membros, Tribunais do Júri e Varas da Justiça Comum), o Ministério Público
Federal e estadual e os Tribunais de Contas da união, dos Estados-membros e Municípios.
b) AUTÔNOMOS:
- ABAIXO dos ÓRGÃOS INDEPENDENTES e diretamente
SUBORDINADOS a seus CHEFES.
- AMPLA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA E
TÉCNICA.
- ÓRGÃOS DIRETIVOS
- FUNCÕES precípuas de PLANEJAMENTO, SUPERVISÃO,
COORDENAÇÃO e CONTROLE das ATIVIDADES que constituem a sua ÁREA DE
COMPETÊNCIA
- Exemplo: Ministérios, Secretarias de Estado e de Municípios

c) SUPERIORES:
- Detém PODER DE DIREÇÃO, CONTROLE, DECISÃO E COMANDO
dos assuntos de sua COMPETÊNCIA ESPECÍFICA, mas sempre sujeitos à
SUBORDINAÇÃO e ao controle HIERÁRQUICO de uma CHEFIA mais alta.
- NÃO gozam de AUTONOMIA ADMINISTRATIVA nem FINANCEIRA.
- Exemplos: Gabinetes, Secretarias-Gerais, Inspetorias-Gerais, Procuradorias
Administrativas e Judiciais, Coordenadorias, Departamentos e Divisões.

d) SUBALTERNOS:
- HIERARQUIZADOS a ÓRGÃOS MAIS ELEVADOS.
- REDUZIDO PODER DECISÓRIO
- PREDOMINÂNCIA DE ATRIBUIÇÕES DE EXECUÇÃO
- SERVIÇOS DE ROTINA, TAREFAS DE FORMALIZAÇÃO DE ATOS
ADMINISTRATIVOS, CUMPRIMENTO DE DECISÕES SUPERIORES E PRIMEIRAS
SOLUÇÕES EM CASOS INDIVIDUAIS.

- Quanto à ESTRUTURA:
a) Órgãos simples ou unitários
- Constituídos por um só CENTRO DE COMPETÊNCIA
- INEXISTÊNCIA de um outro ÓRGÃO incrustado na sua ESTRUTURA
para realizar DESCONCENTRADAMENTE sua FUNÇÃO PRINCIPAL ou para
AUXILIAR seu DESEMPENHO

b) Órgãos compostos
- REUNEM na sua ESTRUTURA ÓRGÃOS MENORES com FUNÇÃO
PRINCIPAL IDÊNTICA (atividade-fim realizada de maneira desconcentrada), ou com
FUNÇÕES AUXILIARES DIVERSIFICADAS (atividade-meio atribuída a vários órgãos
menores).
- O MAIOR e de MAIS ALTA HIERARQUIA envolve os MENORS e
INFERIORES, formando com eles um SISTEMA ORGÃNICO, onde as FUNÇÕES são
DESCONCENTRADAS, isto é, DISTRIBUÍDAS a vários CENTROS DE
COMPETÊNCIA.
- SUPERVISÃO do ÓRGÃO mais ALTO
- FISCALIZAÇÃO das CHEFIAS IMEDIATAS, que tem poder de
AVOCAÇÃO e de REVISÃO das UNIDADES MENORES, salvo ÓRGÃOS
INDEPENDENTES.

- Quanto a ATUAÇÃO FUNCIONAL

a) ÓRGÃO SINGULARES ou UNIPESSOAIS


- ATUAM e DECIDEM por meio de um ÚNICO AGENTE, que é seu
CHEFE e REPRESENTANTE
- Pode ter outros AGENTES AUXILIARES
- Caracterizado por DESEMPENHO de FUNÇÃO PRECÍPUA por UM SÓ
AGENTE investido como seu TITULAR.
- Exemplos: Presidência da República, as Governadorias dos Estados, as
prefeituras Municipais, que CONCENTRAM as FUNÇÕES EXECUTIVAS das
respectivas entidades estatais, enfeixam-nas num só CARGO DE CHEFIA SUPREMA e
atribuem o seu exercício a um ÚNICO TITULAR.

b) ÓRGÃOS COLEGIADOS ou PLURIPESSOAIS


- ATUAM e DECIDEM pela MANIFESTAÇÃO CONJUNTA e
MAJORITÁRIA da vontade de seus MEMBROS.
- NÃO prevalece a VONTADE INDIVIDUAL de seu CHEFE ou
PRESIDENTE, nem a de seus INTEGRANTES ISOLADAMENTE: o que se IMPÕE é a
DECISÃO DA MAIORIA.

AGENTES PÚBLICOS

“São todos aqueles que EXERCEM, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por
eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou
vínculo, MANDATO, CARGO, EMPREGO ou FUNÇÃO nas ENTIDADES e ÓRGÃOS
PÚBLICOS”

CATEGORIAS OU ESPÉCIES

- AGENTES POLÍTICOS:
- COMPONENTES DO GOVERNO em seus PRIMEIROS ESCALÕES
- Investidos em CARGOS, FUNÇÕES, MANDATOS OU COMISSÕES por
NOMEAÇÃO, ELEIÇÃO, DESIGNAÇÃO OU DELEGAÇÃO para o EXERCÍCIO de
ATRIBUIÇÕES CONSTITUCIONAIS e percebem como atribuição pecuniária
SUBSÍDIO.
- PLENA LIBERDADE FUNCIONAL.
- ATRIBUIÇÕES com PRERROGATIVAS e RESPONSABILIDADES
PRÓPRIAS estabelecidas na CONSTITUIÇÃO e em LEIS ESPECIAIS.
- NÃO SÃO SERVIDORES PÚBLICOS

- Exemplos: Chefes de executivo (Presidente da República, Governadores e


Prefeitos) e SEUS AUXILIARES IMEDIATOS (MINISTROS E SECRETÁRIOS DE
ESTADO E DE MUNICÍPIOS), os MEMBROS DAS CORPORAÇÕES LEGISLATIVAS
(SENADORES, DEPUTADOS E VEREADORES); os MEMBROS DO PODER
JUDICIÁRIO (Magistrados em geral); os membros do MINISTÉRIO PÚBLICO
(PROCURADORES DA REPÚBLICA E DA JUSTIÇA, PROMOTORES E
CURADORES PÚBLICOS); OS MEMBROS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS
(MINISTROS E CONSELHEIROS); OS REPRESENTANTES DIPLOMÁTICOS e
demais AUTORIDADES que atuem com INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL no
desempenho de ATRIBUIÇÕES GOVERNAMENTAIS, JUDICIAIS OU QUASE-
JIDICIAIS, ESTRANHAS AO QUADRO DO SERVIDOR PÚBLICO.

- SERVIDORES PÚBLICOS

- Aqueles que VINCULAM ao ESTADO ou às suas ENTIDADES por RELAÇÕES


PROFISSIONAIS.
- Sujeitos a HIERARQUIA FUNCIONAL
- São investidos em CARGO ou EMPREGO
- Com RETRIBUIÇÃO PECUNIÁRIA
- Em regra NOMEAÇÃO, excepcionalmente CONTRATO DE TRABALHO

- ESPÉCIES:
a) servidores titulares de cargos públicos: “Servidor é a pessoa legalmente
investida em cargo público” (Lei 8.112)

b) Contratados por tempo determinado para atender à necessidade


temporária de excepcional interesse público

c) Contratados sob o regime de emprego (Lei nº 9962-00)

d) Os empregados públicos: Aqueles legalmente investidos em emprego


público (celentistas)

e) Os comissionados: Ocupantes de cargo de livre nomeação e livre


exoneração. Aqueles nomeados em português e exonerados em latim ad nutum (Art 37, V,
CF)

- AGENTES HONORÍFICOS

“Cidadãos CONVOCADOS, DESIGNADOS ou NOMEADOS para prestar,


TRANSITORIAMENTE, determinados SERVIÇOS ao ESTADO, em razão de sua
CONDIÇÃO CÍVICA”, de sua HONORABILIDADE, ou de sua NOTÓRIA
CAPACIDADE PROFISSIONAL, mas SEM qualquer VÍNCULO EMPREGATÍCIO ou
ESTATUTÁRIO e, normalmente SEM REMUNERAÇÃO.
- São equiparados a FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS quanto aos CRIMES
relacionados ao EXERCÍCIO DA FUNÇÃO (Art. 327-CP)
- Exemplos: jurado, mesário eleitoral, comissário de menores, de presidente ou
membro de comissão de estudo ou de julgamento.

- AGENTES DELEGADOS
“São PARTICULARES que recebem a INCUBÊNCIA da execução de
determinada ATIVIDADE DE OBRA, OU SERVIÇO PÚBLICO e o realizam em NOME
PRÓPRIO, por sua CONTA E RISCO, mas segundo as NORMAS do ESTADO”
- Exemplos:
Comissionários e permissionários de obras e serviços públicos, os
serventuários de ofícios ou cartórios não-estatizados, os leiloeiros, os tradutores e
intérpretes públicos, e demais pessoas que recebem delegação para a prática de alguma
atividade estatal ou serviço de interesse coletivo.

- AGENTES CREDENCIADOS

“Recebem a incumbência da Administração para REPRESENTÁ-LA em determinado ATO


ou praticar certa ATIVIDADE ESPECÍFICA, mediante REMUNERAÇÃO do PODER
PÚBLICO CREDENCIANTE.”

22-08-2006

ATOS ADMINISTRATIVOS

- Fatos Jurídicos: Todo e qualquer evento natural ou oriundo da vontade humana capaz de
produzir conseqüências jurídicas (direitos/deveres)

- Atos Jurídicos: Toda manifestação de vontade capaz de criar, extinguir ou alterar direitos
ou deveres

- Atos Administrativos: É toda manifestação unilateral de vontade da Administração


Pública (União, Estados, DF, Autarquias, Municípios, Fundações Públicas, Empresas
Públicas e Sociedade de Economia Mista), agindo nessa qualidade, que tenha por fim
imediato criar, extinguir, alterar, modificar, declarar direitos, ou ainda, impor obrigações a
si mesmo ou aos Administrados.
- Manifestação unilateral de vontade
- Atividade Administrativa
- Interferência Positiva/Negativa – Direitos/Deveres

- Requisitos de validade dos Atos Administrativos


- Competência: É o conjunto de atribuições conferidas por lei a um órgão público ou
entidade para a prática de Atos Administrativos.
- A Competência pode ser delegada desde que não haja impedimento legal.
- Não se delega competência para a prática de Atos Normativos
- Não se delega competência para decidir Recursos Administrativos
- A competência pode ser avocada do subordinado para o superior
- A delegação de competência não torna incompetente quem a delegou. A
delegação trata de uma extensão da competência, dessa forma, tanto quem delegou quanto
quem recebeu a delegação, são competentes para a prática do ato.

- Finalidade: É a intenção com que se pratica o Ato Administrativo. É o resultado


imediato do Ato Administrativo.
- O legislador e quem define a finalidade do ato, não existindo liberdade de
opção para o administrador.
- Ex: Remover um servidor público de uma cidade para outra fim de
distribuir de acordo com as necessidades públicas.

- Forma: E a exteriorização do ato. Documento que materializa o ato.


- Em regra, o Ato Administrativo deve ter a forma escrita
- Situações excepcionais: verbal, figura (Pictório)

- Motivo: é a situação de fato e de direito que determina ou autoriza a prática do Ato


Administrativo.
- Situação de fato: Ex: Avançar o semáforo
- Situação de direito: Previsão legal
- Objeto: É o resultado imediato e concreto do Ato Administrativo
- Ex: Fechar o restaurante que não está seguindo os padrões de higiene.

Ex: Multa
- Competência: Detran, por meio de seus agentes
- Finalidade: Melhorar o trânsito, tornar o trânsito mais educado
- Forma: Documento de Auto de Infração
- Motivo: Infração de trânsito cometida pelo infrator
- Objeto: Imposição da ordem de pagamento de multa

- Motivação: é a justificativa, a exposição das razões que levaram o administrador a


praticar o Ato Administrativo. Não se confunde com o motivo, mas dele decorre como a
explicação para justificar a pratica do Ato Administrativo.
- Todos os atos administrativos, em regra, devem ser motivados, sejam eles
atos motivados ou discricionários.
- Exemplo de exceção: Nomeação e exoneração de cargo em
comissão.
- A motivação deve ser clara e congruente com os motivos, podendo ser
sucinta, e ainda, pode se limitar a mera concordância com pareceres, despachos ou opiniões
já manifestadas, que nesse caso farão parte do ato.
- Teoria dos Motivos determinantes: Uma vez realizada a motivação, as
razões expostas passam a condição de Requisitos vinculados de validade do Ato
Administrativo, de tal sorte que, sendo inverídico a motivação, o Ato será nulo.
- Os motivos que foram determinantes para a prática do ato e foram expostos
na motivação, são agora requisitos de validade do ato.
- Atributos do Ato Administrativo
- Presunção de Legitimidade
- Imperatividade
- Exigibilidade
- Auto-executoriedade / Executoriedade
- Tipicidade

- Presunção de Legitimidade: Todo Ato Administrativo é presumivelmente legítimo.


Todos são presumivelmente legal.
- Presunção de Legitimidade
- Presumivelmente legal
- A Administração não precisa provar a veracidade dos atos.
- O ato pode ser posto em operação imediatamente
- Cabe ao proprietário o ônus da prova de ilegalidade do ato.
Presunção Relativa (Júris Tantum)
- Presumivelmente verdadeiras as suas razões.

- Imperatividade
- Nem todos os atos são imperativos
- É o atributo por meio do qual o ato administrativo obriga o particular,
independentemente de sua concordância.
- Exemplo de atos não-imperativos:
- Atos autorizativos
- Posse em cargo público

- Exigibilidade: A administração pode exigir obediência ao ato administrativo por


meio de uma coerção indireta.

- Auto-executoriedade / Executoriedade
- É o atributo, por meio do qual a administração pode executar o ato por seus
próprios meios, com o uso da força, se necessário, e sem a concordância do particular, e
ainda, sem a autorização do Judiciário.
- Exemplos:
- Interdição de estabelecimento
- Apreensão de bens
- Destruição de coisas
- Devolução

- Tipicidade: O Ato Administrativo deve ser previamente estabelecido em lei.

- Classificação dos Atos Administrativos


- Quanto ao Destinatário
- Quanto ao alcance
- Quanto ao Objeto
- Quanto ao Regramento
- Quanto à Formação
- Quanto à Validade (eficácia)
- Quanto ao Conteúdo

- Quanto ao Destinatário
- Gerais: São os Atos Administrativos sem destinatário certo. Se destinam a
uma coletividade de Pessoas, ou pessoas indeterminadas. Semelhantes às
leis.
- Individuais: São que se destinam a pessoas específicas, ou à grupos
específicos.

- Quanto ao Alcance
- Internos: Alcançam pessoas que se encontram na Administração Pública.
- Externo: Produz efeitos fora da Administração Pública

- Quanto ao Objeto (Uso de Poder)


- Império: Uso de poder de supremacia. Quando a Administração manifesta
o seu poder, impondo a sua vontade sobre a vontade do particular.
- Exemplos:
- Demissão de um Servidor Público
- Gestão: É o ato praticado sem prerrogativas de autoridade. A
Administração estará no mesmo nível hierárquico do particular.
- Ex.: Exonerar servidor a pedido do próprio servidor.
- Expediente: Sem conteúdo decisório, servidores de menor escalão.
- Exemplos:
- Encaminhamento de Ofícios

- Quanto ao Regramento
- Vinculado:
- São os atos administrativos cujos requisitos de validade estão
dispostos exaustivamente na lei, de tal modo que é mínima a liberdade do
agente Público na prática.
- Na prática do ato vinculado, o agente competente deve tão somente
verificar a existência dos motivos do ato e realizar o seu objeto, não podendo
deliberar sobre a conveniência ou oportunidade de sua prática (regrado).

- Discricionário
- São os atos administrativos praticados com certa margem de
liberdade, por parte do administrador público e nos limites da lei. No ato
discricionário, o agente publico examina o motivo e escolhe o objeto,
segundo lhe parecer conveniente e oportuno praticar o ato administrativo.
- Mérito: A conclusão que chega o agente público (motivo/objeto)

- Quanto à Formação (Competência para aplicar o ato)


- Simples
- Atos administrativos oriundos de vontade de um único órgão /
entidade
- Ex: Licença de habilitação para dirigir automóveis ou a
deliberação de um conselho

- Complexo: É o ato resultante da manifestação de vontade de dois ou mais


órgãos (independentes), cuja vontade se funde para formar um ato único.
- Ex.: Nomeação do presidente do Banco Central, Nomeação de
Ministro do STF.

- Composto: É formado por um ato principal que deve ser ratificado por
outro ato de outro órgão ou agente como condição de sua eficácia. Há dois
atos, um principal e um acessório.
- Ex: Autorização que dependa do visto de uma autoridade superior.

- Quanto à Validade
- Válido: Atos que apresentam todos os requisitos de validade.
- Inválido: Quando não contém um dos requisitos, ou com uma falsa
motivação.
- Inexistenste: Ex.: Quando uma pessoa finge ser um servidor e pratica um
ato.

- Quanto ao Conteúdo
- Constitutivos: Constituir / Criar Direitos / Deveres / Relações Jurídicas
- Extintivos: Extinguir Direitos / Deveres / Relações Jurídicas
- Modificativos: Modificar Direitos / Deveres / Relações Jurídicas
- Declaratórios: Declarar Direitos / Deveres / Relações Jurídicas
- Alienativos: Transferir Direitos / Deveres / Relações Jurídicas
- Abdicativos: Abrir mão de Direitos / Deveres / Relações Jurídicas

23-08-2006

- Extinção de Ato Administrativo


- Anulação
- Revogação
- Cassação

- Anulação (Art. 53 – Lei 9784/94)


- Conceito: é a extinção do ato em razão de ilegalidade.
- Efeito: Desfazimento do ato com a desconstituição dos seus efeitos desde a
sua prática (Ex tunc)
- O Judiciário pode anular atos administrativos quando provocado
- Excepcionalmente os terceiros de boa fé podem excepcionalmente
não serem alcançados pelo efeito ex tunc.
- Legitimidade: A administração deve anular seus próprios atos ilegais, por
vontade própria ou mediente provocação (autotutela)
- Limite: A administração decairá do direito de anular os atos
administrativos praticados há mais de 5 anos, dos quais tenham resultados
benefícios aos particulares, ressalvada a má-fé.

- Revogação
- Conceito: É o desfazimento de um ato legal por razões de conveniência e
oportunidade da administração.
- Efeito: Não retroage (Ex nunc)
- Legitimidade: A administração que praticou o ato
- Limites: Não revoga atos:
- Ilegais
- Vinculados
- Declaratórios
- Exauridos
- Direitos Adquiridos
- Processo (atos enfeixados em um processo)

- Cassação
- Conceito: É o desfazimento de um ato legal na sua prática, mas ilegal na
sua execução.
- Efeito: Ex nunc.
- Legitimidade: A administração que praticou o ato

- Caducidade
- Conceito: O ato é legal no momento de sua prática, e é alcançado por uma
lei superveniente que torna impossível ou ilegal o seu exercício / objeto.

- Convalidação – Lei 9.784 – Art. 55


- Em despacho motivado em que se evidencie não acarretar lesão aos cofres
públicos ou a particulares, os atos administrativos com vícios saráveis poderão ser
convalidados.
- Convalidação é a correção sanatória de um ato administrativo por outro ato
administrativo, desde que não haja lesão ao interesse público ou ao particular.

- Formação dos Atos Administrativos


- Perfeição: A expressão perfeição diz respeito ao itinerário, aos passos praticados
pela administração para a prática do ato.
- Ex.: A elaboração de um decreto é um dos passos de formação do ato.
- Enquanto não for concluído o seu processo de formação, o ato é imperfeito.

- Validade: Validade é a característica do ato que teve a observância da lei na sua


prática.
- Eficácia: É a aptidão do ato para produzir os seus resultados, por já estar concluído
o seu ciclo de formação (Perfeição)
- Exeqüibilidade: É a possibilidade do ato eficaz, portanto, portador de eficácia,
produzir os seus efeitos imediatamente.
- Em regra, o ato eficaz é exeqüível, entretanto, a lei ou o próprio ato podem
impor uma condição suspensiva, isto é, uma situação futura que suspenda a
possibilidade de o ato produzir os seus efeitos imediatamente. Nesse caso, o
ato somente terá exeqüibilidade quando ocorrer a situação ou a condição de
supremacia.

LICITAÇÕES

- Art. 37, XXI – CF/88


- Lei 8666/93
- Lei 10520/02

- Conceito: É um processo administrativo por meio do qual a administração observando o


princípio da isonomia, procura selecionar a melhor proposta para o contrato do seu
interesse.

- Finalidade (Art. 3º):


- Assegurar:
- Isonomia
- Proposta mais vantajosa (vantajosibilidade) para a Administração

- Obrigatoriedade (Art. 1º)


- Poderes da União, Estados, DF e Municípios
- Administração Direta:
- Executivo, Legislativo e Judiciário da União e dos Estados
- Executivo e Legislativo do DF e dos Municípios
- Administração Indireta da União, Estados, DF e Municípios
- Autarquias
- Fundações Públicas
- Empresas Públicas
- Sociedades de Economia Mista

- Fundos Especiais: São recursos públicos separado por Lei e destinado a


uma finalidade específica. Os Fundos Especiais (Recursos Públicos) são
administrados por um órgão ou entidade.
- Qualquer entidade mantida com recursos da União, Estados, DF ou
Município.
- Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista somente licita na
Atividade-meio.

- Princípios
- Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade
- Igualdade, probidade administrativa, vinculação ao instrumento convocatório,
julgamento objetivo
- Outros que lhe são correlatos
- Observações
- O direito do vencedor limita-se à adjudicação, ou seja à atribuição a ele do objeto
da licitação, e não à contratação. E assim é porque a Administração pode, licitamente,
revogar ou anular o procedimento ou, ainda, adiar o contrato, quando ocorram motivos para
essas condutas.

- Modalidades
- Concorrência:
Conceito:
- É a modalidade de licitação, qualquer que seja o seu valor, da qual
podem participar todos aqueles que satisfaçam as exigências do
edital.
- É utilizada para qualquer valor, mas é obrigatória para grandes
valores.
- É a modalidade mais ampla quanto à competitividade. Pode
participar todo e qualquer que satisfaça as exigências.
- Substitui todas as outras modalidades
- É mais complexa e mais cara

- Uso:
- Contratos de grande valor (art. 23)
- Obras e engenharia – Acima de R$ 1.500.000,00
- Serviços e aquisições – Acima de R$ 650.000,00
- Contratos de aquisição e venda de imóveis
- Licitações internacionais
- Contratos de concessão e permissão de uso de bens públicos
- Contratos de concessão e permissão de serviços públicos
- Contratos de parcerias público-privadas.

- Características
- Comissão formada por no mínimo 3 membros
- Tipo de licitação
- Menor preço
- Melhor técnica
- Técnica e preço
- Maior oferta

- É a mais ampla
- Pode ser usada para qualquer valor
- Pode ter uma fase preparatória: Pré-Qualificação (Art. 114)

- Tomada de Preços
- Conceito: É a modalidade realizada entre os licitantes cadastrados, e
aqueles que demonstrarem atendimento às exigências de cadastramento até o
3º dia antes da abertura das propostas.

- Uso:
- Contrato de obras, serviços e aquisições de médio porte
- Obras: R$ 150.001,00 – 1.500.000,00
- Serviços e aquisições: R$ 80.001,00 – 650.000,00

- É possível licitação por Tomada de Preços Internacional quando


existir um cadastro internacional, e se enquadrar no intervalo de
valores determinados.
- É possível a utilização da Tomada de Preços para bens móveis

- Características:
- Comissão formada por no mínimo 3 membros
- Tipo de licitação
- Menor preço
- Melhor Técnica
- Técnica e preço
- Maior oferta

- Convite
- Conceito:
- É a modalidade em que a Administração seleciona e convida no
mínimo 3 pessoas, cadastradas ou não, todos de um mesmo ramo, ao
mesmo tempo em que expõe o instrumento convocatório em um local
visível da repartição. Estendendo a todos os demais cadastrados que
manifestarem seu interesse até 24 horas antes do recebimento das
propostas

- Uso:
- Obras e serviços e aquisições de pequeno valor
- É possível uma licitação na modalidade Convite internacional,
inexistindo no país quem forneça o bem ou preste o serviço.

- Regras:
- A Administração deve contar no mínimo com 3 propostas válidas
- Exceção:
- Limitação de Mercado
- Manifesto desinteresse dos licitantes

- A cada novo convite do mesmo ramo, deve convidar outro que não
foi convidado.
- Leilão
- Conceito:
- É a modalidade licitatória destinada à venda de bens móveis,
inservíveis, avaliados global ou isoladamente até o limite da Tomada
de Preços (R$ 650.000,00), produtos legalmente apreendidos ou
penhorados e bens imóveis, cuja propriedade tenha origem em Dação
em Pagamento ou em Processo Judicial.
- O leilão é realizado em sessão pública
- O critério de julgamento é o maior preço, vence a licitação aquele
que oferecer o maior lance.
- O leiloeiro será escolhido pela administração dentre os seus
servidores, podendo o leilão ser cometido a um leiloeiro oficial.
- Prazo de Publicação do Edital: 150 dias, no mínimo.

- Concurso:
- Conceito:
- É a modalidade destinada a selecionar um trabalho técnico,
científico ou artístico, mediante a instituição de prêmio ou
remuneração.
- As regras sobre a apresentação dos trabalhos e as qualificações
exigidas dos licitantes estarão dispostas no edital publicado com, no
mínimo 45 dias de antecedência.
- O concurso será julgado por uma comissão de especialistas,
servidores públicos ou não.

- Pregão
- Em 4 de maio de 2000, foi editada a Medida Provisória 2026, que instituiu
a modalidade denominada Pregão, de uso exclusivo da União, para a
aquisição de bens e serviços comuns.
- Em 17 de julho de 2002, a MP 2026 foi convertida na Lei 10.520,
estendendo o uso do pregão aos Estados, ao DF e aos Municípios

- Conceito: Pregão é a modalidade de licitação utilizada pela União, Estados,


DF e Municípios, para a aquisição de bens e serviços comuns, assim
definidos como aqueles cujos padrões de qualidade e desempenho possam
ser objetivos descritos no Edital, pelas expressões usuais de Mercado,
independentemente do seu valor.

- Critério de Julgamento: Menor Preço


- É conduzido por 1 servidor (pregoeiro) que pode contar com uma comissão
de apoio.
- O pregão pode ser realizado em um ambiente de Tecnologia da Informação
(Internet), Pregão Eletrônico

- Dispensa de licitação (bens móveis)


- Doação a entidades de interesse social (Privadas / Públicas)
- Venda a entidade da Administração Pública
- Venda de bens por entidade pública criada para aquele fim
- Venda de títulos e valores mobiliários

11-09-2006

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

- É o acordo de vontades celebrado entre a Administração e uma entidade pública ou


privada, para formação de um vínculo capaz de gerar direitos e deveres recíprocos com
condições impostas UNILATERALMENTE pela ADMINISTRAÇÃO.

- Características:
- Acordo de vontades
- Interesses contrários
- Administração como parte
- Interesse público como objeto
- Cláusulas exorbitantes (Imposta unilateralmente pela administração)
- Comutatividade
- Contrato de Adesão
- Mutatividade (Possibilidade de a Administração alterar o contrato unilateralmente,
sem consultar o particular)
- Exceção do contrato não cumprido, aplicado restritivamente
- Suspensão do contrato por mais de 90 dias
- Suspensão da execução do contrato por mais de 120 dias

- Espécies de Contratos Administrativos


- Contrato de Obras
- Objeto pactuado consiste em construção, reforma, fabricação, recuperação
ou ampliação de determinado bem público.
- Bens de utilização administrativa ou de uso coletivo.

- Regimes de Execução
- Direta
- Realizada pelos próprios órgãos administrativos

- Indireta
- Contratação de terceiros

- Regimes
- Empreitada por Preço Global
- Preço ajustado leva em consideração a obra
como um todo
- Empreitada por Preço Unitário
- O preço leva em conta unidades determinadas
da obra a ser realizada.
- Empreitada Integral
- A Administração contrata um
empreendimento em sua integralidade,
compreendendo todas as etapas das obras,
serviços e instalações.
- Contratados simultaneamente serviços e
obras, quando, é evidente, o objetivo se revestir
de maior vulto e complexidade.
- Tarefa
- Quando se ajusta mão-de-obra para pequenos
trabalhos, por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais.

- Contrato de Serviços
- Visam à atividade destinada a obter determinada utilidade concreta de
interesse para a Administração.

- Estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos,


- Pareceres, perícias e avaliações
- Assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias
- fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços
- patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas
- treinamento e aperfeiçoamento de pessoal
- restauração de obras de arte e bens de valor histórico.

- Contratos de Fornecimento
- Aquisição de bens móveis necessários à consecução dos serviços
administrativos.
- Ex.: medicamentos, instrumentos cirúrgicos e hospitalares, material
escolar.

- Contratos de concessão
- Transferência de faculdades do titular para outrem.
- Estado como titular dos bens
- Destinatário: o particular

- Modalidades:
- Concessão de Serviço Público
- Poder Público competente (concedente) transfere a um
particular (concessionário) a execução de determinado serviço
público, sob sua fiscalização, mediante pagamento de taxas
pagas pelos usuários.
- Precedido de licitação
- Modalidade Concorrência

- Concessão de Serviço Público Precedido da Execução de Obra


Pública
- Poder Público ajusta com o particular a construção de uma
obra pública, conferindo-lhe o direito de, posteriormente,
explorar o serviço dela oriundo, em determinado prazo.

- Concessão de uso de Bem Público


- Poder Público faculta a utilização de determinado bem
público por um particular.

- Formação
- Processo de dispensa (24)
- Processo de Inexigibilidade (25)
- Processo de licitação dispensada (17)

- Forma escrita, como regra (60, parágrafo único)


- Contrato Verbal – Excepcionalidade
- Contrato no valor de até R$ 4.000,00
- Termo de contrato
- Materialização do Contrato
- Quando a licitação for concorrência ou tomada de preço, o Termo de
Contrato é obrigatório
- Se for contratação SEM licitação, com valores idênticos aos da
Concorrência ou Tomada de Preços, o uso do Termo de Contrato é
obrigatório.
- Se a licitação não ocorre por Tomada de Preços ou Concorrência, o uso do
Termo de Contrato é facultativo, podendo ser substituído por um documento
mais simples, como uma carta-contrato, ordem de serviço, ordem de compra
ou nota de empenho (Art. 62)
- Quando substitui o termo de contrato por outros documentos mais simples,
as cláusulas exorbitantes (Art. 65) estão implícitas.

- Publicação do resumo na Imprensa Oficial: Condição de eficácia


Prazo: até o 5º dia útil do mês seguinte (Art. 61)

- Execução / Cláusulas Exorbitantes


- Exigência de garantias para assinatura do contrato (Art. 56)
- É faculdade da administração desde que previsto no edital
- O contratado escolhe a forma
- Caução em dinheiro
- Caução em títulos da dívida pública
- Seguro-garantia
- Fiança bancária

- Limite: até 5% do contrato; podendo chegar a 10% (contratos de grande


valor)
- Conseqüências: Executado o contrato, devolve-se a garantia; no caso de
inexecução, o contratado perde a garantia

- Fiscalização da Execução do Contrato (58,67)


- Servidor excepcionalmente designado, permitida a contratação de terceiros
para assessoramento.

- Alteração unilateral do contrato (58,65)


- A Administração pode alterar unilateralmente o contrato
- Quando houver alterações no Projeto / especificações
- Quando houver alterações quantitativas
- Obras, serviços, aquisições
- 25% de acréscimo
- 25% de supressão
- Reformas
- 50% de acréscimo
- 15% de supressão

- A Administração pode aplicar penalidades do contrato, garantida a ampla defesa


(58,8)
- Advertência
- Multa
- Suspensão temporária para licitar e contratar – Máximo 2 anos. (Somente a
esfera que aplicar a pena)
- Declaração de inidoneidade para licitar / contratar (deve reparar o dano, e
impede de licitar durante 2 anos)

- A Administração Pública pode rescindir unilateralmente o contrato administrativo


(78,79)
- Art. 78
- Incisos: I-XI; XVIII: Rescisão unilateral por culpa do contratado
- Incisos: XIII-XVII: Rescisão unilateral sem culpa do contratado
- Incisos: XIII-XVI: Inadimplência da Administração (Execução)

- Duração do contrato
- (Art. 57) A duração do contrato ficará vinculada à vigência dos respectivos
créditos orçamentários
- Exceções:
- Contratos cujos projetos estejam previstos no PPA.
Ex.: Trem Bala
- Serviços contínuos, podem ser prorrogados por igual e sucessivos
períodos até o limite de 60 meses
- Excepcionalmente poderá se acrescer 12 meses aos 60 meses
desde que haja uma situação excepcional.
- Aluguel de equipamentos e licenças de software

- Responsabilidade
- (Art. 70,71) As responsabilidades comerciais, trabalhistas, fiscais e previdenciárias
são do Contratado.
- Exceção: A inadimplência quanto às obrigações PREVIDENCIÁRIAS
(INSS) torna a administração solidariamente responsável.

- Subcontratação
- Contrato é “Intuito Personae” (é em função de uma empresa específica), mas pode
haver a subcontratação nos limites estabelecidos pela administração.

- Recebimento do Objeto: O recebimento do objeto do contrato será realizado em 2 etapas:


- Provisoriamente pelo responsável por sua fiscalização, para verificação de sua
conformidade com o contrato.
- Recebimento definitivo após a verificação da regularidade do objeto do contrato.

- Obs:
- O recebimento definitivo não exime o contratado de responder pela
garantia, solidez e segurança do objeto do contrato.
- O recebimento provisório pode ser dispensado em: (Art. 74)
- Serviços profissionais
- alimentação preparada e gêneros perecíveis
- contratos no valor de até R$ 80.000,00

- Extinção dos Contratos


- Recebimento do Objeto
- Rescisão unilateral
- Rescisão Judicial
- Acordo amigável, desde que vantajoso para a administração
- Anulação

DECRETO Nº 1.070/94, QUE REGULAMENTA A AQUISIÇÃO DE BENS E


CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE INFORMÁTICA.

- Licitação do tipo TÉCNICA E PREÇO OBRIGATÓRIO para:


- Contratação de bens e serviços de informática e automação em:
- Órgãos e entidades da Administração Federal
- Direta
- Indireta
- Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público
- Demais organizações sob o controle direto ou indireto da União

- Ressalvados as hipóteses de dispensa ou inexigibilidade previstas na


legislação
- Exceto para as licitações sob a modalidade Convite.

- Exigência aos proponentes:


- Documentação de habilitação à licitação
- Comprovantes (caso pretenda exercer o direito a preferência estabelecido
no Art. 5º):
I - a tecnologia do bem ou do programa de computador proposto foi
desenvolvida no País;
II - o bem ou programa de computador proposto é produzido com
significativo valor agregado local;
III - o serviço proposto é produzido com significativo valor agregado
local;
IV - a empresa produtora do bem, do programa de computador ou
prestadora do serviço proposto atende aos requisitos estabelecidos no
art. 1° da Lei n° 8.248/91.
- Mediante apresentação da documentação exigida pelo
próprio licitador no edital da licitação ou de ato de
reconhecimento fornecido pelo Ministério da Ciência e
Tecnologia (MCT).

- Consideram-se bens e serviços de informática e automação:


I - os bens relacionados no anexo a este decreto e os respectivos acessórios,
sobressalentes e ferramentas que, em quantidade normal, acompanham tais
bens;
II - os programas de computador;
III - a programação e a análise de sistemas de tratamento digital da
informação;
IV - o processamento de dados;
V - a assistência e a manutenção técnica em informática e automação;
VI - os sistemas integrados constituídos de bens e serviços de diversas
naturezas em que pelo menos cinqüenta por cento da composição de custos
estimada seja constituída pelos itens especificados nos incisos anteriores.

- Procedimentos adotados no julgamento das propostas:


I - determinação da pontuação técnica de cada proposta, em conformidade
com critérios e parâmetros previamente estabelecidos, no ato convocatório
da licitação, através do somatório das multiplicações das notas dadas aos
fatores prazo de entrega, suporte de serviços, qualidade, padronização,
compatibilidade e desempenho, em consonância com seus atributos técnicos,
pelos pesos atribuídos a cada um deles, de acordo com a importância relativa
desses fatores às finalidades do objeto da licitação;
- Quando justificável, em razão da natureza do objeto licitado, o
licitador poderá excluir do julgamento técnico até dois dos fatores
relacionados no inciso I.
- Os fatores estabelecidos no inciso I para atribuição de notas poderão
ser subdivididos em subfatores com valoração diversa, de acordo com
suas importâncias reativas dentro de cada fator, devendo o licitador,
neste caso, especificar no ato convocatório da licitação essas
subdivisões e respectivos valores.

II - determinação do índice técnico, mediante a divisão da pontuação técnica


da proposta em exame pela de maior pontuação técnica;
III - determinação do índice de preço, mediante a divisão do menor preço
proposto pelo preço da proposta em exame;
IV - multiplicação do índice técnico de cada proposta pelo fator de
ponderação, que terá valor de cinco a sete, fixado previamente no edital da
licitação;
V - multiplicação do índice de preço de cada proposta pelo complemento em
relação a dez do valor do fator de ponderação adotado;
VI - 0 obtenção do valor da avaliação (A) de cada proposta, pelo somatório
dos valores obtidos nos incisos IV e V;
- O valor de maior avaliação (A) será utilizado como critério de
classificação, após aplicação da regra contida no caput do art. 4°, nas
seguintes hipóteses:
- inexistindo propostas com direito à preferência;
- havendo duas ou mais propostas na mesma ordem de
preferência.

- Ocorrendo empate após a utilização da regra constante do parágrafo


anterior, aplicar-se-á o disposto no § 2° do art. 45 da Lei n° 8.666/93
(“No caso de empate entre duas ou mais propostas, e após obedecido
o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a classificação se fará,
obrigatoriamente, por sorteio, em ato público, para o qual todos os
licitantes serão convocados, vedado qualquer outro processo.”).

VII - pré-qualificação das propostas, cujas avaliações (A) não se diferenciem


em mais de seis por cento da maior delas.

- No julgamento de sistemas integrados, a pontuação técnica do sistema será obtida


pela soma das pontuações técnicas individuais das partes componentes, ponderadas
com valores previamente fixados no ato convocatório, de acordo com suas
importâncias relativas dentro do sistema, mantendo-se os demais procedimentos
descritos nos incisos II a VII.
- Os valores numéricos referidos neste artigo deverão ser calculados com duas casas
decimais, desprezando-se a fração remanescente.

- Para os efeitos do disposto no § 2° do art. 3° da Lei n° 8.248/91, considerar-se-ão


equivalentes as propostas pré-qualificadas, conforme o inciso VII do art. 3°, cujos
preços não sejam superiores a doze por cento do menor entre elas.

- Havendo apenas uma proposta que satisfaça as condições do caput, esta será
considerada a vencedora.

- Como critério de adjudicação, entre as propostas equivalentes, deverá ser dada


preferência, nos termos do disposto no art. 3° da Lei n° 8.248/91, aos bens e
serviços produzidos no País, observada a seguinte ordem:
I - bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos com
significativo valor agregado local por empresa que preencha os requisitos do
art. 1° da Lei n° 8.248/91;
II - bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos por
empresa que preencha os requisitos do art. 1° da Lei n° 8.248/91;
III - bens e serviços produzidos com significativo valor agregado local por
empresa que preencha os requisitos do art. 1° da Lei nº 8.248/91;
IV - bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos com
significativo valor agregado local por empresa que não preencha os
requisitos do art. 1° da Lei n° 8.248/91;
V - bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e produzidos por
empresa que não preencha os requisitos do art. 1° da Lei n° 8.248/91;
VI - bens e serviços produzidos com significativo valor agregado local por
empresa que não preencha os requisitos do art. 1° da Lei n° 8.248/91;
VII -outros bens e serviços.

- Consideram-se:
a) bens com tecnologia desenvolvida no País
- efetivo desenvolvimento local seja comprovado junto ao (MCT) ou
por organismo especializado, público ou privado, por ele
credenciado;

b) programas de computador com tecnologia desenvolvida no País


- direitos de propriedade e de comercialização pertençam a pessoa
jurídica constituída e com sede no Brasil ou a pessoa física
domiciliada e residente no País
- efetivo desenvolvimento local seja comprovado junto ao (MCT) ou
por organismo especializado, público ou privado, por ele
credenciado;

c) bens produzidos com significativo valor agregado local


- produção comprovadamente preencha os requisitos especificados
em ato próprio do Poder Executivo, conforme comprovado junto ao
(MCT);
d) programas de computador, produzidos com significativo valor agregado
local
- uso da língua portuguesa nas telas, manuais e documentação técnica
- módulos, programas ou sistemas com tecnologia desenvolvida no
País
- efetivo desenvolvimento local seja comprovado junto ao (MCT) ou
por organismo especializado, público ou privado, por ele
credenciado;

e) serviços produzidos com significativo valor agregado local


- prestados por empresas instaladas no País
- executados por técnicos residentes e domiciliados no País
- conforme documentação comprobatória que deverá ser
exigida pelo licitador no edital da licitação.

- Comprovado o atendimento dos requisitos previstos no parágrafo anterior, líneas a


e d, os órgãos responsáveis pela sua aferição emitirão os respectivos atos
comprobatórios.

- Procedimentos para o estabelecimento do critério de adjudicação, entre propostas


equivalentes de sistemas integrados ou apresentados por consórcios:
I - identificação de cada bem ou serviço de informática e automação,
discriminado na proposta como componentes do sistema;
II - totalização dos preços dos componentes identificados, pelas seguintes
categorias:
a) bens e serviços de informática e automação, com tecnologia
desenvolvida no País e produzidos com significativo valor agregado
local;
b) bens e serviços de informática e automação com tecnologia
desenvolvida no País e produzidos localmente;
c) bens e serviços de informática e automação, produzidos no País
com significativo valor agregador local;
d) demais bens e serviços de informática e automação produzidos no
País;
e) bens e serviços de informática e automação não produzidos no
País.
III - acumulação das somas obtidas, segundo a ordem das alíneas a e e do
inciso anterior, até que o resultado seja igual ou maior que cinqüenta por
cento do preço total dos componentes identificados, fixando-se a
classificação do sistema integrado na categoria em que ocorrer o atingimento
desse resultado;
IV - aplicação do art. 5°, considerando-se a classificação do sistema
integrado e a empresa integradora do sistema ou, no caso de consórcio, a
empresa líder, conforme disposto no art. 33 da Lei n° 8.666/93.
- Para o exercício do direito de preferência previsto no art. 5° deste decreto,
deverão ser exigidas dos proponentes as comprovações de que trata o art. 1°,
relativamente a todos os bens e serviços de informática e automação
componentes do sistema integrado.

- O licitador deverá, no ato convocatório, relacionar as normas e especificações


técnicas a serem consideradas na licitação.
- O (MCT) e a Secretaria da Administração Federal da Presidência da República
(SAF/PR) poderão expedir instruções complementares à operacionalização deste
decreto.
- Ocorrendo indícios de prática de comércio desleal, o titular da entidade ou órgão
licitador, se necessário, suspenderá a licitação ou a contratação e, apurada sua
ocorrência, excluirá o proponente infrator, prosseguindo na licitação ou procedendo
conforme disposto no art. 49 da Lei n° 8.666/93.

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