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Lueji não tinha mais ninguém com quem pudesse contar, ela estava sozinha no escuro novamente, ela

chorou implorou mas não pode fazer nada além de vários hematomas causados por sua alma turbulenta que
não aguentaria ficar mais nem um segundo que for no escuro.
Alguns anos antes do escuro Lueji vivia uma vida feliz e alegre com sua família, sua mãe era forte e sagaz,
corpulenta e baixa demais para sua idade, tinha olhos dignos de uma deusa e cabelos crespos escuros como a
noite, uma das coisas que Lueji gostava na sua mãe era a sua inteligência e seu talento e dedicação aos
trabalhos no laboratório que dia e noite iam a consumindo aos poucos. Quando chegou a primavera as
coisas começaram a ficar estranhas, em vez do calor confortável que deveria se espalhar, um terrível e escuro
frio, denso e extremamente congelante se intensificou por todos os lugares do mundo, pouco a pouco as
coisas começaram a ficar intensas com o decorrer do inverno antecipado. Quase podia sentir como se sua pele
quisesse pular e abandonar o corpo, quando acompanhava a sua mãe até a LNN ( Laboratório Nacional de
Namíbia ),ela tinha apenas 10 anos quando aconteceu. Foi na terça-feira de 24 de janeiro de 2046 que as
coisas começaram a desandar, pessoas começaram a sumir de todos os lugares do mundo, e quanto mais dias
se passavam mais e mais pessoas desapareciam , Lueji não lembra dos outros dias que vieram, pois sua última
lembrança foi de sua mãe a carregando enquanto cantava sua música favorita, a que seu pai criou para cantar
para ela quando pequena, ela sentiu como se estivesse num sonho no qual ela simplesmente não queria
acordar. Quando acordou descobriu que provavelmente ela era uma das únicas sobreviventes que sobrou do
que era seu mundo, ela estava sozinha e tinha mudado muitas coisas da pequena Lueji. Quando acordou se
encontrou em um cômodo escuro e composto por diversas máquinas que se agarravam a Lueji como se fosse
um bebe numa incubadora. Ela quase não conseguia andar e não lembrava de quando ficou grande a ponto
de ter que abaixar a cabeça para conseguir se locomover em um cômodo pequeno como aquele, foi quando
Lueji percebeu que acima da mesa que estava a sua frente tinha um único aparelho, bem grande e
completamente estranho, diferente de um celular ou qualquer outra coisa que ela já tinha visto na vida, ele
começou a apitar com bastante urgência como se quisesse que ela se aproximasse, com o espírito de uma
verdadeira desbravadora ela se aproximou lentamente no intuito de descobrir o'que era aquilo e porque
tocou somente agora que ela acordou.
Naquela máquina tecnológica, que se apresentou como Waarheid, estava tudo que Lueji precisava para
continuar a fazer oque a mãe começou. O problema é que Lueji ficou congelada por 9 anos. Ela estava
sozinha e assustada, por um momento os contos de infância de origem a seu nome vieram à mente. Ela tinha
acabado de completar 7 quando seu pai lhe contou que seu nome foi inspirado na antiga imperatriz do
império lunda, a imperatriz lutou bravamente por seu povo, para que eles pudessem sobreviver. Lueji por
um pequeno momento permitiu sentir a tristeza, no intuito de que ela se fosse.
Com o medo passando ela começou a observar as coisas ao redor, até observar uma coisa reluzente atrás de
uma cortina, Lueji se olhou no espelho se maravilhando com a moça linda que aparentava estar olhando
para ela na mesma intensidade na qual ela a olhava, quando finalmente percebeu que a moça era o reflexo da
mesma ela ficou paralisada, os cabelos agora estavam grandes e armados como o da mãe, tinha os olhos
escuros acinzentados do pai e estava com o dobro do tamanho habitual para uma criança de 10 anos, quando
se deu conta percebeu que estava grande assim porque aparentemente tinha 19 anos agora. Lueji só tinha
uma alternativa, ela puxou o aparelho que com o susto foi para debaixo da mesa e apertou no único botão
que estava visível para ela, ela observou ao redor reconhecendo a letra da mãe por todos os lugares, fazia meia
hora que tinha apertado o botão quando finalmente ela sentiu algo, sentiu o chão tremer como se fosse abrir
ao meio, só que não foi o chão que se abriu, e sim o telhado, Lueji quase não conseguiu ver nada que não
fosse um borrão como se alguém estivesse lhe estendendo a mão, a incerteza e o medo de Lueji não demorou
a ser notado pela pessoa que a observou fazendo uma careta quase imperceptível e descendo para buscá la,
quando o vulto parou na frente de lueji o primeiro instinto dela foi dar um dar um soco partindo para a
posição de defesa, a máscara de pano que o vulto usava caiu revelando uma bela garota, que se virou para
Lueji com uma cara raivosa– Pra que isso?garota! E assim que você trata os convidados?-- Disse se virando
para pegar o aparelho e a máscara jogada no chão.
Na mesma hora a moça que até então não tinha se apresentado segurou Lueji pela cintura e se pendurou na
corda para irem até a nave que agora perante aos olhos sensíveis de Lueji estava mais perceptível– O'Que você
deseja aqui? Não lhe convidei então explique agora o'que tudo isso significa!-- Falou lueji para a intrusa—
estou aqui a mando de sua mãe, explico o resto na nave quando estivermos seguros, alias meu nome é Maya
Johannes, garota!---- Disse Maya claramente irritada, Lueji observou Maya pegar um interfone e pedir para
levarem ela para a nave, tudo isso numa língua que Lueji demorou para perceber, Arábe. Tudo aconteceu
muito rápido, quando Lueji percebeu que já tinha adormecido novamente.

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