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Diante da visão filosófica moderna de sua época que remetia ao materialismo, Berkeley

tenta salvar a sociedade desse mal que muitos filósofos estavam conduzindo. Para isso, Berkeley
vai afirmar que a matéria não existe, na qual os objetos percebidos são apenas ideias presentes
do homem. A teoria do conhecimento de Berkeley, então, dá-se pelo conhecimento de ideias e
não pelo conhecimento de fato. Diferente de Locke, Berkeley vai afirmar que não existe
conhecimento prévio, mas somente ao conteúdo das coisas presentes na consciência que
resultou pela experiência.
O conhecimento ocorre pelo conceito de ideia. Essa ideia são sensações que decorre dos
sentidos. Não se percebe a essência das coisas, mas somente a ideia das coisas que são
permitidas conhecer. É somente pelos sentidos que se pode conhecer, de modo que a matéria
não existe por ser capaz de ser conhecido, senão antes pelos sentidos que abstraí suas
percepções. Assim sendo, tudo o que é possível conhecer passa pela experiência, que pela
percepção/sentidos, é a única coisa que existe. Logo, só existe aquilo que é percebido pelos
sentidos, qualquer coisa que fuja dos sentidos, não existe.
Para Berkeley as coisas existem como uma percepção do espírito e não nas coisas
materiais. Experimentar a sensação de alguma coisa não é suficiente para dizer que a coisa de
fato existe, mas simplesmente que teve uma experiência. Assim, a subsistência das coisas que
aparecem existir é dada por Deus, já que é Ele quem garante as ideias do objeto percebido no
espírito de cada homem.
Berkeleu quer com isso, afirmar que o realismo é logicamente absurda e que a tese
idealista é que possui o rigor lógico necessário.
Hegel considera a metafísica de Kant semelhante a Berkeley, no que concerne ao ser,
isto é, o ser como ser percebido (dos fenômenos). Berkeley abandonado todo realismo
metafísico para fixar no idealismo epistemológico. Este sustenta a tese de que não há coisas
reais independentes da consciência. Para tal tese só há duas classes de objetos: os da
consciência (representações, sentimentos, etc.) e os ideais (os objetos da lógica e da
matemática). Resultam daqui duas formas de idealismo: o subjetivo ou psicológico e o objetivo
ou lógico.
Em primeiro lugar o idealismo subjetivo ou psicológico, entende que toda a realidade
está encerrada, segundo ele, na consciência do sujeito. As coisas não são mais do que conteúdo
da consciência. Todo o seu ser consiste em serem apercebidas por nós, em serem conteúdo da
nossa consciência. A nossa consciência, com os seus conteúdos é a única coisa real. Esta corrente
é o filósofo inglês Berkeley, na qual a fórmula exata para existência das coisas está na sua
percepção, ou seja, o ser das coisas consiste em serem apercebidas. Deus seria a causa do
aparecimento das percepções sensíveis em nós. O idealismo de Berkeley tem uma base idealista
e teológica.
O idealismo objetivo ou lógico toma por ponto de partida a consciência objetiva da ciência, tal
como se exprime nas obras científicas. O idealista lógico não reduz o ser das coisas a serem
apercebidas, como o idealista subjetivista, mas distingue entre o dado da percepção e a própria
percepção.

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