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1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................. 1
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Segundo Augusto Filho & Virgili (1998) existe uma série de processos que
podem instabilizar taludes e encostas, tais como movimentos de massa, erosão,
desagregação superficial, alívio de tensões, etc.
De acordo com Embleton e Thornes (1979) processo, em geomorfologia, define
as ações dinâmicas ou eventos que envolvem a aplicação de forças sob certos
gradientes. Essas ações são provocadas por agentes como chuva, vento, ondas, marés,
rios, gelo, etc.
Quando as forças excedem as resistências dos sistemas naturais, ocorrem
modificações por deformações do terreno, mudança de posição ou mudanças na
estrutura química. As modificações podem ou não ser perceptíveis à nossa capacidade
de observação dependendo da velocidade do processo ou da relação de forças. Caso as
solicitações superem as resistências por uma pequena margem, a dissipação de energia
pode se dar apenas por atrito. Os processos geomorfológicos, geralmente, são
complexos, refletindo não somente a inter-relação entre as variáveis causais (clima,
geologia, morfologia, etc), mas também a sua evolução no tempo. Portanto, ao se tratar
de processo deve-se ter em mente a noção do espaço em que o processo ocorre e a sua
velocidade (Infanti Júnior & Fornasieri Filho, 1998).
Augusto Filho & Virgili (1998) afirma que para os escorregamentos ou
movimentos de encostas, existem inúmeras classificações. De maneira geral, as
classificações modernas baseiam-se na combinação dos seguintes critérios básicos:
Velocidade, direção e recorrência dos deslocamentos;
Natureza do material instabilizado, solo, rocha, detritos, depósitos, etc., sua
estrutura, textura e conteúdo d’água;
Geometria das massas movimentadas;
Modalidade de deformação do movimento.
Já a classificação proposta por Varnes (1978) é a mais utilizada
internacionalmente, sendo adotada pela IAEG (Tabela 1).
Tipo de material
(rastejo
(rastejo de solo)
profundo)
Complexos: Combinação de 2 ou mais dos principais tipos de movimentos
a. Substrato
Os climas tropical e subtropical impõem características próprias aos processos
de intemperismo. Segundo Guidicini & Nieble (1983), o processo de alteração por
intemperismo leva ao enfraquecimento gradual do meio rochoso, ou terroso, no qual
ocorre, pela remoção dos elementos solúveis constituintes dos próprios minerais, pela
dissolução dos elementos com função de cimentação em solos ou rochas sedimentares,
pelo desenvolvimento de uma rede de microfraturas no meio rochoso que não as
possuía. Este enfraquecimento se traduz numa diminuição dos parâmetros de
resistência, a saber, coesão e ângulo de atrito interno.
Como resultado típico de intemperismo, Augusto Filho & Virgili, 1998,
verificaram que se têm mantos de cobertura superficial de grandes espessuras, com a
formação de zonas de diferentes resistências, permeabilidade e outras características que
se relacionam diferentemente com os mecanismos de escorregamentos e processos
correlatos.
b. Águas de subsuperfície
Segundo Azevedo & Albuquerque Filho (1998) a água subterrânea, ou seja, toda
água que corre em subsuperfície, é importante para a Geologia de Engenharia devido
aos efeitos que sua presença tem nos processos de dinâmica superficial e na estabilidade
das obras de engenharia, sendo elemento chave no desempenho do conjunto obra-meio-
físico. Esses efeitos podem resultar de condições estáticas ou dinâmicas da água do
subsolo.
c. Chuva
No meio tropical brasileiro, é de conhecimento generalizado a vinculação dos
escorregamentos à estação de chuvas e, dentro dela, à ocorrência de chuvas intensas.
Durante o verão, as frentes frias que se originaram na região polar antártica cruzam
Oceano Atlântico Sul, num ritmo cíclico de cerca de uma frente por semana. Ao se
depararem com as massas de ar quente tropicais, ao longo da costa sudeste brasileira,
tais frentes geram fenômenos de instabilidade atmosférica intensos, constituindo em
fortes chuvas e tempestades. Tais chuvas acarretam, com certa freqüência, erosão
intensa e escorregamentos, não raro de caráter catastrófico (Guidicini & Nieble, 1983).
d. Cobertura vegetal
O papel da cobertura vegetal no balanço hídrico implica numa dinâmica da água,
nos taludes e encostas naturais, condicionante de instabilizações (Augusto Filho &
Virgili (1998).
e. Ação antrópica
O homem constitui o mais importante agente modificador da dinâmica das
encostas. O avanço das diversas formas de uso e ocupação, para áreas naturalmente
suscetíveis aos movimentos gravitacionais de massa, acelera e amplia processos de
instabilização. As principais interferências antrópicas indutoras de escorregamentos são:
Remoção da cobertura vegetal;
Lançamento e concentração de águas servidas;
Vazamentos na rede de abastecimento, esgoto e presença de fossa;
1 – Definir problemas
Fazer perguntas
2 – Coletar e avaliar as
CONTROLAR O MOVIMENTO
informações existentes
Fazer perguntas
3 – Formular hipóteses de trabalho
Plano de investigações
4 – Realizar investigações
Campo e laboratório
5 – Avaliar os resultados
Responder as questões
Projetar as medidas corretivas
6 – Executar as medidas
corretivas
GRUPOS TIPOS
Obras sem estrutura de contenção Retaludamentos (corte e aterro)
Drenagem (superficial, subterrânea, de
obras)
Proteção superficial (naturais e artificiais)
Obras com estrutura de contenção Muros de gravidade
Atirantamentos
Aterros reforçados
Estabilização de blocos
Obras de proteção Barreiras vegetais
Muros de espera
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VARNES, D.J. Slope movement types and processes. In: Landslides analyses
and control. Washington: National Academy of Sciences, 1978. p.11-33.