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Contos de Mistério
Estava caindo de sono, mas continuei andando. Abri a porta, que fez um
barulho ensurdecedor, estava enferrujada, por isso fiquei com um pouco de
receio de entrar.
O galpão era alto, de ferro, cheio de ferrugem, nem eu sabia o que tinha
lá dentro direito.
Passo ante passo fui entrando no escuro galpão, não via nada, até que
descobri que o barulho vinha do fundo. Fui andando, com certo medo.
Ao lado via pilhas e pilhas de móveis, brinquedos antigos, entre outros
vários objetos.
Fui andando lentamente e, olhando os objetos ao lado, lembrei-me de
histórias da minha infância. Continuei andando, pensativo virei para trás para
ver se a noite já tinha caído, de repente vi um vulto preto atrás de mim,
estremeci, me lembro apenas de gritar, depois disso apaguei.
Quando acordei já era de manhã e estava na minha cama, com um saco
de gelo na cabeça. Coloquei o braço para o lado e peguei o meu celular,
perguntei aos meus amigos o que eles tinham feito na noite passada. Esperei
um tempo e ninguém me respondeu, estavam me ignorando.
Logo levantei, estava um pouco tonto, porém curioso para saber o que
havia feito o ruído naquela noite.
Coloquei uma roupa e desci as escadas correndo, entrei no galpão e
quando pisei lá dentro alguém acendeu a luz e eles começaram a cantar:
— Parabéns para você...
Deparei-me com amigos da escola e da faculdade e familiares, então caí
em mim, despertei, era meu aniversário! De tanto trabalhar havia até
esquecido.
Taly Szuster 7º A
Proposta 2: Após assistir ao filme “A janela Secreta”, produzir um conto de
mistério utilizando um trecho da obra.
Janela Secreta
Após um longo dia, cansado, Mott desabou no sofá de sua sala. O
solitário homem dormia profundamente, em sua companhia estavam escuridão
e suaves ruídos que vinham de fora. De repente, um sonho maldito, colocado
em sua cabeça pelo demônio, o perturbou de seu sono profundo, mas com
algum propósito; “Alguma coisa estava errada’’, desconfiou ao acordar.
Confuso e assustado, andou pela casa em busca de respostas, sem sucesso,
já estava desesperado. Foi então que ele viu: percebeu que a porta de sua
choupana estava aberta e balançava freneticamente devido ao forte vento.
Lentamente, caminhou em direção a ela, a tensão aumentava a cada estalar do
orvalho, sons produzidos a cada passo que dava, era uma eternidade, parecia
que a porta se distanciava a cada passada; então, finalmente, o escritor
conseguiu alcançá-la.
Agora, fora da casa, os ruídos que ouvia de dentro se intensificavam e
possuíam um som muito agudo, de sangrar os ouvidos. Confuso, já que a
escuridão o deixava completamente cego, sentiu um cheiro de algo sendo
decomposto. Não conseguia identificar de onde vinha aquele odor tão
desagradável, o medo era indescritível, a vontade de voltar à sua moradia era
mais do que absoluta, porém, quando Mott virou-se em direção à porta, esta
fechou-se num estrondo que o fez estremecer. Foi então que descobriu a
origem daquele péssimo aroma: vinha de um pano ensanguentado que cobria
algo misterioso, algo que ele nunca poderia esquecer. Curioso, tirou o tecido
lentamente, suas mãos e pés tremiam de tanto pavor, calafrios percorriam
como um raio em seu corpo, balançava a sua cabeça de um lado e para o
outro. Negava o que via: seu cachorro estava morto, o pobre animal estava
todo ensanguentado, era possível ver os ossos que o sustentavam, estes
continham alguns pedaços podres de carne viva. Via em seus olhos o clamor,
além da culpa pela morte de seu fiel companheiro, era uma cena terrível, que o
atormentou por muito tempo. “Mas que-em-po-de-pode-ria-fa-fa-fazer-ta-tal-a-
to?’’, pensou em voz alta, desesperado. “Não ser-se-seria-el-le-ele?’’, o homem
hesitava de falar aquele nome, aquele que lhe causara muitos sofrimentos,
desde aquele fatídico dia. “Ti-ra-Ti-rane-l-la’’, disse com árdua dor em seu
coração. Ele estava certo. Depois de se recuperar de tal sofrimento,
surpreendentemente horrível, Mott logo descobriu que a morte de seu cachorro
passava de uma ameaça do caipira: “Você tem três dias, isto não é uma
brincadeira, sem polícia’’, leu em voz alta o assustador e amedrontador bilhete
deixado no batente de sua porta.
Ainda confuso, repleto de sensações e sentimentos, o escritor, com
lágrimas nos olhos, porém possuído pela raiva, cavou a cova de estimado seu
cachorro. “Descanse em paz, amiguinho”, disse com grande dificuldade.
Leo G. Krasilchik 7º B
Janela secreta
Desde o dia em que descobri que minha esposa, uma mulher muito
bonita e atraente, me traía, não sou mais o mesmo, não sinto mais vontade de
viver, de ver os outros viverem; a vida não tem mais sentido. Por que a vida
dos outros é tão perfeita e a minha é assim? Por que só eu sofro? Por que só
eu?
Não tenho poder nem sobre meus contos, pois um tal de Tiranella, um
homem ranzinza, maldoso e com uma aparência estranha, resolveu tirá-los de
mim, me acusando de plágio, algo que não cometi de modo algum; o que tenho
de provar? Ele, de qualquer modo, quer o final da história, saber o que
acontecerá, sendo que nem eu mesmo sei. Talvez tenha que inventar, criar um
final, em que talvez nem todos tenham sorte.
Eu pensava que minha vida não poderia piorar... Até o dia em que
encontrei meu fiel escudeiro, meu cachorro, morto com uma chave de fenda, e
o chapéu de Tiranella à minha porta. Lá se fora mais um pedaço de minha vida.
Tiranella está arruinando minha vida com perseguições e ameaças. Já
até incendiou minha antiga casa. Agora, o que me resta é o final da história, o
fato mais importante. O que acontece com a janela secreta? Com a infiel
esposa? Com o seu amante com quem me traiu? E comigo? O que
acontecerá? Preciso descobrir.
Certo dia, quando estava em minha humilde residência, nervoso com
meus problemas pessoais, comecei a sentir tontura, dor de cabeça e enjoo.
Então decidi me deitar no sofá. Quando me olhei no espelho, avistei outro de
mim, mas de um jeito estranho, me incentivando a ligar para a polícia e fazer o
contrário do que estava fazendo. Dizia que eu era o Tiranella. O verdadeiro
apareceu e dizia o mesmo... Então cada vez fiquei mais confuso e fora de mim.
Minha ex-mulher bateu à minha porta e ouvi Tiranella dizer que aquele
seria o final da história.
Fui recebê-la e, quando percebi, estava comendo uma espiga de milho.
Tinha acabado de enterrar minha ex-mulher e seu atual marido, com quem
havia me traído; o que aconteceu?
Nunca saberei.