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Apresentação
Chegamos à última aula de nossa disciplina. Esperamos que a jornada esteja sendo proveitosa para você.
A partir de agora estudaremos a China, cuja economia vem crescendo e assumindo cada vez mais importância no mundo
globalizado. Você compreenderá seu crescimento econômico dos últimos anos e verá como o “socialismo de mercado”,
uma nova concepção de política econômica, impulsiona os resultados, mas não tem evitado velhos problemas sociais e
tensões étnicas e culturais no país.
Objetivos
Enumerar os processos que levaram a China de país pobre e agrícola a uma das maiores potências mundiais;
Assim era a China do século XIX. Evidentemente suas matérias-primas e aquele potencial mercado consumidor atraíram a
cobiça das potências imperialistas (lembramos que o período se destaca historicamente pelo neocolonialismo).
Investidas estrangeiras foram inevitáveis, e aquela monarquia de vocação exportadora, que procurava manter fechado seu
mercado interno, teve seus portos abertos após intervenções militares e seu território dividido em zonas de influência.
Inglaterra, Rússia, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão eram países interessados em explorar a China e usaram seu
poder econômico e militar para atingir esse objetivo.
Chineses, insatisfeitos com a presença estrangeira,
iniciaram uma série de rebeliões. Havia também grande
questionamento à incapacidade de o imperador conter os
avanços dos colonizadores.
Em um contexto de dificuldades em promover uma união em torno de um grupo político, e influenciado por ventos socialistas
vindos da União Soviética, foi fundado, em 1922, o Partido Comunista Chinês. A partir de 1925 o país passou por um longo
período de guerra civil no qual nacionalistas combatiam o crescimento dos comunistas liderados por Mao Tsé-Tung.
A invasão do Japão à região da Manchúria na década de 1930 é vista por muitos estudiosos como um momento de trégua na
guerra civil, pois era necessário evitar o avanço japonês sobre o território.
Com isso, no fim de 1978, entra em vigor um ousado plano de modernização da economia chinesa. “Quatro modernizações”
eram pretendidas: agricultura, indústria, defesa e ciência e tecnologia.
A prioridade no campo foi o aumento da produtividade e o
abandono do que não deu certo no maoísmo. Buscou-se o
equilíbrio entre a planificação da economia, com as
decisões produtivas exclusivas do Estado, e a economia de
mercado, na qual as leis da oferta e da demanda regem
produção e comércio. O Estado permitiu a iniciativa privada
em alguns setores e se abriu para o capital externo. Foram
criadas Zonas Econômicas Especiais, as ZEE, cidades no
litoral com adaptações para receber empresas e
investimentos estrangeiros. Um exemplo de ZEE é
Shenzhen, cidade na província de Cantão pioneira na
reformulação da economia chinesa.
No campo político, Xiaoping manteve o partido único, o controle pelo Partido Comunista Chinês e a repressão de movimentos
democráticos. Já as medidas econômicas atingiram os objetivos pretendidos, incrementando a industrialização do país,
aumentando a produtividade no processo produtivo e baixando preços de venda; o mercado consumidor foi ampliado e assim
a economia foi estimulada, alcançando altos números de crescimento e levando a China à posição de segunda potência
mundial.
Atividade
1. Quais foram os efeitos das “Quatro Modernizações” na economia chinesa? Surtiram o efeito desejado
O leste do país concentra a atividade industrial e a grande maioria da população. A porção ocidental, por sua vez, apresenta
regiões com baixa densidade demográfica e despovoadas.
Entre as condições favoráveis à indústria chinesa está a grande oferta de mão de obra a baixo custo. E aqui encontramos uma
contradição neste sucesso econômico: a maioria não se beneficia, ao menos como se deveria supor, da geração de riquezas,
ou seja, o crescimento econômico ainda não proporcionou os benefícios sociais correspondentes.
Dados divulgados em 2018 mostram a China na 86ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH),
equivalente ao de países como Argélia e Equador. Nos últimos 40 anos, o país tirou centenas de milhões de pessoas da
pobreza extrema, mas pelo menos 10% da população ainda está abaixo da linha que divide pobreza e miséria. E, enquanto isso,
aumenta a quantidade de bilionários no país.
Devemos observar, ainda, grandes desigualdades regionais.
A riqueza das regiões costeiras contrasta com a falta de
infraestrutura e do subdesenvolvimento de províncias do
interior.
Aproveitamos também para mencionar dois dos conflitos com os quais o país tem convivido. Parte da população de Hong
Kong aproveitou as comemorações de aniversário da Revolução Comunista para protestar contra o que chamam de aumento
da interferência do presidente chinês nos assuntos locais. O território autônomo de Hong Kong foi devolvido pelo Império
Britânico à China em 1997.
Na província de Xinjiang, rica em petróleo, vive o povo uigur. Trata-se de uma minoria étnica que reclama de discriminação e da
intensa migração de famílias da etnia han, incentivada pelo governo chinês para reprimir possíveis movimentos de
emancipação. A região foi anexada pela China no século XIX.
O que reserva à China nos próximos anos? Especialistas divergem; portanto, vamos acompanhar seus passos na economia e
conferir se o povo conquistará alguma abertura política.
Atividade
2. Considerando os dados econômicos e os indicativos sociais, o que poderíamos chamar de contradição na China de hoje?
3. Na segunda metade do século XX, a China foi governada por Deng Xiaoping, que implementou mudanças no país. Assinale a
alternativa que contém uma das realizações do líder chinês:
A educação chinesa também passou por mudanças. Ainda é oferecida pelo Estado, mas já não é mais totalmente gratuita. ‘São
9 anos obrigatórios e não pagos. Mas, para ir ao ensino médio e à universidade, é preciso pagar’, diz a jovem.
Onde ela mais sente a presença do Estado em sua vida é em termos de segurança e liberdade de expressão.
A primeira questão ela elogia: ‘A China é o país mais seguro que existe, o governo garante nossa segurança’.
Por outro lado, lamenta as restrições que enfrenta quando quer navegar na internet ou usar as redes sociais.” (SMINK, V. 70
anos da República Popular da China: quão comunista ainda é a segunda maior economia do mundo.
O texto acima mostra aspectos sociais da China e a relação do Partido Comunista Chinês com o cidadão.
Com base no texto e no que você estudou sobre o assunto é correto afirmar que:
a) O presidente Xi Jinping vem promovendo abertura econômica e política a fim de consolidar o que é chamado de “socialismo light”.
b) As restrições para navegação relacionam-se com o idioma, que nem sempre possui versão nas redes sociais.
c) O governo chinês opta por manter o cidadão sob vigilância constante, não dando sinal de oferecer mais liberdade.
d) O aumento do número de bilionários no país evidencia o aumento da autonomia da população.
e) As políticas do governo chinês incluem a liberdade total de migração para zonas mais desenvolvidas, por isso a maior concentração
populacional a leste.
5. Assinale a alternativa que contém uma condição favorável a investimentos estrangeiros na China:
Notas
Título modal 1
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Referências
SMINK, V. 70 anos da República Popular da China: quão comunista ainda é a segunda maior economia do mundo. BBC News
Brasil [Online]. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-49877815 Acesso em: 20 out. 2019.
ORÁCULO. Por que a bandeira da China tem 5 estrelas? Revista Super Interessante, [Online], 21 dez. 2016. Disponível em:
https://super.abril.com.br/blog/oraculo/por-que-a-bandeira-da-china-tem-5-estrelas/ Acesso em: 20 out. 2019.
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Leia o texto:
Um artigo escrito no ano de 2011 para a Universidade de Campinas, em que as pesquisadoras da Leila Ferreira e Fabiana Barbi
associam o crescimento econômico chinês e as prioridades políticas às questões ambientais.