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DO AFEGANISTÃO,
Este documento é confidencial.
Durante esta reunião do Conselho de Direitos
Humanos das Nações Unidas (CDH), é importante que o(a)
senhor(a) se posicione contrário aos direitos da
comunidade LGBT+ e favorável aos direitos das
mulheres. Contudo, o(a) senhor(a) deve se posicionar de
forma favorável à ideia de relativismo dos direitos
humanos.
O Afeganistão afirma na sua constituição a igualdade de gênero. Desde o fim do
período de governo do Taleban – grupo extremista fundamentalista islâmico que governou o
país de 1996 a 2001 –, a nova organização política vem elaborando propostas para melhorar
as condições de vida das mulheres e salvaguardar seus direitos humanos. Porém, (esta
informação é confidencial, não a utilize em debate) apesar da boa vontade do novo governo,
os defensores dessa causa são fortemente perseguidos e muitas vezes mortos, sem qualquer
tipo de reação por parte do governo. As ativistas de direitos, políticas, advogadas, jornalistas
e professoras enfrentam ameaças e violência devido sua militância. A Lei de Eliminação da
Violência contra a Mulher (EVAW), aprovada em 2009, continua a ser aplicada de forma
desigual e só levou a um número limitado de condenações. Já no caso dos LGBT+, esse
grupo não possui nenhum direito. Relações homoafetivas são condenadas com pena de
morte devido às leis da Sharia – a lei islâmica – mas nenhum caso de pena de morte foi
registrado desde o fim do governo do Taleban. O Afeganistão é contrário aos direitos
humanos estendidos a esse grupo, pois, devido sua formação religiosa muçulmana, esse
grupo atenta as leis da Sharia. Logo, o Afeganistão se opõe a qualquer tratado ou declaração
que afirme os direitos aos LGBT+.
O Afeganistão participa da Organização da Conferência Islâmica (OCI) que em 1990
assinou a Declaração do Cairo sobre os Direitos Humanos no Islã, a versão islâmica dos
direitos humanos que engloba a essa realidade. Portanto, o Afeganistão é entusiasta do
relativismo dos direitos humanos, pois a partir desse movimento, esse país consegue ser
contemplado na criação dos direitos humanos. Caro(a) delegado(a), é importante observar
que o Afeganistão tem uma relação controversa com os direitos humanos. Enquanto tenta no
plano político assegurar esses direitos, na prática as minorias sociais ainda sofrem com a
discriminação e a insegurança. Seus aliados regionais serão a China, Índia, Indonésia,
Austrália e, na área internacional, Cuba. Seus opositores, que defendem amplamente o
universalismo dos direitos humanos, serão as ONG’s, os países ocidentais e seus alinhados.
Apesar das críticas recebidas, o Afeganistão afirma que tem os Direitos Humanos
Islâmicos como de suma importância para o desenvolvimento do país. As mulheres são uma
grande preocupação do novo governo, assim como o reconhecimento do relativismo como
uma via para a propagação da proteção dos direitos humanos. Esperamos que a discussão seja
frutífera e traga resultados proveitosos!
Prezado(a) delegado(a) da REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL,