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Para ler e entender um texto é preciso atingir dois níveis de leitura:

 
Informativa e de reconhecimento;
 
Interpretativa.
 
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto, extraindo-se
informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a interpretação grife palavras-
chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à idéia-central de cada parágrafo.
 
A última fase de interpretação concentra-se nas perguntas e opções de respostas. Marque
palavras com NÃO, EXCETO, RESPECTIVAMENTE, etc, pois fazem diferença na escolha
adequada.
 
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior para ter
idéia do sentido global proposto pelo autor.
 
ORGANIZAÇÃO DO TEXTO E IDÉIA CENTRAL
 
Um texto para ser compreendido deve apresentar idéias seletas e organizadas, através dos
parágrafos que é composto pela idéia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão
do texto.
 
Podemos desenvolver um parágrafo de várias formas:
 
Declaração inicial;
 
Definição;
 
Divisão;
 
Alusão histórica.
 
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques.
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um espaçamento da
margem esquerda.
 
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a idéia central extraída de
maneira clara e resumida.
 
Atentando-se para a idéia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos levará à
compreensão do texto.
 
OS TIPOS DE TEXTO
 
Basicamente existem três tipos de texto:
 
Texto narrativo;
 
Texto descritivo;
 
Texto dissertativo.
 
Cada um desses textos possui características próprias de construção.
 
DESCRIÇÃO
 
Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática, sem
movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são importantes,
ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.
 
O emissor capta e transmite a realidade através de seus sentidos, fazendo uso de recursos
lingüísticos, tal que o receptor a identifique. A caracterização é indispensável, por isso existe
uma grande quantidade de adjetivos no texto.
 
Há duas descrições:
 
Descrição denotativa
 
Descrição conotativa.
 
DESCRIÇÃO DENOTATIVA
 
Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras figuras
literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras são utilizadas
no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário.
 
Exemplo:
 
Saímos do campus universitário às 14 horas com destino ao agreste pernambucano. À esquerda
fica a reitoria e alguns pontos comerciais. À direita o término da construção de um novo centro
tecnológico. Seguiremos pela BR-232 onde encontraremos várias formas de relevo e vegetação.
 
No início da viagem observamos uma típica agricultura de subsistência bem à margem da BR-
232. Isso provavelmente facilitará o transporte desse cultivo a um grande centro de distribuição
de alimentos a CEAGEPE.
 
DESCRIÇÃO CONOTATIVA
 
Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em polivalência.
 
Exemplo:
 
João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que carregava. Era
notório o sofrimento daquele pobre objeto.
 
Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto de nuvens
brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.
 
NARRAÇÃO
 
Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo episódios,
acontecimentos.
 
A narração  difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é estática
e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo.
 
O indispensável da ficção é a narrativa, respondendo os seus elementos a uma série de perguntas:
 
Quem participa nos acontecimentos? (personagens);
 
O que acontece? (enredo);
 
Onde e como acontece? (ambiente e situação dos fatos).
 
Fazemos um texto narrativo com base em alguns elementos:
 
O quê? - Fato narrado;
 
Quem? – personagem principal e o anti-herói;
 
Como? – o modo que os fatos aconteceram;
 
Quando? – o tempo dos acontecimentos;
 
Onde? – local onde se desenrolou o acontecimento;
 
Por quê? – a razão, motivo do fato;
 
Por isso: - a conseqüência dos fatos.
 
No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É
importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens.
 
Deve haver um centro de conflito, um núcleo do enredo.
 
A seguir um exemplo de texto narrativo:
 
Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá entrara na vida
de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de onde, com o chapéu de barbicacho
puxado para a nuca, a bela cabeça de macho altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião
que irritava e ao mesmo tempo fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta,
montava num alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso
apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal.
 
(Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo)
 
A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos  discurso. A
narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.
 
Quando o narrador participa dos acontecimentos diz-se que é narrador-personagem. Isto constitui
o foco narrativo da 1ª pessoa.
 
Exemplo:
 
Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma tristeza no seu
olhar e perguntei:
 
- Compadre por que tanta tristeza?
 
Ele me respondeu:
 
- Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste.
 
Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos encontramos. Terá
sido o destino?
 
Já o narrador-observador é aquele que serve de intermediário entre o fato e o leitor. É o foco
narrativo de 3ª pessoa.
 
Exemplo:
 
O jogo estava empatado e os torcedores pulavam e torciam sem parar. Os minutos finais eram
decisivos, ambos precisavam da vitória, quando de repente o juiz apitou uma penalidade
máxima.
 
O técnico chamou Neco para bater o pênalti, já que ele era considerado o melhor batedor do
time.
 
Neco dirigiu-se até a marca do pênalti e bateu com grande perfeição. O goleiro não teve chance.
O estádio quase veio abaixo de tanta alegria da torcida.
 
Aos quarenta e sete minutos do segundo tempo o juiz finalmente apontou para o centro do campo
e encerrou a partida.
 
FORMAS DE DISCURSO
 
Discurso direto;
 
Discurso indireto;
 
Discurso indireto livre.
 
DISCURSO DIRETO
 
É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
 
Podemos enumerar algumas características do discurso direto:
 
- Emprego de verbos do tipo: afirmar, negar, perguntar, responder, entre outros;
 
- Usam-se os seguintes sinais de pontuação: dois-pontos, travessão e vírgula.
 
Exemplo:
 
O juiz disse:
 
- O réu é inocente.
 
DISCURSO INDIRETO
 
É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou ou leu de
outra pessoa.
 
No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se, como, etc.
 
Exemplo:
 
O juiz disse que o réu era inocente.
 
DISCURSO INDIRETO LIVRE
 
É aquele em que o narrador reconstitui o que ouviu ou leu por conta própria, servindo-se de
orações absolutas ou coordenadas sindéticas e assindéticas.
 
Exemplo:
 
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase extravagante. Aves
matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher, desconfiado, julgou que ela estivesse
tresvariando”. (Graciliano Ramos).
Narração é um texto que conta uma história, com um fato ocorrendo depois do outro, fatos
interligados entre si, que provocam a transformação das situações. Relata fatos concretos com
personagens concretos que se modificam num espaço concreto.
 
Vejamos um exemplo de Narração:
 
            “O garoto acordou cedo naquele dia, lembrava-se claramente da promessa do seu avô –
Amanhã, iremos pescar no riacho da fazenda. – mal podia esperar.
            - Mamãe, onde está o vovô? – perguntou afoito, levantando-se de um pulo da cama.
            - Seu avô está lá fora, disse que ia tirar leite da vaca para o nosso café da manhã. –
respondeu a mãe bocejando de sono.
            - Será que ele esqueceu que hoje é dia de pescar no riacho da fazenda?
            - Claro que não menino, seu avô é homem de fibra, quando promete uma coisa, cumpre. –
disse a mãe para acalmar a ansiedade do pequeno.
            - Oba! Não vejo a hora... – e lá se foi ele na direção do quintal para chamar o avô.”
 
Note que esse texto conta uma seqüência, os fatos se sucedem, um garoto acorda, relembra o dia
anterior, levanta-se e vai chamar o avô para pescar num riacho. São fatos que ocorrem em uma
seqüência desencadeando modificações, atuando sobre os personagens, transformando e dando
corpo a história.
 
 
A Dissertação é um texto que:
Discute idéias – é um texto abstrato;
Interpreta e analisa os fatos;
Expressa claramente um ponto de vista, uma opinião.
 
Então vejamos um exemplo de dissertação:
 
“A ditadura Militar, fez muito mal ao país, mergulhou-nos em uma repressão sem precedentes,
instalou a censura e impediu o avanço cultural do nosso povo durante vinte longos anos.
            Não bastasse isso, ainda torturou, matou e mutilou pessoas em nome da Segurança
Nacional ...“
 
Como você pode notar, esse texto analisa e expõe o ponto de vista do autor sobre o período da
Ditadura Militar no Brasil. Nesse caso, o autor expressa sua opinião quando diz que “A ditadura
militar fez muito mal ao país...”, esse é o ponto de vista do escritor. Se perguntássemos a um
general sua avaliação seria a mesma? Ele também diria que a ditadura militar fez mal ao Brasil?
Pois é, quando isso ocorre, temos um texto argumentativo dissertativo. (Prepare-se para criar o
seu quando for prestar vestibular.)
Para que um texto fique claro, objetivo e interessante, o mesmo precisa realçar beleza, para que
sua estética seja vista de maneira plausível.
E fazendo parte desta estética, estão uma infinidade de elementos que participam da construção
textual, entre eles, a coesão e a coerência.

A coesão nada mais é que a ligação harmoniosa entre os parágrafos, fazendo com que os
mesmos fiquem ajustados entre si, mantendo uma relação de significância. Para melhor
entendermos como isso se processa, imaginemos um texto sobrecarregado de palavras que se
repetem do início ao fim. Então, para evitar que isso aconteça, existem termos que substituem a
ideia apresentada, evitando, assim, a repetição.

Falamos das conjunções, dos pronomes, dos advérbios e outros. Como exemplo, veremos um
parágrafo para verificarmos a ocorrência:

Tamanha é a magia das palavras, pois elas expressam a força do pensamento. As mesmas
tem o poder de transformar, de conscientizar e de sentirmos que somos capazes.

Podemos perceber que as expressões: elas e as mesmas referem-se ao termo - “palavras”.


Quando falamos sobre coerência, nos referimos à lógica interna de um texto, isto é, o assunto
abordado tem que se manter intacto, sem que haja distorções, facilitando assim o entendimento
da mensagem.
Estes são apenas alguns dos requisitos para a elaboração de um texto, e estas técnicas vão sendo
apreendidas à medida que nos tornamos escritores assíduos.
Mundo Educação » Redação » Coesão e Coerência
Funções da Linguagem
Função referencial ou denotativa: transmite uma informação objetiva, expõe dados da
realidade de modo objetivo, não faz comentários, nem avaliação. Geralmente, o texto apresenta-
se na terceira pessoa do singular ou plural, pois transmite impessoalidade. A linguagem é
denotativa, ou seja, não há possibilidades de outra interpretação além da que está exposta.
Em alguns textos é mais predominante essa função, como: científicos, jornalísticos, técnicos,
didáticos ou em correspondências comerciais.

Por exemplo: “Bancos terão novas regras para acesso de deficientes”. O Popular, 16 out. 2008.

Função emotiva ou expressiva: o objetivo do emissor é transmitir suas emoções e anseios. A


realidade é transmitida sob o ponto de vista do emissor, a mensagem é subjetiva e centrada no
emitente e, portanto, apresenta-se na primeira pessoa. A pontuação (ponto de exclamação,
interrogação e reticências) é uma característica da função emotiva, pois transmite a subjetividade
da mensagem e reforça a entonação emotiva. Essa função é comum em poemas ou narrativas de
teor dramático ou romântico.

Por exemplo: “Porém meus olhos não perguntam nada./ O homem atrás do bigode é sério,
simples e forte./Quase não conversa./Tem poucos, raros amigos/o homem atrás dos óculos e do
bigode.” (Poema de sete faces, Carlos Drummond de Andrade)

Função conativa ou apelativa: O objetivo é de influenciar, convencer o receptor de alguma


coisa por meio de uma ordem (uso de vocativos), sugestão, convite ou apelo (daí o nome da
função). Os verbos costumam estar no imperativo (Compre! Faça!) ou conjugados na 2ª ou 3ª
pessoa (Você não pode perder! Ele vai melhorar seu desempenho!). Esse tipo de função é muito
comum em textos publicitários, em discursos políticos ou de autoridade.

Por exemplo: Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!

Função metalingüística: Essa função refere-se à metalinguagem, que é quando o emissor


explica um código usando o próprio código. Quando um poema fala da própria ação de se fazer
um poema, por exemplo. Veja:

“Pegue um jornal
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.”
Este trecho da poesia, intitulada “Para fazer um poema dadaísta” utiliza o código (poema) para
explicar o próprio ato de fazer um poema.

Função fática: O objetivo dessa função é estabelecer uma relação com o emissor, um contato
para verificar se a mensagem está sendo transmitida ou para dilatar a conversa.
Quando estamos em um diálogo, por exemplo, e dizemos ao nosso receptor “Está entendendo?”,
estamos utilizando este tipo de função ou quando atendemos o celular e dizemos “Oi” ou “Alô”.

Função poética: O objetivo do emissor é expressar seus sentimentos através de textos que
podem ser enfatizados por meio das formas das palavras, da sonoridade, do ritmo, além de
elaborar novas possibilidades de combinações dos signos lingüísticos. É presente em textos
literários, publicitários e em letras de música.

Por exemplo: negócio/ego/ócio/cio/0

Na poesia acima “Epitáfio para um banqueiro”, José de Paulo Paes faz uma combinação de
palavras que passa a idéia do dia-a-dia de um banqueiro, de acordo com o poeta.
Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

USO DO GERÚNDIO
 
Não devemos usar o gerúndio para reforçar a idéia de progressividade no futuro. Vejam alguns
exemplos:
 
Eu vou estar estudando o projeto de lei.
 
Estaremos transferindo a quantia amanhã.
 
As frases adequadas são:
 
Eu estudar o projeto de lei.
 
Transferiremos a quantia amanhã.
 
É um problema o emprego do gerúndio, tanto que alguns escritores evitam empregá-lo. Ele
constitui uma oração subordinada adverbial e, de certo modo, uma função adjetiva. Para ser bem
empregado, o gerúndio deve estar o mais perto possível do sujeito ao qual se refere.
 
Exemplo:
 
Vi teu filho nadando.
 
Nadando, vi teu filho. (o sentido é diferente)
 
O gerúndio traz vários significados diferentes. Abaixo alguns exemplos:
 
» Gerúndio modal: Chegou alegrando o ambiente.
 
» Gerúndio temporal. Indica contemporaneidade entre a ação expressa pelo verbo principal e o
gerúndio: Vi Henrique conversando.
 
» Gerúndio durativo: Ficou escrevendo seu livro.
 
» Gerúndio cuja ação é imediatamente anterior à do verbo principal: Estudando, passou no
vestibular em primeiro lugar.
 
» Gerúndio concessivo: Chovendo, não iria à festa.
 
» Gerúndio explicativo: Vendo que a suspensão não funcionava, o piloto chamou o mecânico.
 
PREPOSIÇÃO
 
Os pais de Robson estão aqui.
 
Todos concordavam com você.
 
Vamos morar em Recife.
 
DE, COM, EM o que essas palavras têm em comum? Ligam termos dependentes a termos
principais.
 
DE relaciona Robson e pais, demonstrando uma idéia de posse.
 
COM cria um vínculo com a palavra você, complementando o verbo concordar.
 
EM estabelece uma relação de lugar.
 
Preposição à é a palavra invariável que liga duas outras palavras estabelecendo relações de
sentido e de dependência.
 
CLASSIFICAÇÃO DAS PREPOSIÇÕES
 
As preposições podem ser classificadas em:
 
Essenciais;
 
Acidentais.
 
As preposições essenciais só exercem a função de preposição. São elas:
 
Ante, após, até, com, contra, de, desde, em, entre, para, perante, por, sem, sob, sobre, trás, etc.
 
Exemplo:
 
Dia após dia Rui procurava sua amada.
 
A encomenda está sob a mesa.
 
O diretor era contra a medida polêmica.
 
As preposições acidentais são palavras de outras classes gramaticais, que em determinadas
orações, exercem a função de preposição. São elas:
 
Conforme, mediante, segundo, durante, visto, etc.
 
Dançamos conforme a música.
 
A promoção, segundo informações do gerente, expira amanhã.
 
LOCUÇÃO PREPOSITIVA
 
São expressões formadas, geralmente, por advérbio + preposição. Vejamos alguns exemplos:
 
Abaixo de, acima de, de acordo com, longe de, perto de, junto de, ao lado de, em virtude de, etc.
 
Exemplo:
 
Deixa essa fera longe de mim.
 
Ninguém está acima de Deus.
 
As preposições, isoladamente, são palavras que não possuem nenhum sentido lógico. Na frase
podem indicar muitas relações diferentes.Vejamos as principais:
 
Autoria – música de Tom Jobim;
 
Lugar – Ele ficou em casa;
 
Tempo – Partiremos em duas semanas;
 
Modo – chegou aos prantos;
 
Causa – morrer de fome;
 
Assunto – falamos sobre política;
 
Fim ou finalidade – enfeitamos a casa para o aniversário;
 
Instrumento – cortou a mão com a faca;
 
Companhia – viajei com o meu filho;
 
Meio – viajaremos de avião;
 
Matéria – comprei um anel de ouro;
 
Posse – o carro de Vitória;
 
Oposição – votaram contra o projeto;
 
Conteúdo – copo com água;
 
Preço – vendi meu celular por R$500,00;
 
Origem – somos de Recife;
 
Destino – vou para Bahia.
 
Combinação e contração da preposição
 
As preposições A, DE, EM quando ligadas a algumas palavras formam uma só palavra. Podem
ser combinações ou contrações. Se combinadas não sofrem alteração, se houver contração há
alteração. Vejamos alguns exemplos:
 
Combinação
 
A preposição não sofre alteração.
 
- preposição a + artigos definidos o, os:
 
Exemplo:
 
Chegamos ao amanhecer, mas não havia ninguém nos esperando.
 
Os repórteres fizeram várias perguntas aos políticos.
 
- preposição a + advérbio onde:
 
Exemplo:
 
Vou aonde você quiser.
 
CONTRAÇÃO
 
Quando a preposição sofre alteração.
 
DE + PRONOME PESSOAL
 
De + ele(s) – dele(s)
 
De + ela(s) – dela(s)
 
DE + PRONOMES DEMONSTRATIVOS
 
De + este(s) – deste(s)
 
De + esta(s) – desta(s)
 
De + esse(s) – desse(s)
 
De + essa(s) – dessa(s)
 
De + aquele(s) – daquele(s)
 
De + aquela(s) – daquela(s)
 
De + isto – disto
 
De + isso – disso
 
De + aquilo – daquilo
 
DE + ADVÉRBIO
 
De + aqui – daqui
 
De + aí – daí
 
De + ali – dali
 
EM + ARTIGOS
 
Em + o(s) – no(s)
 
Em + a(s) – na(s)
 
Em + um – num
 
Em + uma – numa
 
Em + uns – nuns
 
Em + umas – numas
 
A + ARTIGO FEMININO
 
A + à(s) – à(s)
 
DE + ARTIGOS
 
De + o(s) – do(s)
 
De + a(s) – da(s)
 
De + um – dum
 
De + uns – duns
 
De + uma – duma
 
De + umas – dumas
 
PER + ARTIGOS
 
Per + o – pelo(s)
 
Per + a – pela(s)
 
DE + PRONOME INDEFINIDO
 
De + outro – doutro(s)
 
De + outra – doutra(s)
 
A + PRONOME DEMONSTRATIVO
 
A + aquele(s) – àquele(s)
 
A + aquela(s) – àquela(s)
 
A + aquilo – àquilo
 
EM + PRONOME DEMONSTRATIVO
 
Em + este(s) – neste(s)
 
Em + esta(s) – nesta(s)
 
Em + esse(s) – nesse(s)
 
Em + aquele(s) – naquele(s)
 
Em + aquela(s) – naquela(s)
 
Em + isto – nisto
 
Em + isso – nisso
 
Em + aquilo – naquilo

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