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‫ב”ה‬

Parashá Noach

O Nome da Parashá

Nossa Parashá começa com "Estes são os descendentes de Noach, Noach era..."
O Midrash pergunta: "Por que o nome de Noach é mencionado duas vezes quando
uma só vez teria bastado?"

"Porque", responde o Midrash, Noach (pode ser traduzido como) serenidade.


Noach trouxe serenidade para ele e para o mundo; serenidade para seus ancestrais
(que poderiam descansar em paz em seus túmulos) e para seus filhos; serenidade nos
mundos superiores (visto que as acusações celestiais contra a humanidade cessaram) e
nos mundos inferiores; serenidade neste mundo e no mundo vindouro" (Bereshit Rabá
30:5 e Rashi ibid.).

--- Parashá Noach


Chumash Bereshit 🍃

Fontes: Chamishah Chumash Torah Sêfer Bereshit/Vol.1/Ed.Maayanot.

Parashat HaShavua:
📖 NOACH (2ª)
Bereshit, 6:9-11:32
Haftará para BERESHIT: Yeshaiáhu, 54:1-10

Nome: NOACH
Significado: Serenidade
Linhas no rolo da Torá: 230
Versículos: 153
Palavras: 1861
Letras: 6.907
Data: 1556 - 2083
Local: Ur dos Caldeus, Monte Ararat, Charan
Pessoas-Chave: Noach, Shem, Cham, Yefet, Terach, Avraham

Assuntos abordados nesta Porção:


6:9-10 > Filhos de Noach
6:11-8:22 > O Dilúvio
9:1-7 > Noach é ordenado a popular o mundo
9:8-17 > D’us faz uma Aliança com a humanidade
9:18-29 > Cham ataca Noach
11:1-9 > Torre de Babel
11:10-26 > Descendentes de Shem
11:27-32 > Descendentes de Terach

Perfil do Personagem:
Nome: Noach
Pai: Lemech
Avô: Metushelach (Matusalém)
Esposa: Naamá
Filhos: Shem, Cham e Yefet
Tempo de vida: 950 anos

Realizações: Entendia a língua de todas as criaturas; compilou um livro de curas que


ele recebeu do anjo Rafael; inventou ferramentas para arar a terra.

Conhecida por: Passou 120 anos construindo a arca; cuidava dos animais da arca com
grande sacrifício pessoal; recebeu a promessa de D’us de que o mundo nunca mais
seria destruído por um dilúvio; plantou uma vinha e ficou embriagado; amaldiçoou
Cham e Canaã por seu pecado.

Parashá Semanal Lech Lechá


Vá! Para Dentro de Você

No final da Parashá Noach foi relatado o nascimento de Avraham e seu casamento.


Aqui aprendemos que D’us mandou Avraham, aos 75 anos de idade a abandonar sua
terra.

Na Parashá Lech Lecha dessa semana consta a história de Avraham Avinu. Ele provou a
fé em D’us através de dez testes, entre eles alguns que ocorreram muito antes de seus
75 anos. Quem não conhece a história de Avraham quebrando os ídolos de seu pai e
colocando a “arma do crime” nas mãos do maior ídolo para depois dizer ao seu pai:
“foi ele!” E a sua resposta: “Impossível!” só incitou o jovem Avraham a concluir: “e
então por que rezam para ele?...”

A Torá não menciona explicitamente este episódio e sim nos ensina que a grandeza de
nosso patriarca, Avraham, não está no fato de ser inteligente, precoce, perspicaz ou
corajoso e sim de ser obediente. A Torá menciona a história de Avraham a partir do
ponto em que D’us lhe diz: “Vai!” E ele foi, mesmo sem saber por que e para onde.

É muito importante ter iniciativa própria para realizar coisas positivas, só que é mais
importante saber obedecer a D’us e fazer exatamente o que Ele quer – pode até
parecer menos original, mas Avraham, o primeiro judeu da história, nos ensina que
este é o caminho certo, o nosso caminho.

D’us lhe disse: a natureza, o ambiente (hábitos) e a educação, quando são negativos,
devem ser superados para elevar-se e atingir o objetivo: El haarets asher arêca
(chegar a Terra – o objetivo que D’us lhe mostrará). Para obedecer a D’us e seguí-Lo é
preciso ter auto-sacrifício de poder superar muitos preconceitos e pressões (internas e
externas).

Essa é a vida de todo judeu (afinal, nunca foi fácil ser judeu...) – é a capacidade de
ligar-se a D’us acima de tudo e é só assim que nosso povo sobrevive. Assim, o fim do
trecho há de se cumprir em breve: chegaremos a terra que D’us nos mostrará – o
Terceiro Templo Sagrado em Yerushalaim, através da vinda de Mashiach – já!

A Parashá Lech Lechá, começa com um comando de Hakadosh Baruch Hu, para Abraão
para sair de onde estava e ir para a terra prometida, o longo e árduo caminho para a
liberdade.
Lech Lechá é normalmente traduzido como "Sai-te", entretanto, são palavras que em
seu original, literalmente trazem um sentido contraditório , pois Lech ‫ לְָך‬significa "Ir
para fora", e Lecha ‫ לְֶך‬significa "Ir para dentro, para si mesmo".
Com essas palavras, D”s estava revelando a Abraão suas jornadas que estavam à
frente dele dali em diante.
Rashi, seguindo uma interpretação da tradição antiga, traduz Lech Lecha ‫לְָך‬-‫ לְֶך‬como
"Jornada por você mesmo". Segundo ele, Deus dizia a Abraão "Faça essa caminhada
por seu próprio benefício e pelo seu bem, quando chegar ao destino, lá eu farei de
você uma grande nação".
Amiga as vezes não entendemos sinais de comando de Hashem, que nos dá para
sairmos da nossa zona de conforto para seguir caminhos desconhecidos assim como
Abraão fez, e deixar todo nosso passado para podermos adquirir um futuro melhor.
Lech Lecha, pode também significar deixar para trás tudo que faz dos homens, seres
previsíveis, limitados e delimitados. Deixe as forças sociais, as pressões familiares, as
circunstâncias em que você nasceu e que foi criado, para viver e encontrar o D”s que
está acima de todas estas coisas.
Existem muitas razões pelas quais a pessoa poderia escolher mudar de um local para
outro. Às vezes a pessoa poderia fazê-lo por razões familiares. Muitas vezes, a pessoa
muda-se por motivos financeiros ou porque a vizinhança não é mais segura ou
decente, não foi o caso de Abraão.
Para nós fica o exemplo que mudanças acontecem todos os dias e mesmo assim não
percebemos essa mudança, mas a maior mudança amiga, é o ‘ Eu”, nada adianta
mudar de trabalho, casa, país, ou até mesmo estado civil, se não há uma mudança
interior nas nossas Midot (comportamento, traços de caráter)
Olhe para seu comportamento interior, como a raiva, o rancor, a vingança, medo,
angustia, e veja se esse comportamento edifica sua vida.
Maimônides nos ensina que o caminho do meio é que devemos seguir, alegria e
felicidade, são qualidades nobres que podemos encontrar nas pessoas, como a
humildade e a tranquilidade.
Não podemos jamais nos compararmos aos grandes Tzadikim, mas mudarmos o nosso
traço de caráter (Midot), é muito mais importante que mudarmos de lugar exceto se
esse lugar nos levar a cometer atos como luxúria, corrupção, lashom hará.Vamos ir em
busca da mudança por um gesto de amor.
Quando pensamos só em nós mesmos somos egoístas, quando pensamos nos outros
optamos pelo amor.
Esse modelo, da escolha do amor como princípio de vida, justifica a mudança de
Abraão que se iniciou como uma jornada solitária começa assim a se transformar num
ato coletivo dessa forma Abraão foi transformado em um judeu – uma pessoa
conectada a D”s simplesmente em virtude de sua constituição essencial que “saísse”
de seu país e local de nascimento, Ele estava lhe dizendo para abandonar sua
existência anterior e adquirir uma essência nova e superior com esta ordem.
Dessa forma não há necessidade que um judeu seja um erudito da Torá, basta iniciar a
observar os preceitos que nela contém e assim o levarão ao entendimento adequado,
para uma mudança no seu ser.
Shabat Shalom Umevorach
RABANIT RUTH BENAION BENZAQUEN

Parashat HaShavua:
📖 LECH LECHÁ (3ª)
Bereshit, 6:9-11:32
Haftará para LECH LECHÁ: Yeshaiáhu, 40:27-41:16

Nome: LECH LECHÁ


Significado: “Vá por si mesmo”
Linhas no rolo da Torá: 208
Versículos: 1126
Palavras: 1686
Letras: 6.336
Data: 2023 - 2047
Local: Charan, Canaã, Egito, Planícies de Mamré
Pessoas-Chave: Avraham, Sara, Lot, Faraó, Rei de Sedon, Hagar, Yishmael

Assuntos abordados nesta Porção:


12:1-20 > Os testes de Avram
13:1-18 > Avram e Lot se separam
14:1-24 > Guerra entre cinco reis e quatro reis
15:1-6 > Filhos prometidos para Avram
15:7-21 > Aliança entre as partes
16:1-16 > Hagar é dada para Avram
17:1-8 > Mudança do nome para Avraham
17:9-14 > Circuncisão
17:15-22 > O nome de Sarai é mudado
17:23-27 > Avraham circuncida os membros de sua casa

Perfil do Personagem:
Nome: Avraham
Pais: Terach e Amtelai
Esposas: Sara, Hagar(Ketura)
Tempo de vida: 175 anos
Filhos: Ytschac, Yshmael, Zimran, Yokshan,Medan, Midian, Yishbac e Shuach
Local de sepultamento: Caverna de Machpela

Realizações: Reconheceu a existência de D’us aos três anos de idade; passou dez testes
de D’us, observou todos os mandamentos antes que fossem dados; implorou pelas
pessoas de Sedom, apesar delas serem muito más.

Conhecido por: Foi jogado numa fornalha por Nimrod e sobreviveu milagrosamente;
encorajava todos os seus visitantes a agradecer D’us pela comida; foi insuperável em
dar as boas-vindas a hóspedes; estava disposto a sacrificar seu filho para cumprir a
vontade de D’us.

Próxima Parashá:
📖 VAIERÁ (4ª)
Bereshit, 18:1-22:24
Haftará para VAIERÁ: Melachim II, 04:01-37

Fontes: Chamishah Chumash Torah Sêfer Bereshit/página, 80/Vol.1/Ed.Maayanot.

Parashat HaShavua:
📖 VAIERÁ (4ª)
Bereshit, 18:1-22:24
Haftará para VAIERÁ: Melachim II, 04:01-37

Nome: VAIERÁ
Significado: “E ele apareceu”
Linhas no rolo da Torá: 252
Versículos: 147
Palavras: 2085
Letras: 7.862
Data: 2047 - 2085
Local: Planícies de Mamré, Sedom, Tsoar, Guerar (Terra dos Filisteus), Deserto de Beer
Sheva, Monte Moriá
Pessoas-Chave: Avraham, três anjos, Sara, Lot e sua família, Avimelech, Yitschac,
Yishamel, Hagar

Assuntos abordados nesta Porção:


18:1-15 > Três anjos visitam Avram
18:16-19:38 > Destruição de Sodom e Amorá
20:1-18 > Avimelech toma Sara
21:1-8 > Nascimento de Yitschac
21:9-21 > Expulsão de Hagar e Yishmael
21:22-34 > Avimelech faz um pacto com Avraham
22:1-19 > A amarração de Yitschac
22:20-24 > Nascimento de Rívica

Perfil do Personagem:
Nome: Yitschac
Pais: Avraham e Sara
Avós: Terach, Haran
Esposa: Rivca
Filhos: Yaacov e Essav
Tempo de vida: 180 anos
Local de sepultamento: Caverna de Machpelá.
Realizações: Aos 37 anos, ele estava pronto para oferecer sua vida como sacrifício para
cumprir a palavra de D’us; cavou poços.

Conhecido por: Uma visita de anjos anunciou sua concepção; ficou sem filhos durante
20 anos antes de ter Yaacov e Essav; era muito parecido com seu pai Avraham; ficou
cego; morreu pelo “beijo” da Presença Divina.

Próxima Parashá:
📖 CHAIÊ SARÁ (5ª)
Bereshit, 23:1-24:67
Haftará para CHAIÊ SARÁ: Melachim I, 1:1-31

Fontes: Chamishah Chumash Torah Sêfer Bereshit/página, 112/Vol.1/Ed.Maayanot.

‫ב"ה‬
PARASHÁ VAYERÁ

Caros Amigos e Congregantes

Na Parashá desta semana lemos acerca da ocorrência de diversos momentos críticos


Aprendemos o valor de dar as boas-vindas a um estranho, quando Abraão e Sara
abrem a tenda a três anjos viajantes. Sara ri-se quando descobre que vai ter um filho
numa velhice avançada.
Hashem destrói Sodoma e Gomorra, apesar dos protestos de Abraão. Por último, e
talvez o mais emocional, Abraão leva o seu filho Isaac a ser sacrificado no altar.

Hashem chama Abraão, que responde "Hineini", estou aqui: Hashem instrui-o a trazer
Isaac ao Monte Moriah; Abraão enfrenta uma decisão séria: apesar da perda de Isaac
significar o fim do povo judeu, mantém-se firme na sua posição de obedecer ao
mandamento de Hashem. Abraão não cede às tentações de argumentos racionais ou
emocionais.

Se nos concentrarmos em ser judeus, na nossa devoção a Hashem e na nossa tradição,


seremos o que nos sustenta como povo e asseguraremos a nossa sobrevivência.
Apesar das inúmeras tentativas ao longo da história de erradicar o povo judeu,
prevalecemos precisamente porque nos mantemos firmes nas nossas tradições.

Parte de ser Am Israel é colocarmo-nos diariamente na posição de ser modelos para os


nossos descendentes e exemplo de valores significativos nas suas vidas. Temos o poder
de ajudar a lançar as bases para as suas futuras vidas judaicas adultas, seja por
modelar a aprendizagem, a Compaixão (Chesed) ou o Shabbat.
Se o que estamos a proporcionar não é um momento judaico inspirador que reflita
quem somos como indivíduos e como comunidade, então a continuidade nunca será
alcançada.

Temos de estar prontos para nos levantarmos e dizermos: "Estou aqui, pronto para
ser um judeu neste mundo e um modelo para os meus filhos e para a comunidade”.
Asseguraremos a sobrevivência judaica se fornecermos um modelo como inspiração.

Shabat Shalom,

Rabino Ruben e Debbie Suiza🍃

Parashá Pinchás

📜 As filhas de Tselofchad

Um homem chamado Tselofchad faleceu no deserto, deixando cinco filhas: Machla,


Chagla, Noa, Milca e Tirtsa. Todas as cinco eram virtuosas, inteligentes e estudadas. À
época do falecimento de Aharon, depois do qual ocorreram os acontecimentos
relatados, tinham quase quarenta anos e eram solteiras, uma vez que não
conseguiram encontrar maridos valorosos.

Ao ouvirem Moshê explicar que a Terra de Israel seria distribuída de acordo com o
número de varões, discutiram o assunto entre si.
"O nome de nosso pai será esquecido," disseram umas às outras, "porque nenhum
herdeiro homem receberá uma porção em Israel que esteja associado a seu nome.
Uma vez que não temos irmãos, reivindiquemos a porção da Terra de nosso pai, de
maneira que seu nome seja perpetuado."
Aproximaram-se dos juízes responsáveis pelas dezenas e apresentaram a
reivindicação. Sendo esta uma questão legal sem precedentes, os juízes não puderam
decidir. Levaram a questão das filhas de Tselofchad aos juízes responsáveis por
cinqüenta pessoas.

"Deixaremos a decisão aos maiores que nós," disseram também estas autoridades
mais elevadas. As filhas de Tselofchad, então, aproximaram-se dos juízes centuriões;
porém, de lá, foram enviadas aos juízes responsáveis sobre os milhares. Nenhum juiz
sentia-se competente para decidir o assunto.

Uma das irmãs visitava a Casa de Estudos todos os dias para ouvir os ensinamentos de
Moshê. Certo dia, disse às irmãs: "Hoje Moshê ensinou as leis de yibum (levirato). Se
um homem morre sem deixar filhos, sua mulher casa-se com o irmão do marido. O
filho que nascer deste casal é uma lembrança para perpetuar o nome do primeiro
marido."

As outras irmãs sugeriram: "Nosso pai morreu sem deixar um filho. Deixe que nossa
mãe se case com nosso tio! Se nascer um filho homem, este herdará a propriedade de
nosso pai, e o nome dele não será esquecido."
"Nossa mãe não poderá fazer isto," explicou a irmã instruída, que havia ouvido a
palestra de Moshê. "Apenas uma mulher que não tem filho algum pode casar-se com o
irmão do marido. Como nossa mãe teve filhas, não poderá casar-se com nosso tio!"

As outras irmãs retrucaram: "Se somos consideradas descendentes de nosso pai, assim
como filhos varões, então devemos receber nosso quinhão da terra, também!"
Decidiram todas: "Vamos falar com Moshê."

As filhas de Tselofchad foram à Casa de Estudos. Os líderes da nação - Moshê, Elazar, o


Sumo-sacerdote (que ocupou o lugar de Aharon após a morte do pai), e os juízes do
San'hedrin estavam todos lá. As moças estavam constrangidas por falar diante dos
ilustres líderes. Mas isso não as refreou. Superaram seu recato natural, pois a questão
era fundamental. Apresentaram-na de maneira estudada e acadêmica.

A filha mais velha principiou: "Nosso pai faleceu no deserto (e não no Egito. Já que faz
parte da geração que deixou o Egito, tem direito a uma porção em Israel.)"

A segunda filha continuou: "Não fez parte da perversa congregação de seguidores de


Côrach (todos eles perderam suas porções de terra)."

A terceira tomou a palavra: "Não induziu outros a pecar, o que o faria perder sua
porção, porém morreu por causa de seu próprio pecado."

Tselofchad era o homem que profanou o Shabat recolhendo gravetos, na parashá


Shelach.
A quarta filha concluiu: "Por que o nome de nosso pai deveria se esquecido por não ter
deixado filhos? Que nós, suas filhas, herdemos as porções que lhe são devidas!"

Moshê replicou: "A terra será dividida apenas entre homens."

As filhas de Tselofchad então argumentaram: "Permita então que nossa mãe faça um
casamento levirato com nosso tio. Se tiverem um filho, ele herdará a terra de nosso
pai."

"Isto não pode acontecer," respondeu Moshê. "Sua mãe não pode casar-se com seu
tio. Ela tem filhas."

As moças replicaram: "Se as filhas carregam o nome do pai, não deveriam também
receber sua herança?"
"Espere até que eu pergunte a D'us," respondeu Moshê.

Imediatamente, Moshê voltou-se para consultar D'us que confirmasse a reivindicação


das filhas de Tselofchad.

Por que Moshê não reconheceu, ele mesmo, a veracidade dos argumentos, preferindo
esperar pela decisão de D'us?

Moshê sabia a decisão haláchica correta. Contudo, quando ouviu que os juízes sobre as
dezenas deferiram a causa a uma autoridade superior, e que cada tribunal,
sucessivamente, evitou expedir uma decisão, Moshê pensou: "Que eu aja da mesma
forma. Há Um maior que eu. Que eu Lhe pergunte."

Assim, Moshê ensinou a todos os juízes de todas as futuras gerações a não hesitarem
em consultar uma autoridade maior, quando necessário.

D'us então respondeu a Moshê: "As filhas de Tselofchad estão certas! Esta lei está
escrita na Minha Torá no céu, exatamente como elas disseram. Dê-lhes a porção do pai
em Israel - a porção dupla que ele merecia como primogênito."

"Esta é a lei para todas as gerações: se um homem não tem filhos, suas filhas herdarão
a propriedade."

D'us também disse a Moshê que aconselhasse as filhas de Tselofchad a casarem-se


com membros da sua própria tribo, a tribo de Menashê. Assim as terras herdadas
permaneceriam propriedade desta tribo.

Com o passar do tempo, todas encontraram maridos dignos, se casaram e tiveram


filhos. Geralmente, uma mulher que não teve filhos antes dos quarenta anos tem mais
dificuldades em tê-los depois. D'us realizou um milagre com essas tsidcaniyot,
mulheres justas, e todas foram abençoadas com filhos.
A história das filhas de Tselofchad nos mostra o quanto todas as mulheres da geração
de Moshê amavam a Terra de Israel. Por isso, D'us recompensou não apenas estas
moças, mas todas as mulheres, concedendo-lhes o mérito de entrarem na Terra Santa.
Ao contrário dos homens, as mulheres da geração de Moshê não morreram no
deserto.

--- Parashá Pinchás, chabad.org🍃

Parashá Matot

📜 Os Campos e as Tribos de Gad e Reuven

Benê Yisrael possuía terra a leste do Rio Jordão, após conquistar os poderosos reinos
de Sichon e Og. As tribos de Gad e Reuven possuíam grandes rebanhos de ovelhas.
Estas tribos enviaram mensagens a Moshê, solicitando: "Por favor, deixe-nos assentar
aqui, à margem leste do Rio Jordão, em vez de cruzá-lo até Erets Yisrael. Os campos
aqui são largos e abertos. Serão excelentes para pastagens de ovelhas.

"Moshê, sabemos que não nos levará até Erets Yisrael. Você morrerá do lado leste do
Rio Jordão. Deixe-nos ficar aqui, também."

Ouvindo este pedido, Moshê sentiu-se infeliz. Respondeu: "Vocês são duas tribos
fortes. Se ficarem a leste do Rio Jordão, Benê Yisrael pensará que vocês estão
temerosos de lutar com os canaanitas. Isto os desencorajará de conquistar o país.
Podem também pensar que Erets Yisrael não é especial se vocês não desejam um
pedaço da terra. Estão repetindo o pecado dos espiões! Como eles, estão
desencorajando benê Yisrael de conquistaar Erets Yisrael!"

Os emissários de Gad e Reuven responderam: "Não permaneceremos aqui enquanto


Benê Yisrael luta com os canaanitas. Deixe-nos construir abrigos para nossos rebanhos
e cidades para nossas famílias. Deixaremos nossas mulheres e crianças neste lado do
Jordão enquanto nós – os homens – marcharemos com vocês até Erets Yisrael para
lutar. Estamos preparados para marchar à frente do exército. Permaneceremos não
apenas até que a guerra tenha fim, mas até que a terra seja dividida entre Benê
Yisrael."

Quando Moshê ouviu estas palavras, concordou. Disse-lhes: "Construa cidades para
suas famílias e abrigos para os rebanhos a leste do Rio Jordão."

Moshê primeiro mencionou as cidades para o povo e somente então, os animais. Benê
Gad e Benê Reuven tinham posto o gado em primeiro lugar. Moshê insinuou a eles que
estavam pensando mais sobre o rebanho que sobre os seres humanos.

Moshê continuou: "Se vocês mantiverem sua palavra e ajudar Benê Yisrael a lutar até
que a conquista seja efetuada, receberão suas porções a leste do Rio Jordão. Mas se
quebrarem sua promessa, não receberão nenhuma terra a leste do Jordão.
Não temam perder, ao ajudar Benê Yisrael. Serão mais rico do que se tivessem
permanecido a leste do Jordão durante a conquista de Erets Canaã."

--- Parashá Matot, Chabad🍃

🍷Shabat Shalom e Chodesh Tov!


🕯🕯SP 17:23
📖 Matot Massei

Hoje é o Yortzeit de Aharon HaCohen

Hillel diria:
"Seja dos discípulos de Aharon. Ame a paz. Persiga a paz. Ame cada pessoa que D'us
criou, e atraia-os para a Torá." Mishná Avot

Hillel, o Velho, está falando sobre aqueles que estão tão distantes de D'us e Seu
serviço, que sua única qualidade redentora é que eles são criação de D'us.
E ele nos diz que devemos atrair essas pessoas com cordas grossas de amor. Talvez,
apenas talvez, nós os aproximemos da Torá e de D'us. E se não, ainda não perdemos a
mitsvá do amor. -Tanya, capítulo 32.

Por que Hillel coloca uma agenda para o amor?

Por que não podemos amar nossos semelhantes simplesmente porque todos eles
foram criados com a imagem de D'us embutida neles?

Dê a eles seu amor, sua atenção, sua bondade em todos os sentidos, inclusive
ensinando-lhes a Torá.

No entanto, Hillel parece nos dizer que devemos amar apenas para atrair essas
pessoas a D'us e à Torá!

Mas, não, na verdade Hillel está nos dizendo que nosso amor não deve ser um amor
condicional, não de qualidades transitórias, mas da essência, daquela centelha divina
interior.
E quando você ama as pessoas por causa dessa centelha divina dentro delas, você a
desperta de seu sono profundo.

Naturalmente, eles são atraídos para D'us e a Torá, de um lugar profundo dentro de si
mesmos.

Se eles vão seguir adiante é com eles. Mas uma faísca é despertada com seu amor.

Então Hillel diz: "Mostre a eles o seu amor - só porque eles têm uma centelha sagrada
dentro de si, sem expectativas. Quando for feito dessa maneira, essa centelha sagrada
os atrairá para a Torá".
Chabadorg

📖 Porção Semanal da Torah: Devarim (Deuteronômio) 1:1 - 3:22

📜 O Nome da Parashá

"Olhe para isto!" são palavras que podem ser exclamadas ao nos depararmos com algo
novo ou diferente. Assim, a frase de abertura de nossa Parashá, Estas são as palavras
que Moshé falou a todo o povo judeu, vem nos ensinar que as palavras da Torá devem
sempre ser encaradas como algo novo e excitante, tal como dizem nossos Sábios, "elas
devem ser novas aos seus olhos todos os dias" (Rashi para Devarim 26:16).

No entanto, mudar a maneira como pensamos (e agimos) a ponto de genuinamente


adotarmos uma "nova" abordagem é, de fato, um milagre. Pois se a definição de
milagre é uma "mudança sem precedentes na natureza", então uma perspectiva
totalmente nova da Torá do serviço Divino também representa uma mudança sem
precedentes na nossa natureza, um milagre pessoal.

O Livro de Devarim origina-se de uma forma de revelação profética diferente da que


ocorre nos outros livros de Moshê.  Pois, diferente dos livros anteriores, que foram
"ditados diretamente por D'us, o livro de Devarim foi uma revelação Divina que Moshé
fraseou com suas próprias palavras.

--- Parashá Devarim | Chumash Devarim 🍃

O Nome da Parashá: VAETCHANAN

A palavra vaetchanan significa "eu pedi" em aos pedidos para entrar na Terra de Israel:
"Eu pedi a D'us... Por favor, deixe-me atravessar e ver a terra boa que está no outro
lado do Jordão."

Compreensivelmente, as preces de Moshé para entrar na Terra foram sinceras e


persistentes. De fato, o Midrash relata que o uso pela Torá do termo incomum
vaetchanan, cuja guematria (valor numérica) é de 515, alude ao fato de que Moshé fez
esta suplica nada menos que 515 vezes!

No entanto, "D'us ficou zangado comigo... e Ele não me escutou. D'us me disse, 'Basta
de seus (pedidos)!'
Não fale mais Comigo sobre este assunto."
Tudo na Torá deve transmitir uma lição prática para nossas vidas. Mas este relato
parece simplesmente descrever um evento histórico.
O que ele significa para nós!

A percepção acerca deste incidente é que as preces de Moshé não foram aceitas por
D'us, e quando D'us Se zangou, Moshé interrompeu suas súplicas. Entretanto, nós
devemos ter em mente que Moshé não estava rezando apenas por si mesmo, mas por
todo o povo judeu. Se Moshé tivesse liderado o povo para dentro da Terra, isto teria
antecipado imediatamente a Era Messiânica.

Assim, Moshé poderia ter seguido a diretriz do Talmud, "O que o dono da casa diz a
você, você deve fazer, exceto (quando ele fala para você] sair" (Pessachim 866).
Quando D'us (o verdadeiro "Dono") disse a Moshe para parar de rezar (i.e., abandonar
o pedido por Mashiach e "sair" da presença de D'us), ele não precisava seguir as
instruções de seu Anfitrião, segundo a lei Talmudica.

Assim, Moshé poderia ter seguido a diretriz do Talmud, "O que o dono a casa diz a
você, você deve fazer, exceto (quando ele fala para você) sair".
Quando D'us (o verdadeiro "Dono") disse a Moshé para parar de rezar (i.e, abandonar
o perdido por Mashiach e "sair" da presença de D'us), ele não precisava seguir as
instruções de seu Anfitrião, segundo a lei Talmúdica.

Assim, a despeito do fato de Moshé estar irritando D'us com suas preces insistentes, é
muito improvável que Moshé tenha de fato parado de suplicar a D'us, mesmo depois
de D'us ter dito, "Não fale mais Comigo sobre este assunto".
Pois Moshé não estava rezando por si, mas pelo povo judeu - a geração que ele tirara
do Egito. E, como um verdadeiro líder e amante de Israel, Moshé certamente teria se
arriscado (ao despertar a ira de D'us) para fazer todo esforço possível para o bem de
seu povo.

E esta é a lição para nós:


Continuar a rezar por Mashiach de novo, e de novo, até sermos finalmente atendidos!

--- Parashá Vaetchanan 🍃


(Baseado em Sichat Shabat Parashat Devarim 5751)

O Nome da Parashá: Ékev

A palavra Ékev literalmente significa "porque" ou "como resultado de", como no


começo da nossa Parashá "Como resultado de vocês escutarem estas leis..."

Um outro significado da palavra Ékev é "calcanhar". No contexto de nosso versículo,


isto tem duas implicações:
a) Que nós devemos ser cuidadosos em observar até mesmo os mandamentos
relativamente "menores", que nos podemos nos sentir tentados a "pisar com os
calcanhares".

b). Nossos Sábios se referem ao período imediatamente anterior à vinda de Mashiach


como "o 'calcanhar' de Mashiach".
Assim, explicou o Tsemach Tsédec, nosso versículo alude ao período pré-Messiânico,
quando o povo judeu finalmente "escutará estas leis" e retornará a D'us.

Qual a conexão entre estas duas importantes interpretações?


A ausência do Templo Sagrado tem claramente um efeito prejudicial na "saúde"
espiritual do povo judeu.
Na época do Templo, o âmago espiritual do Judaísmo era facilmente acessível, e era
simples para as pessoas manterem uma conexão inspiradora e significativa com seu
Criador.
_Na época do exílio, entretanto, é uma luta meramente sustentar a observância básica
das mitsvot,
que dirá atingir uma apreciação espiritual delas._
No entanto, há realmente uma vantagem singular ao nosso relativamente
"desalentador" exílio judaico que as pessoas espiritualmente nutridas da época do
Templo não possuíam.
Pois, basicamente, somos nós que demonstramos o verdadeiro compromisso com os
valores judaicos, pois nós permanecemos dedicados a D'us a despeito do fato de não
sermos facilmente inspirados a amá-lo e teme-Lo.
Nós não vemos D'us, ou sentimos D'us, pois nossa geração é meramente o "calcanhar"
da sensibilidade espiritual.
Mas esta também é nossa vantagem: Nós servimos a D'us, independente de nossos
sentimentos de inspiração, e esta é a marca da comprometimento genuíno.

Portanto, tendo atingido "o 'calcanhar' de Mashiach", nós não mais queremos "pisar"
nos mandamentos menores; pois a distinção entre "menor" e "maior
somento é significativa para aqueles que apreciam e
compreendem o verdadeiro valor das mitsvot, como os judeus da era do Templo.
Nossa grandeza, no entanto, é nossa simples fé.
Nossa abordagem não sofisticada do Judaísmo nos conecta com o próprio âmago da
Essência de D'us, que é simples e desprovida de qualquer multiplicidade.

--- Parashá Ékev


Chumash Devarim
(Baseado em Likutei Sichot, vol 9, 71)

O Nome da Parashá

Reê significa "Veja" como no versículo de abertura nossa Parashá: "Veja! Eu dou hoje a
vocês benção e maldição".

O que, exatamente, a Torá pretende ao nos pedir para "ver" as bençãos e maldições de
D'us?

De um modo geral, a observância dos preceitos do Judaísmo poderia se encaixar em


uma das três categorias:

a) Obediencia plena. Neste nível, a pessoa deseja observar as mitsvot porque ela tem
consciência de uma Autoridade Superior. Entretanto, sua observância não é inspirada
por uma compreensão ou apreciação da Torá: ela simplesmente "aceita o jugo do
céu".
b) Aprelação intelectual. Um nível mais elevado é quando a pessoa não somente
observa os preceitos da Torá per deferência a uma Autoridade Superior, mas também
tem uma apreciação intelectual da importância de cumprir as mitsvot, e ela entende as
recompensas que a observância das mitsvot traz.

Entretanto, mesmo esta pessoa ainda não atingiu a perfeição.


Pois somente convicção intelectual, embora imensamente poderosa ainda deixa
espaço para explorar outros caminhos; assim, ela não representa um
comprometimento absoluto.

Assim, o nível mais elevado de observância da mitsvá é:

c.) Visão. Neste nível, a pessoa não apenas aprecia o valor de guardar os preceitos da
Torá, como ela os vê.
1.e., a necessidade e os resultados positivos de observar as mitsvot tornam-se tão
claros e evidentes quanto ver um objeto físico com os próprios olhos.

E é este terceiro nível que nossa Parashá ordena, e habilita espiritualmente cada judeu
a alcançar, com as palavras:
"Veja! Eu dou hoje a vocês bênção e maldição".

--- Parashá Reê


Chumash Devarim
(Baseado em Sichat Shabat Parashat Reê 5743)
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📜 A QUALIDADE ÚNICA DA TSEDACÁ

"Ao dar tsedacá a mente e o coração da pessoa se refinam mil vezes" (Torá Ir, Bereshit
1b).

Nossos Sábios louvaram a grandeza da Tsedacá consideravelmente, comparando-a a


todas as mitsvot da Torá juntas (Baba Batra 9a).
Por todo o Talmud de Jerusalém caridade é chamada simplesmente de "o
Mandamento", visto que esta era a maneira normal de se referir à tsedacá, porque
caridade é a mais importante das mitsvot práticas, e supera todas elas.
Pois o propósito de todas as (mitsvot) é simplesmente elevar a alma vitalizadora do
individuo (que dá vida ao corpo fisico) a D'us, uma vez que é esta alma vitalizadora
sozinha responsável por cumpri-las... e você não encontrará nenhuma outra mitsvá na
qual a alma vitalizadora se elevará tanto quanto na mitiva de tsedacá.

Pois, no caso de todas as outras mitsvot (que requerem ação de somente uma parte
do corpo) apenas um aspecto da alma vitalizadora é envolvido, e mesmo esta única
faculdade está somente envolvida na mitsvá no momento em que esta é realizada.
Entretanto, no caso da tsedacá, um homem dá "o trabalho de suas mãos", e
certamente todas as faculdades de sua alma vitalizadora estão imersas em seu
trabalho manual, ou em outro negócio através do qual ele ganhou este dinheiro.
Assim, quando ele o doa para caridade, ocorre que sua alma vitalizadora inteira é
elevada para D'us.

E mesmo aquele que não ganha a vida de seu trabalho poderia ter usado este dinheiro
que ele deu para tsedacá para comprar coisas necessárias para a sua alma vitalizadora;
assim (ao dar tsedacá) ele está, de fato, dando a vida de sua alma para D'us.

Portanto, nossos Sábios disseram que (Tsedacá) aproxima a redenção


(ibid.10a).
Pois um ato de caridade eleva grande parte da alma vitalizadora.
A elevação de tantas de suas faculdades e características não seria alcançada através
da observância de (até mesmo) inúmeras mitsvot práticas.

--- Chumash Devarim 🍃


Parashá Reê
(Tradução livre do Tanya, capítulo 37)

📜 O Nome da Parashá: Shoftim

No começo de nossa parashá, há o mandamento de "designar juízes (shoftim) e


guardas (shotrim) para você".

O Midrash enfatiza a necessidade de ambos os papéis: "Sem guarda não existe juiz.
Pois se uma corte julga uma pessoa culpada, quando esta sai (da sala de julgamento), o
juiz não tem mais poder, a menos que um guarda assuma o controle"
(Tanchuma, Shoftim, 2).

Por que, então, a Parashá se chama simplesmente de "juizes", sem nenhuma


referência aos guardas, se "sem guarda não existe juiz"?

Em sua profecia sobre a era Messiânica, Isaías menciona os juízes, mas não os guardas:
"Eu restaurarei os juízes como eles eram anteriormente, e seus conselheiros como eles
eram no começo" (Isaías 1:26).
Isto porque na era Messiânica nós testemunharemos o desaparecimento do mal e do
egoísmo (ver Zacarias 13:2);
assim, não haverá necessidade de guardas, que forçam as pessoas a serem corretas.
Entretanto, ainda será preciso os juízes, que aprovam as leis, estudam Torá e fornecem
assistência prática ao povo judeu em assuntos de Torá e seus mandamentos.

Portanto, na verdade, os guardas são assistentes secundários dos juízes.


Somente em uma situação quando o juiz é incapaz de aplicar justiça, pode se recorrer
a um guarda, que trabalha com "o bastão e o chicote", forçando a parte culpada a
aceitar a decisão do juiz.
Assim, nossa Parashá é chamada simplesmente de "Juízes", visto que a nomeação de
guardas não é um mandamento separado, mas uma subcategoria dentro do
mandamento de designar juízes. Guardas não são uma necessidade legal intrínseca, e
em uma época na qual as pessoas serão respeitosas, como na Era Messiânica, eles
serão supérfluos.

Entretanto, como todos os aspectos da Torá são eternos, haverá uma função para os
guardas mesmo depois da Redenção. A diferença é que será uma função positiva
anunciar e divulgar as decisões dos juízes e ajudar o povo a cumprir as diretivas dos
tribunais.

--- Parashá Shoftim 🍃


Chumash Devarim
(Baseado em Sichat Shabat Parashat Shoftim 5751)

📜 Bal Tashchit - Desperdício

Nossos sábios também proibiram-nos de destruir ou desperdiçar qualquer coisa útil.


No passado, as pessoas eram muito mais cuidadosas no que se refere a desperdício.
Não tinham tanta comida, dinheiro ou roupas. Por isso, eles se esforçavam para fazer
bom uso de tudo. Em comparação com as gerações anteriores, hoje, todos nós somos
ricos. D’us nos abençoou com abundância. Muitos de nós temos dinheiro suficiente
para comprar todo alimento e vestimenta que precisamos. Porém isso não quer dizer
que podemos desperdiçar qualquer dessas coisas.

Todo alimento deve ser tratado com respeito. O Talmud nos conta: "Um alimento que
serve para seres humanos, não deve ser dado para um animal". Por quê? Isto é
desrespeitoso para com o alimento e demonstra uma falta de gratidão para com a
bênção de D’us. É certamente errado, portanto, jogar comida fora. Em vez disso,
devemos planejar nossas refeições para que o alimento não seja mal aproveitado.

Fora o respeito por comida em geral, é proibido atirar pão, mesmo se este não for
danificado. Alguém que vê comida no chão deve levantá-la. Uma pessoa nunca deve
andar sobre migalhas de pão, já que isto pode levar à pobreza. As migalhas devem ser
varridas.

O cuidado com as roupas também é parte da mitsvá de bal tashchit.

Dinheiro também não deve ser desperdiçado. Um judeu não deve gastar seu dinheiro
sem propósito, mas sempre no intuíto de cumprir uma mitsvá.

--- Parashá Shoftim, Chabad🍃

📜 Faiscas de Chassidut

"ELA LAMENTARÁ... POR UM MÊS INTEIRO" (v.13)


Devarim 21.10 ao 13
Parashat Ki Tetsê é sempre lida durante o mês de Elul, que é uma época de teshuvá
(arrependimento), quando a pessoa faz um balanço espiritual do ano que passou, e
decide se aproximar de D'us no ano vindouro.

O Arizal (Rabi Yitschac Luria, 1534-1572) nos ensinou que


este mês de arrependimento é aludido em nossa Parashá:
A "mulher bonita" do versículo 11 alude à alma. Sua captura do inimigo (v. 10-11)
alude à libertação da alma dos desejos do corpo
(o "inimigo"), no começo do mês de Elul.

E então, "Ela lamentará", i.e, retomará a D'us em um espírito de remorso e contrição,


"por um mês inteiro"- por todo o mês de Elul.

--- Parashá Ki Tetsê 🍃


Chumash Devarim
_(Likutei Torá do Arizal, citado em Sichat Shabat Parashat Reê 5746)

O Nome da Parashá

Ki Tavô significa "quando você entrar", como no versículo "Quando você entrar na
terra que D'us...
está dando a você."

Em que ponto, de acordo com a Torá, a "entrada" aconteceu?


Nós podemos afirmar que tão logo uma pessoa coloca sua mão em um quarto, ela de
fato "entrou" nele? Ou ela deve colocar a maior parte de seu corpo dentro do quarto?
Ou só pode ser dito que ela entrou quando seu corpo inteiro estiver dentro do
cômodo?
_Similarmente, em que ponto foi considerado que a nação entrou na terra! Quando as
primeiras pessoas
chegaram?_
Ou todas elas vieram e se estabeleceram antes de podermos dizer que elas realmente
entraram? O Talmud responde: "Uma entrada parcial não é considerada entrada"
(Chulin 33b).
Da mesma forma, Rashi explica no começo da nossa Parashá que "quando vocês
entrarem na terra" se refere a quando "eles conquistaram a terra e a dividiram."

Isto nos ensina uma lição importante para a vida diária: que nós devemos "entrar"
totalmente e com todo o coração em tudo que fazemos para D'us.

Quando uma pessoa imerge completamente em tudo que ela faz, não ocorre apenas
uma melhora quantitativa em suas ações (o quanto ela está envolvida), mas uma
mudança qualitativa, que afeta radicalmente a maneira como ela está envolvida.
E esta é a lição da Parashat Ki Tavô: Nós devemos "entrar em cada mitsvá que
realizamos, e em cada ato com o qual servimos a D'us. Então nossa observância do
Judaísmo tornar-se-á viva, literalmente.

--- Parashá Ki Tavô


Chumash Devarim
(Baseado em Likutei Sichot, vol. 19, p. 245-7; Sichat Shabat Parashat Ki Tavô 5733)

📜 O Nome da Parashá: Nitsavim

A Parashá começa com a declaração: "Vocês estão firmemente de pé (Nitsavim) hoje,


todos vocês juntos, diante de D'us, seu D'us líderes de suas tribos... até seus
carregadores de água - para serem trazidos para o pacto de D'us, seu D'us..."

Os judeus devem permanecer firmes e inabaláveis, embora sejam "a menor entre as
nações".
Isto só pode acontecer quando eles estão ligados e unidos -"Todos vocês".
Como é possível estabelecer uma união verdadeira duradoura de indivíduos
diferentes, com ideias diferentes, interesses diferentes e diferentes aspirações?
A resposta é: "Diante de D'us, seu D'us".
A união de todos os judeus é possível porque, na prática, eles já estão unidos em
virtude de suas almas, a alma Divina, que é realmente uma parte de D'us acima, e que
é encontrada em cada judeu sem exceção.
E a profunda reflexão de que vocês estão "diante de D'us", que é "seu D'us, sua força e
sua vida, deve trazer à tona e concretizar a união de um judeu com outro, e do
indivíduo com a comunidade de nosso povo, da maneira mais
completa possível.

--- Parashá Nitsavim🍃


Chumash Devarim
(Excerto de uma carta pública escrita em Erev Shabat Parashat Nitsavim 5721)

Faíscas de Chassidut

À primeira vista, a transferência da liderança de Moshé par Yehoshua representou um


enfraquecimento da força do povo judeu, como ensinaram nossos Sábios:
"A face de Moshé era como a do sol. A face de Yehoshua era como a da lua (Baba
Batra 75a).
Se o povo judeu tivesse merecido entrar na Terra de Israel sob a liderança de Moshé, a
conquista teria sido instantânea e miraculosa. Sob Yehoshua, entretanto, o povo judeu
precisou conquistar a terra dentro dos limites da natureza, com a enorme coragem e o
auto-sacrifício que isto envolve.

No entanto, a Chassidut explica que isto não foi, de fato, uma desvantagem, mas, pelo
contrário, foi especialmente para o bem. O propósito da criação é fazer "uma morada
para D'us nos mundos inferiores", i.e., através dos esforços do homem dentro de sua
vida diária. Milagres são geralmente contraproducentes para este objetivo, pois eles
servem para impor espiritualidade no mundo, ao invés de deixar os "mundos
inferiores" desenvolverem uma sensibilidade espiritual por si mesmos.

Assim, no final, a entrada não-miraculosa na Terra, via Yehoshua, cumpriu o propósito


da Criação de uma maneira mais notável.

--- Parashá Vaielech🍃


Chumash Devarim
(Baseado em Likutei Sichot, vol. 9, p. 56)

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