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O Fantasma do Lustre (Marlene B.

Cerviglieri)
Estvamos todos reunidos na pequena biblioteca de nossa casa. Como era
de costume sempre aps o jantar fazamos nossos deveres de escola. Eu,
estava s voltas com meus teoremas, minha irm com sua redao e meu
irmo tentando recortar alguma figura para o cartaz de cincias. Ali,
entretidos, ouvimos um estalo vindo do alto. Um olhou para o outro e no
dissemos nada, apenas balanamos os ombros como que dizendo: que foi?
Continuamos concentrados. De repente a luz piscou duas vezes, mas,
imediatamente, voltou e ficou normal. Ficamos quietos novamente.
De repente ouvimos um forte assobio... A ento no deu para ficar
quieto, samos correndo da sala. Fomos direto sala de estar onde papai e
mame estavam dando uma olhadinha no jornal.
- Que foi? perguntaram os dois j de p tal a pressa com que adentramos
a sala.
- Tem um fantasma no lustre dissemos os trs quase que gaguejando.
- O qu? disse meu pai.
- um fantasma no lustre!
Acompanhamos meu pai que levou consigo uma escada. At ai ento no
entendamos porque uma escada. Puxa, ele no tinha medo mesmo.
Subiu nela, vimos que apertava alguma coisa e depois delicadamente
pegou algo. Desceu.
- Prontos para ver o fantasma?
Grudamo-nos uns nos outros...
- Primeiro: a lmpada estava meio solta. Apertei-a e agora no vai mais
piscar. E aqui est o fantasma que assobiou para vocs.
Abriu a mo e l estava um inseto pequenino.
- Papai, o que isso?
- Uma cigarra meus filhos, e elas cantam, assoviam!
Ficamos de boca aberta olhando.
- Ento no tem fantasma?
- Claro que no.
Voltamos a outra sala e l meus pais riam do nosso susto.
Puxa e eu que pensava que tinha um fantasma no lustre!
A janela bateu com o vento e, novamente, samos correndo.- Foi a janela
- dissemos juntamente com as risadas de meus pais.Sempre que entro numa
biblioteca lembro deste fato, olho para os lustres e procuro o fantasma, ou
seja, as cigarras.

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