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ASPECTOS ESTRUTURAIS DA REDAÇÃO (CESPE/UNB) Prof.

Phelipe Fernandes

Avalia: (1) Expressão na modalidade escrita em prosa. (2) Aplicação das normas escritas em língua padrão.

Divide-se em:

MACROESTRUTURA MICROESTRUTURA
(como devo organizar meu texto?) (como devo escrever corretamente meu texto?)
1) Apresentação do texto 1) Grafia
-- Autoriza-se o uso de abreviaturas de pronomes de tratamento e de
 Legibilidade termos referentes a leis ou artigos: Sr. (senhor), art. (artigo), inc. (inciso).
-- Distinção clara entre grafemas.
-- Pode usar letra de forma, desde que 2) Morfossintaxe
diferenciadas as maiúsculas. -- Pronome demonstrativo em referência a tempo e local: “Neste
-- Quando houver erro: continente” ou “Neste século” (e não “nesse”).
Traço simples –> reescritura
-- A BANCA NÃO COMPREENDEU? SERÁ ERRO! -- Pronome em alusão discriminada a termos mencionados
anteriormente na frase: “A Constituição e a lei ordinária regulam direitos
 Respeito às margens dos idosos, esta, nos aspectos específicos, e aquela, nos gerais”. (e não
Erro: “essa... e a outra...”).
- Grafema fora da linha.
-- A linha deve ser totalmente preenchida! -- Pronome relativo “cujo” que não expresse relação de posse, bem
Recuo, só em parágrafo. como o emprego indevido de outro pronome relativo no lugar de
“cujo”: “O relatório cujo conteúdo revisei ontem”. (e não “que”).
 Indicação de parágrafos
-- Mais ou menos 1 polegada (2 cm). -- Pronome relativo “onde” em referência a antecedente que não
expresse a noção de lugar: “O uso do sistema de informações está se
 Não identificação fazendo presente por uma questão de estratégia, pois servirá para a
-- Qualquer tipo de identificação ANULA a melhoria no atendimento ao público”. ( e não “onde”).
redação.
Obs.: Em caso de gênero com autoria, o -- Construção com pronome relativo (que, o qual, os quais etc.) em que
comando indicará assinatura (ex.: “carta” – não tenham sido respeitadas as regras de regência verbal: “O
CESPE 2012). documento a que fiz referência no processo é de grande importância”.

 Contagem de linhas 3) Propriedade vocabular


-- A banca é inflexível: “quanto maior o -- Estabelecimento de diálogo com o leitor (função apelativa): “Veja
número de linhas efetivamente escritas, maior que o primeiro argumento que usei neste texto é mais consistente que o
a pontuação”. segundo”.
-- Linha cortada não conta.
-- Uso de expressões não dicionarizadas: “muita das vezes” (ao invés de
 Título “muitas vezes”) ou “vez que” (ao invés de “uma vez que”).
-- Conta como linha.
-- Facultativo, se não for exigido. -- Uso de expressões coloquiais: “arrebentar a boca do balão”, “bola
Erros: da vez”, “estar a mil”, “estar com a corda toda”, etc.
- Emprego de minúscula ao iniciar.
- Uso de ponto final. -- Emprego indevido de parônimos: avocar ≠ evocar; autuar ≠ atuar;
- Uso indevido de minúsculas ou maiúsculas. deferir ≠ diferir; comprimento ≠ cumprimento; tráfico ≠ tráfego;
eminente ≠ iminente; extrato ≠ estrato; etc.
2) Desenvolvimento do tema
-- Uso inadequado de expressões semelhantes: a cerca de ≠ acerca de
-- Avalia-se a coesão e coerência textuais ≠ há cerca de; a fim de ≠ afim; à medida que ≠ na medida em que; ao
como um todo. encontro de ≠ de encontro a; ao invés de ≠ em vez de; a princípio ≠ em
princípio ≠ por princípio; onde ≠ aonde ≠ donde; tampouco ≠ tão
pouco; sob ≠ sobre, etc.

-- Emprego de palavras repetidas de forma viciosa no mesmo


parágrafo:
“Dizem os livros de História que o Brasil foi descoberto por Cabral, mas
há estudos que sugerem que o descobrimento ocorreu um pouco
antes, mas teria sido ocultado na época por razões políticas, mas
ninguém parece se importar com isso no Brasil e continuamos repetindo
uma informação antiga, mas questionável”.

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