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ECF - Imunes ou isentas

Resumo: Este procedimento trata sobre a entrega da Escrituração Contábil Fiscal (ECF) para empresas
imunes ou isentas.

Sumário

1. QUADRO SINÓTICO
2. ECF
2.1 Obrigatoriedade
2.1.1 Dispensa
2.1.2 Quadro resumo da obrigatoriedade de apresentação: EFD-Contribuições, ECD e ECF
2.1.3 Exemplos
2.2 Retificação
3. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO
3.1 Multa por apresentação fora de prazo ou apresentação com incorreções ou omissões
4. LEIAUTE
4.1 Validação, assinatura digital, transmissão e visualização
4.2 Procuração eletrônica
5. INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA ECF
5.1 Blocos e registros
5.2 Blocos e registros exclusivos das imunes ou isentas
5.2.1 Bloco U
5.2.2 Registro U001
5.2.3 Registro U030
5.2.4 Registro U100
5.2.5 Registro U150
5.2.6 Registro U180
5.2.7 Registro U182
5.2.8 Registro U990
5.3 Registro X390
6. EXEMPLO DO CÁLCULO DO IMPOSTO E DA CONTRIBUIÇÃO PARA PREENCHIMENTO DA ECF
6.1 ECF (Período de 1º.01 a 30.11.20X1)
6.1.1 Registros 0000, 0010 e 0020
6.1.2 Registro U100 (Balanço Patrimonial)
6.1.3 Registro X390 (Origem e Aplicação de Recursos)
6.2 ECF (mês de dezembro de 2016)

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1. QUADRO SINÓTICO

Todas as pessoas jurídicas, inclusive imunes e isentas, devem apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada
pela matriz.

Entretanto, a obrigatoriedade de entrega da ECF não se aplica às empresas optantes pelo Simples Nacional, aos órgãos públicos , às
autarquias, às fundações públicas e às inativas.

Desde o ano-calendário de 2015 (exercício de 2016), as entidades imunes ou isentas devem apresentar a ECF, independentemente de,
em relação aos fatos ocorridos no ano -calendário, terem ou não sido obrigadas à apresentação da Escrituração Fiscal Digital da
Contribuição para o PIS-Pasep, da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição Previdenciária
sobre a Receita (EFD-Contribuições).

Relacionamos no quadro a seguir, relacionamos as principais características que envolvam as p essoas jurídicas imunes ou isentas em
relação à ECF:

Estão obrigadas a apr esent ar a ECF, de forma centralizada pela matriz, todas as pessoas jurídicas e equiparadas , inclusive
Obrigatoriedade
imunes e isentas , s ejam elas tributadas pelo lucro real, lucro ar bitrado ou lucro presumido .

A ECF dever á ser transmitida anualment e ao S ped at é as 23h59min59s, horário de Brasília, do ú ltimo dia út il do m ês de ju lho
Prazo de entrega
do ano seguinte ao ano-calendário a que s e ref ira a escrituração, ou seja, a ECF relativa ao ano-calendário de 2016 deve s er
entregue at é o dia 31.07 .2 017.
O Manual de Or ientaç ão do Leiaut e da ECF, contendo informações de leiaut e do arquivo de importaç ão, r egras de validaç ão
Leiaute aplicáveis aos c ampos, r egistros e arquivos, t abelas de códigos utilizadas e regras de ret ificaç ão da ECF, f oi aprovado pelo Ato
Declaratório Executivo Cofis nº 30/2017 e está disponível para download no site da RFB.

Em caso de não apres entaç ão da ECF ou de apres entação ext emporânea, a multa será de R$ 500 ,00 por mês-calendário ou
fração, relat ivamente às pessoas jurídic as em início de at ividade ou que sejam imunes ou isentas.
Caso a pessoa jurídic a, na última declaração , t enha ut ilizado mais de uma forma de apuraç ão do lucro, ou t enham realizado
algum evento de reorganização societ ária, deverá s er aplicada a multa de R$ 1 .500,00.
Penalidades A apres entação da ECF co m informações incorretas, incompletas ou omitidas sujeita o infrator:
a) à multa de 3%, n ão inferior a R$ 100 ,00, do valor das transações comerciais ou das operações fin anceir as, próprias da
pessoa jurídic a ou de t erceiros em relação aos qu ais s eja responsável tribut ário;
b) 1 ,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor das tr ansações comerciais ou das oper ações financ eiras , próprias da pessoa físic a ou
de t erceiros em relação ao s quais seja res ponsável tributário, no caso de informação omitida, inexata ou incompleta.

A retificaç ão da ECF poderá ser r ealizada em até 5 an os. Caso seja r etific ada a ECF de determinado ano, talvez s eja necess ário
Retific ação
retificar as ECF dos anos posteriores, em virtude do c ontrole de saldos da ECF.

Blocos obrigatórios para


Subtópico 5.1
empresas imunes ou is entas

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2. ECF
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2.1 Obrigatoriedade
Estão obrigadas a apresentar a ECF, de forma centralizada pela matriz, todas as pessoas jurídicas e equiparadas, inclusive imunes e
isentas, sejam elas tributadas pelo lucro real, lucro arbitrado ou lucro presumido.

Nota
Com a instituição da ECF, as pessoas jurídicas ficam dispensadas, em relação aos fatos ocorridos a contar de 1º.01.2014, da entrega da
Declaração de Informações Econômico -Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). No entanto, no caso de encerramento, incorporação, fusão ou
cisão de empresas durante o ano -calendário de 2014, a pessoa jurídica deve entregar a DIPJ referente a esse evento.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , arts. 1º e 5º ; Instrução Normativa RFB nº 1.489/2014 , art. 1º )

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2.1.1 Dispensa

A obrigatoriedade do preenchimento e da apresentação da ECF não se aplica:


a) às pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional;
b) aos órgãos públicos, às autarquias e às fundações públicas; e
c) às pessoas jurídicas inativas.

Nota
Considera-se pessoa jurídica inativa aquela que não tenha efetuado qualquer atividade operacional, não operacional, patrimonial ou
financeira, inclusive aplicação no mercado financeiro ou de capitais, durante todo o ano -calendário, as quais deverão cumprir as
obrigações acessórias previstas na legislação específica. Todavia, o pagamento, no ano -calendário a que se referir a declaração, de
tributo relativo a anos -calendário anteriores e d e multa pelo descumprimento de obrigação acessória não descaracteriza a pessoa
jurídica como inativa no ano -calendário ( Instrução Normativa RFB nº 1.605/2015 , art. 2º ).

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , arts. 1º , § 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.659/2016 , art. 1º )
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2.1.2 Quadro resumo da obrigatoriedade de apresentação: EFD-Contribuições, ECD e ECF

Ilustramos, no quadro a seguir, os critérios que obrigam a pessoa jurídica imune ou isenta à apresentação da EFD -Contribuições, ECD
e ECF, em relação aos fatos contábeis ocorridos nos anos -calendários a descritos seguir:

Somatório mensal das contribuições EFD-Contribuições ECD ECF


(PIS/Pasep + Cofins + CPRB)

2014 2015 2016 2017 2014 2015 2016 2017 2014 2015 2016 2017

= ou < a R$ 10.000 ,00 Dispensa Dispensa Dispensa Dispensa Dispensa Dispensa (*) (*) Dispensa Obrigada Obrigada Obrigada

> a R$ 10.000 ,00 Obrigada Obrigada Obrigada Obrigada Obrigada Obrigada (*) (*) Obrigada Obrigada Obrigada Obrigada

(*) Em relação aos fatos contábeis ocorridos desde 1º.01.2016, estão obrigadas a adotar a ECD, as pessoas jurídicas imunes ou
isentas obrigadas a manter escrituração contábil que no ano -calendário, ou proporcional ao período a que se refere que:
a) apurarem o somatório das contribuições (PIS-Pasep + Cofins + CPRB), superior a R$ 10.000,00; ou
b) auferirem receitas, doações, incentivos, subvenções, contribuições, auxílios, convênios e ingressos assemelhados, cuja som a seja
superior a R$ 1.200.000,00.

Nota
Não deve ser considerado no cálculo do limite de R$ 10.000,00 mensais, acima referido, nenhum valor referente ao PIS sobre a Folh a,
ou seja, só devem ser considerados no limite de R$ 10.000,00 mensais, as contribuições que incidem sobre as receitas, quais s ejam: o
PIS-Pasep e a Cofins, nos regimes cumulativos e/ou não cumulativos, e a CPRB.
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2.1.3 Exemplos

A seguir, ilustramos exemplos de situações em que a pessoa jurídica imune ou isenta estará ou não dispensada da obrigatoriedade de
entrega das escriturações digitais, em relação ao ano -calendário de 2016 (exercício de 2017):
a) somatório dos valores mensais das contribuições (PIS -Pasep + Cofins + CPRB), objeto de escrituração igual ou inferior a R$
10.000,00:

Mês Soma dos valores mensais PIS-Folha EFD-Contribuições ECD ECF


(PIS-Pasep + Cofins + CPRB)

Janeiro R$ 0,00 R$ 0,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Fevereiro R$ 0,00 R$ 20.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Março R$ 9.000 ,00 R$ 20.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Abril R$ 10.000 ,00 R$ 0,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Maio R$ 0,00 R$ 0,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Junho R$ 10.000 ,00 R$ 20.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Julho R$ 10.000 ,00 R$ 0,00 Dispensa Dispensa Obrigada


Agosto R$ 6.000 ,00 R$ 10.500 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Setembro R$ 2.000 ,00 R$ 10.500 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Outubro R$ 2.000 ,00 R$ 12.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Novembro R$ 2.000 ,00 R$ 11.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Dezembro R$ 2.000 ,00 R$ 11.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

b) somatório dos valores mensais das contribuições (PIS -Pasep + Cofins + CPRB), objeto de escrituração superior a R$ 10.000,00:

Mês Soma dos valores mensais PIS-Folha EFD-Contribuições ECD ECF


(PIS-Pasep + Cofins + CPRB)

Janeiro R$ 0,00 R$ 0,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Fevereiro R$ 0,00 R$ 20.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Março R$ 9.000 ,00 R$ 20.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Abril R$ 10.000 ,00 R$ 0,00 Dispensa Dispensa Obrigada


Maio R$ 0,00 R$ 0,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Junho R$ 10.000 ,00 R$ 20.000 ,00 Dispensa Dispensa Obrigada

Julho R$ 10.100 ,00(*) R$ 0,00 Obrigada Obrigada Obrigada

Agosto R$ 6.000 ,00 R$ 10.500 ,00 Obrigada Obrigada Obrigada

Setembro R$ 2.000 ,00 R$ 10.500 ,00 Obrigada Obrigada Obrigada

Outubro R$ 2.000 ,00 R$ 12.000 ,00 Obrigada Obrigada Obrigada

Novembro R$ 2.000 ,00 R$ 11.000 ,00 Obrigada Obrigada Obrigada

Dezembro R$ 2.000 ,00 R$ 11.000 ,00 Obrigada Obrigada Obrigada

(*) De acordo com o exemplo, na forma demonstrada na letra "b", a partir do mês de julho, a somatória da contribuição para o PIS -
Pasep, da Cofins e da CPRB ultrapassou o limite de R$ 10.000,00, tornando obrigatória a apresentação das escriturações digita is (EFD-
Contribuições e ECD). Já no caso da ECF, todas as pessoas jurídicas imunes ou isentas estão obrigadas à sua apresentação.
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2.2 Retificação

A retificação da ECF poderá ser realizada em até 5 anos.

Caso seja retificada a ECF de determinado ano, será necessário retificar as ECF dos anos posteriores em virtude do controle d e saldos
da ECF.

Exemplo:

Em 1º.01.2018, a empresa retifica a ECF do ano -calendário 2014. Nesse caso, a empresa pode ter de retificar as ECF dos anos -
calendário de 2015 e 2016.

Para efetuar a retificação da ECF, a pessoa jurídica deve indicar no Registro 0000: Abertura do Arquivo Digital e Identificaç ão da
Pessoa Jurídica que a escrituração é retificadora, assin alando o campo "S" (ECF retificadora).

O procedimento para retificação da ECF é o seguinte:


1 - Exporte o arquivo da ECF original;
2 - Abra o arquivo da ECF exportado em um programa tipo "Bloco de Notas"; 3 - Se o arquivo é o que foi assinado, remova a
assinatura. A assinatura é um conjunto de caracteres "estranhos" que fica após o registro 9999. Basta apagar tudo que fica ap ós
tal registro. Para fazer isso, edite a escrituração com algum editor de texto do tipo "Bloco de Notas".
4 - Altere com campo 12 do registro 0000 para "S" (ECF retificadora) - também é possível fazer as correções neste momento, mas
caso prefira fazer no próprio programa da ECF, salve o arquivo;
5 - Importe o arquivo da ECF retificadora;
6 - Faça a correção dos dados no programa da ECF;
7 - Valide;
8 - Assine; e
9 - Transmita a ECF retificado
A pessoa jurídica poderá efetuar a remessa de arquivo em retificação ao arquivo anteriormente remetido, observando -se a permissão,
as regras e prazos estabelecidos pela RFB. Atente -se que a substituição das ECF já transmitidas deverá ser feita na sua íntegra, pois a
ECF não aceita arquivos complementares para o mesmo período informado. Como há controle de saldos, se houver substituição de
uma ECF, poderá haver a necessidade de substituição de ECF já transmitidas de anos posteriores.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , art. 4º ; Ato Declaratório Executivo Cofis nº 30/2017 )

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3. PRAZO PARA APRESENTAÇÃO

A ECF deverá ser transmitida anualmente ao Sped até as 23h59min59s, horário de Brasília, do último dia útil
do mês de julho do ano seguinte ao ano -calendário a que se refira a escrituração, ou seja, a ECF relativa ao
ano-calendário de 2016 deve ser entregue até o dia 31.07.2017.

A ECF deverá ser assinada digitalmente mediante util ização de certificado digital válido do tipo A1 ou A3 ou
mediante procuração obtida no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).

Nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, a ECF deverá ser entregue pelas
pessoas jurídicas extintas, cindidas, fusionadas, incorporadas e incorporadoras, até o último dia útil do mês
3º subsequente ao do evento, observando -se que:
a) a obrigatoriedade de entrega da ECF não se aplica à incorporadora nos casos em que as pessoas
jurídicas, incorporadora e incorporada, estejam sob o mesmo controle societário desde o ano -calendário
anterior ao do evento; e
b) nos casos de extinção, cisão parcial, cisão total, fusão ou incorporação, ocorridos de janeiro a abril
do ano-calendário, o prazo mencionado será até o último dia útil do mês de julho do referido ano,
mesmo prazo da ECF para situações normais relativas ao ano -calendário anterior.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , art. 3º ; Instrução Normativa RFB nº 1.633/2016 ,


art. 1º )
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3.1 Multa por apresentação fora de prazo ou apresentação com incorreções ou omissões

Em caso de não apresentação da ECF ou de apresentação extemporânea, a multa será de R$ 500,00 por
mês-calendário ou fração, relativamente às pessoas jurídicas em início de atividade ou que sejam imunes ou
isentas.

Caso a pessoa jurídica, na última declaração, tenha utilizado mais de uma forma de apuração do lucro, ou
tenham realizado algum evento de reorganização societária, deverá ser aplicada a multa de R$ 1.500,00.

A apresentação da ECF com informações incorre tas, incompletas ou omitidas sujeita o infrator:
a) à multa de 3%, não inferior a R$ 100,00, do valor das transações comerciais ou das operações
financeiras, próprias da pessoa jurídica ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário;
b) 1,5%, não inferior a R$ 50,00, do valor das transações comerciais ou das operações financeiras,
próprias da pessoa física ou de terceiros em relação aos quais seja responsável tributário, no caso de
informação omitida, inexata ou incompleta.

(Medida Provisória nº 2.158-35/2001 , art. 57 , I, "a", § 2º; Lei nº 12.873/2013 , art. 57 ;


Instrução Normativa RFB nº1.422/2013 , art. 6º , § 2º; Instrução Normativa RFB nº 1.574/2015 ,
art. 1º )
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4. LEIAUTE

O Manual de Orientação do Leiaute da ECF, contendo informações de leiaute do arquivo de importação, regras de validação aplicáveis
aos campos, registros e arquivos, tabelas de códigos utilizadas e regras de retificação da ECF, foi aprovado pelo Ato Declara tório
Executivo Cofis nº 30/2017 e está disponível para download em: http://sped.rfb.gov.br/pasta /show/1644.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , art. 4º )

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4.1 Validação, assinatura digital, transmissão e visualização

A empresa deverá gerar o arquivo da ECF com recursos próprios, o qual será obrigatoriamente submetido ao programa gerador da ECF
para validação de conteúdo, assinatura digital, transmissão e visualização.

A ECF deverá ser assinada digitalmente mediante utilização de certificado digital válido do tipo A1 ou A3.

As informações para a assinatura da ECF constam no Registro 0930 (Identificação dos Signatários), cujos dados a serem preench idos
devem ser os mesmos dos certificados digitais utilizados para a assinatura da ECF.

Notas
(1) O programa validador da ECF versão Java pode ser utilizado nos sistemas operacionais a seguir, desde que obedecidas as se guintes
instruções:
a) a máquina virtual Java (JVM), versão 1.8, deve estar instalada, pois o programa desenvolvido em Java não pode ser executado sem a
JVM;
b) a máquina virtual Java pode ser baixada acessando -se o site http://www.java.com/pt_BR/download/manual.jsp.
Em seguida, de acordo com o sistema operacional na forma supramencionada, deve ser feito o download do Programa Validador e
Autenticador (PVA) da ECF disponível no site da Secretaria da RFB.
(2) Ao efetuar a validação da ECF, o sistema pode detectar eventuais inconsistências, classificadas em dois tipos:
a) "Erro": identifica uma situação que impede a conclusão com sucesso da funcionalidade;
b) "Aviso": alerta apenas informativo, dando ciência ao usuário de uma situação incomum.
Na importação dos arquivos, podem ser encontradas inconsistências, classificadas em dois tipos:
a) "Erro": permite que apenas a funcionalidade "Importação/Validação" seja executada;
b) "Aviso": não impede a execução das demais funcionalidades.
(3) Caso o arquivo da ECF já tenha sido enviado em uma versão anterior do programa da ECF, não há necessidade de enviá -lo
novamente na versão mais atualizada.

(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , art. 3º , § 1º; Ato Declaratório Executivo Cofis nº 30/2017 ; Nota Técnica ECF nº
1/2015)

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4.2 Procuração eletrônica

De acordo com as informações do Registro 0930 da ECF em relação à assinatura como procurador, o contador pode assinar a ECF
como contador e como procurador. Para assinar como procurador será necessário que a procuração eletrônica esteja cadastrada n o e-
CAC.

Importante ressaltar que o serviço ECF deve estar explicitamente habilitado na procuração eletrônica, posto que isso não é
automático, ou seja, caso a empresa já possua a procuração eletrônica, é necessário que seja solicitada a habilitação do serv iço ECF.
Para o preenchimento do Registro 0930, as duas linhas conterão os dados do contador (nome e CPF, conforme e -CPF do contador);
uma com a qualificação "Contabilista" e a outra, com a qualificação "Procurador".

Nota
Não é possível transmitir duas ou mais ECF por motivo de mudança de contador da empresa no período. Nesses casos, a ECF deve ser
transmitida em arquivo único, a menos que ocorra alguma das situações especiais previstas no Registro 0000.
Caso a pessoa jurídica tenha que recuperar os dados da ECD, devem ser recuperados os dois arquivos da ECD transmitidos (um para
cada contador). Contudo, para que a ECF recupere os dados corretamente, é necessário que os saldos finais das contas que apar ecem
no 1º arquivo (1º contador) sejam iguais aos sald os iniciais dessas mesmas contas que aparecem no 2º arquivo (2º contador). Caso
isso não ocorra, a ECF recuperará somente os dados do 2º arquivo, e os ajustes necessários deverão ser realizados na própria ECF (ou
na ECD, por meio de substituição).

(Ato Declaratório Executivo Cofis nº 30/2017 ; Nota Técnica ECF nº 1/2015)

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5. INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO DA ECF

Na ECF, é permitida a importação de dados em arquivos de texto (txt), ou à opção da pessoa jurídica; as informações podem ser
inseridas manualmente (essa opção não é recomendável pela complexidade no preenchimento). A apuração manual, a reunião da
documentação, bem como os ajustes necessários, demandam tempo e, além de exaustivos, são mais suscetíveis a erros.

As orientações a seguir foram elaboradas em conformidade com o Manual de Orientação do Leiaute da ECF.

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5.1 Blocos e registros

O arquivo digital é composto por blocos de informação, e cada bloco terá um registro de abertura, registros de dados e um reg istro de
encerramento.

Após o bloco inicial (Bloco 0), a ordem de apresentação dos demais blocos é a sequência constante na tabela de blocos ilustrada
anteriormente.

Se houver especificação em contrário, todos os blocos serão obrigatórios e o respectivo registro de abertura indicará a prese nça ou a
ausência de dados informados.

As pessoas jurídicas imunes ou isentas devem preencher os blocos e registros próprios desse regime tributário, conforme o quadro a
seguir:

Blocos obrigatórios para imunes ou isentas

Bloco Nome do Bloco Descrição do Bloco

0 Abertura e identific ação Abre o ar quivo , ident ifica a pessoa jurídica e r eferencia o período da ECF.

Armazena as informações do plano de contas e dos saldos mensais das EC D


recuperadas .
As ECD recuper adas devem corresponder ao per íodo da ECF.
Os segu intes registros da ECD são recuperados n a ECF:
Informações recuper adas da ECD (Bloco recuperado pelo sist ema - I050 - Plano de Contas
C
- Não é importado e não é edit ado no programa) (*) - I051 - Mapeamento para o Plano de Contas Refer en cial
- I053 - Subcontas Correlat as
- I100 - Centro de Custos
- I150 - Dat a dos S aldos Periódicos
- I155 - Saldos Per iódicos
- I350 - Dat a da Apuraç ão do Result ado
- I355 - Saldos das Contas de Resultado Antes do Encerramento
Estão obrigadas a efetuar a recuperação da ECD todas as pessoas jurídicas
obrigadas a entregar a EC D, conforme a Instrução Normativa RFB
nº 1.420/2013 e alt erações (veja o subtópico 2.1 .3).

Informações recuper adas da ECF anterior e cálculo fis cal dos Armazena, da ECF recuper ada do período imediatamente anter ior, os saldos fin ais
E dados r ecuperados da ECD (Bloco recuperado pelo sist ema - Não das contas ref erenciais e da parte B (do e- Lalur e e-Lacs). Calcula os s aldos
é im portado e não é edit ado no programa) (**) contábeis de acordo com o per íodo de apuração do tributo.

Apresenta o m apeamento do plano de contas contábil para o plano de contas


referencial.
Caso a ECD r ecuper ada pos sua o mapeamento para o plano de contas r eferenc ial
J Plano de contas (***) e m apeamento válido n a ECF, o Bloco J po de s er construído automaticamente e é permitida a su a
ediç ão.
O Bloco J tam bém pode ser importado , in dependentemente da recu peraç ão da ECD.

Apresenta os s aldos das contas contábeis patrimoniais e de resultado por período de


apuração e o s eu mapeam ento para as contas ref eren ciais .
K Saldo das contas contábeis e r eferenciais Caso haja r ecuper ação da ECD, o Bloco K pode s er construído automaticamente e é
permitida a sua ediç ão.
O Bloco K t ambém pode ser importado, independentemente da recu peraç ão da ECD.

Apresenta o balanço patrim onial e a demonstração do resultado das imunes ou


U Imunes ou Is entas
isentas . Apura o IRPJ e a CSL quando forem o brigadas .

X Informações econômicas Apresenta informações eco nômicas da pessoa jurídica

Y Informações gerais Apresenta informações ger ais da pessoa jurídica


9 Encerramento do arqu ivo digit al Encerra o arqu ivo digital

(*) O arquivo da ECD não é importado para a ECF, e sim recuperado. Primeiramente, deve ser criada uma ECF no próprio programa ou
deve ser importado um arquivo da ECF para, então, recuperar o arquivo da ECD (recuperação de contas, saldos e mapeamento, caso
tenha sido realizado na ECD). A ECD recuperada deve estar validada, assinada e transmitida, observando -se, ainda, que, para as
pessoas jurídicas imunes ou isentas obrigadas a entregar a ECD , a recuperação da ECD na ECF é obrigatória. Nesse caso, o Registro
0010.TIP_ESC_PRE deve ser preenchido com "C". Para as pessoas jurídicas não obrigadas a entregar a ECD, o Registro
0010.TIP_ESC_PRE deve ser preenchido com "L". Nessa situação, os Blocos C , E, J e K não serão preenchidos.
(**) O Bloco E (preenchido desde o ano -calendário 2015, exercício 2016) não é preenchido pela empresa. O sistema preencherá o Bloco
E no momento da recuperação da ECF no período imediatamente anterior e efetuará os cálculos fiscais relativos aos dados recuperados
da ECD.
A recuperação da ECF do período imediatamente anterior é obrigatória quando:
a) a data inicial da ECF (0000.DT_INI) do período atual for diferente de 1º.01.2014; e
b) o indicador de situação de início de período (0000.IND_SIT_INI_PER) for igual a "0" (Regular - Início no primeiro dia do ano) ou "2"
(Resultante de cisão/fusão ou remanescente de cisão ou realizou incorporação).
No momento da transmissão, o erro de não recuperação da ECF anterior ocorrerá de acordo com as seguintes regras:
a) verifica, quando a forma de tributação for lucro real (0010.FORMA_TRIB = 1), se existe ECF transmitida para a base do Sped de
período imediatamente anterior e com o HASHCODE igual ao que foi informado no ca mpo 0010.HASH_ECF_ANTERIOR;
b) verifica, quando a forma de tributação for lucro real (0010.FORMA_TRIB = 1) e não existe ECF transmitida para a base do Sp ed de
período imediatamente anterior, se o campo
0010.HASH_ECF_ANTERIOR não está preenchido.
(***) Para as pessoas jurídicas que possuem ECD a recuperar e geram o arquivo da ECF para importação, os Registros U100 (Bala nço
Patrimonial) e U150 (Demonstração do Resultado), no caso de imunes e isentas, não devem constar no arquivo da ECF para import ação,
pois, caso sejam importados, os valores não serão calculados pelo programa ECF.
Os planos referenciais correspondentes aos registros U100 (Contas Patrimoniais) e U150 (Contas de Resultado) estão disponívei s no site
da RFB (http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/2103). A ECF recupera o plano de contas do último período existente na ECD. O plano de
contas deve retratar o conjunto e a estrutura de todas as contas passíveis de utilização na contabilidade da entidade.
O mapeamento das contas contábeis da en tidade para as contas referenciais é feito somente em relação às contas analíticas. Contas
sintéticas não devem ser mapeadas.

Ato Declaratório Executivo Cofis nº 30/2017 )


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5.2 Blocos e registros exclusivos das imunes ou isentas

Todos os blocos e registros descritos no subtópico 5.1 devem ser preenchidos. No entanto, destacamos que o Bloco U e o Registro
X390 (Origem e Aplicação de Recursos - Imunes e Isentas) são de preenchimento exclusivo da pessoa jurídica imune ou isenta, cujos
principais registros trataremos nos subtópicos a seguir.

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5.2.1 Bloco U

Na ECF, o Bloco U é exclusivo para preenchimento das pessoas jurídicas imunes ou isentas, destacando -se os seguintes registros:

São registros do Bloco U:

Registros exclusivos das imunes ou isentas

Registro Descrição

U001 Abertura do B loco U

U030 Identificaç ão dos Períodos e Formas de A puração do IRPJ e da CSL das Empr esas Imunes e Isentas

U100 Balanço Patrimonial

U150 Demonstração do Resultado


U180 Cálculo do IRPJ das Empresas Imunes e Isentas

U182 Cálculo da Contribuiç ão Social sobre o Lucro (CSL) das Empresas Imunes e Isent as

U990 Encerramento do Bloco

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5.2.2 Registro U001

Esse registro indica a abertura do Bloco U, identificando o tipo do registro, bem como se o bloco possui ou não dados a serem
informados na ECF.

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5.2.3 Registro U030

O Registro U030 (Identificação dos Períodos e Formas de Apuração do IRPJ e da CSL das Empresas Imunes e Isentas) identifica os
períodos da escrituração necessários conforme definições de parâmetros do Bloco 0 (Abertura, Identificação e Referências).

Nesse registro, serão indicados:


a) data de início e data do fim do período abrangido pela ECF; e
b) período de apuração (anual ou trimestral).
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5.2.4 Registro U100

Apresenta o balanço patrimonial com base nas contas referenciais para o período de apuração, sendo que:
a) o saldo inicial pode ser replicado do Registro E010 (Saldos Finais Recuperados da ECF Anterior) e E015 (Contas Contábeis
Mapeadas), ou preenchido;
b) o saldo final será recuperado do Registro K155 (Detalhes dos Saldos Contábeis - Depois do Encerramento do Resultado do Período)
e K156 (Mapeamento Referencial do Saldo Final).

Nota
Os planos referenciais correspondentes ao Registro U100 estão disponíveis no site da RFB (http://sped. rfb.gov.br/arquivo/show/2103).
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5.2.5 Registro U150

Apresenta a demonstração do resultado das empresas imunes e isentas.

No caso de entidades fechadas de previdência complementar, será apresentado o Plano de Gestão Administrativa (PGA).

Nota
Os planos referenciais correspondentes ao Registro U150 estão estão disponíveis no site da RFB
(http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/2103).
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5.2.6 Registro U180

Apresenta o cálculo do IRPJ das empresas imunes e isentas no caso de receitas auferidas oriundas de atividades não relacionadas às
atividades das empresas imunes e isentas.

Os códigos e descrições serão informados, conforme tabela dinâmica do Sped, reproduzida a seguir (disponível no site da RFB:
http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/2103).
Tabela dinâmica

Código Descrição

1 Base de cálculo do IRPJ

2 IMPOS TO SOB RE O LUCRO

3 À Alíquota de 15%

4 Adicional

5 DEDUÇÕES

6 (-) Imposto de Renda Mens al Pago por Estimat iva

7 (-) Parcelamento Formalizado de IR sobre a Base de C álculo Estim ada

8 (-) Imposto de Renda Ret ido na Fonte por Órgãos , Aut arquias e Fundações Feder ais ( Lei nº 9.430/1996 , art. 64 )

9 (-) Imposto de Renda Ret ido na Fonte pelas Demais Entidades da A dministração Públic a Federal ( Lei nº 10.833/2003 , art. 34 )

10 (-) Imposto de Renda Ret ido na Fonte (demais)


11 (-) Demais Deduções

12 IMPOS TO DE RE NDA A PAGAR

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5.2.7 Registro U182

Esse registro apresenta o cálculo da CSL das empresas imunes ou isentas e deve ser preenchido:
a) pelas entidades sem fins lucrativos de que trata o inciso I do art. 12 do Decreto nº 3.048/1999 , que não se enquadrem na
imunidade ou isenção da Lei nº 9.532/1997 ;
b) pelas associações de poupança e empréstimo.
As entidades sujeitas a planificação contábil própria apuram a CSL de acordo com essa planificação. Nesses casos, a CSL pode ser
apurada anualmente ou trimestralmente. A pessoa jurídica imune ou isenta de IRPJ pode optar pela apuração anual da CSL, que está
sujeita ao pagamento da CSL apurada sobre a base de cálculo estimada mensalmente ou sobre balanço ou balancete de suspensão o u
redução.

Os códigos e descrições serão informados, conforme tabela dinâmica do Sped, reproduzida a seguir (disponíveis no site da RFB:
http://sped.rfb.gov.br/arquivo/show/2103):

Tabela dinâmica

Código Descrição Orientações de preenchimento

Receitas brutas utilizadas no cálculo da CSL por


0.50
proporcionalidade
Total das Rec eit as Brutas Computadas no A linha deve ser preenchida nos casos previstos no ar t. 2º da Instrução Normativa RFB
0.51
Trimestre nº 1.591/2015 , par a alíquota da CSL igual a 20 %, no terceiro trim estre de 2015 (Nota 1).

A linha deve ser preenchida nos casos previstos no ar t. 2º da Instrução Normativa RFB
0.52 Total das Rec eit as Brutas do mês de Set embro
nº 1.591/2015 , par a alíquota da CSL igual a 20%, no terceiro trimestre de 20 15 (Nota 1).

A linha deve ser preenchida nos casos previstos no ar t. 3º da Instrução Normativa RFB
Total das Rec eit as Brutas Computadas no
0.53 nº 1.591/2015 , par a alíquota da CSL igual a 17% ou 20%, quando o período estiver
Balanço do Per íodo
compreendido entre set embro e dezem bro de 2015 (veja a Nota 2 ).

A linha deve ser preenchida nos casos previstos no ar t. 3º da Instrução Normativa RFB
Total das Rec eit as Brutas do mês de Set embro
0.54 nº 1.591/2015 , par a alíquota da CSL igual a 20%, quando o período estiver c ompreendido entre
até o Final do Per íodo
setembro e dezembro de 2 015 (veja a Nota 2 ).

A linha deve ser preenchida nos casos previstos no ar t. 3º da Instrução Normativa RFB
Total das Rec eit as Brutas do mês de Outubro
0.55 nº 1.591/2015 , par a alíquota da CSL igual a 17%, quando o período estiver c ompreendido entre
até o Final do Per íodo
outubro e dez embro de 20 15 (veja a Nota 2).

A pessoa jurídic a imune ou isenta do IRPJ deve informar, nest a linha, a base de cálculo para fins da
determin ação da CSL. A base de cálculo é o r esultado positivo do perío do, apurado em conformidade
com o disposto na Lei nº 6.404/1976 , ajustado pelas adições e exc lusões, em conformidade
1 Base de cálculo da CSL com a legis laç ão vigente, deduzido da compensação do valor correspondente à base de cálculo
negat iva da CSL, de per íodos de apuração anteriores , que estiver s endo compen sada no per íodo de
apuração , obser vado o limite de 30% do valor do resu ltado do período ajustado , quando a pessoa
jurídica apurar a CSL trimestralmente ou em 31 de dezembro do ano-calendário (ajuste anual).

2 CSL Apurada PJ sujeit a à alíquota da CS L de 9 % ou 17% ou 20 % em 31.12.2015 (veja o quadro a seguir e as


Notas 1 e 2):
1 - 9%;
2 - 17%;
3 - 20%.

3 Deduções

Esta linha somente deve ser preenchida pelas segu intes pessoas jurídicas: bancos comerciais ,
bancos de in vestim entos, bancos de des envolvimento , caixas econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e in vestim en to, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras,
distribuidoras de t ítulos e valores mobiliár ios, empres as de arr endamento merc antil, cooperat ivas de
crédito, em presas de seguros privados e de c apit alização, agentes autônomos de seguros privados e
(-) Recuper ação de Crédito de CSL ( MP de cr édito e entidades de previdência privada abert as e fechadas , c itadas no § 1º do art . 22 da Lei
4
nº 1.807/1999 , art. 8º ) nº 8.212/1991 , que tiveram base de cálculo de C SL negativa e valores adic ionados
temporariament e ao lucro líquido , correspondentes a períodos de apuraç ão enc errados até
31.12.1998, e que optar am por escriturar , em seu ativo, como crédito compensável com débitos da
CSL, o valor equ ivalente a 18% da soma daqu elas parcelas . A compensação a ser informada, nesta
linha, pelo valor origin al do crédito , somente pode ser efetuada com até 30 % do saldo da CSL
constante da linha U182/2 em cada perío do de apuraç ão (trimestral/anual).

Esta linha deve s er pr eenc hida soment e pelas pessoas jurídic as imunes ou isent as do IRPJ que
apuram a CSL anualmente. Somente podem ser deduzidos na apuraç ão do ajuste anual os valores de
estimativa ef etivamente pagos relativos ao ano-calen dário objeto da dec laraç ão. Considera-se
efetivam ente pago por est imativa o crédito da contribuição extinto por meio de: dedução da CSL
retida por órgão público, c ompensação solic itada por meio da Declaração de Compensação
5 (-) CSL Mensal Paga por Es timativa (PER/DCOMP), compensação autorizada por medida ju dicial e valores pagos m ediante Darf. At enção:
A pessoa jurídic a que apur ou CSL anual com base em balanço e/ou de suspensão ou redução não
deve informar, nesta linha, o valor correspondente ao crédito de CSL de que trat a o art . 8º da MP
nº 1.807/1999 , e reedições, compens ado com a CSL apurada nesses balanço s ou balancet es,
uma vez que o cálcu lo para fins de obser vaç ão do limite de 30% deve s er feito no balanço de 31 de
dezembro do ano-calendário (ajuste anual).

(-) Parcelamento Formalizado de CSL sobr e a Esta linha deve s er pr eenc hida soment e pelas pessoas jurídic as qu e apuram a C SL anualm ente.
6
Base de Cálculo Est imada Informar também o valor original de CSL, apurado no transcorrer do ano-calen dário, sobre a bas e de
cálculo estimada, inclus ive sobre o result ado apurado em balanço ou balancete de redução, que seja
objeto de parcelamento deferido pela S ecretaria da Receit a Federal do Br asil at é 31 de março do
ano-calendário subs equent e.
Observa-se que:
a) o montante corres pondente aos valores parcelados não pode gerar saldo n egativo de
contribuição;
b) o pedido de restitu ição ou a utilização para compensação, m ediante Dec laraç ão de Compensação
(PER/DCOMP) ou processo administrat ivo , do s aldo de parcelam ento de CSL devida por estimat iva ou
apurada em balanço ou balancete de suspensão ou r edução, f ica condicionado ao pagamento do
referido parcelam ento.
Exemplo:
Valor originário da CSL = R$ 10.000,00;
Parte do valor original do débito constante do proces so de parcelam ento = R$ 4 .000,00; Valor total
constante do processo de parcelamento (pr incipal + multa + juros) = R$ 7 .000,0 0. Nesse caso, o
valor a s er informado como parcelam ento formalizado é R$ 4 .000 ,00.

(-) CSL Ret ida na Fonte po r Órgãos, Autarquias


Informar, nesta linha, o valor correspondente à CSL retida na fonte por órgão público feder al sobr e
7 e Fundaçõ es Federais (Lei nº9.430/1996 ,
as receitas que integram a base de cálculo da CSL devida (veja a Not a 3).
art. 64 )

Indic ar o valor correspondente à CSL r etida na fonte, sobre as rec eitas que integram a bas e de
cálculo da CSL devida, pelas seguintes entidades da administração pública f eder al (veja a Nota 3):
a) empresas públic as;
(-) CSL Ret ida na Fonte pelas Demais Ent idades
8 da Adm inistração Pública Feder al (Lei b) sociedades de economia mista; e
nº10. 833/2003 , art . 34 ) c) demais entidades em qu e a União, direta ou indiret amente, detenha a maioria do capital social
com direito a voto, e que dela rec ebam recursos do Tesouro Nacional e est ejam obrigadas a
registrar sua execução orç amentária e financeira n a modalidade total no Sist ema Int egrado de
Administração Financeir a do Governo Federal - Siafi.

(-) CSL Ret ida na Fonte po r Pessoas Jurídicas Informar o valor correspondente à CSL retida na fonte por outras pessoas jurídicas de direito
9
de Direito Privado (Lei nº10.833/2003 , privado, pela pr estação de serviços de limpeza, conservação , manutenção , segurança, vigilância,
art. 30 ) transporte de valores e loc ação de mão de obra, pela prestação de serviços de assessoria creditíc ia,
mercadológica, gestão de c rédito , seleç ão e riscos, administração de contas a pagar e a rec eber , e
pela r emuneração de s erviç os profissionais devida (veja a Nota 3).

(-) CSL Ret ida na Fonte po r Órgãos, Autarquias Indic ar o valor correspondente à CSL r etida na fonte pelos Est ados, Distrito Federal e Municípios
10 e Fundaçõ es dos Est ados, Distrito Feder al e sobre os pagam entos efetu ados por seus órgãos, autarquias e fundações , sobr e as receitas que
Municípios (Lei nº10. 833/2003 , art . 33 ) integram a base de c álculo da CSL devida (3).

11 CSL a Pagar Soma aritmétic a dos valores informados nas linhas U182/2 a U182/10 .

O art. 3º , I e II, da Lei nº 7.689/1988 , com a redação dada pelo art. 1º da Lei nº 13.169/2015 , foi disciplinado pela
Instrução Normativa RFB nº 1.591/2015 , que dispõe sobre a forma de apuração, a aplicação das alíquotas e os prazos de vig ência,
para efeitos da Contribuição Social sobre o Lucro (CSL), aplicáveis às instituições financeiras e assemelhadas, conforme o qu adro a
seguir:

Item Pessoas jurídicas sujeitas Alíquota da CSL Vigência

- Seguros privados; 20% 1º.09.2015 a 31 .12.2018


- Capit alização;
- Agências de fomento referidas no art. 1º da Medida Provisória nº 2. 192-70/2001 ;
- Bancos de qualqu er espécie;
- Distribuidoras de valores mobiliários;
1 - Corretoras de c âmbio e de valores mobiliários;
- Sociedades de crédito , financiamento e investim entos; 15% A partir de 1º.01 .2019
- Sociedades de crédito imobiliário;
- Administradoras de cartõ es de crédito;
- Sociedades de arrendamento mercantil;
- Associações de poupança e emprést imo.
17% 1º.10.2015 a 31 .12.2018

2 - Cooperativas de crédito

15% A partir de 1º.01 .2019

3 - Demais pessoas jurídic as 9% -

Notas
(1) As pessoas jurídicas constantes do item 1 do quadro anterior, tributadas com base no lucro apurado trimestralmente, dever ão
observar, relativamente ao 3º trimestre de 2015, os seguintes procedimentos:
a) verificar a relação percentual entre o total das receitas brutas do mês de setembro e o total das receitas brutas computad as no
trimestre (Instrução Normativa RFB nº 1.591/2015 , art. 2º );
b) aplicar o percentual calculado na forma prevista na letra "a" sobre a base de cálculo da CSL apurada no trimestre;
c) sobre o valor apurado na forma prevista na letra "b", aplicar a diferença entre a alíquota atual e a anterior, de 5%;
d) adicionar o valor calculado na forma prevista na letra "c" à CSL apurada por meio da aplic ação da alíquota anterior de 15% sobre a
base de cálculo total do trimestre, determinando, assim, o valor da CSL relativa ao período de apuração.
(2) As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real que estiverem efetuando o pagamento da CSL por es timativa deverão apurar
a CSL devida mensalmente até 31.12.2015 mediante a aplicação das alíquotas de:
a) 20%, a partir de 1º.09.2015, na hipótese prevista no item 1 do quadro anterior; ou
b) 17%, a partir de 1º.10.2015, na hipótese prevista no item 2 do referido quadro.
Relativamente aos balanços ou balancetes encerrados nos períodos mencionados nas letras "a" e "b", serão adotados os seguinte s
procedimentos:
a) verificar a relação percentual entre o total das receitas brutas do mês de setembro de 2015, na hipótese prevista no item 1 do
quadro, ou do mês de outubro de 2015, na hipótese do item 2 do quadro anterior, até o último mês abrangido pelo período de ap uração
e o total das receitas brutas computadas no balanço desse período;
b) aplicar o percentual calculado na forma prevista na letra "a" sobre a base de cálculo da CSL apurada no balanço ou balancete do
período, ajustada na forma prevista na legislação específica;
c) sobre o valor apurado na forma prevista na letra "b", aplicar a diferença entre a alíquota atual e a anterior, de 5%, na h ipótese
prevista no item 1, ou de 2%, na hipótese prevista no item 2;
d) adicionar o valor calculado na forma prevista na letra " c" à CSL apurada por meio da aplicação da alíquota anterior de 15% sobre a
base de cálculo ajustada relativa ao período abrangido pelo balanço ou balancete, determinando, assim, o valor da CSL relativ a ao
período de apuração.
(3) Atente-se que:
a) os valores excedentes de CSL Retida na Fonte por órgão público federal não utilizados na apuração da CSL mensal, no transcorrer d o
ano-calendário, devem ser informados nesta linha, independentemente de limite;
b) não há limite para dedução do valor da CSL re tida na fonte para as pessoas jurídicas que apuram a CSL trimestralmente.
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5.2.8 Registro U990

O Registro U990 encerra o Bloco U. O preenchimento desse registro é obrigatório para as pessoas jurídicas imunes e isentas.

Devem ser informadas nesse registro a identificação do tipo do registro e a quantidade total de registros existentes nesse bloco.

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5.3 Registro X390

O Registro X390 é parte integrante do Bloco X (Informações Econômicas).

O Registro X390 demonstra a Origem e Aplicação de Recursos e deve ser preenchido pelas pessoas jurídicas imunes ou isentas do
IRPJ. Nesse registro, a pessoa jurídica discrimina a origem (receitas e demais entradas) e a aplicação (despesas e demais saídas) dos
recursos auferidos e despendidos durante o ano -calendário.

Devem ser discriminados os valores, em reais, conforme melhor se enquadrarem entre os títulos aprese ntados, utilizando as linha s
X390/7 (Outros Recursos) e X390/15 (Outras Despesas) somente em caso de impossibilidade de melhor classificação.

Os empréstimos tomados devem ser incluídos na linha X390/6 (Doações e Subvenções).


As amortizações e o pagamento de juros devem ser informados na linha X390/15 (Outras Despesas).

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6. EXEMPLO DO CÁLCULO DO IMPOSTO E DA CONTRIBUIÇÃO PARA PREENCHIMENTO DA ECF

Determinada associação civil, sem fins lucrativos, isenta do IRPJ e contribuinte da CSL, apresenta os seguintes dados hipotét icos para
fins de demonstração na ECF:
a) no Balanço Patrimonial (Referencial) - Registro U100:
a.1) possui na conta Caixa Matriz, saldo inicial de R$ 100.000,00 e saldo final de R$ 150.000,00;
a.2) possui na conta Superávits (Déficits) Acumulados, saldo inicial de R$ 250.000,00 e saldo final de R$ 265.000,00;
b) na Demonstração do Resultado do Lucro Líquido Fiscal - Registro U150, auferiu receitas decorrentes de:
b.1) subvenção governamental da União no período de apuração no valor de R$ 125.000,00;
b.2) doações não governamentais de pessoas jurídicas no valor de R$ 115.000,00;
c) auferiu receita de aplicação financeira no importe de R$ 25.000,00. Lembra -se que a isenção aplica -se, exclusivamente, ao
IRPJ e à CSL, não alcançando o Imposto de Renda inc idente na fonte sobre os rendimentos e ganhos de capital auferidos em
aplicações financeiras de renda fixa ou de renda variável, os quais são considerados de tributação exclusiva na fonte;
d) auferiu receita no valor de R$ 20.000,00, decorrente da prest ação de serviços distinta da finalidade para qual foi instituída. Em
função do descumprimento aos requisitos estabelecidos para a isenção previstos na Lei nº 9.532/1997 , art. 15 , e
no RIR/1999 , arts.174 e 175 , a contar desse momento (dezembro de 2016) essa entidade perdeu o benefício fiscal da
isenção, passando a ter que apurar o imposto mensal e o ajuste anual (demonstrados, respectivamente, Re gistros U180 e U182).
Nessa hipótese, devem ser entregues 2 ECF, sendo a 1ª referente ao período de 1º.01 a 30.11.2016 e, a 2ª relativa ao mês de
dezembro de 2016 (período não abrangido pela isenção);
e) considerando-se que não teve nenhuma despesa no período de apuração.
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6.1 ECF (Período de 1º.01 a 30.11.20X1)


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6.1.1 Registros 0000, 0010 e 0020

Registro 0000 - Abertura

Registro 0010 - Parâmetros de Tributação


Registro 0020 - Parâmetros Complementares
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6.1.2 Registro U100 (Balanço Patrimonial)

Registro U100 - Balanço Patrimonial (Ativo)


Registro U100 - Balanço Patrimonial (Passivo)
Continuação: Registro U100 - Balanço Patrimonial (Passivo)
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6.1.3 Registro X390 (Origem e Aplicação de Recursos)

Registro X390

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6.2 ECF (mês de dezembro de 2016)


Registro U180 - IRPJ Estimativa

Registro U180 - IRPJ Ajuste Anual


Registro U182 - CSL Estimativa
Registro U182 - CSL Ajuste Anual
Nota
A pessoa imune ou isenta que for desenquadrada no decorrer do ano -calendário deverá apresentar duas ECF: uma com data final igual
à do evento; outra, com data inicial igual à data imediatamente posterior ao evento. O indicador de início do período deve se r igual a 4
(Início de Obrigatoriedade da Entrega no Curso do Ano -calendário). O campo Situação Especial deve ser preenchido com "0" (Normal).
Legislação Referenciada

Ato Declaratório Executivo Cofis nº 30/2017RIR/1999 Decreto nº 3.048/1999 Instrução Normativa RFB
nº 1.420/2013 Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 Instrução Normativa RFB nº 1.489/2014 Instrução
Normativa RFB nº 1.574/2015 Instrução Normativa RFB nº 1.591/2015 Instrução Normativa RFB
nº 1.605/2015 Instrução Normativa RFB nº 1.633/2016 Instrução Normativa RFB nº 1.659/2016 Lei
nº 10.833/2003 Lei nº 12.873/2013 Lei nº 13.169/2015 Lei nº 6.404/1976 Lei nº 7.689/1988 Lei
nº 8.212/1991 Lei nº 9.430/1996 Lei nº 9.532/1997 MP nº 1.807/1999 Medida Provisória nº 2.158-
35/2001 Medida Provisória nº 2.192-70/2001 Nota Técnica ECF nº 1/2015

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