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História da China

Contemporânea.
● A China entra em
nossa história
(ocidental) por sua
importância
econômica no
mundo capitalista.
● História tradicional é
eurocêntrica.
Linha cronológica.
Síntese cronológica:
antecedentes.
● 221 a.C. Unificação chinesa.
● China Imperial vai de 221 a.C. (Dinastia Qin) e termina
com a Dinastia Qing (1644 - 1912).
● Até séc. XVIII o comércio com o ocidente era favorável à
China. Inversão com o comércio do Ópio.
● Guerra do Ópio: China X Reino Unido (1839/1842 e
1856/1860).
● Guerra dos Boxers (1898 a 1900): revolta dos
nacionalistas contra estrangeiros e missionários
cristãos. A rebelião é sufocada com o auxilio de tropas
ocidentais e estrangeiras.
Fase Republicana: 1900 a 1949.
● Engloba fim do período Imperial. Período muito conturbado.
● 1908: fundação do Partido Nacionalista (Kuomitang) por Sun Yat-
sem, contrário a monarquia e à submissão estrangeira. 1911: Sun
Yat-sem ganha apoio dos militares e tenta estabelecer a República,
o que dá início a uma guerra civil.
● 1912: Queda da Dinastia Qing: Pressão externa (Colonialismo,
Guerras do Ópio) + Pressão interna (revoltas populares,
sociedades secretas). Fundação da República. Sun Yat-Sen + KMT.
● China fragmentada pelos “Senhores da Guerra” (generais, elites
locais).
● 1921: fundado o Partido Comunista Chinês (PCC).
● 1925: Morre Sun Yat-Sen; Chiang Kai-shek
● 1927: Disputas entre PCC e KMT. Guerra civil.
República popular da China.
● 20 de janeiro de 1949: comunistas conquistam Pequim.
● 24 de abril de 1949: ocupação de Nanquin, a ex-capital do
Kuomintang.
● 1º de outubro de 1949: Fundação da República Popular da China,
com Mao Tsé Tung como dirigente supremo. A China é então
organizada nos moldes comunistas, com coletivização das terras,
controle estatal da economia e nacionalização das empresas
estrangeiras.
● Fim da Guerra Civil. Território chinês não mais em migalhas.
● Chiang Kai-shek e seu Estado-Maior: refugio para ilha de Taiwan
(Formosa).
● China dividida politicamente: parte continental (China Popular) X
parte insular (China Nacionalista).
● 1956: Mao Tsé-Tung lança a Campanha das Cem Flores: buscava
estimular os debates públicos e diminuir o poder da burocracia
partidária. PCC se preocupa com o controle e lança a Campanha
Antidireitista: censura, persegue, prende e mata milhares de
intelectuais.
● 1958: Grande Salto para Frente. Tentativa de transformar a China
numa potência econômica e igualitária num período curto. Grande
esforço da população: cargas de trabalho de 16 horas. Criação de
Comunas Populares: fazendas com autonomia financeira;
igualdade de salários; escolas e hospitais gratuítos; metalúrgicas
populares. Resulta em grande desastre, a fome matou 15 milhões
de pessoas. Em 1966 o plano é abandonado.
● Fracassos colocam Mao Tsé-Tung em segundo plano no PCC.
Revolução Cultural: 1966-1976.
● A sociedade chinesa que produziu a revolução cultural possui características de
uma cultura política que permite ter como dirigente um “Grande Líder” e um partido
ditatorial e constituída por cidadãos politicamente passivos e obedientes à
autoridade. Não possuem direitos humanos, foram ensinados que a reivindicação
destes seriam atitudes egoístas e anti-social.
● Mao Tse-Tung lança a Revolução Cultural em agosto de 1966, que dura até sua
morte em 1976.
● Objetivo oculto: Expurgar seus oponentes de dentro do Partido.
● Argumentos de Mao: propor alternativa do modelo soviético comunista
(extremamente burocratizado), pretendendo "corrigir" o rumo das políticas do PCC.
Substituir seus sucessores por líderes mais afinados com o que pensava. Assegurar
uma experiência revolucionária à juventude chinesa. Tornar menos elitistas os
sistemas educacional, cultural e de saúde.
● Apoio das Forças Armadas (Exército de Libertação Popular).
● Mao contou com o apoio do Grupo Central da Revolução Cultural, responsável pela
repressão não só dos acusados de direitistas como também dos ultra-esquerdistas,
o que era feito por meio de prisões, denuncias de traição e humilhações públicas.
● O apoio (manipulação) da Guarda Vermelha também foi fundamental para que a
revolução atingisse seus objetivos. Essas unidades paramilitares organizadas pelo
PCC contaram com o alistamento voluntário de mais de dez milhões de jovens,
recrutados entre estudantes com idade entre 9 e 18 anos que rondavam as ruas
usando braçadeiras vermelhas e promovendo ondas de vandalismo contra
monumentos históricos - que lembravam a antiga cultura chinesa -, perseguindo
membros rivais do PCC, professores e pessoas acusadas de serem conservadoras.
"O pó se acumula se um quarto
não é limpo com frequência,
nossas faces ficam imundas se
não forem lavadas com
frequência. A mente de nossos
camaradas e o trabalho de nosso
Partido também podem ficar
empoeirados e também precisam
ser varridos e lavados. O
provérbio 'a água corrente nunca
fica choca e os vermes nunca
roem uma dobradiça' significa que
o movimento constante impede a
contaminação pelos germes e
outros organismos". (Trecho do
Livro Vermelho).
● A ação descontrolada dos guardas vermelhos criou um regime brutal
de terror com invasão a casas de intelectuais, ricos e funcionários que
foram agredidos e alguns até mortos. Os jovens da Guarda Vermelha
empunhavam o “Livro Vermelho”, obra de autoria de Mao, que
continha as principais diretrizes de ação política daqueles
considerados fiéis à revolução. Além de oferecer orientação política, o
“Livro Vermelho” defendia a perseguição de todos os indivíduos
contrários aos ideais da revolução.
● No final de 1967 e início de 1968, consolidou-se a autoridade de Mao
que expurgou do partido seus opositores. Mao se sobrepôs até ao
PCC, transformando-se no líder máximo nacional. Mas pelo
radicalismo, a Guarda Vermelha estava se desorganizando e
começaram a se dividir em facções e a lutar entre si.
● Em julho de 1968 a Guarda Vermelha é dissolvida, acusados de
“falharem em sua missão”.
● Em 1976, a morte de Mao abre uma nova era de disputa pelo poder.
Massacre dos estudantes na
Praça da Paz Celestial (1989).
● Deng Xiaoping: reformas econômicas iniciadas em 1978.
● Estudantes reclamavam por abertura política e liberdade de expressão.
● 1989: comemorações do bicentenário da Revolução Francesa, dos
setenta anos do movimento estudantil dos Quatro de Maio, dos
quarenta anos da República Popular e dos dez anos de reatamento das
relações diplomáticas com os EUA.
● Em 17 de abril de 1989, milhares estudantes de diversas universidades
reuniram-se em uma manifestação na Praça da Paz Celestial para
prantear a morte de Hu Yaobang, ex-secretário-geral do Partido
Comunista Chinês (PCC) que foi demitido por ter permitido que
manifestações estudantis pró-democracia se espalhassem em 1986-
1987; foi obrigado a divulgar uma “autocrítica” humilhante.
● Manifestações pacíficas em 18 e 22 de abril de 1989.
● Iniciam um boicote em massa às aulas e greve de fome, na tentativa de
negociar com o governo.
● Visita de Mikhail Gorbachev à China: mídia mundial estava na China.
● Mídia divulga imagens dos mais de um milhão de manifestantes na
Praça da Paz Celestial nos dias 17 e 18 de abril de 1989.
● Linha-dura do partido assume a operação da missão: tarde da noite do
dia 3 de junho, o exército atacou apoiados por tanques pesados e
viaturas blindadas. Corte das luzes da área e desbloqueio das entradas
da praça: os remanescentes se rendem. Durante sua retirada, tropas e
tanques invadiram a praça, destruindo uma estátua da liberdade criada
por estudantes de artes de Pequim como símbolo do movimento,
metralhando estudantes e cidadãos que estivessem na praça ou em
suas redondezas, instaurando um período de caos e incertezas nas
ruas.
● Campanha lançada pelo partido e coordenada pela imprensa, rádio e
televisão culpa os contra-revolucionários e arruaceiros pelas
manifestações.
● Caça aos líderes estudantes e trabalhadores que apoiaram o
movimento, com prisões e execuções divulgadas como exemplo.
● O discurso de Deng Xiaoping atacando os manifestantes — “forças da
liberalização burguesa e poluição espiritual” opositoras ao socialismo
chinês — encerra com a afirmação da necessidade de crescimento
econômico rápido, sem menção à reformas políticas e culturais.

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