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SELEÇÃO PÚBLICA

11. PROVA OBJETIVA

JORNALISTA

INSTRUÇÕES

Š VOCÊ RECEBEU SUA FOLHA DE RESPOSTAS, ESTE CADERNO CONTENDO 50 QUESTÕES OBJETIVAS E O CADERNO DA PROVA DE REDAÇÃO TÉCNICA.
Š CONFIRA SEU NOME E NÚMERO DE INSCRIÇÃO IMPRESSOS NAS CAPAS DOS CADERNOS.

Š LEIA CUIDADOSAMENTE AS QUESTÕES E ESCOLHA A RESPOSTA QUE VOCÊ CONSIDERA CORRETA.


Š RESPONDA A TODAS AS QUESTÕES.

Š ASSINALE NA FOLHA DE RESPOSTAS, COM CANETA DE TINTA AZUL OU PRETA, A ALTERNATIVA QUE JULGAR CERTA.

Š VOCÊ TERÁ 4 HORAS PARA RESPONDER ÀS QUESTÕES OBJETIVAS E PARA DESENVOLVER A REDAÇÃO TÉCNICA.

Š A SAÍDA DO CANDIDATO DO PRÉDIO SERÁ PERMITIDA APÓS TRANSCORRIDA A METADE DO TEMPO DE DURAÇÃO DAS PROVAS.

Š AO TERMINAR A PROVA, VOCÊ ENTREGARÁ AO FISCAL A FOLHA DE RESPOSTAS E O CADERNO DE REDAÇÃO, E LEVARÁ ESTE CADERNO.

AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES.

29.03.2009
tarde
CRFA0801/11-Jornalista 2
LÍNGUA PORTUGUESA 03. De acordo com o texto, o diminutivo “inho”, para o estran-
geiro, assim como para nós, é quase sempre associado a
Leia o texto de Flávio Aguiar para responder às questões de carinho e afeto. Esse emprego se comprova em:
números 01 a 05. (A) Ao entrar no apartamento, sentiu que aquilo era um ovinho
de tão pequeno e apertado. Por fim, o negócio não saiu.
O povo, o povão e o povinho
(B) Se você pensa que me caso e vou morar naquela casinha
Mais difícil do que explicar aqui na Alemanha que no Brasil longe do centro e de tudo, está completamente enganado.
há cidades onde faz frio, geia e até pode nevar no inverno, é ex-
(C) Seu sonho era ter uma Ferrari. Nada desses carrinhos de
plicar o sentido da palavra “povão”. O impasse se deu numa aula
motor de 1000 cilindradas, que quase nem andam.
na universidade. Começa que a palavra “Volk”, em alemão, tem
um sentido muito diferente da nossa palavra “povo” no Brasil. (D) O advogado de Tanaka era um homenzinho mal encarado,
Aquela está muito mais próxima de conotar algo referente ao sem muito pudor para expressar seus pontos de vista.
conceito romântico de “caráter nacional” do que a nossa, que (E) Meu pai era um velhinho engraçado, que passava horas
tem uma aproximação maior com uma idéia de “todo mundo”. ao meu lado contando as histórias de sua juventude.
“Povão” então nem se fala.
Conversa daqui, conversa dali, chegou-se à palavra alemã 04. Com base na oração – há cidades onde faz frio, geia e até
“Pöbel”, que quer dizer “plebe”. Daí a discussão ganhou um pode nevar no inverno – analise as afirmações.
novo rumo: “plebe” tem uma conotação pejorativa muito forte,
I. O verbo haver é impessoal, por isso está na 3.ª pessoa do
tanto em alemão quanto em português, palavra que remonta a um
singular. Se fosse substituído por existir, este ficaria na
mundo controlado ou da forma como é visto por uma aristocracia,
3.ª pessoa do plural.
seja de linhagem, grana ou espírito. “Povão” não, nem sempre é
II. O verbo fazer está na 3.ª pessoa do singular, concordando
pejorativo, aliás, na maioria das vezes não é, conota força, pre-
com frio. Substituindo frio por dias frios, o verbo assu-
sença, independência, pressão. Daí a dificuldade é explicar que a
miria a forma fazem.
palavra “povinho” é que em geral é pejorativa, pois o diminutivo
“inho”, para o estrangeiro, assim como para nós, é quase sempre III. Assim como o verbo gear, o verbo passear tem a mesma
associado a carinho e afeto. flexão na 3.ª pessoa do singular: passeia.
(www.cartamaior.com.br. 29.01.2008. Adaptado)
Está correto o que se afirma em
(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
01. De acordo com o autor do texto, as dificuldades de comuni-
cação que vivenciou na Alemanha (C) I e II, apenas.

(A) são facilmente transpostas quando se trata de explicar a (D) I e III, apenas.
variação climática no Brasil, mas emperram quando se (E) I, II e III.
trata do sentido das palavras.
(B) dizem respeito à explicação da variação climática no 05. Os termos aliás e pois, destacados no segundo parágrafo do
Brasil e também à de sutilezas de sentido de palavras texto, expressam, respectivamente, sentido de
que, em português, têm a mesma origem. (A) retificação e explicação.
(C) limitam-se às questões linguísticas, uma vez que a língua (B) inclusão e conclusão.
portuguesa não contempla as nuances de sentido tão (C) adversidade e concessão.
frequentes na língua alemã.
(D) inclusão e explicação.
(D) revelam que o Brasil é um país de grandes contradições (E) síntese e correção.
internas, seja quanto ao seu clima, seja quanto ao uso da
língua portuguesa.
Leia a tirinha para responder às questões de números 06 e 07.
(E) deixam de ser um problema cultural quando se percebe
que, na língua alemã, as palavras têm o mesmo signifi-
cado que na portuguesa.

02. Segundo o texto,


(A) as variações de sentido de uma palavra mostram a falta
de recursos da língua para expressar afetividade. (Folha de S.Paulo, 11.12.2008)
(B) a conotação que a palavra povão recebe quando remete
à ideia de força e de independência é positiva. 06. Os espaços no segundo quadrinho devem ser preenchidos,
correta e respectivamente, com
(C) termos como Volk e povão normalmente são empregados em
sentido pejorativo, longe do conceito de caráter nacional. (A) castigá-los ... devolvendo-lhes
(B) castigar-lhes ... devolvendo-os
(D) na palavra povinho, o diminutivo inho agrega uma co-
notação positiva, ligada à ideia de carinho e afeto. (C) castigar eles ... devolvendo-nos
(E) há uma surpreendente simetria na relação entre povo e (D) castigá-los ... devolvendo-os
povinho, quando se comparam o português e o alemão. (E) castigar-lhes ... devolvendo-lhes
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07. Em – tolices dos evolucionistas – e – tudo de novo – a pre- LÍNGUA INGLESA
posição “de” forma expressões cujos sentidos são, respecti-
vamente, de
Nas questões de números 11 a 15, escolha a alternativa que
(A) modo e intensidade. completa os textos correta e adequadamente.
(B) causa e consequência.
(C) posse e tempo.
11.
(D) modo e causa.
(E) posse e intensidade.

As questões de números 08 e 09 baseiam-se em trechos do texto


Novas Formalidades, de Marcos Nobre, publicado no jornal Folha
de S.Paulo, em 13.01.2009. Para cada uma, indique a alternativa
que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto. (www.imdb.com)

08. É comum ouvir que celulares são instrumentos da nova bar- (A) very ... What ... weakest
bárie. Que a vida privada das pessoas em público,
que incomodam quem está em volta, que ninguém mais respeita (B) lots … When … weak
ninguém e por aí vai. Com internet e e-mail, a mesma coisa.
(C) too … Where … a weaker
Pessoas escrevem o que pela cabeça, querem
resposta para ontem, ou, ao contrário, demoram demais para (D) a lot … Which … the weakest
responder.
(A) expõem ... se passam (E) so … Whose … the weak
(B) expõe ... passam-lhes
(C) expõem ... lhes passam
12.
(D) expõe ... passa-se
(E) expõem ... lhes passa

09. A impressão que dá é que muita gente gostaria de voltar


velhas formas de sociabilidade. Como a da
falecida formalidade da carta postal, que permitia um dis-
tanciamento, uma proteção tanto para remetente como para
destinatário. Esse saudosismo supõe que o contato humano
padrão ainda seja o do encontro face face, quan-
do ele se tornou apenas um entre vários tipos de contato
. Já não tem primazia.
(A) às ... à ... possível
(B) a ... a ... possíveis
(C) à ... à ... possível
(D) as ... a ... possíveis
(E) a ... à ... possível (www.comics.com)

10. Na sequência do texto de Marcos Nobre, lê-se: A cultura virtual (A) will be … nobody … I lived
acirrou um elemento que já vem de longe, pelo menos desde
a década de 1960: o da necessidade de expressar um “eu” (B) had been … anybody … I live
verdadeiro e autêntico. Ainda bem que muitas pessoas no fundo
não se convencem de que suas expressões individuais sejam (C) has been … no one … I am living
assim tão sensacionais como nos filmes e na propaganda.
(D) can be … anyone … I had lived
O sinônimo de acirrou e o antônimo de autêntico são, res-
pectivamente, (E) would be ... someone … I have lived
(A) priorizou e cindido.
(B) incitou e fidedigno.
(C) provocou e conturbado.
(D) estimulou e insincero.
(E) autorizou e genuíno.

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13. 16. Leia o diálogo abaixo e escolha a alternativa que mostra a
manchete sobre a qual Jim e Janet estão conversando.
Jim: Are you sure she’s going to do that?
Janet: Absolutely! It’s on every paper.
Jim: But hasn’t she done it before?
Janet: Yes, but this time she’s on holiday, and intends to stay
on a desert beach.
(www.kingfeatures.com)
(A) QUEEN ELIZABETH II TO VISIT BRAZIL IN 2009

(A) did you want … which … she kids (B) OBAMA’S WIFE TO MEET ARGENTINIAN
PRESIDENT
(B) want you … whom … she will kid
(C) OPRAH INTERVIEWS AUSTRIAN MONSTER
(C) have you wanted … that … she would kid
(D) HILLARY CLINTON TO MEET ISRAELI AND
(D) do you want … who … she’s kidding PALESTINIAN LEADERS
(E) NICOLE KIDMAN INTENDS TO PERFORM JOAN
(E) had you wanted … whose ... she has kidded OF ARC

As questões de números 17 e 18 referem-se ao texto seguinte.


14. Journalism is the craft of news, descriptive
material and comment via a widening spectrum of media.
In the mid-fifteenth century Johannes Gutenberg invented a
These include newspapers, magazines, radio and television,
mechanical way of making books. This was the first example of
the internet and, more recently, the cellphone. Journalists serve
mass book production. Before the invention of printing, multiple
as the chief purveyors of information and opinion. “News
copies of a manuscript had to be made by hand, a laborious task
what the consensus of journalists determines it that could take many years. Later books were produced by and for
.” the Church using the process of wood engraving. This required
(www.en.wikipedia.com. Adaptado) the craftsman to cut away the background, leaving the area to be
printed raised. This process applied to both text and illustrations
(A) conveying … is … to be and was extremely time-consuming. When a page was complete,
often comprising a number of blocks joined together, it would be
(B) to convey … are … be inked and a sheet of paper was then pressed over it for an imprint.
The susceptibility of wood to the elements gave such blocks a
(C) convey … to be … being limited lifespan.
(www.ideafinder.com. Adaptado)
(D) conveys … is … be

(E) conveyed … are … to be


17. De acordo com o texto,
(A) Gutenberg possibilitou que múltiplas cópias fossem
manuscritas em pouco tempo.
15. The United States freedom of speech with the
First Amendment to the Constitution and with many state (B) os tipos móveis de madeira de Gutenberg eram reapro-
constitutions and state and federal laws. Criticism veitados de modo ilimitado.
the government and advocacy of unpopular ideas that people
(C) a Igreja foi a responsável pela invenção da imprensa com
find distasteful or against public policy, such as
tipos móveis.
racism, are generally permitted.
(www.en.wikipedia.com. Adaptado) (D) o trabalho de artesãos em madeira possibilitava a impres-
são de livros.
(A) have protected … on … should
(E) em meados do século XV foi inventado o livro manus-
(B) protects … of … may crito.

(C) protected … in… must


18. Na penúltima linha do texto, a palavra it (... was then pressed
(D) protect ... about … dare over it for na imprint.) refere-se:

(E) has protected … with … has to (A) a sheet of paper.


(B) a page.
(C) an imprint.
(D) a block.
(E) an illustration.

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As questões de números 19 e 20 referem-se ao texto seguinte. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Examination of changes in climate extremes requires long- 21. “A roda é um prolongamento do pé; o livro é um prolonga-
term daily or even hourly data sets which until recently have been mento do olho, a roupa é um prolongamento da pele; o circuito
elétrico é um prolongamento do sistema nervoso central. Os
scarce for many parts of the globe. However these data sets have
meios, ao modificar o ambiente, suscitam em nós percepções
become more widely available allowing research into changes in
sensoriais de proporções únicas. O prolongamento de qualquer
temperature and precipitation extremes on global and regional sentido modifica nossa maneira de pensar e de agir – nossa
scales. Global changes in temperature extremes include decreases maneira de perceber o mundo.” Este texto condensa a visão
in the number of unusually cold days and nights and increases in de alguns autores sobre a Comunicação na década de 60.
the number of unusually warm days and nights. Other observed
O maior expoente desse grupo foi
changes include lengthening of the growing season, and decreases
in the number of frost days. (A) Jesús Martín-Barbero.
Global temperature extremes have been found to exhibit no
significant trend in inter-annual variability, but several studies (B) Jacques Lacan.
suggest a significant decrease in intra-annual variability. There has
(C) Marshall McLuhan.
been a clear trend to fewer extremely low minimum temperatures
in several widely-separated areas in recent decades. Widespread (D) Michel Foucault.
significant changes in extreme high temperature events have not
been observed. There is some indication of a decrease in day-to- (E) Melvin De Fleur.
day temperature variability in recent decades.
(www.ncdc.noan.gov. Adaptado)
22. Em uma conferência, proferida em julho de 2004, como
convidado da Agência EFE no seminário “A imprensa ques-
19. As mudanças extremas de clima tionada: uma análise da aventura informativa”, o escritor José
Saramago afirmou que o jornalista “é como um camaleão que
(A) estão ocorrendo a cada hora em muitas partes do tem que disfarçar o que pensa pela cor do meio onde trabalha.
globo. De fato – afirmou – ele gostaria de não ter opinião nenhuma,
que seria menos doloroso que ter que mudar suas idéias pelas
(B) ocorrem em certas regiões do globo onde a precipitação dos outros”. Por essa afirmação pode-se depreender que o
de chuvas é intensa. intelectual português acredita que

(C) exigem dados minuciosos para poderem ser exa- (A) é possível ser objetivo no trato da notícia.
minadas.
(B) o jornalismo é a prática da independência em relação às
(D) tornaram-se mais esparsas em muitas partes do globo fontes.
recentemente.
(C) a Ética do jornalista é ditada pela empresa.
(E) provocam dias mais frios e noites mais quentes.
(D) as regras profissionais justificam as várias faces da função
jornalística.

(E) a imparcialidade jornalística é um mito.


20. De acordo com o texto, vários estudos sugerem que

(A) os extremos de temperatura globais tendem a diminuir


de maneira notória num mesmo ano. 23. De acordo com o art. 13 do novo Código de Ética dos Jorna-
listas Brasileiros, é um direito do jornalista recusar a executar
(B) mudanças significativas nas temperaturas elevadas têm
quaisquer tarefas que estejam em desacordo com os princípios
sido observadas em todo o mundo.
do Código de Ética ou que agridam as suas convicções. O
(C) há uma tendência clara, em diferentes áreas, de as tem- referido artigo é chamado de cláusula de
peraturas mínimas anuais diminuírem.
(A) moralidade.
(D) houve, nas últimas décadas, e em diferentes áreas, uma
(B) conduta.
grande variabilidade nas temperaturas diárias.
(C) postura.
(E) os extremos de temperatura, numa mesma área, tendem
a variar muito de um ano para outro. (D) consciência.

(E) independência.

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24. Em 24 de setembro de 2007, o O Globo Online informava que 28. As formas de fazer Comunicação Pública estão ligadas à sua
o presidente e fundador do Laboratório de Mídia (Medialab) missão e devem ser delimitadas porque implicam em graus
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) e idea- bastante diversos da necessidade de comunicar. Zémor (Zé-
lizador do XO (laptop de baixo custo da ONG “One Laptop mor, Pierre. La Communication Publique. 1995) identifica
Per Child”) reconhecia os esforços do Brasil para promover a cinco categorias da Comunicação Pública, de acordo com
inclusão digital de crianças e jovens carentes. O nome desse sua missão:
pesquisador é I. responder à obrigação que têm as instituições públicas de
(A) Nicholas Negroponte. levar informação a seus públicos;
II. estabelecer a relação e o diálogo de forma a desempenhar
(B) Manuel Castells. o papel que cabe aos poderes públicos, bem como para
(C) Wilson Dizard, Jr. permitir que o serviço público atenda às necessidades do
cidadão de maneira mais precisa;
(D) Pierre Lévy.
III. apresentar e promover cada um dos serviços oferecidos
(E) Deni Elliott. pela administração pública;
IV. tornar conhecidas as instituições elas mesmas, tanto por
uma comunicação interna quanto externa;
25. O conjunto de pessoas pertencentes a extratos sociais hetero-
V. desenvolver campanhas de informação e ações de comu-
gêneos que, apesar de não se conhecerem, são consideradas
nicação de interesse geral.
como partícipes de um bloco homogêneo no que diz respeito
ao consumo de produtos, serviços ou acontecimentos, é cha- Em relação às categorias atribuídas a Zémor, é correto afir-
mado de mar que
(A) público. (A) são verdadeiras as categorias I, III, IV e V.
(B) multidão. (B) somente a primeira e a última são categorias verdadeiras.
(C) classe. (C) são verdadeiras as categorias ímpares.
(D) grupo.
(D) todas estão certas.
(E) massa.
(E) todas estão erradas.

26. Os graus de interatividade podem ser medidos segundo al-


guns eixos propostos por Pierre Lévy. Aponte o eixo que não 29. De acordo com as características elencadas nas obras do
pertence ao conjunto proposto pelo autor: professor Cândido Teobaldo de Souza Andrade, a opinião
pública
(A) possibilidade de apropriação e de personalização da
mensagem recebida, seja qual for a natureza dessa men- (A) caracteriza-se pela unanimidade.
sagem.
(B) está em contínuo processo de formação pelas diversas
(B) impessoalidade no envio e na recepção da mensagem. opiniões existentes no público.
(C) virtualidade, que enfatiza aqui o cálculo da mensagem (C) é estática e é a somatória das diversas opiniões existentes
em tempo real em função de um modelo e de dados de no público.
entrada.
(D) é, necessariamente, a opinião da maioria.
(D) implicação da imagem dos participantes nas mensa-
gens. (E) está em contínuo processo de formação e em direção a
um consenso completo, até alcançá-lo.
(E) reciprocidade da comunicação (a saber, um dispositivo
comunicacional “um-um” ou “todos-todos”).
30. Os manuais de redação elencam vários critérios para definir
27. O art. 2.º do Decreto n.º 83.284, de 13 de março de 1979, que a importância da notícia. Entre esses critérios está a empatia,
deu nova regulamentação ao Decreto-Lei n.º 972, de 17 de isto é,
outubro de 1969, elenca atividades privativas do jornalista. (A) a publicação de um fato em primeira mão será mais
Indique a opção cuja atividade está de acordo com o texto da importante que a suíte de uma notícia anterior.
lei:
(B) a divulgação de um fato menos provável é mais impor-
(A) ensino de técnicas de jornalismo. tante do que uma notícia esperada.
(B) informação de caráter institucional entre a entidade e o
(C) quanto mais leitores se identificarem com a situação e o
público, através dos meios de comunicação.
personagem do fato jornalístico, mais importante será a
(C) planejamento e supervisão da utilização dos meios audio- notícia.
visuais, para fins institucionais.
(D) quanto maior o número de leitores afetados pelo fato
(D) planejamento e execução de campanhas de opinião pú- jornalístico, mais importante será a notícia.
blica.
(E) o fato ocorrido em um espaço geográfico mais próximo
(E) coordenação e planejamento de pesquisas de opinião do leitor será mais importante do que a notícia acontecida
pública, para fins institucionais. em um local distante.
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31. Em 17 de julho de 2008, um artigo de José Cordeiro para o 34. O formato digital de comunicação permite que se construam
site ARFOC (Associação de Repórteres Fotográficos e Cine- textos com a agregação de outros conjuntos de informação
matográficos no Estado de São Paulo) alertava que “produzir (textos, sons, imagens) que podem ser acessados por meio de
simultaneamente para várias plataformas não é uma tarefa que links para que o leitor tenha a liberdade de interconectar os
possa ser realizada sem perdas na apuração, na reportagem vários blocos de informação segundo a sua demanda. Esses
e no âmbito profissional.” O presidente da Arfoc-SP, Paulo textos complementam o texto principal. Esses links são cha-
Whitaker, aponta os problemas dessa política de acumulação mados de
de funções: “Tenho acompanhado empresas nos EUA que já (A) hipertext.
trabalham dessa maneira, aliás é uma exigência ter estas qua-
lificações para poder trabalhar na determinada empresa. Acho (B) attachment.
uma confusão muito grande uma só pessoa poder produzir
(C) buffer.
essas mídias todas ao mesmo tempo durante uma reportagem,
aliás acho impossível fazer isso com qualidade. Infelizmente (D) backbone.
qualidade não tem sido a preocupação maior das empresas
que adotam essas medidas, na verdade elas só se preocupam (E) handshaking.
com o dinheiro”. Esses comentários referem-se
(A) à regulamentação profissional dos jornalistas. 35. Segundo Nelson Traquina (Teorias do Jornalismo – vol. I),
(B) à formação dos profissionais de imprensa. Warren Breed “sublinha a importância dos constrangimentos
da organização empresarial sobre a atividade profissional do
(C) ao aparecimento das agências de produção. jornalista e considera que o jornalista se conforma mais com
as normas editoriais da política editorial da organização do
(D) ao fim da imprensa escrita.
que com quaisquer crenças pessoais que ele ou ela tivesse
(E) à convergência dos meios. trazido consigo.” Essa teoria, segundo o autor, é chamada de
teoria
(A) do media frenzy.
32. O editorial expõe o ponto de vista de uma instituição jorna-
lística sobre o tema que, de seu ponto de vista, tem a maior (B) interacionista.
repercussão entre todos os fatos jornalísticos veiculados na (C) organizacional.
edição. Ele é essencialmente
(D) da rotinização do trabalho.
(A) argumentativo.
(E) do info-tainment.
(B) informativo.
(C) interpretativo.
36. “É assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o
(D) relatorial. sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional”.
(E) conotativo. Esse preceito é garantido pelo art. 5.º.
(A) do novo Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.

33. Em outubro de 1998, Carlos Heitor Conny escrevia para a (B) da Constituição da República Federativa do Brasil.
Folha de S.Paulo sobre gêneros jornalísticos e opinava que “ (C) da Lei de Imprensa.
procura a objetividade, a clareza, o raciocínio,
o desdobramento de premissas e uma conclusão. Baseia-se (D) da Lei de Segurança Nacional.
na fonte de informação cultural ou factual, expressa-se numa
(E) da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
linguagem apropriada para ser uma coisa e outra, ou seja,
objetiva e informativa. Já , gravitando em
torno dos mesmos segmentos (política, esporte, economia, 37. O art. 1.º do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros,
polícia, sociedade etc.) tem menos ou nenhum compromisso aprovado em Vitória, em agosto de 2007, preconiza que “O
com a objetividade ou a informação. Sua validade (nunca a Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros tem como base
necessidade) dependerá da qualidade do texto em si.” , que abrange direito de
informar, de ser informado e de ter acesso à informação.” Os
O texto deve ser completado, respectivamente, com os se-
termos que completam, corretamente, o citado artigo são:
guintes termos:
(A) o Código Civil Brasileiro
(A) a crônica … o artigo
(B) o direito natural e social dos homens
(B) a coluna … o artigo
(C) a Carta das Nações Unidas
(C) o artigo … a coluna
(D) o Estatuto da Sociedade Interamericana de Imprensa
(D) o artigo … a crônica
(E) a crônica … a coluna (E) o direito fundamental do cidadão à informação

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38. “Medicamento: Anvisa proíbe remédios com CFC 42. Nos dias de hoje as grandes organizações têm pessoas encar-
A Anvisa determinou que medicamentos que contêm o gás regadas (ou contratam serviços) de folhear diversos jornais
CFC (clorofluorcarbono), como bobinas para asma, não pode- e revistas à procura de notícias relacionadas com suas ativi-
rão ser produzidos ou importados a partir de 1.º.01.2011. Eles dades. Os recortes são agrupados e colocados em circulação
deverão incluir em suas bulas e embalagens até 31.07.2009 na empresa de tal forma que as pessoas fiquem informadas
o aviso: ‘Este produto contém substâncias que agridem a sobre o que a imprensa veicula a respeito das atividades e
camada de ozônio e por isso será substituído. Procure seu da concorrência. O objetivo desse serviço é reduzir o tempo
médico para orientações.’ Uma alternativa ao CFC é o HFA de leitura dos seus executivos. Atualmente essa busca pode
(hidrofluoralcano), já utilizado em vários remédios”. incluir televisão, rádio e Internet. Esse serviço é conhecido
(Revista do Farmacêutico, 28.11.2008, acesso em 10.01.2009) por
Essa matéria valoriza o
(A) cadastro.
(A) Como?
(B) Por quê? (B) clipping.
(C) Quem? (C) bookmark.
(D) Como?
(D) forward.
(E) Quê?
(E) arquivo.

39. Segundo Mário Erbolato (Técnicas de Codificação em Jor-


nalismo), a “notícia que, pelas características do que relata, 43. Nenhuma pauta estará completa sem que se desenvolva a
rompe de forma extraordinária e insólita a vida cotidiana, relação dos fatos com nexos variados e pertinentes (históricos,
causando impacto ao leitor”, como “crimes envolvendo sociais, estatísticos, culturais etc.). Quanto mais nexos a pauta
pessoas conhecidas, morte de artistas famosos, alguém que for capaz de estabelecer entre as notícias e os assuntos, mais
tenha sido atropelado e assaltado vinte vezes ou mais” deve rica será a reportagem. Eles precisam estar integrados ao texto
ser classificada como e articulados a informações essenciais, presumindo que os
(A) teaser. leitores formam um grupo heterogêneo, não necessariamente
informado sobre todos os aspectos noticiados (adaptado do
(B) bigode.
Manual da Redação da Folha de S.Paulo). Esse texto refere-se
(C) press information. ao que é conhecido no meio jornalístico como
(D) chapéu. (A) contextualização.
(E) fait-divers.
(B) suíte.

40. No dia 04 de janeiro de 2009, um dos mais importantes jornais (C) cozinha.
brasileiros lembrava que, naquele dia ele comemorava os “134
(D) retranca.
anos de fundação e 129 anos de vida independente...”. Esse
jornal sofreu intervenção durante o Estado Novo, quando a (E) repercussão.
ditadura de Getúlio Vargas ocupou a sua redação por cinco
anos. Trata-se do jornal
(A) O Globo. 44. Na prática do jornalismo diário, muitos jornalistas são acu-
(B) O Estado de S.Paulo. sados de cometer crimes contra a honra, previstos no Código
Penal, na Lei de Imprensa, na Lei de Segurança Nacional, no
(C) Folha de S.Paulo. Código Brasileiro de Telecomunicações e no Código Eleitoral.
(D) Jornal do Brasil. Considerando a gravidade da ofensa à honra alheia, pode-se
fazer uma ordenação decrescente desses crimes da seguinte
(E) Diário de S.Paulo. forma:

(A) injúria, calúnia e difamação.


41. O Manual de Redação e Estilo de O Estado de S. Paulo alerta
os seus profissionais para que evitem passar ao leitor matérias (B) calúnia, injúria e difamação.
com encampação. Assinale o título em que essa construção
está evidente (C) difamação, calúnia e injúria.
(A) Bush declara que retórica foi seu maior erro (D) injúria, difamação e calúnia.
(B) Rússia e Ucrânia fecham acordo sobre gás
(E) calúnia, difamação e injúria.
(C) Quito diz que está superada crise diplomática com o
Brasil
(D) Ehud Olmert não sabia do ataque à faixa de Gaza
(E) Parlamento de Israel estuda barrar árabes

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45. “Ultrapassando de longe o teatro de ilusões, o filme não 48. O uso da metonímia é muito comum nos jornais. Indique o
deixa mais à fantasia e ao pensamento dos espectadores título em que essa figura de linguagem é usada
nenhuma dimensão na qual estes possam, sem perder o fio,
passear e divagar no quadro da obra fílmica, permanecendo, (A) GM faz primeiro grande corte de vagas e salários
no entanto, livres do controle de seus dados exatos, e é as-
sim precisamente que o filme adestra o espectador entregue (B) Lula diz que “fará o impossível” para gerar empregos
a ele para se identificar imediatamente com a realidade.
(C) Sem luxo, Ferrari exibe carro e cita crise e quer cam-
Atualmente, a atrofia da imaginação e da espontaneidade do
peonato
consumidor cultural não precisa ser reduzida a mecanismos
psicológicos.”(Horkheimer, M., e Adorno, T. W., Dialética (D) Leiloaram um Portinari por 2 milhões de reais
do Esclarecimento: Fragmentos filosóficos).
(E) Ronaldo diz que é o melhor do mundo graças a Scolari
Neste texto os autores referem-se
(A) ao Pragmatismo.
(B) ao Marketing Cultural.
(C) à Indústria Cultural.
49. Massa já treina em Imola para a
disputa deste ano
(D) ao interacionismo simbólico. Esse título seria vetado por um exigente editor de esportes
porque
(E) aos aparelhos ideológicos do Estado.
(A) está adjetivado.
46. “Não é sem propósito dizer as minhas impressões de diretor. (B) está construído com muleta.
A vitória da Gazeta reflete, antes de tudo, o espírito da nossa
raça. É nesta, nos seus anseios, nos seus sofrimentos, ou nos (C) o pronome está usado incorretamente.
seus momentos de prazer, que vamos buscar as emoções para
transformá-las em diretriz e programa. É preciso que se saiba (D) falta-lhe precisão.
que o jornal deve ser o reflexo de sua cidade e não a cidade o
reflexo do jornal.” Este texto é parte do editorial de A Gazeta, (E) não há clareza.
publicado em 16 de maio de 1936, data de seu 30.º aniversário.
Ele foi escrito pelo seu proprietário e diretor
(A) José Maria Lisboa. 50. “Primeira Página – GALLUP NÃO FEZ PESQUISA DE
(B) Américo Brasiliano de Campos. TORCIDA

(C) Corifeu de Azevedo Marques. O UOL divulgou na tarde desta quarta-feira (28) suposta pes-
quisa do instituto Gallup sobre o ranking das maiores torcidas
(D) Cásper Líbero. de futebol do país. A informação foi publicada pelo jornalista
(E) Samuel Wainer. Juca Kfouri em seu blog e foi destacada na primeira página
do portal por 40 minutos. Juca Kfouri apurou que a pesquisa
em questão não existe. Tão logo a redação foi notificada do
47. De acordo com o art. 30 da Lei n.º 5.250, de 9 de fevereiro erro, a informação foi excluída da home page do UOL e do
de 1967, o direito de resposta consiste Blog do Juca.” Esse texto foi publicado pelo portal UOL em
28.05.2008, às 15h40. De acordo com essa informação, o
I. na publicação da resposta ou retificação do ofendido, no jornalista Juca Kfouri cometeu, na gíria jornalística,
mesmo jornal ou periódico, no mesmo lugar, em carac-
teres tipográficos idênticos ao escrito que lhe deu causa, (A) uma barriga.
e em edição e dia normais;
II. na transmissão da resposta ou retificação escrita do ofen- (B) um cochilo.
dido, na mesma emissora e no mesmo programa e horário
(C) um furo.
em que foi divulgada a transmissão que lhe deu causa; ou
III. na transmissão da resposta ou da retificação do ofendido, (D) uma bengala.
pela agência de notícias, a todos os meios de informação
e divulgação a que foi transmitida a notícia que lhe deu (E) um facão.
causa.
É correto afirmar que
(A) somente os dois primeiros itens pertencem à lei.
(B) os itens II e III não pertencem à Lei de Imprensa.
(C) todos os itens pertencem ao artigo citado.
(D) nenhum dos itens pertencem à Lei de Imprensa.
(E) somente o item I faz parte do corpo da Lei de Imprensa.

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