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Etapa Ensino Fundamental

Anos Finais História

A Revolução Chinesa
9º Ano
Aula 2 – 3º Bimestre
Conteúdo Objetivos
• Fim do Império e • Identificar as causas do fim
proclamação da do Império Chinês e da
República na China, proclamação da República na
Governo Mao Tsé-Tung; China;
• Tensões entre a China e • Analisar as medidas adotadas
a URSS. no Governo Mao Tsé-Tung e
suas orientações ideológicas;
• Compreender as razões e os
desdobramentos das tensões e
do rompimento entre a China e
a URSS.
Foco no conteúdo
A Revolução Chinesa ocorreu na primeira metade do Século XX, e estabeleceu o Partido
Comunista Chinês como o poder dominante no país, em 1949. A ascensão do comunismo
na China foi resultado de uma série de mudanças ocorridas ao longo da primeira metade do
século XX. Esse processo teve início em 1911, quando a dinastia Manchu, também conhecida
como Dinastia Qing, foi deposta, marcando o fim do domínio monárquico no país.

A queda da monarquia chinesa foi impulsionada pelo crescente nacionalismo entre a


população, que ambicionava estabelecer uma república e expulsar as potências
imperialistas do território chinês. A revolução que resultou na derrubada da monarquia é
conhecida como Revolução de 1911 ou Revolução Xinhai. Esse movimento revolucionário abriu
caminho para transformações políticas e sociais.
Após a Revolução de 1911, foi estabelecido um governo provisório liderado por Sun Yat-sen,
líder do Partido Nacionalista, também conhecido como Kuomintang. Esse governo provisório,
no entanto, teve curta duração e chegou ao fim em 1912. A partir de então, a China enfrentou
15 anos de uma grande instabilidade política.
Foco no conteúdo
Durante o período de 1912 a 1927, a instabilidade política na China se manifestou de várias
maneiras. Houve tentativas de estabelecer um regime ditatorial e também de
restaurar a monarquia. Além disso, surgiam sentimentos separatistas em diferentes
partes do país, representando uma ameaça à integridade territorial da China. A presença
contínua do domínio estrangeiro também foi uma fonte de preocupação para as lideranças
nacionalistas chinesas.
Essa instabilidade política criou um ambiente turbulento e desafiador, com conflitos internos,
lutas pelo poder e persistência da influência estrangeira. Esses eventos moldaram a história
e as perspectivas políticas do país nas décadas seguintes.
Após o sucesso dos comunistas na Revolução Russa, em 1917, os ideais comunistas
conquistaram espaço na China. A partir de 1919, os movimentos operários e dos
trabalhadores se fortaleceram. Foi fundado, então, o Partido Comunista Chinês.
O Partido Comunista Chinês foi estabelecido em julho de 1921, tendo inicialmente 57
membros, com o objetivo de mobilizar a classe operária. Entre esses membros, estava Mao
Tsé-tung, uma figura que desempenhou um papel fundamental para o sucesso dos
comunistas nos anos subsequentes.
Foco no conteúdo
A Guerra Civil
Após a criação do Partido Comunista, as relações iniciais entre Comunistas e o Kuomintang
foram influenciadas principalmente pela União Soviética, que começou a fornecer recursos
cruciais aos nacionalistas chineses. Isso aproximou os dois grupos, levando o Kuomintang a
permitir a entrada dos comunistas no partido, sob a condição de que eles seguissem a liderança
nacionalista.
Esse período, compreendido entre 1924 e 1927, foi marcado pela luta dos nacionalistas contra
os senhores separatistas que dominavam a região sul da China. O movimento comunista ganhou
força entre os camponeses, o que desencadeou uma série de manifestações.

No entanto, essas manifestações também resultaram em uma repressão ao comunismo na


China.
Durante essa fase, houve uma dinâmica complexa de alianças e conflitos entre o Kuomintang e
os comunistas, impulsionada por diferentes interesses e ideologias. A interação entre os dois
grupos e a repressão subsequente ao comunismo tiveram um impacto significativo no
desenvolvimento político da China e na trajetória do movimento comunista no país.
Foco no conteúdo
Durante o período de 1936 a 1937, uma Guerra Civil entre os nacionalistas comandados por
Chiang Kai-shek e liderados por Mao Tsé-tung foi temporariamente interrompida devido a
ambições crescentes japonesas em relação à China. A invasão japonesa representava um
grande perigo, inclusive para os nacionalistas.

A luta contra os japoneses começou oficialmente a partir de 1937, quando o Japão declarou
guerra à China. Esse conflito ficou conhecido como a Segunda Guerra Sino-Japonesa, e se
estendeu até 1945, sendo marcado por inúmeras atrocidades cometidas pelas forças japonesas.
Estima-se que 20 milhões de chineses tenham perdido a vida.
A invasão japonesa desempenhou um papel significativo na dinâmica política e militar da China
durante a Guerra Civil. As forças nacionalistas e comunistas, apesar de suas diferenças
internacionais, precisaram se unir para enfrentar a ameaça comum do Japão. O conflito contra
os japoneses desempenhou um papel importante no fortalecimento do nacionalismo e do
movimento comunista no país.
Na prática
A Longa (ou Grande) Marcha - (1934 – 1935)
A Longa Marcha foi uma retirada estratégica das forças vermelhas lideradas por Mao Tsé-Tung, a
fim de escapar do cerco do exército de Chiang Kai-Shek. Foi uma resposta direta às pressões e
aos ataques das forças nacionalistas do Kuomintang.
Em outubro de 1934, as forças maoístas partiram de Ruijin, no sudeste da China, e percorreram a
pé quase 10 mil quilômetros em um ano. Durante a marcha, enfrentaram diversos perigos:
atravessaram rios, montanhas, desfiladeiros e pontes; suportaram sol escaldante, tempestades e
neve; além de mapas imprecisos.
Além disso, travaram dezenas de combates contra o inimigo. Nas aldeias, os seguidores de Mao
Tsé-tung tentavam alfabetizar os camponeses e convertê-los ao socialismo; nas cidades, paravam
para conseguir comida, munição e roupas.
Em Outubro de 1935, os combatentes chegaram a Yan'an, província de Shanxi, no norte da China,
onde estabeleceram uma base de operações. Muitos morreram durante a caminhada; alguns
desertaram; dos 100 mil que iniciaram a marcha, somente 20 sobreviveram.
Foco no conteúdo
“Racha Soviético ou Cisma Comunista”
As divergências entre os dois países comunistas começaram a se intensificar principalmente
devido às diferenças ideológicas e estratégicas.
Mao Tsé-Tung acreditava na necessidade de uma revolução contínua e permanente para
preservar o caráter revolucionário do comunismo.
Khruschev, da URSS, defendia uma abordagem mais pacífica e reformista. Nesse
contexto, o líder soviético ordenou que todos os técnicos russos em solo chinês retornassem à
URSS, abandonando todos os projetos em andamento.
O líder chinês revidou, fornecendo equipamentos para as fábricas e as usinas da Albânia, e
emprestando 112,5 milhões de rublos para aquele país socialista. A atitude foi vista como uma
afronta pelos soviéticos. Outro ponto divergente foi a “coexistência pacífica” entre soviéticos
e americanos: para Mao Tsé-tung, significava um desvio da doutrina marxista.
Foco no conteúdo
Os primeiros anos de governo de Mao Tsé-tung
Após a vitória da Revolução Chinesa, em 1949, a China enfrentou uma série de transformações
radicais. Mao, como líder do Partido Comunista Chinês, implementou políticas cujo objetivo era
remodelar a sociedade chinesa de acordo com os princípios do comunismo.
Uma das primeiras medidas de Mao foi a coletivização da agricultura. Por meio da formação
de comunas agrícolas, as terras foram coletivizadas e os camponeses passaram a
trabalhar em conjunto, compartilhando recursos e produção. Essa política visava
aumentar a produtividade agrícola e eliminar as desigualdades no campo.
Em 1950, o governo chinês promulgou a Lei de Reforma Agrária, que distribuiu as terras dos
proprietários rurais entre os camponeses. Essa reforma radical tinha a intenção de centralizar o
poder nas mãos do Estado e reduzir as disparidades socioeconômicas.
Outra iniciativa importante: o Grande Salto Adiante em 1958. Apesar de a campanha visar
acelerar o desenvolvimento econômico e transformar a China em uma potência industrial, ela
teve consequências desastrosas. As metas de produção exageradas e as políticas agrícolas
ineficientes provocaram crise econômica e fome, resultando na morte de milhões de pessoas.
Foco no conteúdo
A Revolução Cultural Chinesa – (1966 a 1976)
Com o objetivo de expurgar elementos considerados "burgueses" ou "contrarrevolucionários" do
Partido Comunista e da sociedade chinesa em geral. Esse movimento sociopolítico queria
eliminar da China qualquer influência capitalista.
Ela então fortaleceu o poder de Mao no governo e no Partido Comunista Chinês. Jovens foram
convocados para perseguir os opositores do regime maoísta e erradicar qualquer vestígio de
influência capitalista.
Em 1978, Deng Xiaoping, o novo líder chinês, lançou o programa "Boluan Fangzheng" para
corrigir os erros cometidos durante a Revolução Cultural Chinesa.

A Revolução envolveu perseguições políticas, repressão intelectual e violência generalizada.


Instituições educacionais foram fechadas, e jovens, chamados de Guardas Vermelhos, foram
mobilizados para promover a revolução. O período foi marcado por instabilidade social e caos.

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