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FORTALEZA
2018
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 4
1.1 Higiene e Segurança do Trabalho no Brasil ............................................................................. 9
2 ACIDENTES DE TRABALHO ............................................................................................ 11
2.1.1 Doenças profissionais e do trabalho ............................................................................. 11
2.1.2 Classificação dos acidentes de trabalho ....................................................................... 12
2.1.3 Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) ............................................................ 14
2.1.4 Causas do acidente de trabalho .................................................................................... 15
3 RISCOS AMBIENTAIS ................................................................................................... 16
3.1 Riscos físicos .................................................................................................................... 16
3.1.1 Ruído ............................................................................................................................ 16
3.1.1.1 Efeitos no organismo humano .................................................................................. 18
3.1.2 Vibrações...................................................................................................................... 19
3.1.3 Temperaturas extremas ................................................................................................ 19
3.1.4 Radiações ionizantes e não-ionizantes ......................................................................... 20
3.1.5 Pressões anormais ........................................................................................................ 21
3.1.6 Umidade ....................................................................................................................... 21
3.2 Riscos químicos ............................................................................................................... 22
3.2.1 Avaliação de riscos químicos ................................................................................... 22
3.3 Riscos biológicos.............................................................................................................. 24
3.3.1 Classificação dos ricos biológicos ............................................................................ 24
3.4 Riscos ergonômicos.......................................................................................................... 25
3.5 Riscos de acidentes (mecânicos) ...................................................................................... 26
3.6 Mapa de riscos.................................................................................................................. 27
4 MEDIDAS DE PROTEÇÃO ............................................................................................ 29
5 LEGISLAÇÃO .................................................................................................................. 31
5.1 NR 1 – Disposições gerais ............................................................................................... 31
5.2 NR 2 – Inspeção prévia .................................................................................................... 32
5.3 NR 3 – Embargo ou Interdição ........................................................................................ 32
5.4 NR 4 – Serviços Especializados em Engenharia de Segurança do Trabalho ................... 32
5.5 NR 5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes ..................................................... 33
5.6 NR 6 – Equipamento de Proteção Indivudal – EPI .......................................................... 35
5.7 NR 7 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional - PCMSO ......................... 37
5.8 NR 8 – Edificações........................................................................................................... 38
5.10 NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade ........................................ 39
5.11 NR 11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais ................. 39
5.12 NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos ..................................... 39
5.13 NR 13 – Caldeiras, vasos e pressão e tubulações ............................................................. 39
5.14 NR 14 - Fornos ................................................................................................................. 40
5.15 NR 15 – Atividades e operações insalubres ..................................................................... 40
5.16 NR 16 – Atividades e operações perigosas ...................................................................... 40
5.17 NR 17 – Ergonomia.......................................................................................................... 41
5.18 NR 18 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção.................. 41
5.19 NR 19 – Explosivos.......................................................................................................... 42
5.20 NR 20 – Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis....................... 43
5.21 NR 21 – Trabalho a céu aberto......................................................................................... 43
5.22 NR 22 – Segurança e saúde ocupacional na mineração ................................................... 43
5.23 NR 23 – Proteção contra incêndios .................................................................................. 43
5.24 NR 24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho ................................. 44
5.25 NR 25 – Resíduos industriais ........................................................................................... 44
5.26 NR 26 – Sinalização de segurança ................................................................................... 44
5.27 NR 27 – Registro profissional do técnico de segurança do trabalho ................................ 44
5.28 NR 28 – Fiscalização e penalidades ................................................................................. 44
5.29 NR 29 - Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário ............ 45
5.30 NR 30 – Segurança e saúde no trabalho aquaviário ......................................................... 45
5.31 NR 31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, pecuária, silvicultura, exploração
florestal e aquicultura ................................................................................................................... 45
5.32 NR 32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde ........................................ 45
5.33 NR 33 Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados ..................................... 45
5.34 NR 34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção naval ........ 46
5.35 NR 35 – Trabalho em altura ............................................................................................. 46
5.36 NR 36 – Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes
e derivados ................................................................................................................................... 46
6 SEGURANÇA .................................................................................................................. 47
6.1 Segurança dos Processos .................................................................................................. 48
6.1.1 Acidente de Flixborough (1974) .............................................................................. 49
6.1.2 Acidente de Three Mile Island (1979) ..................................................................... 50
6.1.3 Acidente de Bhopal (1984)....................................................................................... 52
6.1.4 Normas sobre segurança de processos ..................................................................... 54
6.2 Riscos de explosões e incêndios............................................................................................. 54
6.2.1 O fogo.............................................................................................................................. 55
6.2.2 Combustão....................................................................................................................... 56
6.2.3 Incêndios ......................................................................................................................... 58
7 GESTÃO ............................................................................................................................... 71
7.1 Gestão de riscos...................................................................................................................... 71
7.1.1 Nautreza dos riscos empresariais .................................................................................... 71
7.1.2 Normas sobre gerenciamento de riscos ........................................................................... 73
7.1.3 Metodologia do gerenciamento de riscos ........................................................................ 74
7.2 Gestão de emergências ........................................................................................................... 76
7.2.1 Plano de emergência interno ........................................................................................... 76
7.2.2 Plano de emergência externo........................................................................................... 80
7.3 Métodos de análise de riscos .................................................................................................. 81
7.3.2 Análise de Operabilidade de Perigos (HAZOP) Veritas (2006) ..................................... 81
7.3.3 Análise Preliminar de Perigos (APP) Veritas (2006) ...................................................... 82
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 86
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1 INTRODUÇÃO
Segundo Harari (2015), os homo sapiens viveram seus primeiros 2,5 milhões
de anos como nômades, alimentando-se da coleta de plantas e da caça de animais
selvagens. Neste ambiente, não havia noção de relações de trabalho, até porque a ideia
de trabalho em si também não existia.
No entanto, há cerca de 10 mil anos, alguns coletores perceberam que onde
jogavam as sementes dos frutos consumidos nasciam árvores que geravam novos frutos, e
assim descobriram a ideia chave para o desenvolvimento da agricultura.
A partir de então, a espécie humana passa a se dedicar ao plantio e, logo em
seguida, também à domesticação de animais. Como a garantia de produção de alimento
acabou com a necessidade de mudarem-se em busca de comida, os seres humanos
abandonaram a vida nômade para viver em locais com abundância de água, necessária para
suprir as plantações, tornando-se sedentários.
persas, egípcios, dentre outros. Na Grécia, os escravos mais fortes eram reservados aos
trabalhos pesados, enquanto os mais frágeis eram destinados às tarefas domésticas.
É dessa época que remonta o primeiro relato de preocupação com as condições
de trabalho. No século IV a.C. o médico grego Hipócrates descreveu o quadro clínico de
intoxicação por chumbo, doença conhecida como saturnismo.
Em Roma, a população de escravos chegou a 30% do total de habitantes, e
além de trabalhos pesados e serviços domésticos era possível encontrar escravos exercendo
cargos até na administração pública. A economia romana era de tal forma dependente de
seus escravos que o exército teve de empenhar-se cada vez mais na conquista de novos
territórios, dessa vez não para obter terras para cultivo, mas escravos.
Durante esse período o médico romano Plínio, O Velho estudou as condições
de trabalho dos escravos e descreveu em seu livro Naturalis Historia (pulbicado em 73
d.C. em 37 volumes) as iniciativas próprias de proteção praticadas pelos escravos que
trabalhavam em minas e utilizavam bexigas de carneiro como máscaras para pó. Este é o
relato mais antigo de um Equipamento de Proteção Individual.
Problemas com escravos revoltosos eram comuns na transição entre a
República e o Império Romano. As revoltas ficaram conhecidas como Guerras Servis, mas
não obtiveram êxito na derrubada do sistema escravista. Em 73. a.C Spártaco chegou a
liderar 100 mil escravos em uma revolta violentamente reprimida pelos governantes e que
culminou com a crucificação de mais de 6mil escravos.
Por volta do século III d.C., no entanto, mesmo com a aquisição de novas terras
devido à política expansionista do império, a oferta de mão de obra escrava começou a
diminuir e os latifundiários tiveram de encontrar novas formas de trabalhar a terra.
Tiveram então a ideia de distribuir pequenos lotes de suas propriedades para que os
escravos produzissem por conta própria, pagando uma espécie de “aluguel” da terra em
grãos e animais produzidos.
Conforme crescia, ficava cada vez mais difícil manter a segurança das
fronteiras, constantemente atacadas por povos bárbaros, o que levou à queda do Império
Romano. Os habitantes das cidades refugiaram-se em propriedades rurais de antigos nobres
romanos, trabalhando em suas terras em troca de proteção contra os invasores e alimento
para seu sustento.
Foi nesse período que mais uma vez as relações de trabalho se alteraram,
surgindo o que hoje chamamos de feudalismo. Nesse novo sistema houve pouca mudança
7
na vida dos trabalhadores que de escravos passaram a servos dos senhores de terras. A
única vantagem era não serem mais tratados como propriedade, embora agora estivessem
ligados aos senhores de terra (senhores feudais) e presos às terras em que viviam.
As relações de trabalho não sofreram grandes alterações durante o
restante da Idade Média e início da Idade Moderna (1453 à 1789), período em que
foram realizados muitos estudos sobre a saúde dos trabalhadores. Em 1556, Georgi
Agricolae realiza os primeiros registros de doenças atribuídas especificamente a um
determinado ofício e os publica em seu livro De Re Metallica, que relata os problemas
encontrados na mineração e fundição de ouro e prata. Um fato curioso da obra de
Agricolae é o relato de que as mulheres chegavam a casar-se inúmeras vezes devido à alta
taxa de mortalidade entre os mineiros.
Em 1700, o médico italiano Bernardino Ramazzini, considerado o pai da
Medicina do Trabalho, publica o livro De Morbis Artificum Diatriba (As doenças dos
trabalhadores), descrevendo mais de 50 doenças do trabalho e introduzindo ao prontuário
médico a pergunta: “Qual sua ocupação”.
O sistema feudal não apresentava mobilidade social, ocasionando a fuga de
alguns servos, o que, juntamente com o desenvolvimento de uma estrutura mercantil
arcaica, favoreceram o nascimento e desenvolvimento do sistema capitalista. Após alguns
séculos ganhando força, o capitalismo passou a ser o principal sistema socioeconômico dos
países europeus a partir do século XVI.
Com o capitalismo surgiram novas relações de trabalho, que deixou de ser
servil e passou a ser assalariado, embora as condições de vida dos camponeses não tenha
melhorado, pois os salários que recebiam muitas vezes os fazia desejar ainda serem servos
dos senhores feudais: ao menos o sustento estava garantido.
Além do trabalho no campo, muitos ofícios prosperaram, tais como a
manufatura e o comércio de produtos artesanais. Mas no século XVII a Revolução
Industrial (1760 à 1940) que teve lugar na Inglaterra mudou esse cenário ao substituir a
manufatura pela maquinofatura, onde o produto é fabricado com o auxílio de máquinas.
Os trabalhadores passaram então a ser operadores de máquinas e mais uma vez
suas condições de trabalho não só não melhoraram, como podem ser consideradas as piores
dentre todos os períodos da história. Segundo Dezordi (2008), as jornadas de trabalho iam
de 14 a 16 horas por dia, seis dias por semana, e, embora tivessem a mesma jornada de
trabalho que os homens adultos, mulheres e crianças recebiam salários menores.
8
A maior parte das fábricas inglesas era do setor têxtil, que consumia muita lã.
Para obter mais áreas de pastagem os nobres invadiram territórios utilizados por
camponeses para suas atividades agrícolas e pastoris (DEZORDI, 2008). Os camponeses,
sem poder tirar seu sustento da terra, migram para as cidades, passando a integrar a mão de
obra das fábricas. Com a crescente oferta de mão de obra, os salários baixam e há
superlotação nas acomodações próximas aos bairros fabris, diminuindo a qualidade de vida
e aumentando o risco de doenças da população.
Os locais de trabalho também eram sujos, com pouca iluminação, ventilação e
sem nenhuma preocupação ergonômica. Os trabalhadores da Revolução Industrial também
não tinham nenhum tipo de seguridade social como previdência (pública ou privada), tendo
que trabalhar até os últimos dias de suas vidas.
As péssimas condições geraram insatisfação nos trabalhadores que começaram
a se manifestar por melhores condições, forçando o Parlamento Britânico a criar o Factory
Act (Lei das Fábricas), em 1833. Essa lei estabeleceu a inspeção das fábricas, determinou
idade mínima de 9 anos, proibiu o trabalho noturno de menores de 18 anos e determinou
um regime de trabalho de no máximo 12 horas por dia e 69 horas por semana.
A indústria viria a ter ainda mais destaque no final do século XIX e começo do
século XX, sendo impulsionada principalmente pelo setor armamentista que abasteceu a
Primeira e a Segunda Guerra Mundial. Mais leis de proteção ao trabalhador foram criadas
na Inglaterra e as práticas de segurança começaram a ser difundidas pelo restante da
Europa e pela América do Norte.
Com o fim da Primeira Guerra Mundial, como parte do tratado de Versalhes,
foi criada em 1919 a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Este órgão é
responsável pela formulação e aplicação das normas internacionais do trabalho
(convenções e recomendações) e possui uma estrutura tripartite, sendo composto por
representantes das empresas, dos trabalhadores e dos governos dos países membros.
O Brasil é um dos membros fundadores da OIT e participa da Conferência
Internacional do Trabalho desde sua primeira edição, quando foram definidas as jornadas
máximas diárias de 8h e semanais de 48h, a idade mínima de 14 anos para trabalho na
indústria e a proteção à maternidade, dentre outras diretrizes que ainda norteiam as normas
do trabalho modernas.
9
2 ACIDENTES DE TRABALHO
a) a doença degenerativa;
A lei Nº 8213 classifica os acidentes de trabalho nos quatro grupos listados a seguir:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única,
haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da
sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica
para a sua recuperação;
agravos que resultem em incapacidade para atividades habituais por mais de 30 dias.
(MTE, 2010)
MODERADO quando causa agravos à saúde que não se enquadrem nas
classificações anteriores e que a pessoa afetada fique incapaz de executar seu trabalho
normal durante o período três a trinta dias. (MTE, 2010)
LEVE quando as lesões ou doenças incapacitam o trabalhador por até três dias.
(...)
NOTAS
3 RISCOS AMBIENTAIS
9.1.5 Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos,
químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de
sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são
capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Além dos riscos físicos, químicos e biológicos, também são considerados como
riscos ambientais os riscos ergonômicos e os riscos mecânicos, ou de acidentes.
3.1.1 Ruído
instrumento musical. Mas esses sons podem também estar presentes no ambiente de forma
caótica, constituindo o que se chama de ruído.
Exposição prolongada a altos níveis de ruído podem ocasionar uma série de
problemas no organismo humano, de forma que a permanência de um indivíduo é limitada
de acordo com a Tabela 1.
(...)
Além dos Sintomas Auditivos, o ruído exerce ação geral sobre várias
funções orgânicas, apresentando reações distintas, com características
comuns, mas com diferentes significados, como: Reações de alarme, que
consistem em resposta rápida de curta duração sob a ação de um ruído
repentino. Essa atitude reflexa se manifesta através do ato de fechar os olhos, há
aumento da freqüência cardíaca e respiratória, aumento da pressão arterial e
secreção salivar, dilatação pupilar, contração brusca da musculatura e aumento
19
3.1.2 Vibrações
Algumas dessas ondas possuem energia suficiente para quebrar uma ligação de
uma molécula ou átomo, liberando um elétron e formando um íon. A estas radiações dá-se
o nome de RADIAÇÕES IONIZANTES e são exemplos: os Raios X e os Raios Gama.
Estas radiações podem afetar diretamente o organismo humano produzindo queimaduras e
diversos tipos de câncer.
Outras ondas, no entanto, não possuem energia suficiente para formar íons,
mas continuam apresentando um risco à saúde do trabalhador. As RADIAÇÕES NÃO-
IONIZANTES podem causar no organismo humano perturbações visuais (conjuntivite,
cataratas, etc.), queimaduras de pele, envelhecimento precoce e câncer. Exemplos de
radiações não-ionizantes são as radiações infravermelha e ultravioleta.
São consideradas pressões anormais todas aquelas que não estiverem de acordo
com a pressão atmosférica do local em que as atividades serão realizadas. As baixas
pressões são encontradas em elevadas altitudes e podem causar problemas respiratórios e
cansaço excessivo.
As pressões acima de 1 atm podem ser encontradas em trabalhos submersos,
tubulações de ar comprimido, caixões pneumáticos, dentre outros. Variações de pressão
alteram o volume dos gases presentes no sangue, bem como sua solubilidade. Por este
motivo, variações bruscas de pressão podem levar ao rompimento dos tímpanos e à
liberação de nitrogênio nos tecidos e vasos sanguíneos, podendo levar inclusive à morte.
3.1.6 Umidade
POEIRAS são pequenas partículas sólidas dispersas no ar, podendo ser ou não
visíveis ao olho humano. Exemplo: trabalhos com remoção de areia, britagem, detonação
de rochas, demolição, etc.
FUMOS são uma mistura complexa de gases, com partículas em suspensão,
produzida por condensação de vapores oriundos de uma substância sólida em combustão
ou bastante aquecida. Exemplo: fumos metálicos originados do processo de soldagem.
NÉVOAS são pequenas partículas de líquido dispersas no ar, oriundas da
ruptura de um líquido. Exemplo: dispersão de agrotóxicos na forma de névoa em
plantações, utilização de jatos spray para pintura.
NEBLINAS são pequenas partículas de líquido dispersas no ar, oriundas da
condensação de vapores de substâncias que em condições normais de temperatura e
pressão se encontram no estado líquido.
GASES são substâncias cujo estado, em condições normais de temperatura e
pressão, é gasoso, ou sólidos e líquidos que se transformam em gás quando aquecidos.
Exemplo: gás de cozinha, gases inertes utilizados em soldagem, etc.
VAPORES são a fase gasosa de um material líquido em condições normais de
temperatura e pressão. Exemplos: vapores de água utilizados nos processos industriais.
Para realizar a coleta são utilizados equipamentos específicos para cada tipo de
agente disperso. Os aparelhos de leitura direta fornecem, imediatamente, no próprio local
de trabalho que está sendo analisado, a concentração do contaminante. Segundo o SESI:
Quando se trabalha com riscos biológicos é preciso ter sempre em mente que
estes agentes possuem potencial para infectar não somente o trabalhador, mas qualquer
pessoa que venha a ter contato com o indivíduo infectado.
Desta forma, o risco de propagação à coletividade, bem como os tratamentos
conhecidos para cada tipo de agente biológico devem ser levados em consideração na
definição do risco de uma instalação. A Tabela 3 apresenta as classes de risco biológico.
25
Ergonomia é uma palavra que vem do grego “ergon” que significa “trabalho”
e “nomos” que significa “leis ou normas”. Assim, ergonomia é um conjunto de medidas ou
normas aplicadas ao espaço de trabalho visando melhorar as condições do trabalhador.
Os principais riscos ergonômicos são:
– Esforço físico intenso.
– Levantamento e transporte manual de peso.
26
4 MEDIDAS DE PROTEÇÃO
(...)
5 LEGISLAÇÃO
II. os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela
empresa;
(...)
(...)
(...)
Quanto à organização:
(...)
5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
(...)
5.15 A CIPA não poderá ter seu número de representantes reduzido, bem como
não poderá ser desativada pelo empregador, antes do término do mandato de seus
membros, ainda que haja redução do número de empregados da empresa, exceto
no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.
(...)
(...)
(...)
38
7.4.1 O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames
médicos:
a) admissional;
b) periódico;
c) de retorno ao trabalho;
d) de mudança de função;
e) demissional.
5.8 NR 8 – Edificações
(...)
(...)
5.14 NR 14 - Fornos
5.17 NR 17 – Ergonomia
(...)
c) tipo de obra;
(...)
5.19 NR 19 – Explosivos
32.1.2 Para fins de aplicação desta NR entende-se por serviços de saúde qualquer
edificação destinada à prestação de assistência à saúde da população, e todas as
ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino em saúde em
qualquer nível de complexidade.
33.1.1 Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mínimos para
identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação,
monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir
46
6 SEGURANÇA
onde deveria ter sido incinerado, mas o botão de acionamento da tocha também não
funcionou.
Ao atingir a pressão de 13,79 bar e a temperatura de 200°C, os operadores
decidiram abrir as válvulas de descarga, para evitar que as instalações explodissem,
lançando um gás tóxico mortalmente ativo sobre os bairros pobres de Bhopal.
Com a incidência cada vez mais frequentes de acidentes como os que foram
apresentados, surgiu a necessidade de se controlar os riscos de processo de forma rígida.
Para atender essa necessidade surgiu a norma API RP 750, lançada pelo American
Petroleum Institute (API) em janeiro de 1990.
A norma discorre sobre o gerenciamento de dos riscos de processo no design,
construção, inicialização, operação, inspeção, manutenção e modificação de instalações
com potencial para causar catástrofes relacionadas a produtos químicos.
Na mesma época, a Occupational Safety and Health Administration (OSHA)
deu início aos estudos e coleta de informações que levaram à criação, em 1993, de dois
documentos: a norma Process Safety Management OSHA 3132, estabelecendo diretrizes
gerais do gerenciamento de segurança de processo, e regulamentação através do Process
Safety Management Guidelines for Compliance OSHA 3132.
A metodologia apresentada na OSHA 3132, que envolve 12 ferramentas
diferentes de gestão, é atualmente mundialmente utilizada na aplicação de Process Safety
Management (PSM).
Sempre que se trabalha com produtos químicos existe o risco de que ocorram
explosões ou incêndios e a forma mais eficaz de evitar que estes riscos se manifestem é
inibir ao máximo o início do fogo, que ao se desenvolver poderá levar a um incêndio ou
explosão.
É dessa necessidade de evitar o início dos incêndios e explosões que nasce a
prevenção, através da qual são criados instrumentos e equipamentos de combate. Esta
55
6.2.1 O fogo
6.2.2 Combustão
6.2.3 Incêndios
Segundo Aita e Peixoto (2012), as principais causas que podem gerar perigos e
provocar um incêndio são fatores humanos, fatores naturais e fatores acidentais.
FATOR HUMANO (Causas fortuitas, azar ou negligência). Quando o incêndio
é causado por intenção deliberada, podendo ter se iniciado devido a imprudência,
negligencia, descuido, irresponsabilidade ou até mesmo por desconhecimento do ser
humano. Exemplos:
- O cálculo subestimando de carga elétrica de um prédio.
- Utilizar equipamentos de cocção próximos ao reservatório de gás.
59
Os incêndios podem ser divididos segundo dois critérios básicos: pela natureza
e pela quantidade dos materiais combustíveis existentes na área a ser protegida.
Devido a natureza dos materiais, a NBR 12693:2010 classifica os incêndios em
quatro classes:
CLASSE A. Quando o combustível encontra-se no estado sólido, Figura 15,
originando resíduos após a queima. Exemplos: madeira, papel, tecido, borracha, isopor,
plástico, etc.
𝑘𝑐𝑎𝑙
∑[𝑃𝑜𝑑𝑒𝑟 𝑐𝑎𝑙𝑜𝑟í𝑓𝑖𝑐𝑜 ( )∗𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑎𝑡𝑒𝑟𝑖𝑎𝑙 (𝑘𝑔)]
𝑘𝑔
𝐶𝐼 = Á𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎 𝑒𝑑𝑖𝑓𝑖𝑐𝑎çã𝑜 (𝑚2 )
(i)
62
luz. Quando há falta de energia, a luminária acende e passa a iluminar o local utilizando a
energia de uma bateria interna que possui.
Figura 25 – Sistema de ventilação forçada pelas laterais e de exaustão forçada pelo teto
Figura 27 – Sprinklers
7 GESTÃO
Para realizar uma correta gestão de riscos é preciso conhecer bem quais os
riscos que podem estar presentes na empresa. Existem basicamente dois tipos de risco, os
puros e os especulativos, conforme apresentado na Figura 30.
72
Ruppenthal (2013)
FUNDACENTRO, (2002)
FUNDACENTRO, (2002)
FUNDACENTRO, (2002)
(...)
FUNDACENTRO, (2002)
FUNDACENTRO, (2002)
FUNDACENTRO, (2002)
80
FUNDACENTRO, (2002)
81
FUNDACENTRO, (2002)
(...)
Calixto (2009)
7.3.3.1 Metodologia
Veritas (2006)
83
REFERÊNCIAS
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assessment techniques, 1 ed., capítulo 7, London: Editora P. J. Kayes, 1985.
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fogo em estruturas metálicas (2012). Disponível em: <www.catep.com.br >
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HARARI, Y. N.; Uma breve história da humanidade. L&PM Editores. Israel, 2014.
KLETZ, T.; What Whent Wrong. Fourfh Edition. Gulf Professional Publishing. Houston,
Texas, EUA, 1999.