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Yishuv

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Yishuv (em hebraico: ‫ישוב‬, literalmente "assentamento")


ou Ha-Yishuv ("o assentamento", em hebraico: ‫)הישוב‬, ou
ainda, na expressão completa, ‫הישוב היהודי בארץ ישראל‬
Hayishuv Hayehudi b'Eretz Yisrael (em português: "o
assentamento judeu na Terra de Israel") é um termo
hebraico que se refere aos assentamentos judeus existentes
na Terra Santa antes da criação do Estado de Israel. Os
residentes também são mencionados coletivamente como
Yishuv ou Ha-Yishuv.

O termo entrou em uso nos anos 1880, quando havia cerca


de 25.000 judeus na Palestina (para os judeus, Eretz
Yisrael), e continuou a ser usado depois de 1948.

Distinguem-se o "velho Yishuv" - o conjunto dos judeus


que viviam na Palestina sob o Império Otomano, antes de
1880, assim como os seus descendentes e, por extensão, os
imigrantes religiosos que se juntaram a essas comunidades Judeus do "velho Yishuv" (1895)
ortodoxas antes da criação do Estado de Israel - e o "novo
Yishuv", que designa as populações judias que se
estabeleceram na região a partir da Aliá de 1882, no contexto do projeto sionista.

Os judeus do "velho Yishuv" são ortodoxos, ditos haredim, e viviam principalmente em Jerusalém,
Safed, Tiberias e Hebrom. Havia também grupos menores em Jafa, Haifa, Peki'in, Acre, Nablus,
Shefa-'Amr e, até 1879, também em Gaza. Muitos deles dedicavam grande parte do seu tempo em
estudos da Torá e viviam de ma'amodot (estipêndios) doados por judeus da Diáspora. A maioria
dos 25.000 judeus do Velho Yishuv foi e ainda é hostil ao sionismo, que, segundo eles, é um
movimento de revolta contra a religião. O ramo israelense da organização fundamentalista judia
Edah Haredit derivou do velho Yishuv.

Já o "novo Yishuv" refere-se aos assentamentos judeus construídos fora dos muros da Cidade
Velha, nos anos 1860, Petah Tikva, fundada em 1878, mas sobretudo os assentamentos construídos
desde a Primeira Aliá até a criação do Estado de Israel, em 1948. O "novo Yishuv" se caracteriza
pelo espírito pioneiro e pela conotação política, sob a égide do sionismo, e tem como objetivo de
colonizar as terras da Palestina visando a criação um Estado judeu. A população do novo Yishuv
terá um rápido crescimento graças à imigração judia. Será também reforçado pelo Mandato da
Sociedade das Nações de 1922, o qual confia à Grã Bretanha o estabelecimento de um "lar nacional
judeu" na Palestina.

A Primeira Aliá ou Aliá dos agricultores, quando 25.000 a 35.000 judeus emigraram para Israel,
foi o verdadeiro início da criação do "novo Yishuv". A maioria dos imigrados era constituída de
russos que fugiam de pogroms, além de alguns iemenitas. Muitos eram filiados a organizações
sionistas, que compraram terras aos árabes, possibilitando a criação de muitos assentamentos,
como Yesod Hamaalah, Rosh Pinna, Gedera, Rishon Le'tzion, Nes Tziona e Rechovot.
Esses assentamentos agrícolas eram apoiados financeiramente por filantropos do exterior,
principalmente por Theodore Rothschild. Eliezer Ben-Yehuda chegou na Primeira Aliá e tomou a
peito a tarefa de reviver a língua hebraica. Junto com Nissim Bechar fundou uma escola para o
ensino do hebraico e, mais tarde, fundou o primeiro jornal em língua hebraica.

Durante a Segunda Aliá em 1903 - 1914, cerca de 35.000 novos imigrantes chegaram à Palestina,
principalmente provenientes do então Império Russo.

O velho e o novo Yishuv mantiveram relações contraditorias, que se alternaram entre solidariedade
e conflito até a criação de Israel, em 1948, quando Yishuv no seu conjunto (o velho e o novo)
contava cerca 700.000 pessoas.

Ver também
História de Israel
Judeus mizrahim
Sionismo

Ligações externas
Jewish Virtual Library - Pre-Israel Table of Contents (http://www.jewishvirtuallibrary.org/jsource/
History/preistoc.html) (em inglês)

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