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Uma publicação de Drummond Lacerda
1ª Edição:
Outubro / 2020
Revisão:
Raquel Cabral e Drummond Lacerda
Capa e Diagramação:
Junio Amaro
www.junioamaro.com.br
Sumário
Introdução..................................................................................................................... 7
Capítulo 1 - O sopro e o revestimento.............................................. 9
Capítulo 2 - Tipos de línguas estranhas.......................................... 19
Capítulo 3 - A profundidade de orar em línguas estranhas ....27
Capítulo 4 - A fé e o batismo com o Espírito Santo...................39
Sobre o autor.............................................................................................................43
Introdução
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CAPÍTULO 1
O sopro e o
revestimento
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Envias o teu Espírito, e são criados, e assim renovas a
face da terra.” (Sl 104.29,30) O texto diz que quando
perdem o fôlego de vida morrem, mas quando o
Espírito é enviado eles vivem. No livro de Ezequiel o
Espírito Santo também é mostrado associado ao sopro e
a vida. “E ele me disse: Profetiza ao espírito, profetiza, ó
filho do homem, e dize ao espírito: Assim diz o Senhor
DEUS: Vem dos quatro ventos, ó espírito, e assopra
sobre estes mortos, para que vivam. E porei em vós o
meu Espírito, e vivereis, e vos porei na vossa terra; e
sabereis que eu, o SENHOR, disse isto, e o fiz, diz o
SENHOR.” (Ex 37.9,14)
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Jesus sopra como o Pai soprou no Éden para trazer
vida aqueles que estavam mortos espiritualmente. “Ele
vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos
e pecados,” (Ef 2.1) Os discípulos como nós estavam
mortos em seus delitos e pecados, Jesus sopra para dar
vida e outorga o Espírito Santo para que Ele seja rece-
bido pelos discípulos. Como recebemos uma pessoa em
nossa casa, os discípulos depois de terem a vida, recebe-
ram “na casa do interior” o Espírito Santo.
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meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do
alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49) Revestimento
indica vestir de novo, isso mostra que os discípulos
tinham sido vestidos e agora seriam revestidos. Essa
experiência de revestimento não pode ser a mesma
do novo nascimento, pois Jesus está indicando outra
experiência que eles teriam que esperar.
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tismo com o Espírito Santo. A palavra batismo fala de
mergulhar. A palavra batismo no grego baptismo era
usada nos tempos bíblicos no processo de tingimento
de tecidos. O evangelista Reinhard Bonke destaca, por
exemplo, que a roupa branca era mergulhada (batismo)
no tonel de tinta vermelho. Assim que a tinta tivesse
entranhado no tecido e modificado a cor do tecido o
processo estava terminado. O batismo com o Espíri-
to Santo é um mergulho na natureza do Espírito que
transforma a vida do cristão. No novo nascimento o Es-
pírito “mergulha” em nosso interior, no batismo somos
revestidos do poder do Espírito.
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de palavras, mas de um caráter íntegro. O cristão bati-
zado com o Espírito Santo se transforma em testemu-
nha de Jesus.
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O sinal de falar em línguas estranhas é um sinal não
presente em nenhuma pessoa na Velha Aliança, é um
sinal exclusivo da nova aliança. Este sinal por ser sonoro
e diferente de manifestações anteriores caracterizou
a experiência e ajudou os discípulos a reconhecerem
facilmente e rapidamente quem recebeu. Cornélio,
por exemplo, foi o primeiro não judeu a se converter.
Durante a mensagem ele e sua casa parecem crer na
mensagem de Pedro, pois no transcorrer da mensagem
o Espírito caiu sobre eles:
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falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes conce-
dia que falassem.” (At 2.4) O primeiro derramamento
do Espírito em Pentecostes faz deles testemunhas do
poder de Deus e é sinalizado com o falar em línguas. A
descrição deste momento é marcada com essa dimen-
são jamais vista na Antiga Aliança sendo derramada
sobre todos os cento e vinte que estavam reunidos no
cenáculo. “E viram o que parecia línguas de fogo, que
se separaram e pousaram sobre cada um deles.” (At 2.3)
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ele e o mesmo nunca foi batizado com o Espirito Santo.”
Contudo quem destacou a importância dessa experiên-
cia foi Jesus. Mesmo com discípulos que andaram com
ele todos os dias por três anos, ouvindo a Palavra de
Deus do próprio Cristo, vendo milagres extraordiná-
rios e que por fim viram Jesus Cristo ressuscitado, Jesus
os mandou esperar por esse revestimento. Tenho certe-
za que os discípulos no cenáculo poderiam pregar e ser
benção na vida de outros assim como Apolo antes de
Pentecostes, mas Jesus queria que eles esperassem para
serem revestidos de poder. Alguém pode pregar, cantar
e ser usado por Deus para abençoar muitas vidas, mas
assim como Apolo ele quer nos levar mais fundo para
uma experiência mais profunda.
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Pedro, Tiago e João viram o Senhor transfigurado no
monte da transfiguração. Essas experiências marcantes
e transformadoras foram incríveis, mas não foram ca-
tegorizadas como batismo com o Espirito Santo, pois
como já vimos o sinal de falar em línguas está presente
nesta experiência.
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CAPÍTULO 2
Tipos de línguas
estranhas
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É muito claro dois tipos de oração aqui: oração com
entendimento e oração em espírito. Oração com enten-
dimento é a oração em um idioma que a pessoa conhe-
ce e oração em espírito é a oração em línguas. O termo
orar em espírito não é oração silenciosa, mas oração em
línguas, onde o espírito ora bem e o entendimento nāo
está produzindo o fruto das palavras em oração.
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“Porventura são todos apóstolos? são todos profetas?
são todos doutores? são todos operadores de milagres?
Têm todos o dom de curar? falam todos diversas lín-
guas? interpretam todos?” (1 Cor 12.28,29)
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interpretação a pessoa não deveria falar para o público,
mas só entre ela e Deus. Paulo no capítulo quatorze de
coríntios não está proibindo o falar em línguas, mas
defendendo a ordem do culto para que ninguém fique
falando em língua desconhecida para outros sem que
haja interpretação.
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fala mistérios.” (1 Cor 14.2) “ O que fala em língua
desconhecida edifica-se a si mesmo, mas o que profetiza
edifica a igreja.” (1 Cor 14.4) Neste tipo nenhuma
pessoa tem interpretação do que foi falado, pois só
Deus entende. Nessa oração o cristão é edificado. Se ele
estiver orando em línguas dessa forma deve ficar calado
na igreja, ou seja, para ministrar a outros e falar consigo
mesmo e com Deus, pois só o Senhor entende.
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em português começaram a vir no meu interior e no
íntimo eu sabia que era interpretação do que ela tinha
orado em língua desconhecida. Depois que entreguei a
interpretação me lembro daquela irmã em lágrimas me
dizendo que eu tinha dito tudo que ela estava passando.
Aleluia!
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nossas próprias línguas falar das grandezas de Deus. E
todos se maravilhavam e estavam suspensos, dizendo
uns para os outros: Que quer isto dizer?” (At 2.6-12)
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pessoas. Nem todos possuem este fluir, pois ele visa mi-
nistrar a terceiros, assim como nem todos são profetas
ou mestres. Não podemos confundir estes dois tipos
com as línguas que só Deus entende, pois elas são para
edificação pessoal. E sobre estas línguas, Deus manda a
cada um de nós orarmos em todo tempo.
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CAPÍTULO 3
A profundidade de
orar em línguas
estranhas
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o Pai. Uma dessas “senhas” são as línguas estranhas.
Isso porque línguas estranhas são palavras concedidas
pelo Espírito: “e passaram a falar em outras línguas, se-
gundo o Espírito lhes concedia que falassem.” (At 2.4)
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examina os corações sabe qual é a intenção do Espírito;
e é ele que segundo Deus intercede pelos santos.” (Rm
8.26,27)
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O Espírito Santo nos guia a verdade da adoração ge-
nuína, pois Ele penetra as profundezas de Deus. “Mas
Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito
penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.”
(1 Cor 2.10) Por penetrar as profundezas de Deus o
Espírito nos revela. Assim quando temos a revelação e
vemos mais precisamente ao Senhor somos conduzidos
a falar das grandezas de Deus. Isso nos mostra que ado-
ração profunda é precedida por revelação genuína. E
essa revelação passa pelo Espírito que nos concede as
palavras adequadas para adorar a Deus.
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palavras que estão em coerência com a vontade de Deus
para nossa vida. Permita-me dizer isso de outra forma.
O Espírito Santo por meio da oração em outras línguas
intercede por mim ao Pai segundo a vontade de Deus.
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CONDUÇÃO
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Esse é um dos motivos pelo qual todo cristão precisa
andar falando com Deus, confessando a Palavra e tendo
louvor e adoração nos lábios. Para nos conduzir ainda
mais profundo no que o Senhor tem para nós, ele nos deu
línguas estranhas para que possamos orar em todo tempo
no Espírito. Se as palavras direcionam a vida de uma pes-
soa, onde as línguas estranhas levam a vida de um cristão?
Agora veja, as línguas estranhas são concedidas pelo Es-
pírito Santo, o “volante” da nossa boca está sendo usado
então por ele. Através do idioma concedido por Ele estou
sendo conduzido onde o Espírito deseja.
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Se você está cansado ore a Deus com seu entendi-
mento, mas também em línguas estranhas deixe o “vo-
lante” com o Espírito porque Ele sabe o caminho para
o esconderijo do altíssimo. Medo, preocupação, desâ-
nimo podem até rondar sua vida, mas não vão achar
seu coração porque ele está no esconderijo, na fortaleza
do Senhor. Nesse lugar você receberá descanso para sua
alma. O profeta Isaias profetizou esse descanso associa-
do às línguas estranhas: “Pelo que por lábios gaguejan-
tes e por língua estranha falará o SENHOR a este povo,
ao qual ele disse: Este é o descanso, dai descanso ao
cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir.”
(Is 28.11,12) Experimente então parar de reclamar da
situação que está passando e entrar em seu quarto para
o momento de oração e gastar um tempo falando em
línguas estranhas, talvez você perceba que seu quarto se
transformou no esconderijo do Altíssimo.
FOGO
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todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é infla-
mada pelo inferno.” (Tg 3.5,6) Quando Tiago diz isso
está falando da língua que é inflamada pelo inferno e
traz destruição. Mas e se a língua for inflamada pelo
céu?
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Não precisamos ter medo do fogo porque ele veio para
nos purificar. O fogo purificador não é para os puros,
mas para purificar os impuros. Não é o metal, mas o
fogo que purificará. Você e eu somos a prata, o metal
nobre de Deus, mas nós não podemos arrancar a impu-
reza sozinhos precisamos do Ourives e o seu fogo.
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bosque da nossa existência. Mesmo que esteja frio espiri-
tualmente ore em outras línguas, este pequeno fogo pode
incendiar você.
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A luz não é barulhenta. Ao ligar a luz no seu quarto a
luz não grita: “Ali está o armário e a cama”. Pela luz você
discerne. Pela luz silenciosa do fogo no seu interior
você discerne o que é de Deus e o que não é! Não perca
a direção por esperar por fora o que Deus está fazendo
por dentro. Muitas direções e visões da parte de Deus
estão esperando você se incendiar com as palavras que
o Espírito Santo te concede para que sejam liberadas.
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CAPÍTULO 4
A fé e o batismo
com o Espírito
Santo
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falarão novas línguas;” (Mc 16.19) Isso nos mostra que a
fé é requisito para falar em línguas. Quem não crê então,
não recebe. Se a fé é tão importante para o batismo com
o Espirito, vamos entender algumas verdades sobre fé.
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Se este é seu caso entre no descanso da fé. Não deixe
tentativas frustradas governarem sua crença. Desfrute
da presença do Senhor. É no descanso e não na ansie-
dade que recebemos.
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Fé não opera, mas coopera. É o Espirito de Deus que
opera em nós e nos concede as línguas estranhas: “To-
dos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar
em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que
falassem.” (At 2.4) O Espírito concede no interior. Nós
pedimos, Ele concede. Todavia, uma vez concedida às
línguas a fé nos leva a cooperar falando. Os discípulos
passaram a falar em línguas. Como certa vez um pas-
tor disse: “as pessoas às vezes estão buscando o batismo
com o Espírito Santo como se fosse soluço”. Você já teve
soluço? Ele é involuntário, você pode querer parar, mas
não consegue. Pois o soluço tomou “posse” da sua boca.
Falar em línguas não é soluço. Deus concede, mas você
precisa crer e falar.
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