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Capitulo1

“Uma amizade improvável”

Em uma noite chuvosa e fria na cidadezinha do interior do Rio de Janeiro, onde não havia
muitos moradores. Surge, de repente, de um brilho em comum, no meio da rua uma mulher
misteriosa, vestida com uma capa marrom com gorro que ocultava seu rosto, em suas mãos
carregava uma cesta feita de uma palha incomum, com um pano fino por cima.
Na mesma hora em que ela surgiu, repentinamente, no meio da rua, começou a andar
como se já estivesse um rumo traçado em sua mente, entrou em um logo beco pouco
iluminado, molhado e apertado, ela caminhava como se estivesse fugindo de alguém ou
alguma coisa. O beco parecia um labirinto, mas ela sabia onde estava indo, quando saiu do
beco deu de cara com um condomínio de classe média, cheias de casas exatamente iguais,
todas brancas e com a grama meio seca, mas entre todas elas, uma destacava-se, era a única
que possuía um jardim grande e belo cheios de flores e plantas com uma beleza indescritível.
A Casa era bem grande, e diferente das outras casa, era a única casa que era azul e ainda está
com enfeites de Natal.
A moça então deixou o que carregava em suas mãos e a deixou na porta da casa Azul,
tocou a campainha, enquanto a porta se abria essa mulher deixou algo junto a cesta. Quando
a porta finalmente se abriu, surgiu ali uma freira como qualquer outra que trabalhava lá, ela
olhou para um lado, olhou para o outro, mas não viu ninguém, então, quando ia fechar a
porta, ela escutou o som que lembrava o de um bebê chorando, olhou para baixo e avistou a
cesta. A freira retirou o pano que cobria a cesta e avistou um lindo bebê: de pele branquinha,
olhos azuis como o céu e cabelos castanhos. Ela pegou a cesta contendo o bebê, levou para
dentro do orfanato e o amamentou; deu um banho quente e pôs para dormir a inocente
criança. Nisso, ao ver o cordão e a carta, gananciosa que era, a freira roubou o cordão, já
pensando em faturar algum dinheiro com o objeto, que parecia de valor, e a carta ela
entregou à madre superiora. A madre resolveu deixar o nome que estava na carta, assim o
bebê continuou se chamando Henry.

Dez Anos Depois

Quando Henry completou 10 anos, chovia forte, assim como a noite em que ele chegara
a Wollimand. Em um certo momento, as luzes do orfanato se apagaram completamente. As
freiras de cada andar, começaram a acender velas e direcionar as crianças para seus
respectivos quartos, quando, de repente, uma das freiras iluminou o quarto de Henry e
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percebeu que ele não estava ali. Começou a procurá-lo por todo orfanato, e, ao descer para
o primeiro andar, o avistou, brincado no escuro, sozinho. Tomada pelo desespero, ela gritou:
— Menino Henry, já para o quarto!
— Já estou indo!
Henry deu a mão à freira e subiu em direção ao seu quarto, pelo meio do caminho ele
escutou um sussurro, a voz de uma menina, clamando por “socorro”. Henry soltou a mão da
freira para ir atrás do tal sussurro, ele desceu as escadas e voltou para o mesmo local onde
brincava, e o sussurro só aumentava, quanto mais ele se aproximava da porta da entrada do
orfanato o sussurro aumentava. Ao abrir a porta, alguém do lado de fora bateu: Henry se
assustou, e a freira, que tinha ido buscá-lo, abriu a porta e viu uma menina molhada por conta
da forte chuva que caía, essa menina tinha uma mochila feita de um tecido estrando. O
menino ficou abismado com a situação, se perguntado como ela chegou até ali devido à
tempestade, indagava-se também sobre qual poderia ser o seu nome....
Essa menina percebeu que ele estava aflito com a situação e falou com ele:
-Oi meu nome e Lily, qual e o seu?
-O Meu? e.… e... Henry! - Respondia ele gaguejando de nervosismo -Quer ser meu amigo?
- Perguntou ela educadamente.
-Quero, quero sim!
Então a freira levou ela para um quarto vazio no mesmo andar onde o quarto de Henry
ficava, no dia seguinte na hora do café da manhã Lily estava com sua mochila, Henry gritou-
a da última mesa, sozinho, pois Henry não tinha amigos. Quando ela chegou na mesa ele
perguntou o que tinha dentro da mochila, ela disse que tinha alguma coisa pessoais mas tinha
falado de um livro, ela pegou o livro da mochila e colocou sobre a mesa e disse:
-Henry está vendo esse livro?
-Claro não sou cego! - Disse Henry com um tom de sarcasmo -Eu sei que você não
é cego, mas como você o vê?
-Ele é estranho, velho cheio de símbolos e palavras esquisitas, mas por que você me
perguntou isso?
-Henry esse livro não e como os outro que você está acostumado a ler!
- Ham?... Como assim Lily? O que você quer dizer com isso?
-Henry! Eu só estou tentando lhe-dizer que você não é como as pessoas desse orfanato e
nem de Wollimand, nem desse mundo. Você pertence a Blatorion!
-Como assim? Blatori... o que? Você e doida!
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Henry não estava entendendo nada que ela estava dizendo, e saiu de lá chamando-a de
doida, pois o que ela estava tentando explicar, para ele não havia sentido algum. De onde ele
era! E quem eram seus pais! Isso era o que Lily queria dizer a ele. Mais tarde Lily foi para o
quarto de Henry para tentar convence-lo que não fazia parte desse mundo e explicar o que
ele ia se tornar ao completar 16 anos. Quando Lily chega no quarto dele, vê Henry chorando
no canto e pergunta:
-Henry, o que foi? Foi alguma coisa que eu disse na hora do café?
-Claro! Você acabou de me dizer que não era “desse mundo”! E que eu era diferente de todos
do orfanato.
-Mas Henry as vezes ser diferente é bom!
-Como assim, “ser diferente é bom”?
-Você tem que entender que nem tudo na vida é igual, mas se você não quer mesmo saber
sobre você, seu mundo e sua família de verdade, eu não vou insistir!
-Lily! Espere, só me conte o por que eu vi aquele livro daquela forma, sobre aqueles símbolos
estranhos que estava nele.
-Esses símbolos são símbolos mágicos, e feitiços em latin .
-Ham? Agora vai me dizer que nesse tal “outro mundo” existe elfos, vampiros, bruxas e o pior
fadas.
-Sim!!! E eu sou uma fada – Disse Lily com um tom de tristeza, mas logo se recuperou.
-Mas como assim fadas não existem.
-Claro que existem, e eu posso provar!
-Então prove!!
Então Lily se agachou e suas costas começaram a brilhar, era uma luz muito clara que
iluminava o quarto do Henry todo. O brilho foi diminuindo e ele pode ver as asas de Lily.
Henry ficou de queixos caído pois era uma coisa desconhecida para ele, logo perguntou a ela
o que ele era, quais eram os poderes dele.
- Você, ainda não possui seus poderes, mas...
- Mas o que? Lily me fala agora
- Você Henry, não possui todos os poderes ainda, possui só alguns poderes básicos.
-E quais são os poderes que eu possuo até agora?
-Você mesmo vai descobrir sozinho!
- Ham? Mas como descobrirei isso?
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-Não sei, mas o que eu sei e que nesse livro tem tudo que você precisa saber pôr agora.
-Mas Lily eu não sei ler em latim.
-Fique calmo, eu vou te ensinar, mas isso pode demorar!
-Mas vai demorar muito?
-Sim, vai demorar um pouco.
-Ok, esperarei o tempo que for...
Então Henry começou a estudar no porão do orfanato, escondido de todos, todos os dias
durante muito tempo, e aos poucos ele foi aprendendo latim. Quando ele realmente
aprendeu essa língua ‘’estranha’’ ele percebeu que não era um livro que contava sobre ele,
mas sim, um livro que dizia sobre Blatorion e os seres que viviam lá. Ele continuou a ler este
livro e descobriu que tinha outro livro que ele era especial, pois esse livro mudava o contexto
de acordo com as classes de Blatorion, Então Henry pediu o livro que estava citado no livro
de Blatorion e ela perguntou -Você já leu esse livro todo?
-Já, demorei um pouco, mas o que tinha que aprender, eu aprendi.
-Então Henry, você vai ganhar o seu primeiro livro magico!
Lily pegou sua mochila e tirou um livro todo preto sem nada escrito do lado de fora nem
do de dentro, E ele começou a questionar por que não tinha nada. Lily começou a explicar
que para ativar o livro de acordo com as classes, tinha que dizer alguma palavra em latim,
por isso que ele tinha que estudar.
-Lily, quais são as palavras?
-Bom, na minha classe era “Et erat fons ut producat chimaerae lenitate dulces sumus,
cantata papiliones volantem in mediocris” (Vou buscar a primavera trago sorrisos e
quimera, borboletas encantadas para fadas aladas). Mas para feiticeiros era: Lumen autem
illuminans me hic dominatur, ad magica
(Pela luz que me ilumina, a magia aqui domina).
Então após ele ter dito essas palavras, percebeu que nada tinha acontecido com o livro, e
logo disse com muita raiva:
-Esse livro é uma farsa!!
-Como assim Henry? O que você está dizendo?
-Eu disse as palavras que você mandou dizer e não aconteceu nada! Parece que eu não me
encaixo em nenhuma das classes citadas neste livro...
-Henry se com essas palavras não funcionou com você, isso quer dizer que você não é um
feiticeiro como os outros!
-Ham? O que você quis dizer com isso?
-Henry você leu o livro de Blatorion até o final?
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-Claro, mas.... Tinha uma história faltando uns pedaços, não conseguia ler, pois estava todo
borrado e rasgado.
- Você pelo menos conseguiu ler alguma coisa?
-Sim, mas não conseguiu entender o que se tratava direito.
-Tá! Mas o que você conseguiu entender?
- Há, sei lá, sobre uma classe rara de... há depois dali não consegui ler mais -Então temos
que descobrir do que se trata essa tal ”classe rara’’.
E após ter dito isso eles foram procurar no andar de cima do orfanato.
Quando de repente, enquanto eles subiam a escada, Henry esbarrou em uma caixa que
estava na parte lateral da escada. Então Lily percebeu que uma carta havia caído da caixa.
-Olhe Henry!! Uma carta!
-Não deve ser nada importante.disse
Então Henry continuou subindo as escadas. Mas Lily não subiu! Ela pegou a carta e após a
lê-la, ela deu um grito chamando Henry, com um ar de surpresa. Ele escutou os gritos dela e
desceu correndo as escadas pensando que ela havia se machucado, mas quando ele chegou
lá percebeu que ela não estava machucada, mas sim, lendo a carta e disse para ele:
-Henry!!!-disse ela euforicamente-essa carta e sua!
-Para mim? Como assim? E quem escreveu isso?
-Bom, eu acho que foi sua mãe que escreveu!
-Ma...mãe? Eu tenho mãe?
-É o que diz na carta!
-Me dá para eu ler.
“Oi Henry, eu não sei se você vai me perdoar por te de deixado aí ainda bebê, mas eu
precisava, por que você corria perigo. Não posso explicar por aqui, mas tem um cordão que
só você pode ativar. E só isso que posso lhe dizer agora”.
Se cuida
Mãe!
Depois que ele leu a carta percebe que não havia nenhum colar com ela, Lily mandou ele
perguntar na sala da madre superior, então os dois subiram correndo as escadas e foram
direto a madre. Chegando lá eles bateram na porta e veio a madre dizendo para ele:
-Boa noite, não era para os dois estarem na cama essa hora?
-Sim, mas eu estou procurando uma coisa que e minha!
-O que exatamente?
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-Um cordão, mas não sei como ele é ao certo.
-Vou ver, mas os dois iram para o quarto agora!
-Tá-disse Henry com muita ansiedade.

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