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Ministério de Grupos Pequenos

2ª Série de 2016

Tema: Três boas razões para não ir a uma igreja (ou abandonar a que você frequenta).
Estudo 1: Lugar de gente complicada

Analisando o contexto
No Brasil, o número de desigrejados é cada vez maior. Talvez seja o grupo que mais cresça entre os
evangélicos brasileiros. Desigrejados são aqueles que se dizem cristãos, mas não pertencem a
nenhuma comunidade cristã. “Gostam” de Jesus, mas não da Igreja. É um grupo que se divide em,
pelo menos, cinco categorias:
1. Se dizem evangélicos por tradição familiar (nominais).
2. Se dizem evangélicos por causa de uma breve experiência.
3. Transitam por diversas igrejas sem estabelecerem vínculos.
4. Pertencem a grupos alternativos (Exemplo: Igrejas em casas).
5. Já tiveram fortes vínculos comunitários, mas romperam.
Pessoas nos grupos 1 e 2 não deveriam se considerar desigrejados, pois nunca compreenderam a
morte e a ressurreição de Jesus. Nunca nasceram de novo, nem reconheceram seus pecados,
tornando-se assim, discípulos de Jesus.
Os grupos 3 e 4 apresentam pessoas que nunca tiveram um relacionamento profundo e verdadeiro
com Jesus. Pode ser que encontremos verdadeiros cristãos nestes grupos, contudo foram amplamente
influenciados pela cultura, pelo individualismo e consumismo da nossa época.
O grupo 5 é onde estão de fato os desigrejados. Neste grupo estão pessoas que já estiveram
fortemente envolvidos no contexto comunitário, mas por razões diversas se afastaram. Geralmente, o
que os levou ao distanciamento foram problemas com pessoas. Se as pessoas são um problema,
então podemos afirmar: Igreja é um lugar de gente muito complicada.

Cenário Bíblico
Passando por ali, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria, e disse-lhe:
"Siga-me". Mateus levantou-se e o seguiu. Estando Jesus em casa, foram comer com ele e
seus discípulos muitos publicanos e “pecadores". Vendo isso, os fariseus perguntaram aos
discípulos dele: "Por que o mestre de vocês come com publicanos e ‘pecadores’? “Ouvindo
isso, Jesus disse: "Não são os que têm saúde que precisam de médico, mas sim os doentes.
Vão aprender o que significa isto: ‘Desejo misericórdia, não sacrifícios’. Pois eu não vim
chamar justos, mas pecadores”. Mateus 9:9-13
Há quatro aspectos importantes no texto:
1) Gente complicada: Alvo do olhar amoroso de Jesus - v.9a: Jesus viu um homem.
Note que Mateus era um coletor de impostos, alguém não muito popular entre os seus, pois trabalhava
para o Império Romano. Gente como ele era acusada de corrupto e traidor, pois desviava dinheiro
público para o enriquecimento pessoal. Porém, Jesus viu um homem que precisava do amor de Deus.
2) Gente Complicada: Chamada à reconstrução. v.9b: disse-lhe: "Siga-me". Mateus levantou-se e o
seguiu.
A Palavra de Jesus ganha o coração de Mateus. Ele compreende o chamado de Deus para sua vida e
abandona tudo para seguir Jesus. Inícia aqui a reconstrução de sua vida, o que chamamos conversão.
3) Gente Complicada: Amigos Complicados. v.10: Estando Jesus em casa, foram comer com ele e
seus discípulos muitos publicanos e “pecadores”.
Pense nisso, Jesus levou essa gente – publicanos e pecadores – para a sua casa. Um encontro com
pessoas complicadas, marginalizadas inclusive pela religião, mas acolhidas pelo amor de Jesus.
Mas é isso que acontece quando essa gente complicada se rende à graça de Jesus, isto é, quer dar
jeito nos amigos complicados! Não só a casa, mas a casa maior, a igreja, também pode ser vista como
um lugar de gente complicada que vai sendo transformada pelo poder do Evangelho.
4) Gente complicada: Algo da crítica dos fariseus. v11: Vendo isso, os fariseus perguntaram aos
discípulos dele: "Por que o mestre de vocês come com publicanos e ‘pecadores’?
Aqui temos um outro grupo complicado, os religiosos fariseus. Eram os detentores das regras morais
mais rígidas. Se achavam melhores que os outros e tornaram-se grandes críticos do ministério de
Jesus. Por se ver sempre como o melhor, um fariseu geralmente não via o seu próprio pecado, nem a
necessidade do arrependimento e um novo relacionamento com Deus.

Compartilhando no grupo
1. Como o olhar amoroso de Jesus encontrou sua vida? Caso se sinta à vontade, compartilhe
rapidamente como você veio a Cristo.
2. Quais são as atitudes básicas que devem mudar na vida de alguém que tem um encontro
verdadeiro com Jesus? Qual foi a maior mudança em sua vida?
3. Quais seriam as estratégias missionais relevantes, capazes de convidar para perto pessoas
que nunca ouviram falar de Jesus? Quem sabe, os seus amigos ou parentes.
4. Como devemos nos posicionar diante do erro de alguém? Como os fariseus? Como Jesus?
A perspectiva de Deus
O que é encorajador é o fato de Deus ter tomado a iniciativa em nossa salvação.
Tudo isso provém de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o
ministério da reconciliação, ou seja, que Deus em Cristo estava reconciliando consigo o
mundo, não lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a mensagem da
reconciliação (2 Coríntios 5:18,19).
O olhar amoroso de Jesus é iniciativa de Deus. A nova vida começa em Cristo. É centrada no sacrifício
de Jesus. Contudo a vida cristã não para por aí. Somos chamados para o ministério da reconciliação,
ou seja, para ajudar pessoas a perceberem a presença e a obra de Jesus em suas vidas.
Somos pessoas complicadas que foram transformadas por Jesus e agora trabalham para alcançar
seus amigos, para que também possam experimentar o mesmo encontro. Pense nesse grande
privilégio de ser transformado num instrumento da reconciliação de outras pessoas com Deus.

A nossa resposta
Jesus Cristo não nos dá apenas verdades; ele é a verdade. Cristo é o profeta que completa todos os
profetas. Ele nos é dado como a própria Palavra de Deus, verdade sobre a qual construímos a vida,
submetemos e obedecemos. A verdade é o próprio Cristo. Ele mesmo é o caminho a verdade e a vida.
Portanto, se a Igreja é lugar de gente complicada, que foi, ou está sendo descomplicada apenas pela
graça de Jesus, quais devem ser minhas atitudes em ajudar outras pessoas complicadas a
conhecerem-no?

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