A construção de feitorias e a exploração do pau-brasil são fatores que contestam essa
perspectiva e comprovam a presença portuguesa em nosso território já nas primeiras décadas do século XVI. Portugueses começam a extrair o pau-brasil da região litorânea, usando mão- de-obra indígena, escravizando-os. A madeira era comercializada na Europa, como matéria prima valiosa para tintura de tecidos.O receio de invasões estrangeiras e a necessidade de desenvolver a economia luso-americana tornaram urgente a ampliação da máquina burocrática metropolitana atuante na colônia. Portugal realizava lucrativo comércio de especiarias no Oriente e de ouro e escravos na África. Só quando passou ater concorrência e prejuízos, decidiu colonizar o Brasil para obter lucro. Entretanto, sem recursos, criou o sistema de Capitanias Hereditárias em que o Brasil seria colonizado, sem a que a Coroa tivesse gastos. O rei D. João III dividiu a colônia em quinze quinhões, as Capitanias Hereditárias, entregues aos capitães-donatários. Tinham seus direitos e deveres oficializados através da “Carta de Doação” e do “Foral”, documentos que lhes conferiam prerrogativas como administrar a justiça local, doar sesmarias (subconjuntos das capitanias) e aprofundar a tarefa colonizadora (criando vilas, por exemplo).De um modo geral, o sistema de capitanias não atingiu, ao menos inicialmente, o sucesso esperado. Com exceção de Pernambuco e São Vicente, regiões estruturadas através da lucrativa produção de açúcar, as capitanias enfrentaram diversos empecilhos ao seu desenvolvimento: muitos capitães donatários já exerciam lucrativas atividades, não se interessando pelo Brasil; a grande extensão do litoral brasileiro dificultava a defesa do território; a distância entre a colônia e a metrópole; e os conflitos com populações nativas. O Governo- Geral, cujo objetivo principal seria centralizar a atuação do governo metropolitano na colônia, integrando e auxiliando as capitanias. O combate a tribos indígenas rebeladas, a realização de expedições em busca de riquezas minerais, o fortalecimento da defesa da colônia contra invasões externas, a fiscalização das capitanias e a promoção da catequese religiosa. Funcionários auxiliavam o governador-geral. Cargos como ouvidor-mor, provedor-mor e capitão-mor foram criados para administrar, respectivamente, a justiça, a arrecadação e a segurança em terras coloniais. Período marcado pela Reforma Protestante, a Igreja Católica buscou conter o avanço desse movimento. A Companhia de Jesus(jesuítas), atuou difundindo os ideais católicos através da catequese dos indígenas dominados. A educação dos colonos era igualmente tarefa do clero. Transmitia-se valores e que também legitimavam o poder do rei português. A Igreja apresentava uma dupla missão: fortalecer a si própria, resistindo ao avanço de ideias heréticas, e justificar a ação metropolitana, validando a colonização dos povos conquistados.
Responder no caderno:
a)O que fez Portugal não colonizar o Brasil de imediato?
b)Como as Capitanias Hereditárias beneficiariam Portugal?
c)Qual o objetivo do Governo Geral?
d)Como a Igreja Católica atuou no Brasil?
e)Quais Capitanias Hereditárias foram bem sucedidas?
f)Qual a função econômica do pau-brasil?
g)Relacione:Igreja e indígenas.
h)Quais as dificuldades apresentadas pelas Capitanias Hereditárias?
i)Quais cargos auxiliavam o Governo Geral? Explique-os.