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Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA ISLÂMICA

DO AFEGANISTÃO,
Este documento é confidencial.
Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione ​contrário aos direitos da
comunidade LGBT+ e ​favorável aos direitos das
mulheres​. Contudo, o(a) senhor(a) deve se posicionar de
forma favorável à ideia de relativismo dos direitos
humanos.
O Afeganistão afirma na sua constituição a ​igualdade de gênero​. Desde o fim do
período de governo do Taleban ​– ​grupo extremista fundamentalista islâmico que governou o
país de 1996 a 2001 ​–, a nova organização política vem elaborando propostas para melhorar
as condições de vida das mulheres e salvaguardar seus direitos humanos. Porém, (​esta

informação é confidencial, não a utilize em debate) apesar da boa vontade do novo governo,
os defensores dessa causa são fortemente perseguidos e muitas vezes mortos, sem qualquer
tipo de reação por parte do governo. ​As ativistas de direitos, políticas, advogadas, jornalistas
e professoras enfrentam ameaças e violência devido sua militância. A ​Lei de Eliminação da
Violência contra a Mulher ​(EVAW), aprovada em 2009, continua a ser aplicada de forma
desigual e só levou a um número limitado de condenações. Já no caso dos LGBT+, esse
grupo não possui nenhum direito. Relações homoafetivas são condenadas com ​pena de
morte ​devido às leis da Sharia ​– ​a lei islâmica ​– ​mas nenhum caso de pena de morte foi
registrado desde o fim do governo do Taleban. O Afeganistão é contrário aos direitos
humanos estendidos a esse grupo, pois, devido sua formação religiosa muçulmana, esse
grupo atenta as leis da Sharia. Logo, o Afeganistão se opõe a qualquer tratado ou declaração
que afirme os direitos aos LGBT+.
O Afeganistão participa da Organização da Conferência Islâmica (OCI) que em 1990
assinou a ​Declaração do Cairo sobre os Direitos Humanos no Islã​, a versão islâmica dos
direitos humanos que engloba a essa realidade. Portanto, o Afeganistão é entusiasta do
relativismo ​dos direitos humanos, pois a partir desse movimento, esse país consegue ser
contemplado na criação dos direitos humanos. Caro(a) delegado(a), é importante observar
que o Afeganistão tem uma relação controversa com os direitos humanos. Enquanto tenta no
plano político assegurar esses direitos, na prática as minorias sociais ainda sofrem com a
discriminação e a insegurança. Seus aliados regionais serão a ​China, Índia, Indonésia,
Austrália e, na área internacional, ​Cuba​. Seus opositores, que defendem amplamente o
universalismo dos direitos humanos, serão as ONG’s, os países ocidentais e seus alinhados.
Apesar das críticas recebidas, o Afeganistão afirma que tem os Direitos Humanos
Islâmicos como de suma importância para o desenvolvimento do país. As mulheres são uma
grande preocupação do novo governo, assim como o reconhecimento do relativismo como
uma via para a propagação da proteção dos direitos humanos. ​Esperamos que a discussão seja
frutífera e traga resultados proveitosos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante
que o(a) senhor(a) se posicione ​favorável aos
direitos da comunidade LGBT+​, além de outras
minorias, e ​favorável aos direitos das mulheres​.
Ademais, o(a) senhor(a) deve se posicionar de forma
crítica à ideia de relativismo e favorável à
concepção universalista dos direitos humanos.
A África do Sul, em 2006, tornou-se o
primeiro e atualmente único país africano a ​legalizar o casamento gay​. Esse país tem uma
legislação completa para a defesa da vida e dos direitos do grupo LGBT+. Existe punição
para qualquer tipo de discriminação contra homossexuais. Desde o final do regime do
Apartheid, a África do Sul engajou-se para criar ​leis para proteger as mulheres e aumentar
a sua participação política​. A África do Sul ratificou os tratados sobre os direitos das
mulheres no cenário internacional. ​A informação a seguir é confidencial, não a utilize em
debate. A​pesar dos progressos inegáveis para as mulheres, a África do Sul possui ainda uma
das mais elevadas taxas de violência sexual com base no género do mundo – uma epidemia
horrenda que contribui para a disseminação do vírus HIV/AIDS. Por cada homem infectado,
existem duas mulheres que contraíram a doença, e os serviços de polícia sul-africanas
reportaram, no período 2010-2011, 66,196 ofensas sexuais. O lado positivo desse país é que
43,3% dos lugares existentes na Câmara Baixa do Parlamento são ocupados por mulheres. A
África do Sul defende o Universalismo dos direitos humanos.
Os seus aliados serão alguns países ocidentais como ​Estados Unidos, Canadá, Reino
Unido, Austrália​. Também pode encontrar aliados entre ​Coreia do Sul e Brasil​. Lembrando
que é a favor do universalismo dos direitos humanos, logo os países que advogam pela sua
relativização devem ser tratados com cautela: ​China, Egito, Arábia Saudita, Nigéria e
Serra Leoa​.
A África do Sul é um país à frente no quesito direitos humanos na África. Além de
assinar os diversos tratados para a proteção dos direitos humanos, ela tenta implementá-los e
advogar pela sua realização nos demais países. ​Esperamos que a discussão seja frutífera e
traga resultados proveitosos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA

Este documento é confidencial. Durante esta reunião do


Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH),
é importante que o(a) senhor(a) se posicione
favoravelmente aos direitos da comunidade LGBT+​, de
outras minorias e aos direitos das mulheres​. O(a)
senhor(a) deve se posicionar de forma crítica à ideia de
relativismo cultural dos direitos humanos, ​portanto, ​de
forma​ positiva à concepção universalista desse.
Durante a Segunda Guerra Mundial, os alemães foram perpetradores de violências que
iam além das usualmente praticadas em guerras. Com o fim do conflito, a preocupação com a
garantia básica de direitos universais foi amplamente fundamentada com objetivo de
condenar tais práticas. Com isso em vista, atualmente, o país se mostra muito preocupado
com as questões relativas aos direitos humanos, defendendo sua universalidade e a base
doméstica para defesa dos mesmos – mantendo mecanismos de controle internacionais que
supervisionam a observância aos direitos humanos no país. O governo alemão também
manifesta que a proteção dos direitos humanos é fundamental para estabilidade e segurança
internacional, de forma que seja de grande necessidade para o desenvolvimento social e
econômico.
Assim, a defesa dos direitos das mulheres é pensada de maneira central para as políticas
de direitos humanos do país. ​O governo alemão se compromete com os acordos
internacionais e os quadros políticos destinados a alcançar a igualdade entre homens e
mulheres e a autonomia dessas, tanto no seu país como na sua política externa e de
desenvolvimento​. Da mesma forma, a política externa alemã também se compromete com a
defesa dos direitos da comunidade LGBT+ e, embora o casamento de pessoas do mesmo sexo
não seja permitido, o registro do relacionamento é concedido de forma que esses casais
tenham os mesmos direitos que os casais heterossexuais e desde 1994 o país também
assegura os direitos dos transgêneros, como a cirurgia adequação de sexo e a mudança do
status civil.
O país, dessa forma, deve se colocar no centro do debate da defesa dos direitos dos
direitos humanos e das minorias, demonstrando a superação dessas questões desde a Segunda
Guerra Mundial e o sucesso em proteger os direitos humanos a partir desse período. Os
países os europeus ​e os Estados Unidos ​serão ​grandes aliados​, dada a aproximação relativa
à cultura ocidental, também aliados extrarregionais como a ​Austrália e Brasil​. ​Defenda o
universalismo de tais direitos, e ao mesmo tempo ​rejeite os estereótipos relativos a outras
culturas​. Procure encaminhar a discussão de forma que os interesses ocidentais sejam
contemplados e que a Alemanha seja guia do debate de forma a apontar os caminhos para a
superação de eventuais conflitos com os direitos humanos estabelecidos, como a própria fez.
Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) da ANISTIA INTERNACIONAL

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos das
Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a) se
posicione ​favoravelmente aos direitos da comunidade LGBT+​,
de outras minorias e aos direitos das mulheres​. Contudo, o(a)
senhor(a) deve se posicionar de forma crítica à ideia de
relativismo cultural dos direitos humanos, ​portanto, ​de forma
positiva à concepção universalista ​desses.
A Anistia Internacional (AI) é uma Organização Não Governamental (ONG) de caráter
internacional que realiza pesquisas, campanhas e promove a defesa dos direitos humanos por
todo mundo. Seu principal objetivo é realizar pesquisas e gerar ações para prevenir e acabar
com graves abusos contra os direitos humanos e exigir justiça para aqueles cujos direitos
foram violados. Seu principal meio de ação é a investigação de casos de prisões políticas,
torturas e execuções duvidosas ou que vão contra as declarações sobre direitos humanos,
contudo também atua na promoção campanhas sobre os direitos das mulheres, grupos
LGBT+ e outras minorias.
As principais campanhas atuais da organização relativas ao direito das mulheres são
relacionadas à ​descriminalização do aborto e ​contra os abusos e violências ​sexuais,
domésticas, entre outros, que muitas mulheres vivenciam todos os dias, aproximando-se,
portanto, de temas sobre a saúde da mulher e “meu corpo, minhas regras”. Já muitas das
ações tomadas pela organização em relação à comunidade LGBT+ e outras minorias,
refere-se à investigação de muitas prisões, execuções e torturas que muitos membros dessa
comunidade sofrem por pertencer a esse grupo social. Também elaboram campanhas ​frisando
que todas as pessoas, independentemente da sua orientação sexual ou identidade de gênero,
devem desfrutar de toda a gama de direitos civis, políticos e sociais, sem exceção. Dessa
forma trabalhando para denunciar as diversas leis que condenam os membros da comunidade
LGBT+ por suas práticas e comportamentos apenas. ​A AI também é ​contra a ideia do
relativismo cultural ​dos direitos humanos, entendendo que esse argumento acaba por
perpetuar milhares de situações de mazelas sociais, econômicas e culturais que grupos
específicos podem estar vivenciando, como é o caso das mulheres, da comunidade LGBT+ e
de outras minorias.
O(a) senhor(a) é, portanto, muito importante para o debate, dado que é uma fonte de
informações internacionais sobre o tema tratado e deve se ​aliar principalmente com outras
ONGs como a Human Rights Watch​, juntos vocês devem pressionar os outros
participantes da discussão a tomarem medidas e criarem ​mecanismos de implementação ​da
proteção dos direitos humanos. Dessa forma, deverão servir como verdadeiros guias das
discussões, apontando problemas, sugerindo soluções e pressionando os países envolvidos.
Vocês deverão apresentar dados dos relatórios feitos e denúncias de violações de
direitos humanos que estão acontecendo. Países de posições radicais e que apoiam o
relativismo cultural dos direitos humanos e defendem esse como um meio de continuar
perpetrando violações aos direitos das mulheres, da comunidade LGBT+ e de outras
minorias, como o ​Irã e o Iêmen​, devem enfrentar fortemente sua oposição. As graves
violações cometidas não podem ser justificadas por culturas, tradições ou costumes diversos,
a Anistia Internacional acredita a ideia da igualdade entre todos os seres humanos é universal.
Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) do REINO DA ARÁBIA SAUDITA,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione de forma absolutamente contrária
aos direitos da comunidade LGBT+ ​e ​crítica aos direitos
das mulheres​. O(a) senhor(a) deve se posicionar ​a favor
do relativismo e contrário ao universalismo.
A Arábia Saudita, considerado um dos países com a ​maior desigualdade entre
gêneros do mundo​, é um dos países com as maiores limitações aos direitos das mulheres.
Nosso país possui valores islâmicos wahabitas, que não se assimilam com a ideia de que as
mulheres estão em pé de igualdade com o homem. A Arábia Saudita é, por exemplo, o único
país do mundo que proíbe mulheres de dirigir. Todas as mulheres, independente da idade e do
estado civil, precisam ter um guardião civil. Além disso, as mulheres correspondem a apenas
18,6% da força de trabalho em nosso país, a menor taxa do mundo. Apesar disso, algumas
mulheres estão conseguindo ter voz no país. A permissão da participação feminina na
Assembleia Consultiva e nas eleições municipais de 2015 é um dos exemplos. O(a) senhor(a)
deve, contudo, continuar crítico aos direitos das mulheres. Quanto aos direitos da
comunidade LGBT+, o(a) senhor(a) deve se posicionar de forma absolutamente contrária. Os
direitos LGBT+ não são reconhecidos pela Arábia Saudita. O homossexualismo e o
transgenerismo são considerados imorais e indecentes, podendo ser punidos com a morte. A
resolução 32/2 de 2016 do CDH, que condena a discriminação e violência baseada em
orientação sexual ou identidade de gênero, enfrentou uma forte oposição da Arábia Saudita.
Porte-se de forma coerente com tal posição.
O(a) senhor(a) deve se posicionar a favor da ​concepção relativista dos direitos
humanos​. As diferenças culturais e institucionais do nosso país devem ser consideradas pelos
países do CDH, não atropeladas por um universalismo impositivo. A Arábia Saudita tem seus
fundamentos no islamismo wahabita, não nos valores liberais ocidentais que orientam a
Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948 e os pactos posteriores. É preciso ​evitar
a imposição dos valores ocidentais ​sobre os valores islâmicos que são a base de nosso país.
A Arábia Saudita deverá se colocar em uma posição de liderança na discussão. Países
que compartilham de ​visões de mundo parecidas​, especialmente ​países islâmicos ​como
Iêmen, Irã, Iraque, Afeganistão e Indonésia​, serão ​ótimos aliados​. Não se esqueça de
possíveis ​aliados africanos como ​Camarões, Serra Leoa e Nigéria. ​Alguns ​países
europeus como ​França, Alemanha, Suécia e Reino Unido serão ​contrários às suas
concepções, além dos países da ​América Latina​.
O posicionamento do(a) senhor(a) é de extrema relevância para o debate. O(a) senhor(a)
deverá defender os interesses e valores da Arábia Saudita e se posicionar de forma convicta
na medida do possível. Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) da COMUNIDADE DA AUSTRÁLIA,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione ​favorável aos direitos da
comunidade LGBT+​, além de outras minorias, e ​favorável
aos direitos das mulheres​. Contudo, o(a) senhor(a) deve se
posicionar ​contrário à ideia de relativismo e favorável à
concepção universalista dos direitos humanos​, mas sem
ignorar que existem diferenças culturais e essas devem ser levadas em conta.
O país ratificou a ​Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação
contra as mulheres (CEDAW) de 1979, além de outros pactos internacionais, e é considerado
avançado em questões de igualdade de gênero​. O movimento feminista é bem consolidado
na Austrália e o aborto é legalizado desde a década de 1970. Cabe lembrar que a Austrália já
teve uma primeira-ministra, Julia Gillard, que ficou no cargo de 2010 até 2013. O(a)
senhor(a), além de posicionar a favor dos direitos da mulher, deverá se colocar ​a favor dos
direitos da comunidade LGBT+​. Comparada a outros países da região, a Austrália tem uma
legislação consideravelmente avançada em termos de direitos da comunidade LGBT+. O país
é considerado um dos mais simpáticos à comunidade LGBT+.
Apesar de estar geograficamente localizada na Oceania, a Austrália foi fundada sobre
bases ocidentais, democráticas e liberais, dado o seu passado como parte do Império Colonial
Britânico. A Austrália, apesar de acatar a concepção universalista acerca dos direitos
humanos, ​não ignora o contraste entre visões de mundo distintas​. Os aborígenes, que
habitam parte da Austrália, possuem costumes e valores diferentes dos costumes e valores
ocidentais sobre os quais a maior parte do país foi fundado. É preciso ser crítico aos que
violam os direitos humanos em nome de diferenças culturais ​– contudo, tais diferenças e o
significado delas também não podem ser completamente ignoradas.
O país encontrará ​grandes aliados em países ocidentais como ​Estados Unidos, Reino
Unido, Alemanha Canadá e França​. Aliados regionais como ​Japão e Coréia do Sul
também são de suma importância. Tente manter um diálogo amigável com os países vizinhos.
O(a) senhor(a) terá que enfrentar a oposição de países não ocidentais como ​Arábia Saudita,
Irã, Iêmen e Afeganistão. ​Muitos desses países, especialmente os países do ​Oriente Médio
e países africanos​, também defendem o relativismo cultural ​– o(a) senhor(a) deverá estar
atento a eles.
Defenda com entusiasmo os valores e interesses australianos. Seu país conta com o(a)
senhor(a) para defender os ​direitos humanos e a liberdade e a igualdade que os sustentam.
A Austrália é um país de suma importância para a região da Oceania. O posicionamento do(a)
senhor(a) é, portanto, de grande importância para o debate. Esperamos que o debate seja
proveitoso e renda ótimos frutos!
Prezado(a) delegado(a) do ESTADO PLURINACIONAL DA BOLÍVIA,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione de forma ​parcialmente ​favorável
aos direitos da comunidade LGBT+ e ​favorável aos
direitos das mulheres​. O(a) senhor(a) também deverá se
posicionar de forma parcialmente favorável à concepção
relativista, mas sem ignorar os problemas do
relativismo e a sua relação com o próprio país.
A Bolívia, apesar de garantir na Constituição a igualdade de gênero, ainda possui graves
problemas. Além do machismo, ainda forte culturalmente, os homens na Bolívia possuem
mais acesso à educação do que as mulheres e compõem a maior parte das cadeiras do
parlamento. A violência contra a mulher se reflete nos números: a Bolívia tem um dos
maiores índices de violência doméstica da América Latina; 48% das mulheres já sofreram
algum tipo de abuso psicológico, enquanto 5% já sofreram algum tipo de abuso físico. Os
maiores índices de pobreza ​– entre os mais altos da América Latina ​– recaem sobre as
mulheres indígenas. As taxas de mortalidade materna e analfabetismo entre mulheres estão
entre as mais altas do mundo. O(a) senhor(a) precisa, portanto, estar ciente desses problemas,
especialmente aos vinculados às mulheres indígenas, e se posicionar ​à favor da igualdade de
gênero​.
Quanto aos direitos da comunidade LGBT+, o(a) senhor(a) deve defendê-los, mas com
ressalvas. O artigo 14 (II) da Constituição da Bolívia, implementada em fevereiro de 2009,
proíbe qualquer forma de discriminação baseada em orientação sexual ou identidade de
gênero. O casamento entre pessoas do mesmo sexo, contudo, ainda não foi legalizado no país,
reflexo da opinião de uma boa parte da população: segundo uma pesquisa em 2015, 74% dos
bolivianos não concordam com o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Apesar disso,
alguns avanços estão se esboçando. Um dos exemplos é a possibilidade de pessoas
transgênero mudarem seu nome legal, estabelecida em 2016.
Quanto ao relativismo, o(a) senhor(a) deverá ser parcialmente favorável sem, contudo,
se esquecer dos seus problemas. Cabe lembrar que os indígenas compõem aproximadamente
60% da população do país, enquanto uma parte é composta por mestiços, formando, assim,
um quadro culturalmente diverso. Nessas circunstâncias o(a) senhor(a) deverá destacar que o
multiculturalismo deve ser considerado e analisado com cuidado.
O(a) senhor(a) deverá ​se aliar com países que possuem concepções parecidas com a
sua e, além disso, ​problemas parecidos​. Países da ​América Latina ​como ​Venezuela e
Brasil ​serão grandes aliados aqui. Não se esqueça de possíveis aliados extrarregionais como
Turquia, Filipinas e Índia. ​Destaque os avanços e os problemas do país e a necessidade de
medidas da comunidade internacional nesse sentido. A Bolívia foi um dos primeiros 48
países a assinarem a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. O país, contudo,
ainda possui muitos problemas aos quais a comunidade internacional deve estar atenta. A
participação do(a) senhor(a) é, portanto, de grande importância. Esperamos que o debate seja
proveitoso e traga ótimos frutos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione ​favorável aos direitos da
comunidade LGBT+ e ​favorável aos direitos das
mulheres​. O(a) senhor(a) deve se posicionar de forma
aberta e diplomática à ideia de relativismo.
O Brasil foi signatário da Declaração Universal dos
Direitos Humanos em 1948, ratificou a ​Convenção sobre a
eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres (CEDAW) de 1979,
entre outras, mostrando o comprometimento do país para com os Direitos Humanos no plano
nacional e internacional. Os seguintes dados são confidenciais, não os utilize em debate. O
Brasil, entretanto, ainda não dispõe de uma legislação específica que preveja punição a
crimes de ódio de fundo LGBT+fóbico​. De acordo com os dados do 2º Relatório Sobre
Violência Homofóbica de 2012, somente em 2012 foram quase 10 mil denúncias de violações
de direitos humanos relacionadas à população LGBT registradas pelo governo federal. Para
mudar essa situação, o país se utiliza de diversas campanhas e de ajuda internacional. A
questão de gênero no Brasil, também, é igualmente preocupante. De acordo com a Central de
Atendimento à Mulher, em 2014, 35% das mulheres em situação de vulnerabilidade sofreram
agressões semanalmente, tanto na forma de violência física, como psicológica e sexual. Na
última década, mais de 43 mil mulheres foram assassinadas no Brasil, representando um
aumento de 17% em homicídios. Mesmo o Brasil sendo pioneiro na militância pelo direito
das mulheres no plano internacional, como por exemplo a inclusão de um artigo na
Declaração de 1948 sobre a igualdade de gênero, ​ainda possui grandes dificuldades em
promover a igualdade de gênero​.
A constituição federal brasileira instituiu os direitos humanos como um dos princípios
das relações exteriores brasileiras, porém está aberto para o debate em relação aos direitos
humanos de modo a ampliar sua abrangência. Portanto, o Relativismo dos Direitos Humanos
é um tema a ser discutido para que esses direitos possam abranger mais realidades, sem
permitir, é claro, violações a eles. O Brasil é conhecido internacionalmente como um país
coerente e equilibrado nos debates e nas decisões. Ele está aberto e disposto a debater seus
pontos fracos e fortes. Portanto, o Brasil pode se alinhar com diversos países e é um dos
poucos países que consegue estabelecer relações e um ​debate produtivo com os países do
Oriente Médio e África​, lembre-se disso durante os impasses sobre o Relativismo dos DH.
O Brasil não possui oposição direta.
O Brasil é um ator internacional bastante ativo no sistema internacional e regional,
participando dos diversos documentos sobre os Direitos Humanos e procurando sempre a via
pacífica na resolução de conflitos. A colaboração do(a) senhor(a) delegado(a) é de extrema
importância para alcançar a cooperação entre as partes. ​Esperamos que esta discussão traga
resultados frutíferos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DOS
CAMARÕES,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos


das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a)
se posicione de forma ​contrária aos direitos da
comunidade LGBT+ e ​parcialmente favorável aos direitos
das mulheres​. O(a) senhor(a) deve se posicionar de forma
favorável ao relativismo dos direitos humanos.
Camarões, apesar de ter assinado e ratificado a ​Convenção sobre a eliminação de todas
as formas de discriminação contra as mulheres (CEDAW) de 1979 é ​profundamente
desigual em termos de gênero​. As leis de Camarões ainda favorecem, em grande medida, os
homens. O estupro, por exemplo, só é punível quando se dá fora do casamento. A violência
contra a mulher ainda é largamente aceita na sociedade, não havendo nenhum mecanismo de
fiscalização ou punição contra esse tipo de violência. Práticas tradicionais e ritualistas, como
a mutilação genital feminina, ainda são comuns em todo o país. As mulheres, além disso,
também não gozam de plenos direitos à propriedade e são mal representadas em funções
políticas. O(a) senhor(a) deve, portanto, agir de acordo com as particularidades do país,
defendendo alguns dos direitos mais básicos das mulheres, mas com cautela. Quanto aos
direitos da comunidade LGBT+, o senhor deve se posicionar de forma contrária. Qualquer
tipo de relação entre pessoas do mesmo sexo é punível com até 5 ano de prisão, além de uma
multa. A maior parte da sociedade camaronesa, composta em grande medida por cristãos, é
contra o comportamento LGBT+ e o senhor deve, portanto, ser coerente com a visão de nosso
país acerca dessa degeneração.
O(a) senhor(a) deve se posicionar de forma ​favorável ao relativismo cultural, visto
que a comunidade internacional tem ignorado nossas particularidades culturais em prol de um
universalismo inexistente​. Nosso país possui diferenças que devem ser levadas em conta. Se
coloque contra a imposição de um universalismo displicente com os nossos valores.
O(a) senhor(a) encontrará ótimos ​aliados em países com ​visões de mundo similares e
problemas similares​. Países africanos como ​Serra Leoa e Nigéria ​serão de grande valia.
Países como ​Arábia Saudita, Irã, Afeganistão, China, Indonésia e Iêmen, ​em geral a favor
do relativismo cultural, serão outros aliados importantes nesse debate. Você enfrentará a
oposição de países como ​França, Estados Unidos, Alemanha e Austrália.
Camarões é um país que, apesar do seu vínculo com o ocidente e histórico de relação
como colônia, deverá se impor como um Estado soberano e dotado de independência e voto
no âmbito das Nações Unidas. O(a) senhor(a) deverá fazer o possível para assegurar os
interesses camaroneses, defendendo de forma convicta os nossos ideais. Esperamos que o
debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) do CANADÁ,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione ​favorável aos direitos da
comunidade LGBT+​, além de outras minorias, e
favorável aos direitos das mulheres​. Contudo, o(a)
senhor(a) deve se posicionar de forma crítica à ideia de
relativismo e favorável à concepção universalista dos
direitos humanos.
O Canadá tem trabalhado para fazer os direitos da mulher uma parte dos direitos
humanos. O país foi um dos primeiros a ratificar a Convenção sobre a eliminação de todas as
formas de discriminação contra as mulheres (CEDAW) de 1979 e em 2002 também ratificou
o Protocolo adicional à ​Convenção, adotado pela Assembleia Geral da ONU em 2000. Além
disso, o Canadá possui um dos movimentos feministas mais antigos do mundo e foi pioneiro
no sufrágio feminino​. O aborto, por sua vez, é legalizado em todo o país desde a década de
1980. O país também possui uma das legislações mais avançadas do mundo em relação aos
direitos LGBT+, sendo considerado um dos países mais tranquilos e favoráveis à
comunidade. Além do casamento entre pessoas do mesmo sexo ser legal no país desde 2005,
o Canadá proíbe qualquer forma de discriminação ou patologização por orientação sexual ou
identidade de gênero e pessoas transgênero também podem mudar de nome e gênero legal na
maior parte das províncias canadenses.
O Canadá foi construído sobre bases liberais e ocidentais, portanto, tomam os direitos
humanos como universais e inalienáveis. O(a) senhor(a) deve, portanto, se colocar de forma
crítica à ideia de relativismo​. Os direitos humanos para o Canadá não podem ser violados
em nome de particularidades culturais: eles devem ser assegurados a todos, sem exceção. O
país deve se colocar como uma das lideranças mundiais na defesa dos direitos das mulheres e
da comunidade LGBT+. Os ​países ocidentais e europeus ​serão ​grandes aliados​, visto que
compartilham de valores similares. Não ignore aliados regionais como o ​Brasil e
extrarregionais como a ​Austrália e Japão​. Países contrários aos direitos das mulheres e da
comunidade LGBT+, como ​Arábia Saudita, Irã, Iêmen, Nigéria, China e Camarões​,
deverão enfrentar a sua ​oposição​. Muitos desses países se colocarão também a favor o
relativismo dos direitos humanos. Procure encaminhar a discussão de forma que os interesses
ocidentais sejam contemplados e que o Canadá seja visto como um dos ordenadores do
debate.
John Peters Humphrey, canadense, foi o responsável pelo primeiro rascunho do
documento que se tornaria a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948. A
participação do(a) senhor(a) é, portanto, de grande importância. Nosso pioneirismo em
questões de gênero e LGBT+ deve ser utilizado em prol da cooperação e do consenso. O
debate e a contraposição de ideias é, para tanto, de vital importância. Esperamos que a
discussão seja produtiva e traga grandes resultados!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA POPULAR DA CHINA,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que
o(a) senhor(a) se posicione ​favorável com restrições aos
direitos da comunidade LGBT+​, além de outras
minorias, e ​favorável aos direitos das mulheres​.
Contudo, o(a) senhor(a) deve se posicionar de forma
favorável à concepção de relativismo dos direitos
humanos.
A China no quesito direitos humanos é constantemente acusada por violações. Nos
fóruns multilaterais tende a se abster nas votações e não discute muito sobre esse tema.
Mesmo sendo controversa, a China ratificou alguns tratados sobre os direitos humanos, em
específico, a ​Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as
mulheres (CEDAW). ​A informação a seguir é confidencial, não a utilize em debate. ​A China
possui uma das mais elevadas taxas de masculinidade à nascença (quociente entre os
nascidos-vivos do sexo masculino e os nascidos-vivos do sexo feminino). Essa taxa desigual
resultou no fenômeno das milhões de “mulheres e meninas perdidas” em conjunto com níveis
de discriminação de gênero extraordinariamente elevados. Dados divulgados pelo Banco
Mundial ilustram que, desde 2008, 1,09 milhões de meninas são dadas como mortas ou
desaparecidas devido a prática do infanticídio. O Relatório das Nações Unidas sobre o
Progresso das Mulheres no Mundo (2011-2012) concluiu que 25% das mulheres chinesas
consideram justificável, tal como as indianas, serem agredidas pelos maridos. Todavia, a
participação feminina na política está a começar a aumentar, com 21,3% a terem assento
parlamentar. No quesito LGBT+, na China, desde 1997, são legais as relações homoafetivas e
há a possibilidade de mudança de gênero. Entretanto, não há leis que protejam esse grupo. A
China tem interesse no relativismo, pois ela percebe que os valores fundamentados pelos
direitos humanos são de caráter ocidental, logo não se encaixam em todas as culturas. Devido
a isso, esse país vai trazer o argumento dos aspectos culturais únicos de cada realidade.
Nesse debate, o(a) senhor(a) deve ser cuidadoso nas falas e evitar que os delegados se
foquem nas violações chinesas de direitos humanos. Seus aliados serão o ​Egito, Nigéria,
África do Sul e Brasil​. Os demais países, em sua maioria ocidentais, irão ser seus opositores
e fortes críticos das práticas chinesas, entre eles ​Estados Unidos, França, Canadá, Human
Rights Watch, Anistia Internacional, Japão e Coréia do Sul​.
A China atribui grande importância à proteção e promoção dos direitos humanos. A
China está disposta a realizar diálogos e intercâmbios sobre os direitos humanos com outros
países com base na igualdade e no respeito mútuo, mas estamos contra qualquer país que
utilize as questões de direitos humanos para intervir nos nossos assuntos internos. ​Esperamos
que a discussão seja frutífera e traga resultados proveitosos!
Prezado (a) delegado (a) da REPÚBLICA DA COREIA,

Este documento é confidencial.

Nesta mesa de discussões, o seu país deverá apresentar


comportamento ​favorável às políticas para a população
LGBT+​, assim como promotor de um ​pensamento
alinhado com as ações para a população feminina. ​A
Coreia do Sul ​ratifica o universalismo e não adota
oficialmente o relativismo​.
A sociedade da República da Coreia acompanhou a
evolução de legislações internacionais e se tornou um dos modelos no quesito
democratização dos direitos humanos. É necessário ressaltar, no entanto, que nem sempre a
Coreia do Sul foi completamente favorável aos ideais hoje consagrados como
contemporâneos. Com origens no pensamento confucionista, algumas atitudes restritivas a
ideias contrárias ao pensamento considerado socialmente correto, do ponto de vista da nação
sul-coreana, têm sido alvo de críticas internacionais como violações aos direitos de liberdade
de expressão. Apesar de ser um país tecnologicamente avançado, a Coreia do Sul, assim
como o Japão, ainda apresenta determinados costumes que podem ser considerados como
excessivamente tradicionais e explorar aspectos considerados tabus ainda. A
homossexualidade, por exemplo, ainda é objeto de questionamento, tendo em vista os
padrões morais. Uma pesquisa realizada em 2013 pelo ​Pew Research Center demonstrou que
71% da população entre 18 e 29 anos acredita que a homossexualidade deveria ser aceita
socialmente. As apostas para a construção de uma sociedade mais tolerante são, justamente,
na camada mais jovem, que será a sucessora das políticas públicas e humanitárias. É válido
lembrar que o ator Kim Jihoo cometeu suicídio em 2008 após se assumir gay publicamente, e
que a discriminação não atinge somente às pessoas homossexuais, mas a todo o restante do
espectro LGBT+.
A sociedade coreana também está em avanços em relação à questão do machismo,
uma vez que ainda há moralmente as ideias de que “as mulheres devem usar determinadas
roupas e agir de acordo com uma conduta específica”. É importante a luta feminista no
sentido de superar essas desigualdades que podem se refletir, inclusive, no meio econômico.
Segundo ranking de 2013 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico,
apenas 60% das mulheres já formadas na universidade obtiveram emprego, além de haver
29% mais homens empregados do que mulheres. A luta dos movimentos LGBT+ e
feministas, assim, tem aumentado progressivamente, com maior acesso da população a
informações de esclarecimento e com bandeiras de valorização de tais segmentos.
Neste debate, o (a) senhor (a) poderá realizar parcerias com países que possuem
posicionamentos de acordo com uma política progressista para os direitos humanos, pois,
mesmo que a Coreia ainda apresente certas relutâncias, possui uma sociedade dinâmica e que
está em abertura. Aliados como os ​Estados Unidos, França, Alemanha, Suécia, Reino
Unido, Japão ​e Austrália podem fortalecer um posicionamento em conjunto favorável aos
direitos humanos. Também podem ser fontes de apoio organizações como a ​Human Rights
Watch ​e a Anistia Internacional​. A Coreia do Sul discorda das políticas de exclusão
adotadas por ​Arábia Saudita, Irã, Egito, Nigéria, Camarões, Iêmen, Serra Leoa, dentre
outros países do mundo árabe e africano​.
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DE CUBA,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que
o(a) senhor(a) se posicione ​favorável aos direitos da
comunidade LGBT+​, além de outras minorias, e
favorável aos direitos das mulheres​. Deve, também,
posicionar-se de forma​ favorável à ideia de relativismo.
Cuba ratificou diversos tratados sobre os direitos humanos e é ativa no sistema
internacional para o envio de ajuda médica, entre outras formas de auxílio. A política externa
cubana é guiada pelos princípios básicos do direito internacional, respeitando,
fundamentalmente, a soberania dos países, visando relações cooperativas no sistema
internacional com benefício mútuo e equitativo e a solidariedade com o Terceiro Mundo.
Cuba é contrária à discriminação no SI por razões de raça, credo ou opinião. Ou seja, o(a)
senhor(a) deve deixar claro que está ​aberto ao relativismo​, tendo em vista o caráter
antiimperialista do seu país. O país é acusado frequentemente de violações aos direitos
humanos, então senhor(a), prepare-se para ser alvo de críticas. No caso da questão de gênero,
Cuba possui uma representante no Comitê para a Eliminação da Discriminação contra a
Mulher desde 2012. Além de ser líder no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Cuba reconhece que a participação da mulher na Revolução Cubana foi de suma importância
para o resultado, assim sendo, hoje em Cuba é extremamente importante que a mulher cubana
tenha representatividade. Sendo assim, é indispensável que haja a plena realização da
igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas. No ano de 1995, a taxa de
desemprego feminino era de 13%, hoje é inferior a 3,5%. Na atualidade, as mulheres ocupam
48% dos cargos do setor estatal e 47% dos altos cargos de direção. Isso mostra como as
mulheres têm tido oportunidades mais iguais. Em Cuba o aborto é legalizado desde 1965.
Cuba também estende seu comprometimento com os direitos humanos aos LGBT,
realizando a Jornada contra a homofobia. A Revolução Cubana foi realizada para acabar com
as desigualdades e pode ser estendida, portanto, aos LGBT+. Cuba implementa a Estratégia
Educativa pelo respeito e a livre e responsável orientação sexual e identidade de gênero.O
governo cubano promove o respeito à livre orientação sexual e de identidade de gênero e a
criação de espaços para o diálogo e a interação. Cuba tem o papel importante de mostrar
como consegue assegurar os direitos humanos dentro do seu território e advogar pela
liberdade de autodeterminação dos povos para decidir como implementar os direitos
humanos. Pode se relacionar com o ​Brasil​, ​Canadá, Venezuela no âmbito regional. No
campo internacional tem afinidade com os países africanos como ​Nigéria, Serra Leoa. ​Já na
Ásia, ela mantém relações com a ​China, Filipinas e Índia. ​No Oriente Médio tem relações
com o ​Irã. Países como os ​EUA e seus demais aliados, ainda podem ser opositores às
diretrizes cubanas. Tenha em mente que ​Cuba não aceita intervenção ou desmerecimento
cultural​.
Defenda o ​direito a soberania e a autodeterminação ​visando a pluralidade dos
direitos humanos. Cuba é um país revolucionário que deseja eliminar as desigualdades
internas e internacionais. O seu papel é defender o seu país e os demais países oprimidos pelo
Ocidente. Esperamos que a discussão seja frutífera e traga resultados proveitosos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA ÁRABE DO
EGITO,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos


das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a) se
posicione de forma cuidadosa em relação aos direitos da
comunidade LGBT+ e das mulheres, afirmando que
progressos estão sendo feitos nesse sentido​. Contudo, o(a)
senhor(a) deve ​defender o relativismo dos direitos humanos​,
uma vez que as características e condições da região do norte da África, e de outros lugares
do mundo, tornam difícil a aplicação de tais liberdades civis pregadas pelos países ocidentais
através dos direitos humanos.
Assim, por exemplo, o Egito se coloca numa posição de tentativa de redução da
desigualdade de gênero, da mesma forma que não condena explicitamente as relações
homossexuais – assim como não confere nenhum direito especial a esses. As relações sociais,
também, continuam em progresso, mas o país ainda figura nas posições mais baixas em
levantamentos acerca da igualdade entre homens e mulheres, assim como muitos policiais
ainda tentam punir comportamentos e práticas da comunidade LGBT+, devido a uma alta
moralidade no país. Uma seção especial da polícia egípcia monitora os chamados “crimes
morais” no país tipicamente visando a homens homossexuais e pessoas transgêneras. O país
tem também, atualmente, parcerias com instituições cujo objetivo é reduzir as disparidades
entre homens e mulheres no país, que persistem nas relações familiares, econômicas e sociais.
As pretensões envolvem integrar mais as mulheres na força de trabalho do país – atualmente
elas configuram apenas 29% dos empregos do país – e nos ambientes escolares, de forma que
possam receber educação adequada para participar das atividades econômicas, políticas e
sociais. Da mesma forma, busca-se também aumentar a qualidade dos serviços de saúde para
elas.
Dessa forma, o(a) senhor(a) deve se ​opor parcialmente aos países ocidentais​, como
França, Reino Unido, Alemanha e Estados Unidos​, quando defendendo o relativismo dos
direitos humanos, uma vez que a realidade enfrentada em países africanos e orientais não
permite a total aplicação dos direitos humanos. Nesse sentido, é interessante aliar-se a outros
países ​muçulmanos e africanos moderados​, como ​Afeganistão e Serra Leoa​. Lembre-se,
contudo, de que a agência americana USAID, por exemplo, é um dos maiores suportes do
país em relação aos programas sociais para o desenvolvimento da igualdade de gênero, sendo
importante ressaltar as tentativas de proteção aos direitos das mulheres e a não-criminalização
das práticas e comportamentos da comunidade LGBT+, embora ainda sejam enfrentadas
dificuldades devido a características específicas dos costumes e tradições da região na qual o
Egito está inserido. Deve-se, assim, ​evitar aliar-se com países com defesas muito radicais​,
como Irã, Arábia Saudita e Iêmen.
O(a) senhor(a), portanto, deverá equilibrar o debate, no sentido de defender as questões
regionais do relativismo, mas também demonstrar certo progresso nas questões relativas aos
direitos das mulheres e da comunidade LGBT+, podendo servir como um mediador entre os
países ocidentais e orientais. Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) dos ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione ​favorável aos direitos da
comunidade LGBT+​, além de outras minorias, e
favorável aos direitos das mulheres​. Contudo, o(a)
senhor(a) deve se posicionar ​contrário à ideia de
relativismo e favorável à concepção universalista dos
direitos humanos​.
Os EUA foi um dos pioneiros na defesa da igualdade entre homens e mulheres. A
igualdade de gênero é reafirmada em inúmeros documentos a nível interno e externo, sendo o
sufrágio feminino​, por exemplo, garantido pela décima nona emenda da Constituição.
Ademais, o aborto é legalizado em todo o país desde 1973. Cabe destacar que os EUA, apesar
de ter assinado, não ratificou a ​Convenção sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação contra as mulheres (CEDAW) de 1979 (​essa informação não deve ser trazida
ao debate). Os direitos da comunidade LGBT+ também têm sido defendidos pelos EUA a
nível global. Um dos exemplos é a ​resolução 32/2 de 2016 do CDH ​(que condena a
discriminação e violência baseada em orientação sexual ou identidade de gênero), fortemente
apoiada pelos EUA. Desde 2015, o casamento entre duas pessoas do mesmo sexo é permitido
em todo o país, que é considerado pela comunidade LGBT+ como um dos mais simpáticos à
comunidade.
O(a) senhor(a) deve se posicionar contrário à concepção relativista dos direitos
humanos. A ​uniformização dos valores ocidentais ​permite processos de expansão
econômica, cultural, política e militar. Além disso, a defesa dos direitos humanos pode ser
usada em prol de interesses estratégicos e geopolíticos. (Estas informações são confidenciais
e não devem ser trazidas ao debate) O(a) senhor(a) deve defender os direitos humanos
fazendo jus à formação liberal americana, se posicionando de forma contrária aos que tentam
utilizar a identidade cultural como uma justificativa para violá-los. Os EUA devem tentar se
colocar como um líder. O(a) senhor(a) deve tentar estabelecer alianças com países com visões
similares – ou seja, ​países ocidentais como ​França, Reino Unido, Alemanha e Austrália​.
Os ​países europeus de forma geral serão ótimos aliados. Não se esqueça dos ​aliados
regionais​. ​Se oponha aos países contrários aos direitos das mulheres e/ou da comunidade
LGBT+, como ​Irã, Nigéria e Afeganistão. ​Os países islâmicos e africanos, ​contrários à
concepção universalista dos direitos humanos, serão também ​oposição​. Evite, contudo,
grandes atritos com a ​Arábia Saudita. A discussão sobre as violações estadunidenses aos
direitos humanos e críticas à nossa política externa devem ser evitadas na medida do possível.
Os Estados Unidos teve um papel significativo na criação da ONU e, posteriormente, na
escrita da Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948, exercendo profunda
influência sobre o seu conteúdo. O posicionamento estadunidense é, enfim, de suma
importância para o debate. Defenda os interesses da nossa gloriosa nação enfatizando a
necessidade de garantir os direitos humanos a todos. Esperamos que a discussão traga
resultados frutíferos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DAS FILIPINAS,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos


das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a) se
posicione ​favoravelmente aos direitos das mulheres, e de
forma equilibrada em relação aos direitos da comunidade
LGBT+​. O(a) senhor(a) deve se posicionar, também, de
forma equilibrada em relação à ideia de relativismo
cultural dos direitos humanos, ​e ​à concepção universalista
desse.
Portanto, o governo filipino demonstra preocupação com os direitos das mulheres, da
comunidade LGBT+ e de outras minorias, procura se engajar internacionalmente com
tratados e convenções que protejam os direitos desses, como a ​Convenção sobre a eliminação
de todas as formas de discriminação contra as mulheres (CEDAW), e desenvolvendo os
mecanismos internos que também resguardem esses direitos. Desde o século passado, o
governo filipino vem adotando uma postura que busca extinguir a desigualdade de gênero,
como a promoção das mulheres em cargos do governo e no mercado de trabalho, não
discriminação no meio militar, garantia de igual acesso à educação, entre outros. Dessa
forma, as Filipinas são um dos países mais avançados nesse sentido, figurando como o sétimo
Estado com menos desigualdade de gênero em uma pesquisa que avaliou 144 países.
Contudo, da mesma forma que o país figura como um dos países asiáticos mais
receptivos à comunidade LGBT+, as leis filipinas ainda podem representar um retrocesso
nesse sentido, uma vez que não reconhecem o casamento de pessoas do mesmo sexo e
deixam em aberto a questão de demonstrar a afetividade em público – podendo esse
comportamento configurar um crime contra a decência e os bons costumes. Muitos membros
da comunidade LGBT+ sofrem, ainda, discriminação no mercado de trabalho e nos direitos
civis. O(a) senhor(a), portanto, deve revelar os ótimos índices que o país possui tanto em
relação aos direitos das mulheres, quanto em relação aos progressos que estão sendo feitos
para a comunidade LGBT+, embora os direitos civis ainda não estejam completamente
estabelecidos, o nosso país é o mais amigável em relação às práticas e comportamentos
dessas minorias em toda Ásia.
Todavia, é importante lembrar que nosso presidente, Rodrigo Duterte, possui uma visão
crítica em relação aos direitos humanos e ao mundo ocidental, uma vez que várias de suas
ações relativas à guerra contra as drogas sofreram represália. Isso não nega, porém, todos os
avanços que estão sendo feitos e as marcas impressionantes do país com relação aos direitos
das mulheres e da comunidade LGBT+, e isso deve ser levantado no debate. Assim, procure
aliar-se com países de ​posição moderada em relação aos países ocidentais​, como ​Egito​,
evitando, assim, alianças com países mais radicais no sentido de proteger os direitos das
minorias. Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA FRANCESA,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos


Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione ​a favor dos direitos da
comunidade LGBT+​, além de outras minorias, e ​a favor
dos direitos das mulheres​. Contudo, o(a) senhor(a) deve
se posicionar ​fortemente ​contrário à ideia de relativismo
e favorável à concepção universalista dos DHs.
Nenhuma outra nação representa os princípios e valores ocidentais melhor do que a
França. Nosso país foi erguido sobre uma base iluminista, democrática, republicana e liberal.
Filósofos franceses como Rousseau e Voltaire ajudaram a fundar os que seriam depois
descritos como “direitos humanos”. A Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão de
1789, fruto da Revolução Francesa (1789-1799), seguiu os princípios de liberdade e
igualdade que seriam transcritos para a Declaração Universal dos Direitos Humanos de 1948
– que pode ser tomada, em certa medida, como uma sucessora espiritual da Declaração de
1789. A concepção universalista deriva da ideia iluminista de que existem direitos
fundamentais e inalienáveis, que a todos devem ser assegurados. Não defender o
universalismo seria, portanto, se desvincular das bases que sustentam a nação francesa e trair
os nossos princípios mais fundamentais. O(a) senhor(a) não deve deixar que diferenças
culturais sejam usadas como justificativa para violações aos direitos humanos.
A França defende com grande entusiasmo os direitos das mulheres. Uma das maiores
feministas de todos os tempos, Simone de Beauvoir (1908-1986), é francesa. O movimento
feminista francês, além disso, é um dos mais antigos do mundo, remontando à Revolução
Francesa. Cabe destacar que a França permite o aborto até a décima segunda semana de
gestação. A França também ratificou a ​Convenção sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação contra as mulheres (CEDAW) de 1979 e apoiou as primeiras resoluções
contrárias à violência contra a mulher. A França também se coloca a favor dos direitos
LGBT+, sendo a legislação francesa considerada uma das mais avançadas do mundo nesse
quesito. O código penal francês de 1791 foi o primeiro a descriminalizar a homossexualidade,
por exemplo, apesar do grande preconceito contra a comunidade e inúmeros retrocessos e
avanços ao longo dos anos. Além disso, a maior parte dos franceses, 77%, considera que a
homossexualidade deve ser aceita pela sociedade.
A França deve se colocar como uma liderança nessa discussão. ​Países ocidentais e que
compartilham dos valores franceses serão ​grandes aliados. ​Estados Unidos, Canadá, Reino
Unido e Austrália são alguns dos exemplos. É preciso que o(a) senhor(a) faça jus ao
pioneirismo e à relevância do pensamento francês para a discussão. Países como ​Arábia
Saudita, Irã, Nigéria, Índia e China, ​que de forma geral compartilham de visões de mundo
distintas da visão ocidental, serão a sua ​oposição. ​Defenda os direitos humanos como direitos
universais, inalienáveis, imprescritíveis e indivisíveis. A França deve fazer jus aos valores
que compartilhou com o mundo. O posicionamento do(a) senhor(a) é extremamente
importante para o debate. Esperamos que a discussão seja frutífera e traga resultados
proveitosos!
Prezado(a) delegado(a) da HUMAN RIGHTS WATCH,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos das


Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a) se posicione
favoravelmente aos direitos da comunidade LGBT+​, de outras
minorias e aos direitos das mulheres​. Contudo, o(a) senhor(a) deve
se posicionar de forma crítica à ideia de relativismo cultural dos direitos humanos,
portanto,​ ​de forma​ positiva à concepção universalista ​desses.
A Human Rights Watch (HRW) é uma Organização Não Governamental (ONG) de
caráter internacional que realiza pesquisas, campanhas e promove a defesa dos direitos
humanos por todo mundo. Seu principal meio de ação é a investigação de possíveis violações
de direitos humanos e a elaboração de relatórios que servirão como forma de denúncia de
abusos de direitos que podem estar acontecendo. A HRW se reúne com os governos, as
Nações Unidas, grupos regionais como a União Africana e da União Europeia, instituições
financeiras e corporações para pressionar por mudanças nas políticas e práticas que
promovam os direitos humanos e justiça em todo o mundo. Os relatórios acerca dos direitos
das mulheres incluem aspectos como casamento forçado, casamento infantil, violência
doméstica, igualdade de gênero, saúde da mulher, direitos reprodutivos e aborto, entre outros,
denunciando as mazelas sofridas por mulheres em todo mundo. Já as divulgações acerca dos
abusos sofridos pela comunidade LGBT+ envolvem casos de discriminação, porém,
principalmente, denuncia-se leis domésticas que firam a liberdade dos comportamentos e
práticas da comunidade LGBT+.
A HRW também é contra a ideia do relativismo cultural dos direitos humanos, pois
afirma que essa ideia acaba por perpetuar situações de desigualdade e sofrimento de minorias,
ressaltando que todas as culturas estão sempre em transformação. O(a) senhor(a) é, portanto,
muito importante para o debate, dado que é uma fonte de informações internacionais sobre o
tema tratado e deve se ​aliar principalmente com outras ONGs como a Anistia
Internacional​, juntos vocês devem pressionar os outros participantes da discussão a
tomarem medidas e criarem mecanismos efetivos na proteção dos direitos humanos. Dessa
forma, deverão servir como verdadeiros guias das discussões, apontando problemas,
sugerindo soluções e pressionando os países envolvidos.
Vocês deverão apresentar dados dos relatórios e denúncias. Países de posições radicais
e que apoiam o relativismo cultural dos direitos humanos e defendem esse como um meio de
continuar perpetrando violações aos direitos das mulheres, da comunidade LGBT+ e de
outras minorias, como o ​Irã e o Iêmen​, devem enfrentar fortemente sua oposição. As graves
violações cometidas não podem ser justificadas por culturas, tradições ou costumes diversos,
a HRW acredita a ideia da igualdade entre todos os seres humanos é universal.
Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DO IÊMEN,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que
o(a) senhor(a) se posicione de forma crítica à
comunidade LGBT+ ​e ​aos direitos das mulheres​. O(a)
senhor(a) deve ​defender o relativismo dos direitos
humanos​, mas também demonstrando que o país se
esforça para equilibrar alguns desses com suas leis
muçulmanas tradicionais que provém da Sharia.
Com isso em vista, é possível observar que desde 2001 houve esforços por parte do país
de incluir alguns direitos civis, políticos e sociais a algumas minorias. Ou seja, a constituição
do Iêmen passou a incluir alguns direitos humanos, embora esses estabelecidos tenham que
ser compatíveis com as leis da Sharia. Contudo essa situação apresenta um ponto de
dificuldade, que é a moralidade tradicional dos nacionais – provinda das leis culturais e
religiosas – que muitas vezes impede avanços no sentido de proteger alguns direitos ditos
essenciais para grupos tipicamente marginalizados na sociedade islâmica.Assim, os direitos
humanos que o governo do Iêmen procurou estabelecer ainda devem ​respeitar a tradição
muçulmana​, a qual representa a lei de Alá, deus da religião muçulmana, em toda sua
grandeza. Portanto, o código do Iêmen ainda condena amplamente os comportamentos da
comunidade LGBT+, os quais devem ser severamente punidos por pena de morte.
Da mesma forma, embora tenha se buscado promover alguns direitos para as mulheres,
historicamente muito inferiores aos homens na sociedade nacional, muitas normas culturais e
religiosas se sobressaem às tentativas de proteger e empoderar as mulheres do Iêmen, que não
têm expressão política, econômica, cultural ou religiosa, muito menos direitos que as
protegem de abusos domésticos, sexuais, entre outros. O(a) senhor(a) deve, portanto, prezar
pelas tradições milenares e respeitar a vontade do grandioso Alá. ​Países muçulmanos, como
Iraque, Afeganistão e Irã devem ser alguns dos aliados na defesa dos costumes islâmicos e
do relativismo dos direitos humanos, uma vez que eles partilham das suas tradições. ​Os
países ocidentais devem sofrer fortemente sua oposição​, principalmente os ​Estados
Unidos e os países ​europeus, ​que tentam impor seu modo de vida de com objetivo de obter
domínio sobre os países orientais.
O(a) senhor(a) deve, assim, manifestar as diferenças culturais que impedem a
manifestação de toda gama de direitos humanos estabelecidos pelos ocidentais, uma vez que,
para o povo do Iêmen, a cultura religiosa islâmica deve se sobressair, ou ao menos ser
compatível, aos direitos que serão estabelecidos. O governo do Iêmen age de boa vontade
para implementar direitos civis, políticos e religiosos, desde que, portanto, eles estejam de
acordo com os costumes e tradições religiosas nacionais, sendo qualquer coisa contrária a
isso, inaceitável e desrespeitosa à cultura e religião nacional.
Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DA INDONÉSIA,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante
que o(a) senhor(a) se posicione de forma ​contrária
aos direitos da comunidade LGBT+​, além de
outras minorias, e ​favorável aos direitos das
mulheres​. Contudo, o(a) senhor(a) deve se
posicionar de forma favorável ao relativismo dos
direitos humanos.
As leis nacionais geralmente não reconhecem
nem sustentam os direitos das pessoas LGBT. A homossexualidade não é criminalizada (com
exceção de algumas províncias), mas a discriminação também não. A Indonésia é o país com
a maior população muçulmana do mundo. Nos debates na ONU, esse país é contra os direitos
humanos estendidos a esse grupo, pois vai contra as leis da Sharia. As questões de gênero são
igualmente delicadas no caso da Indonésia. ​As seguintes informações são confidenciais, não
as utilize em debate. A Comissão Nacional sobre Violência Contra a Mulher afirma que as
mulheres indonésias sofrem violência sexual todos os dias, sendo expostas a assédio,
exploração sexual e tortura. Apesar desses dados, o governo indonésio faz parte do Comitê
sobre a Eliminação da Discriminação Contra a Mulher. Um dos progressos alcançados na
questão de gênero é possuir uma das taxa de alfabetização de mulheres mais altas do mundo
de 95% e quase 50% dos universitários são mulheres. Por ser um país islâmico, a Indonésia
tem afinidade com o ​relativismo dos direitos humanos​, tendo também aceitado a
Declaração do Cairo sobre os Direitos Humanos Islâmicos.
A Indonésia deve se colocar de modo cauteloso na discussão, procurando auxílio de
seus aliados. No âmbito regional, seus aliados são as ​Filipinas, Índia e Coréia do Sul​. Pode
encontrar também aliados em alguns países árabes e islâmicos como ​Irã, Iraque, Egito e
Turquia​. No continente americano, a Indonésia tem os ​Estados Unidos e a Venezuela​.
Alguns países não terão boas relações durante o debate, entre eles a Arábia Saudita, devido às
violações dos direitos humanos em relação aos imigrantes indonésios, e o Brasil, devido ao
caso do traficante brasileiro que foi executado mesmo após os pedidos da embaixada
brasileira para a deportação do mesmo.
A defesa da necessidade da ​incorporação de elementos culturais na Carta dos
Direitos Humanos é essencial para os países islâmicos como a Indonésia. A partir da
cooperação internacional, nosso país está disposto a debater e incorporar novos meios de
proteger as mulheres em seu território. Lembre-se de que o(a) senhor(a) faz parte de um
grande movimento para a incorporação de novos valores aos direitos humanos, junte-se com
os países que defendem o relativismo e tente elucidar a importância da pluralidade dos DH.
Esperamos que a discussão seja frutífera e traga resultados proveitosos!
Prezado (a) delegado (a) da REPÚBLICA DA ÍNDIA,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos
das Nações Unidas (CDH), você deve adotar uma política
contrária aos direitos das pessoas LGBT+ e aos direitos das
mulheres​. A Índia ​critica o universalismo e aposta no
relativismo dos direitos humanos​.
A Índia é uma república que, embora esteja em ascensão
econômica, ainda apresenta desafios quanto aos direitos
humanos de sua população, com ​graves problemas de
discriminação ​em relação a LGBT+ e a mulheres. Isso tem origem na estrutura cultural
indiana, que ainda é adepta de um sistema desigual como o de castas, essencialmente
machista e que subjuga pessoas que pertencem ao grupo chamado de “dálit”, ou seja, os
“intocáveis”. Constitucionalmente, as castas não mais existem, porém, socialmente, ainda há
o apego a estes ideais. A violência contra a mulher é constante, com frágeis amparos legais.
Após um caso de estupro coletivo em 2012 ocorrido em Déli, o governo respondeu, em 2014,
com medidas de apoio médico a mulheres e crianças que denunciam casos do tipo. Porém, a
destinação dos recursos para tal foi ineficaz e o programa não obteve sucesso, com apenas
dois estados incorporando essas diretrizes. Mais de doze mulheres morreram, também, em
procedimentos de esterilização, o que gerou protestos contra movimentos de controle de
natalidade e planejamento familiar. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, afirmou,
porém, que há esforços do governo para a proteção das mulheres em relação a abusos e à
violência, assim como para prover acesso a saneamento e assistência médica.
A população LGBT+ igualmente se depara com desafios no cotidiano da Índia. No país,
é proibida a homossexualidade sob a pena de prisão. O casamento entre pessoas do mesmo
sexo não é permitido, sendo vetadas, também, a participação de pessoas LGBT+ nas forças
armadas e a adoção de crianças por casais homoafetivos. É incentivada a busca de tratamento
psicológico por pessoas que se julgam ser da comunidade. Em 2014, a Suprema Corte da
Índia reconheceu os transgêneros como um terceiro gênero, tornando-as passíveis de obter
cotas de emprego e educação. Porém, no ano anterior, a população LGBT+ sofreu um
retrocesso, em que a mesma corte derrubou um veto a uma antiga lei da época colonial do
país que criminalizava as relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo. Foi solicitada a
revisão dessa criminalização, pedido que se encontra em análise até hoje.
A Índia possui boas relações diplomáticas com a maioria dos países. Você, caro(a)
delegado(a), deverá aliar-se a países que possuem problemáticas sociais parecidas com as
suas. Parcerias como a do ​Brasil​, da ​Rússia​, da ​China e da ​África do Sul são essenciais para
o fortalecimento da integração extrarregional. Aliados como a ​Turquia ​e a ​Bolívia ​podem
auxiliar no reconhecimento de realidades sociais como a sua. Apesar de o mundo ocidental
ser majoritariamente crítico às suas políticas de direitos humanos, procure demonstrar que
esforços estão sendo feitos em seu país para que esse quadro se modifique. Busque não se
envolver em conflitos com essas nações, mas obter aliados para que cresçam em conjunto no
sentido de fortalecer os direitos humanos.
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA ISLÂMICA DO IRÃ,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos
das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a) se
posicione de forma crítica à concessão da comunidade
LGBT+ ​e ​aos direitos das mulheres​. O(a) senhor(a) deve
defender o relativismo dos direitos humanos​, afinal, eles
são um ideal essencialmente ocidental e não levam em
consideração as tradições muçulmanas.
Essa oposição é fruto da tentativa da imposição sobre os países muçulmanos dos valores
ocidentais, os quais ignoram o modo de vida e as leis do mundo islâmico. Os direitos
humanos atualmente prescritos são uma ​interpretação ocidental de como os direitos sociais,
políticos e econômicos devem se manifestar e representam, dessa forma, uma ​investida
imperialista ​sobre os países do oriente, de modo a exigir comportamentos do mundo
ocidental, condenando as tradições e as crenças já estabelecidas. Assim, respeitando a
tradição muçulmana, a qual representa a lei de Alá em toda sua grandeza, o Irã condena
amplamente os comportamentos impregnados de promiscuidade da comunidade LGBT+, os
quais devem ser severamente punidos sendo a pena mais comum o açoitamento e,
geralmente, a quarta ofensa determinando a pena de morte.
Da mesma forma, a igualdade alegada entre homens e mulheres não é aceitável nos
padrões do país, nos quais a mulher é submissa à figura masculina, do marido ou do pai, dos
quais devem obter permissão inclusive para viajar para fora do país; deve sempre portar o
hijab, segundo as leis iranianas, em espaço público em respeito ao seu marido e às tradições
da religião muçulmanas, cabendo punição caso não cumpra a norma. As mulheres têm
direito, contudo, a trabalhar para ajudar a sustentar sua família. O(a) senhor(a) deve, portanto,
prezar pelas tradições de nosso país. ​Países muçulmanos, como Iraque, Afeganistão e
Iêmen devem ser alguns dos aliados na defesa dos costumes islâmicos e do relativismo dos
direitos humanos, uma vez que eles partilham da imposição ocidental em relação às suas
tradições. ​Os países de tradição ocidental devem sofrer fortemente sua oposição​,
principalmente os ​Estados Unidos e os países ​europeus, ​que tentam impor seu modo de vida
de com objetivo de obter domínio sobre os países orientais.
O(a) senhor(a) deve, assim, ser um guia da discussão, de modo que manifeste as
diferenças culturais entre os países envolvidos no debate e como essas deveriam ser
refletidas nos direitos humanos, que atualmente não contemplam questões fundamentais da
sociedade islâmica. Dessa forma, deve ressaltar a impossibilidade da recepção de alguns
direitos humanos ocidentais, principalmente àqueles que dizem respeito à igualdade de
gênero e às práticas da comunidade LGBT+, condenados pelas leis e pela religião
muçulmana. Por fim é interessante procurar denunciar a tentativa da imposição dos valores
ocidentais de modo imperialista e do possível desejo de controle dos países ocidentais sobre
os países orientais e suas riquezas. Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado (a) delegado (a) da REPÚBLICA DO IRAQUE,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos
das Nações Unidas (CDH), você deve adotar uma postura
desfavorável à comunidade LGBT+​, bem como ​crítica aos
direitos da população feminina​. O Iraque dá ​maior ênfase
ao relativismo, enquanto critica o universalismo​.
Palco de uma guerra que tornou as condições de vida
difíceis para os iraquianos na última década, o território
nacional está parcialmente sob controle do Estado Islâmico
(EI), grupo extremista que reivindica soberania sobre o mundo islâmico como um todo. A
legislação do Iraque é ambígua em relação à homossexualidade, sendo tolerado
relacionamento entre mulheres. O homens, no entanto, são condenados, sem haver
informações sobre as penas sofridas. Assegurou-se a pena de morte para homens
homossexuais em 2001, mas a intervenção dos Estados Unidos no Iraque restaurou o código
legislativo para a edição original de 1969. É proibido o casamento entre pessoas do mesmo
sexo, bem como a adoção de crianças por casais homoafetivos ou a participação de
indivíduos LGBT+ nas forças armadas. As pessoas podem ser discriminadas ao concorrer a
vagas de emprego. O EI possui uma forma muito particular de eliminar pessoas
homossexuais, pois estas não seguem a lei islâmica da Sharia: atirando-as do alto de prédios.
É uma maneira de intimidar a população LGBT+.
As denúncias de quebra de direitos humanos perpassam pela violação de direitos
femininos, população naturalmente desfavorecida diante das leis islâmicas. Escravidão,
tráfico sexual e prostituição são mazelas que se abatem sobre grupos de mulheres que
encontram desamparo em um país arrasado pela guerra. O governo recentemente aprovou
legislação que permite que os homens possuam várias mulheres e que facilitam que as
mulheres se casem a partir dos nove anos de idade. Além disso, impõe limites aos direitos das
mulheres em relação ao recebimento de heranças e aos direitos após o divórcio. O Iraque
conta com muitas violações aos direitos humanos e com um governo omisso.
Provavelmente, o senhor(a) delegado(a) enfrentará muitas ​críticas por parte dos
países ocidentais e das organizações não-governamentais​, pois as denúncias de violação
aos direitos humanos no seu território são graves, além de críticas ao posicionamento de seu
governo. Os países com quem você poderá formar alianças são os que possuem uma
ideologia parecida com a sua e com as restrições de direitos semelhantes às do seu país.
Nigéria, Arábia Saudita, Egito, Irã e Turquia podem representar boas opções de alianças,
assim como o ​mundo árabe em geral​. ​Reino Unido, França, Alemanha, Austrália, Brasil,
bem como os demais países, ​são ​fortes críticos às políticas para direitos humanos do Iraque
– quase inexistentes, diga-se de passagem. Seu maior crítico são os ​Estados Unidos​,
responsáveis pela invasão do Iraque na guerra iniciada em 2003, e mais duros combatentes
das políticas de seu país. Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado (a) delegado (a) da REPÚBLICA FEDERAL DA NIGÉRIA,

Este documento é confidencial.

Durante esta reunião do Conselho de


Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH),
você deverá adotar uma postura ​punitiva aos
direitos da população LGBT+​, assim como de
restrição aos direitos das mulheres​. A Nigéria é
crítica ao universalismo e prefere o relativismo​.
A Nigéria é um dos países mais
complicados do mundo quando o quesito é direitos
humanos. A população LGBT+ é criminalizada,
sendo passível de condenação por até dez anos de
prisão, inclusive, pessoas que apenas presenciem demonstrações de afeto entre casais
homoafetivos, como beijos ou abraços. A pessoa homossexual pode ser levada à prisão, e em
Estados governados pela lei islâmica da Sharia, à morte por apedrejamento. É proibida a
associação em organizações de defesa de direitos LGBT+, com pena de até dez anos. Casais
homossexuais podem ser condenados, cada um, a 14 anos de reclusão. Apesar de todas essas
punições, é permitido que homossexuais adentrem nas forças armadas.
A situação dos direitos humanos na Nigéria beira o caos. A maior parte da população
vive na pobreza absoluta. Alia-se a isso o fato de um sistema moral conservador reger o
comportamento da sociedade, bem como as atitudes de governo e a legislação. São graves as
denúncias de penas severas contra atos como o roubo, a infidelidade, o consumo de bebidas
alcoólicas e a já citada homossexualidade. Qualquer pessoa que praticar uma dessas atitudes
pode ser condenada com a amputação de um membro, com longas penas na cadeia e com a
morte. A escravidão é uma chaga social na Nigéria, com mais de 700 mil pessoas vivendo
sob tal condição. Denunciam-se também o tráfico de pessoa para fins de prostituição e de
trabalho forçado, além do trabalho e casamento infantis. A população feminina, já vulnerável
com essas problemáticas sociais, ainda sofre com a mutilação genital e a violência doméstica.
Neste debate, você deve buscar alianças com ​países do Oriente Médio e com ​outros
países africanos em condições de direitos humanos notoriamente desgastantes, ​à exceção da
África do Sul​, que se alinha com países emergentes e ocidentais. ​Arábia Saudita, Irã e
Iraque podem ser excelentes cabos de apoio, pois possuem legislações tão punitivas quanto
as do seu país. ​Países europeus e americanos não se alinham com as propostas da
Nigéria​, sendo fortes críticos dos abusos aos direitos humanos que ocorrem nesse país
africano.
Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) do JAPÃO,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que
o(a) senhor(a) se posicione ​favorável aos direitos da
comunidade LGBT+ e ​favorável aos direitos das
mulheres​. Contudo, o(a) senhor(a) deve se posicionar de
forma crítica à ideia de relativismo e favorável à
concepção universalista dos direitos humanos.
O Japão foi um dos signatários da declaração de auxílio aos Direitos dos LGBT na
Assembleia Geral da UNHCR. Desde 1980, o Japão legalizou as relações entre pessoas do
mesmo sexo. Mesmo esse país sendo relativamente avançado para a sua região, ainda há
diversas mudanças necessárias para a aceitação do grupo dos LGBT+, pois não há leis
específicas para a proteção dos mesmos. Quanto a questão de gênero, o Japão age ativamente
nessa área, de modo a promover a igualdade de gênero e a segurança das mulheres. Além de
ratificar os tratados desse tema, como a ​Convenção sobre a eliminação de todas as formas de
discriminação contra as mulheres (CEDAW) em 1980, ele realiza as recomendações que
recebe dos órgãos internacionais de direitos humanos, mostrando seu compromisso para com
a cooperação internacional para a salvaguarda dos DH. O Japão promove o “Quarto Plano
Básico para a Igualdade de Gênero”, o qual consiste em criar uma série de ações para
incentivar a participação da mulher na sociedade e reforçar a eliminação a violência contra a
mulher. ​A seguinte informação é confidencial e não deve ser utilizada em debate. ​A
participação política feminina não ultrapassa os 11% e 28.3% é a diferença em termos
salariais comparativamente ao dos homens. As mulheres japonesas continuam a lutar contra a
desigualdade.
O Japão tem os direitos humanos consagrados e garantidos na sua constituição e, por
meio de um sistema político democrático, sendo a promoção e proteção dos DH fundamental.
O Japão acredita firmemente que a promoção dos direitos humanos é um interesse legítimo
da comunidade internacional. Portanto, o ​Relativismo dos DH é extremamente perigoso
para a manutenção desses valores. ​O Japão deve ser ativo na discussão, devido a sua grande
participação em fórum de direitos humanos. O países ocidentais podem ser seus aliados, pois
defendem igualmente os direitos humanos, como ​Estados Unidos, Canadá, Reino Unido,
Austrália, França, Alemanha​. Já no continente asiático, o Japão mantém relações com
Filipinas e Indonésia​. Devido sua oposição a qualquer violação aos direitos humanos e ser
contra a defesa do relativismo, seus opositores poderão ser ​Arábia Saudita, Irã, China,
Nigéria e Serra Leoa​.
Com base no seu compromisso com o diálogo e a cooperação, o Japão dirigirá os
esforços para resolver as questões de direitos humanos e melhorar as situações de direitos
humanos através de fóruns multilaterais. Proteger os direitos humanos é a responsabilidade
mais fundamental de qualquer nação. ​Esperamos que a discussão seja frutífera e traga
resultados proveitosos!
Prezado(a) delegado(a) do REINO UNIDO DA GRÃ BRETANHA E IRLANDA DO
NORTE,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos
das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a) se
posicione ​favoravelmente aos direitos da comunidade
LGBT+​, de outras minorias e aos direitos das mulheres​.
Contudo, o(a) senhor(a) deve se posicionar de forma crítica à
ideia de relativismo cultural dos direitos humanos,
portanto,​ ​de forma​ positiva à concepção universalista desses.
Essas posições são refletidas na história do Reino Unido principalmente nos séculos XX
e XXI com a ratificação de diversos Tratados e Convenções os quais abordam a igualdade de
gênero e a promoção dos direitos LGBT+, além da discussão e manifestação interna sobre
esses mesmos temas. Internamente, o Reino Unido foi palco de um dos maiores e primeiros
movimentos de emancipação e participação feminina na sociedade moderna. O ​Sufragismo,
organizado por mulheres desde o século XIX, tinha por objetivo promover o voto feminino
nas eleições para o Parlamento, o que foi concedido apenas em 1928. Desse momento em
diante, uma série de atos relativos ao trabalho e à saúde feminina – como a descriminalização
do aborto, a criação de um serviço de saúde nacional e a educação contraceptiva – foram
promulgados. A confirmação dessas políticas também se deu em âmbito internacional,
através da legitimação e incorporação de diversos tratados e convenções que tratam da
questão, como a ​Convenção sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra
as mulheres (CEDAW) de 1979.
Os séculos XX e XXI também foram representados pelas discussões e manifestações
acerca das necessidades e dos direitos da comunidade LGBT+, a partir do consentimento da
homossexualidade para homens de mais de 21 anos em 1958 – que passou a ser diminuída
com o passar das décadas. Nos anos seguintes, foram promulgados atos que garantiam a
igualdade de casais homossexuais para adoção e o reconhecimento da homofobia como crime
de ódio. Em 2004 também foi decretado o Ato de Reconhecimento de Gênero, que garante os
direitos dos transgêneros em relação à mudança de documentos de identidade e a cirurgia de
adequação de sexo.
O país, dessa forma, deve se colocar no centro do debate da defesa dos direitos dos
direitos humanos e das minorias. Os ​países os europeus ​e os Estados Unidos ​serão ​grandes
aliados​, visto que compartilham de valores similares por sua cultura ocidental. Procure se
colocar, portanto, ao lado de ​países como França, Alemanha, Suécia e Estados Unidos.
Não ignore aliados extrarregionais como a ​Austrália, Japão e Brasil​. Países contrários aos
direitos das mulheres e da comunidade LGBT+, como ​Irã, Iêmen, Nigéria, China e
Camarões​, deverão enfrentar a sua ​oposição​. Muitos desses países se colocarão também a
favor do relativismo dos direitos humanos. Procure encaminhar a discussão de forma que os
interesses ocidentais sejam contemplados e que o Reino Unido seja um guia no debate.
Esperamos que o debate seja proveitoso para todos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DA SERRA
LEOA,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que
o(a) senhor(a) se posicione de forma crítica aos
direitos da comunidade LGBT+ ​e ​a favor dos
direitos das mulheres, mas com certas ressalvas​. O(a)
senhor(a) deve se posicionar ​a favor do relativismo e
contrário ao universalismo.
Apesar da Serra Leoa defender os direitos da mulher, ainda existem grandes
dificuldades para a efetivação desses direitos no país. Durante a Guerra Civil de Serra Leoa
(1991-2002) as maiores violações contra os direitos humanos foram contra mulheres. O
aborto ainda é ilegal e, apesar da violência contra a mulher ter sido criminalizada em 2007,
algumas leis costumeiras ainda permitem a continuidade desses atos. Dadas as diferenças
culturais e religiosas de nosso país, o(a) senhor(a) deve considerar a existência de algumas
ressalvas e exceções a esses direitos. Não existe nenhuma lei em Serra Leoa proibindo a
mutilação genital feminina, que é vista como uma parte de nossa cultura. O(a) senhor(a)
deve, portanto, ser favorável aos direitos da mulher, mas deve destacar que as ​diferenças
culturais devem ser levadas em conta​. Quanto aos direitos da comunidade LGBT+, o(a)
senhor(a) deve se posicionar de forma crítica, embora não totalmente contrária. A
homossexualidade entre homens é ilegal no nosso país e pode ser punida com uma pena
perpétua de trabalhos forçados. As leis da Serra Leoa não dão ao CDH permissão para
advogar e defender os direitos humanos da comunidade LGBT+ no país. Contudo, nosso país
está dando alguns sinais, apesar de sutis, de que mudanças nessas leis poderão acontecer.
O(a) senhor(a) deve se posicionar de forma favorável ao relativismo dos direitos
humanos. Para nós, uma Declaração Universal só seria realmente “universal” se não
ignorasse as nossas diferenças. O CDH não pode, portanto, esquecer de nossas diferenças
culturais, institucionais, religiosas e políticas. Países com ​problemas parecidos e com ​visões
similares​, como ​Camarões e Nigéria ​serão ​grandes aliados​. Alguns países islâmicos como
Arábia Saudita, Irã, Egito e Iêmen ​poderão ser ​bons aliados​. Não se esqueça de ​aliados
extrarregionais importantes como ​China e Índia​. O(a) senhor(a) terá que enfrentar a
oposição ​de ​países europeus e ocidentais ​como ​Estados Unidos, França e Reino Unido​.
Evite, contudo, atritos muito grandes com esses países. Os países da ​América Latina
também poderão se opor às suas concepções.
Os interesses da Serra Leoa deverão ser defendidos pelo(a) senhor(a). Como um país
africano fortemente afetado pela guerra e pela pobreza, é essencial que sejamos parte do
debate. Esperamos que a discussão seja frutífera para todos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DA TURQUIA,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos Humanos
das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a) senhor(a)
se posicione de forma crítica aos direitos da comunidade
LGBT+ ​e ​favorável aos direitos das mulheres​. O(a)
senhor(a) deve buscar um ​equilíbrio ​no debate entre
universalismo e relativismo​.
Na Turquia, a luta pela igualdade de gênero se conecta diretamente às aspirações turcas
à União Europeia (​essa informação é confidencial e não deve ser trazida ao debate). Apesar
dos esforços do governo, ainda existem grandes disparidades entre homens e mulheres, sendo
a Turquia considerada um dos países mais desiguais do mundo nesse aspecto. A participação
das mulheres no mercado de trabalho, por exemplo, corresponde a menos da metade da média
europeia e da porcentagem de homens turcos no mercado de trabalho. A porcentagem de
mulheres no parlamento turco em 2015 era de apenas 14,7%. Na Turquia, as mulheres são as
principais vítimas dos chamados “assassinatos de honra” – assassinatos cometidos quando a
vítima supostamente trouxe vergonha e desonra à família, comunidade ou religião. Apesar
disso, o país assinou e ratificou convenções importantes sobre o assunto, como a ​Convenção
sobre a eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres (CEDAW) de
1979. Quanto aos direitos da comunidade LGBT+, entendemos que o(a) senhor(a) deve ter
uma posição crítica. Na Turquia não existem leis permitindo o casamento entre duas pessoas
do mesmo sexo, ou condenando a discriminação por identidade de gênero ou orientação
sexual. Certamente a opinião pública é contrária à comunidade LGBT+ e os valores turcos
não apoiam esse tipo de comportamento considerado imoral. Não à toa Turquia é considerada
por muitos um dos países menos simpáticos à comunidade LGBT+.
A Turquia, apesar do entusiasmo com a ideia de uma possível entrada na União
Europeia, reluta em aceitar plenamente a concepção universalista dos direitos humanos. Há
na Turquia a ideia de um “universalismo contextual”, flexível às particularidades dos
diferentes povos e culturas. Para a Turquia os direitos humanos só seriam verdadeiramente
universais se considerassem essas particularidades. O(a) senhor(a) deve tentar estabelecer
alianças com países que compartilhem de visões similares. Alguns ​países islâmicos ​como
Irã, Iraque, Arábia Saudita e Afeganistão serão aliados razoáveis. Países extrarregionais
como ​Filipinas, Índia e Indonésia ​também não podem ser ignorados. O(a) senhor(a), dada a
posição turca em relação aos direitos LGBT+, certamente encontrará a ​oposição dos países
ocidentais. Evite, contudo, atritos muito grandes com países europeus como ​França e
Alemanha​. Recomenda-se também evitar uma oposição forte aos ​EUA​.
O senhor deverá defender os interesses soberanos da República da Turquia e se
posicionar como aqui exposto. A Turquia, uma relevante potência regional, é de grande
importância para o debate. Esperamos que a discussão renda ótimos frutos e seja bastante
produtiva para todos!
Prezado (a) delegado (a) do REINO DA SUÉCIA,

Este documento é confidencial.


Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), você deve adotar uma
postura ​favorável os direitos da comunidade LGBT+,
assim como favorável aos direitos da população
feminina. ​O país se posiciona ​favoravelmente ao
universalismo e sem dar tanta atenção ao relativismo​.
A Suécia é um dos países mais avançados do mundo
em questão de direitos humanos, permanecendo na
vanguarda, mesmo diante de nações já consideradas
modelo. A ministra de relações exteriores do país em 2015, Margot Wallström, chegou a
afirmar que adotaria uma política externa “feminista”, buscando a igualdade entre os gêneros
e reiterando a necessidade de participação feminina nas diferentes esferas de governo. Uma
de suas frases conhecidas é a que afirma que “os direitos humanos são os direitos da mulher”.
Da mesma maneira, em relação à questão LGBT+, a Suécia é um país que apresenta uma
legislação avançada, ao ponto que, enquanto em alguns países a igualdade de matrimônio
recém se tornava novidade, no país escandinavo semelhante política já se fazia valer há
tempos. A Suécia foi o primeiro país do mundo a permitir constitucionalmente a alteração
legal da identidade de gênero. Além disso, possui legislação permissiva à adoção por parte de
casais homoafetivos, inseminação artificial para lésbicas e, em 2011, a proibição da
discriminação por orientação sexual.
Embora o país seja extremamente avançado na questão humanitária, deve-se ressaltar
que ele não se encontra isento de discriminação social ou violações dos direitos humanos,
assim como os demais países do ocidente. Considera-se que houve um determinado grau de
esgotamento do chamado “modelo sueco”, enquanto ideal de políticas públicas e sociais. Isso
advém da recente necessidade de ressurgimento da luta sindical, uma vez que a ascensão de
governos de direita promoveram desmontes nos direitos do setor trabalhista, além do
sucateamento e privatização de outros setores. O mérito da Suécia se encontra em, apesar
disso, manter índices que qualidade de vida altíssimos, associados à eficientes sistemas nas já
citadas áreas de saúde e educação, além da de segurança pública. A Suécia é essencialmente
uma nação humanitária em que se faz presente o combate à discriminação, à tortura, à pena
de morte e às execuções sumárias. O país acredita que os direitos humanos servem a todas as
pessoas e que todo ser humano merece gozar de seus direitos enquanto cidadãos.
Neste debate você poderá estabelecer alianças com países que estejam alinhados ao seu
posicionamento, como a maioria dos ​países europeus​, incluindo ​Alemanha, França e Reino
Unido​, além de países extrarregionais, como ​Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália​.
A Suécia é opositora de nações com políticas de discriminação à população LGBT+ e de
subordinação da mulher, como ​Egito, Arábia Saudita, Nigéria, Camarões, Iêmen, China e
Turquia​. Construir acordos com potências que em nível regional podem ter impacto
significativo, como ​Brasil, Bolívia e África do Sul​, pode ser uma alternativa na formação de
alianças estratégicas.
Esperamos que a discussão renda ótimos frutos e seja bastante produtiva para todos!
Prezado (a) delegado (a) da REPÚBLICA BOLIVARIANA DA VENEZUELA,

Este documento é confidencial.


Durante esta sessão do Conselho de Direitos Humanos das
Nações Unidas (CDH), você deverá adotar um posicionamento
mais favorável à concepção relativista do que universalista​,
além de ​acordar com as demandas da população LGBT+, bem
como da população feminina, mas com ressalvas​.
É necessário cautela, no entanto, ao posicionar-se como a
Venezuela, pois o país, há alguns anos, vem enfrentando uma crise
política e econômica que colocam em xeque as questões de direitos humanos, sendo,
inclusive, denunciada nas Nações Unidas. O governo de Nicolás Maduro – vice que assumiu
após a morte do Presidente Hugo Chávez – é acusado de abrir fogo contra a população
oposicionista. A situação se agrava uma vez que o governo não consegue assegurar o
bem-estar geral dos cidadãos, além de ser ele próprio causador de violações, como por
exemplo não reconhecer a opinião da oposição como legítima. A violência nas manifestações
populares levou a declarações oficiais de preocupação por parte de organismos como ONU e
OEA – Organização dos Estados Americanos. Em 2013, a Venezuela abandonou o Sistema
Interamericano de Direitos Humanos. Foram feitas denúncias, também, de violência sexual,
de prisões arbitrárias e de abuso de autoridade em uma penitenciária do país. As dificuldades
econômicas igualmente impedem que a população venezuelana tenha uma qualidade de vida
plena, registrando-se uma escassez de produtos nos supermercados e a produção da indústria
local.
A Venezuela reconhece a homossexualidade, mas ainda proíbe o casamento entre
pessoas do mesmo sexo. Somente pessoas não LGBT+ podem integrar as forças armadas, e a
terapia psicológica para “tratamento” de LGBT+ ainda não foi banida. Em compensação, é
possível que homossexuais doem sangue, diferentemente da legislação brasileira. A
discriminação por orientação sexual no momento de obter uma vaga de emprego é proibida,
mas ainda não há legislação específica em relação a pessoas transexuais. A opinião pública a
respeito da aceitação da homossexualidade é bem polarizada, com 51% de aprovação e 49%
de reprovação. Portanto, o país ainda caminha para a construção do respeito à camada
LGBT+. Em relação à população feminina, os movimentos têm ganhado destaque no sentido
de avançar nas políticas igualitárias. O aborto apenas é permitido quando a gravidez causa
risco de vida para a mãe, o que compromete o combate à gravidez adolescente – a Venezuela
é líder na América do Sul nos índices desse quesito – e, estruturalmente, reflete no
crescimento de indivíduos em um sistema precário e sem assistência adequada à saúde. O
acesso a métodos contraceptivos é cobrado, e num cenário em que o salário mínimo é
insuficiente para comprar comida, formas de prevenção à gravidez tornam-se algo difícil de
ser obtido.
A Venezuela tem encontrado obstáculos para a obtenção de aliados, sendo suas
parceiras nações como a ​Bolívia e Cuba​. A maioria dos países a condena diante das
acusações de violação dos direitos humanos, com os ​Estados Unidos no posto de maiores
opositores. ​França, Alemanha, Brasil, Suécia, Coreia do Sul, Japão, Reino Unido,
Austrália e África do Sul representam apenas alguns dos países que criticam as políticas
venezuelanas, bem como o ​Human Rights Watch ​e a​ Anistia Internacional.

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