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Fis01 Livro Teoria PDF
Fis01 Livro Teoria PDF
Cinemática Escalar
e Vetorial
Pré-Vestibular
Teoria e Exercícios Propostos
índice.física 1
1. Ponto Material
Quando estudamos o movimento de um
corpo, muitas vezes é necessário levarmos em
conta o seu comprimento, a sua largura e a sua
altura. Porém, em certos casos, essas dimensões
(comprimento, largura e altura) são muito pe-
quenas em relação ao percurso que esse corpo
vai descrever; aí então, desprezamos essas di-
mensões e consideramos o corpo como se fosse 2. Móvel
um ponto material. É muito comum no desenvolvimento
teórico ou no enunciado de um exercício, fa-
Ponto material ou partícula é um corpo cujas larmos em corpos que estão associados ao
dimensões são desprezíveis quando compa- nosso cotidiano, como o movimento de uma
radas com a extensão de seu movimento. pessoa, de um automóvel e assim por diante.
Muitas vezes, não há necessidade de se espe-
cificar qual é o corpo que está em movimento,
Considere um automóvel em duas si- se é uma moto, um carro ou uma bicicleta,
tuações de movimento. Quando este automó- então o chamamos genericamente de móvel.
vel fizer manobras dentro de uma garagem,
ele não pode ser encarado como um ponto
material, porque devemos levar em conta o
3. Referencial
seu comprimento, largura e a altura para que Para descrever o movimento, o obser-
não haja colisão. vador deve definir um sistema de referência
ou referencial em relação ao qual o móvel será
analisado.
4. Movimento e Repouso
Dizemos que um corpo se encontra em
movimento, sempre que a sua posição se mo-
dificar, no decorrer do tempo, em relação a
um certo referencial.
Dizemos que um corpo se encontra em
repouso, sempre que a sua posição se manti-
ver (for a mesma), no decorrer do tempo, em
relação a um certo referencial.
6. Localização 7. Espaço
Para localizarmos um móvel num de- Quando conhecemos a trajetória descri-
terminado instante, construímos um siste- ta por um móvel, segundo um referencial,
ma de referência cartesiana, que pode apre- podemos dispensar o uso de eixos cartesianos
sentar uma, duas ou três dimensões. e definir a posição do móvel ao longo da tra-
Para darmos a posição de um automó- jetória, tomando um ponto desta como refe-
vel em trajetória retilínea, basta um único eixo rência. Este ponto de referência é denomina-
(movimento unidimensional), já que uma abcissa do origem (O) e a posição do móvel, espaço (s).
x desse eixo o localizará num certo instante.
Espaço (s) de um móvel é a distância, me-
dida ao longo da trajetória, do ponto onde
se encontra o móvel até a origem (O), acres-
cido de um sinal de acordo com a orienta-
ção da trajetória.
Exemplo
s0 = 4,0 m
para t = 1,0 s ⇒ s = s1 = 4,0 + 2,0.(1)
Pela figura anterior, temos que, no instan-
s1 = 6,0 m te t1 = 3s, o móvel encontra-se na posição
s1 = 4 m, e, no instante t2 = 6 s, sua posição é
9. Sentidos de Tráfego s2 = 9 m. Podemos afirmar que, entre os instan-
Quando o móvel caminha no sentido da tes 3 s e 6 s, o espaço do móvel variou de 5 m, ou
orientação da trajetória, seus espaços (s) são seja, de 4 para 9 m. Essa variação de espaço rece-
crescentes no decorrer do tempo. Denomina- be o nome de deslocamento escalar (∆ ∆s).
mos este sentido de tráfego de progressivo. Quando o movimento for progressivo,
o deslocamento escalar será positivo (∆ ∆s > 0).
Quando retrógrado, será negativo (∆ ∆s < 0).
Resposta
12. Velocidade Escalar Média
a) O espaço inicial é o espaço no instante t = 0.
Vimos que, quando um objeto está em
Para t0 = 0 ⇒ s = s0
movimento, ele muda de posição ao longo de
s0 = (0)2 - 4.(0) + 4 ⇒ s0 = 4 m sua trajetória. A cada posição do objeto, as-
b) Para t1 = 1 s ⇒ s = s1 sociamos um espaço ( s), e a variação de es-
paço representa o deslocamento escalar (∆s).
s1 = (1)2 - 4.(1) + 4 ⇒ s1 = 1 m
A tal variação de espaço ocorre num in-
c) Para t2 = 2 s ⇒ s = s2 tervalo de tempo (∆t), definido pela diferença
s2 = (2)2 - 4.(2) + 4 s2 = 0 ∆s s −s
υm= = 2 1
∆t t2−t1
entre o instante final e o inicial do percurso.
d) ∆s = s2 s1 = Quando relacionamos o deslocamento
escalar ∆s e o correspondente intervalo de tem-
∆s = 0 4 ⇒ ∆s = - 4 m
po ∆t, obtemos a velocidade escalar média (vm).
Exemplo Resolução
A função horária do espaço de um mó-
vel é dada por: s = 2t3 + 4t2 − 5t + 7 (SI)
Obter a velocidade escalar do móvel
num instante t.
Resolução
No trecho AB:
d s → v = 2.3.t3-1 + 4.2.t2-1 − 5.1.t1-1 + 0 2 2
v= 11 = ⇒ ∆31 = (1)
d s ∆31 11
Portanto: v = 6t2 + 8t − 5 (SI) No trecho BC:
2 2
Exercícios Resolvidos 11 = ⇒ ∆31 = (2)
∆31 11
01. Considere um ponto material que No trajeto ABC:
se desloca, em relação a um dado referencial,
com a seguinte função horária do espaço: 23
11 = (3)
∆42 + ∆43
s = t2 5t + 2 (SI)
Substituindo (1) e (2) em (3), vem:
Determine a velocidade escalar média
entre os instantes 0 e 1 segundo. 23 2
11 = =
Resolução 3 3 4 4
+ +
A velocidade escalar média é: 1 2 1 3 12 1 3
∆2 22 − 23 21213
11 = = 11 =
∆3 32 − 33 ou seja:
12 + 13
em que:
03. Um ponto material percorre um tra-
s1 = 12 5 · 1 + 2 = 2 m jeto ABC de uma trajetória de tal forma que o
s0 = 02 5 · 0 + 2 = 2 m trecho AB é percorrido com velocidade v1 num
intervalo de tempo ∆t1 e o trecho BC com velo-
−2 − 2
Portanto: 11 = =15 cidade v2 num intervalo de tempo ∆t2 . Calcule
3− 4 a velocidade escalar média no trajeto ABC.
1 1 = 2 3 456
Resolução
O sinal negativo indica que, no intervalo de
No trecho AB:
tempo considerado, o móvel viaja no sentido oposto
ao da orientação da trajetória. ∆21
11 = ⇒ ∆21 = 11 ⋅ ∆31
∆31
02. Um ponto material percorre um tra-
jeto ABC de uma trajetória, tal que os trechos No trecho BC:
AB e BC possuem comprimentos iguais (AB =
∆2 1
BC = d). Sejam v1 e v2 as respectivas velocida- 11 = ⇒ ∆2 1 = 11 ⋅ ∆31
des escalares médias nos trechos AB e BC. ∆31
Calcule a velocidade escalar média do ponto
material no trajeto ABC.
No trajeto ABC: 23
e) 1 =
24
∆2 ∆22 + ∆2 3
11 = =
∆3 ∆32 + ∆33 1 = 21 − 32 + 4
1 = 23 − 4 (SI)
12 ⋅ ∆22 + 13 ∆23
11 =
∆22 + ∆23
f) 1 = 23 − 4
Para 1 = 2 ⇒ 3 = 31
04. Uma partícula tem sua posição, ao
longo de sua trajetória, dada pela seguinte 11 = 2 ⋅ 3 − 4 = −4
função horária:
11 = − 2 3 4
1
1 = 2 − 12 + 2 (SI) Para 1 = 2 3 ⇒ 4 = 41
11 = 2 ⋅ 3 − 4 = −5
Determine:
a) o espaço inicial; 11 = −2 345
b) a posição do móvel para 1 = 1 2 ;
c) o deslocamento escalar entre 0 e 1 s; Quando o enunciado solicita a velocidade num
d) a velocidade escalar média entre os instante, é claro que ele se refere à velocidade instantânea.
instantes 0 e 1 s;
e) a função horária da velocidade; 05. A posição de um móvel em sua tra-
f) as velocidades nos instantes 0 e 1 s. jetória varia conforme a função horária:
Resolução
1 = 21 − 12 + 1 (SI)
a) Para 1 = 2 ⇒ 3 = 31
2. Velocidade
Escalar Constante
Um objeto encontra-se em movimento
uniforme, em relação a um determinado
referencial, quando a sua velocidade escalar
não varia no decorrer do tempo.
Sendo a velocidade escalar constante, o Propriedade
móvel percorre deslocamentos escalares A variação de espaço (∆s) de um movi-
iguais em intervalos de tempos iguais, em mento uniforme, num intervalo de tempo
qualquer tipo de trajetória, ou seja, o estudo (∆t), é dada por:
do movimento uniforme não depende da for-
∆1 = 31 ∆2
ma da trajetória.
A figura a seguir representa um movi- Geometricamente, isto corresponde à
mento uniforme, em trajetória retilínea, com área sob o gráfico v x t.
velocidade escalar constante de 4 m/s.
∆12 324567
Exercícios Resolvidos
01. Um carro se desloca em uma estra-
da retilínea com velocidade escalar constan-
te. A figura mostra as suas posições, anota-
das em intervalos de 1 min, contadas a par-
tir do km 24, onde se adotou t = 0. Como: ∆1 = 2 ⋅ ∆3
LTrem + LPonte = v · ∆t
60 + LPonte = (10) · (15)
60 + LPonte = 150 → LPonte = 90 m
∆ −2 34 −2 34
1= = =
∆ 5 467 5
89
Resolução
1 = − 123 34
Resolução
a) Não. Mostraria a Terra de 10 anos atrás.
Neste momento estaria chegando lá uma imagem que
viajou durante 10 anos pelo espaço, ou seja, que da-
qui saiu 10 anos atrás.
b) Primeiramente, calculemos 1 ano-luz em
metros levando em conta o movimento uniforme da
luz durante 1 ano.
∆1 = 2 ⋅ ∆3
∆sTotal 1 Α + Α = (2) · (30) + (1) · (15) = 75 km 1 ano-luz = c · (1 ano)
1 2
1 ano-luz = (3 · 108m/s) · (3,2.107 s)
b) Na viagem que durou 3,0 h, a velocidade 1 ano-luz = 9,6 · 1015 m
escalar média do ciclista é dada por: Assim, a distância entre a Terra e o tal planeta
(10 anos-luz) seria de:
∆ 2 45 67
11 = = ⇒ 11 = 567
d = 10 · (9,6 · 1015 m) → d = 9,6 · 1016 m
∆3 89
Repare que este resultado não corresponde à 4. Função Horária
média aritmética das velocidades utilizadas pelo ci-
clista (30 km/h e 15 km/h). A velocidade escalar mé-
do Espaço
dia apenas informa qual a velocidade escalar cons- Suponha um móvel trafegando com ve-
tante que poderia substituir, na viagem toda, as duas locidade escalar constante v ao longo de uma
que o ciclista utilizou. trajetória genérica, como ilustra a figura a
seguir.
04. Considere o texto abaixo:
Para enxergarmos qualquer objeto é necessário que
ele envie luz até nossos olhos. Como a velocidade
da luz é finita, existe um tempo para que o percur-
so dessa luz seja cumprido até nós. Logo, a visão
que temos de algo é sempre uma imagem de seu Em destaque na figura, observamos que
passado. o móvel no instante t = 0 encontra-se no espa-
Imagine que fosse possível um extrater- ço inicial s0. Após um tempo t, ele atinge a
restre, em seu planeta posicionado a 10 anos- posição s.
luz da Terra, estar nos observando com seu Lembrando que no movimento unifor-
telescópio neste momento. me o deslocamento escalar é dado através da
a) A imagem por ele obtida mostraria a expressão ∆s = v.∆t , podemos deduzir sua
Terra em seu momento atual? função horária do espaço assim:
b) Aproximadamente, qual a distância ∆s = v · ∆t
em metros entre a Terra e o tal planeta? s s0 = v · (t 0)
Dados: s s0 = v · t
velocidade da luz = c = 3,0 · 108 m/s
s = s0 + v · t
1 ano = 3,2 · 107 s.
Observe que todo movimento uniforme Se for progressivo (v > 0), o espaço será
terá este tipo de função horária do espaço, crescente no decorrer do tempo. Se retrógra-
isto é, trata-se de uma função matemática do do (v < 0), o espaço decrescerá com o tempo.
primeiro grau, onde s0 e v serão os seus coefi- Observe que a declividade da reta (tgθ) re-
cientes linear e angular, respectivamente. presenta o coeficiente angular da função, isto é:
Como exemplo, veja a tabela a seguir.
Ela nos traz a relação espaço-tempo de um ∆2 4
1= 5 536 θ
objeto em movimento uniforme. ∆3
Exercícios Resolvidos
01. A função horária do espaço, para
Não há razão para sabermos qual o for- um movimento uniforme, é dada por:
mato de sua trajetória, mas a função horária
do espaço deste móvel é facil de se obter. s = 10 + 2,0t (SI)
Acompanhe os passos a seguir: Determine:
1) Pela tabela, temos: a) o espaço inicial e a velocidade escalar
1 = 1 ⇒ 21 = 2 3 do movimento;
b) a posição do móvel para t = 30 s;
∆2 1 2
1= = =12 4 c) o instante no qual a posição do móvel
∆3 34
é 20 m.
2) Montagem da função horária:
Resolução
s = s0 + v · t ⇒ s = 2 + 3t (SI) a) A função horária do MU é s = s0 + v · t e
no exercício, a equação é s = 10 + 2,0t .
Repare que esta expressão final relacio-
nará todos os dados da tabela anterior: Por comparação, temos:
t = 0 ⇒ s = 2 + 3 · (0) = 2 m s0 = 10 m e v = 2,0 m/s
t = 1 s ⇒ s = 2 + 3 · (1) = 5 m
t = 2 s ⇒ s = 2 + 3 · (2) = 8 m b) No instante t = 3,0 s, temos:
....e assim por diante. s = 10 + 2,0 (3,0) ⇒ s = 16 m
Resolução
As funções horárias para os carros A e B são:
Pede-se: sA = 20 + 60t e sB = 300 80t
a) o formato da trajetória do móvel; No ponto de encontro, temos sA = sB. Então:
b) a partir dos dados da tabela, cons- 20 + 60t = 300 80t ⇒ t = 2,0 h
trua o diagrama horário do espaço e ou seja, o encontro dos carros verifica-se
calcule a velocidade escalar do móvel; duas horas após a passagem deles pelas posições
c) determine a posição (s0) do móvel no iniciais da figura.
instante t = 0; Substituindo t = 2,0 h nas equações horárias
d) Escreva a função horária do espaço dos dois carros:
para esse móvel.
sA = 20 + 60 · (2,0) ⇒ sA = 140 km
Resolução
sB = 300 80 · (2,0) ⇒ sB = 140 km
a) Indeterminada, pois não há dados para isto.
b) Gráfico s x t : Portanto, o encontro dos carros A e B ocorre
no km 140, ou seja, a 140 km da origem dos espaços.
45
1 = 23θ = = 7 89
∆3
Os processos de encontro ou ultrapas-
sagens de móveis são analisados normal-
mente através de movimento relativo.
1123 = 11 11 + 1121 Suponha, por exemplo, duas partículas
trafegando na mesma trajetória com veloci-
dades escalares constantes, vA e vB, e separa-
II. Móveis no Mesmo Sentido das inicialmente por uma certa distância D0,
como indica a figura a seguir.
∆2123 ∆2 44
1123 = ⇒ ∆3 = 123 =
∆3 1123 11 51+1161
Resolução
a) Primeiramente, calculemos a velocidade re-
lativa de um trem em relação ao outro.
Qual partícula (A ou C) irá se encontrar 1123 = 21 12 + 2122= 12 + 34 = 56 45 3 6
primeiro com a partícula B?
Transformando-a para m/s, temos:
Resolução 12
Estudemos o movimento de aproximação de
1123 = 4 3 5 = 56 4 3 5
3 24
A em relação a B (referência).
Observando que no cruzamento o deslocamento
1123 = 2112−2122 = 5 − 3 = 2 m/s relativo tem intensidade igual à soma dos compri-
mentos dos trens, vem:
Até o encontro, A terá um deslocamento relati-
vo de 6 m. Logo, o tempo gasto para isto vale:
∆ 2345 14
∆112 = = ⇒ ∆112 = 3 2
3345 2 45 2
Estudemos agora a aproximação entre C e B
de forma análoga. ∆ 2 123 123 6
∆1 = = ⇒ ∆1 = 5 2
1123 = 2112 + 2122= 3 + 1 = 4 m/s 3123 42 6 7
Até o encontro: 1 212
b) 1 1 =43 14 ⋅ ∆2 = 12 5 3 64 ⋅ 4 = 56 7
∆ 2345 14 12 =4324 ⋅ ∆2 = 134 5 3 642 ⋅ 142 = 46 7
∆112 = = ⇒ ∆112 = 3 2
3345 2 45 2
∆2 123456 78938
6
1 ≅ 11 =
∆3 123456 78938
6
Resolução
∆2 12 − 2 63
Para que isto ocorra, a aceleração esca-
11 = = ⇒ 11 = 1 4 7 51
∆3 43
lar instantânea deve ser no mesmo sentido
Uma aceleração escalar média de 2,0 m/s2 sig-
da velocidade escalar instantânea, ou seja, v
nifica que a velocidade escalar instantânea variou em
e a possuem o mesmo sinal.
média de 2,0 m/s a cada segundo.
b) O móvel se movimenta com veloci-
dade escalar instantânea cujo módulo dimi- 02. Um automóvel, movimentando-se
nui em função do tempo. O movimento é de- a 90 km/h, é freado e pára em 10 s. Determine
nominado retardado. a aceleração escalar média durante a
frenagem.
Resolução Resolução
Sendo 90 km/h = 25 m/s, temos: Para classificar o movimento, devemos anali-
sar os sinais da velocidade e da aceleração no instante
∆2 1 − 23 considerado.
11 = = ⇒ 11 = − 2 63 4 7 5 1
∆3 41 A velocidade é obtida através da derivada da
Neste exemplo, temos a velocidade escalar ins- função horária do espaço:
tantânea positiva e a aceleração escalar média nega- 32
tiva. Isto significa que, no decorrer do tempo, a velo- 1= = − + 4 56789
31
33
34
cidade escalar instantânea diminui, pois a aceleração
média possui sinal contrário ao da velocidade e, con- No instante t = 2 s:
seqüentemente, contrário ao da trajetória. 11 = − 1 + 2 ⋅ 4 15 ⇒ 11 = 3 2 3
03. Um ponto material desloca-se se- A aceleração é dada pela derivada da função
gundo a função horária do espaço: horária da velocidade:
s = t3 + 2t2 + 4t − 12 (SI) 32
1= =5 ⇒ a = 4 m/s2 (constante)
Determine, no instante t = 1 s: 34
a) o espaço; Conclusão
b) a velocidade escalar;
O movimento no instante 2 s é progressivo (v > 0)
c) a aceleração escalar.
e acelerado (v e a têm mesmos sinais).
Resolução
a) Para t = 1 s ⇒ s = s1
s1 = (1)3 + 2(1)2 + 4(1) - 12 ⇒ s1 = - 5 m 4. Movimento Uniforme-
25 mente Variado
b) 1 = = 3 61 + 4 6 + 4
26 Um carro movimentando-se pelas
Para t = 1 s ⇒ v = v1 ruas de uma cidade, gotas de chuvas cain-
do, as pás de um ventilador, ao ser ligado
v1 = 3(1)2 + 4(1) + 4 ⇒ v1 = 11 m/s ou desligado, são exemplos de corpos que
se movimentam com velocidade escalar
32
c) 1 = = 14 + 5 variável, os chamados movimentos varia-
34 dos.
Para t = 1 s ⇒ a = a1 Dentre os movimentos variados, dare-
a1 = 6(1) + 4 ⇒ a1 = 10 m/s2 mos destaque, a partir deste módulo, aos
movimentos uniformemente variados, mo-
vimentos nos quais a velocidade escalar do
03. Um ponto material desloca-se so- corpo aumenta ou diminui, em relação ao
bre uma trajetória retilínea obedecendo à tempo, de maneira uniforme, ou seja, os cor-
função horária do espaço abaixo: pos movimentam-se com aceleração escalar
1 = 1 − 22 + 221 (SI) constante.
Propriedade
8. Diagrama Horário da
A variação de velocidade (∆v) de um Velocidade Escalar
MUV, num intervalo de tempo (∆t), é dada Já que a função horária da velocidade
por: de todo MUV é do primeiro grau, o gráfico
∆v = a · ∆t velocidade x tempo terá a forma de uma reta
inclinada, a partir da velocidade inicial v0 .
Geometricamente, isto corresponde à
área sob o gráfico a x t.
∆v N área
Observe que a declividade da reta (tgθ) 02. Um carro parte do repouso e man-
representa o coeficiente angular da função, tém uma aceleração escalar de 2,0 m/s2 du-
ou seja: rante 10 s. Imediatamente após ele é freado
bruscamente, vindo a diminuir sua velocida-
∆2 4 de escalar a uma taxa constante de − 4,0 m/s2
1= 5 536θ
∆3 até parar.
a) Determine a duração total deste mo-
Exercícios Resolvidos vimento.
01. A tabela a seguir fornece, em função b) Construa os diagramas horários da
do tempo, a velocidade escalar de uma pe- velocidade e da aceleração escalares.
quena esfera que desliza ao longo de uma
Resolução
rampa com aceleração constante.
a) No final da fase uniformemente acelerada, o
carro atingiu uma certa velocidade escalar. Vamos
calculá-la:
v = v0 + a · t
v = 0 + 2 · (10) ⇒ v = 20 m/s
Pede-se: Na fase de frenagem, até parar, ele reduz sua
a) a aceleração escalar da esfera; velocidade de 20 m/s para zero. Com esta variação de
b) a função horária de sua velocidade; velocidade podemos determinar a duração da brecada,
c) o gráfico velocidade x tempo ou seja:
Resolução ∆2 ∆2 5 − 65
1= ⇒ ∆3 = = = 985 4
∆3 1 − 785
a) Pela tabela, notamos que a cada intervalo
de 2,0 s sua velocidade escalar varia de 3,0 m/s. Então, para obtermos a duração total de movi-
Logo: mento, basta somar as durações de cada fase, isto é:
Observação
1 1 = 13⋅ 2
Note pelo gráfico a seguir que o instante t = 4 s
é o momento da inversão do sentido de tráfego, ou 1 = 3 ⋅ 22
2 2
seja, o instante em que o móvel pára (v = 0). Após o
instante t = 4 s, o móvel entra em movimento acelera-
do, pois v e a passam a ter o mesmo sinal (ambas
negativas). ∆1 = 21 ⋅ 3 + 14 ⋅ 32
2 3 5 12 3 5
1 1
∆1 = 21 ⋅
Observe a demonstração a seguir:
Desenvolvendo, matematicamente, a ex-
∆12 124567 234
pressão acima, vem:
13 3 2 + 3 46 ∆8
∆1 =
2 9 5 ⋅
11 = 121 + 1 ⋅ 2 ⋅ ∆3
3 + 3
31 = 2
9 Exercícios Resolvidos
De modo geral, a velocidade escalar mé- 01. Um automóvel com velocidade es-
dia no MUV pode ser determinada entre dois calar de 90 km/h (ou seja, 25 m/s) é freado
instantes quaisquer (t1 e t2), obtendo-se a mé- uniformemente e pára após 10 s. Analisando
dia aritmética das velocidades escalares des- esta frenagem, calcule:
ses instantes (v1 e v2), ou seja: a) a aceleração escalar do carro;
1 +1 b) o seu deslocamento escalar até parar.
11 = 2 3
1 Resposta
Pela velocidade escalar média calculada, a) 1 = 11 + 2 ⋅ 3
podemos também determinar o deslocamen-
to escalar acontecido. Por exemplo, um carro 1 = 23 + 2 ⋅ 41 ⇒ 2 = − 2 43 5 6 2
em MUV que varia sua velocidade escalar de
15 m/s para 25 m/s, num prazo de 4,0 segun- b) ∆1 = 21 ⋅ 3 + 14 ⋅ 32
dos, desloca: −1 12
∆1 = 12⋅ 34 + ⋅ 34 2 ⇒ ∆1 = 312 5
1
∆1 = 21 ⋅ ∆3
1 2 + 23 46 ⋅ ∆3 = 13 34 + 24 46 ⋅ 5 46 = 76 1
∆1 = 3 2
Podemos também calcular o deslocamento esca-
13 22 + 246 ∆3
11. Equação de Torricelli ∆1 = 21 ⋅ ∆3 =
2 2 5 ⋅
Resposta
a) Nota-se, pelos dados, a ausência da grandeza
tempo. Logo, devemos determinar a velocidade atin-
gida por uma equação não horária. Usando a equa- A concavidade da parábola do gráfico s ´ t será
ção de Torricelli, temos: voltada para cima quando a aceleração escalar
do MUV for positiva. Se a aceleração escalar for
11 = 121 + 1 ⋅ 2 ⋅ ∆3 negativa, a concavidade da parábola será volta-
11 = 2 1 + 1 ⋅ 1 ⋅ 13 ⇒ 1 = 42 5 6 da para baixo.
1 + 1 Repare que o vértice da parábola, do gráfico
b) 11 = 2
3 s ´ t acima, ocorre no instante (ti) de inversão do
4 + 54 sentido de movimento, que deixa de ser pro-
11 = ⇒ 11 = 6 24 1 2 gressivo para ser retrógrado, ou vice-versa. Dessa
3
forma, o instante do vértice da parábola, no grá-
fico s ´ t, sempre representa o momento em que
12. Função Horária do Espaço a velocidade do móvel é nula (v = 0).
Podemos obter a relação espaço-tempo do
MUV por meio da função horária do desloca-
14. Deslocamentos Sucessivos
mento, já demonstrada. Observe: Considere um móvel que parta do repou-
so (v0 = 0) com uma aceleração escalar cons-
∆1 = 21 ⋅ 3 + 14 ⋅ 32 tante positiva, como sucede com uma boli-
1 − 11 = 21 ⋅ 3 + 14 ⋅ 32 nha quando solta numa rampa.
Por meio do cálculo de áreas no gráfico
1 = 11 + 21 ⋅ 3 + 14 ⋅ 32 velocidade ´ tempo, podemos determinar,
em intervalos de tempos iguais, os desloca-
mentos sucessivos efetuados pelo móvel.
Portanto, todo movimento uniformemen-
te variado possui função horária do espaço
do segundo grau, sendo s0 , v0 e a/2 os coefici-
entes da função.
Repare que os deslocamentos escalares Por comparação com a função dada, temos:
sucessivos são crescentes e proporcionais aos
números ímpares, ou seja: d, 3d, 5d, 7d, etc. s0 = 2 m v0 = 3 m/s
Essa propriedade sempre ocorre quando o
móvel parte com velocidade inicial nula. (a/2) = 4 Þ a = 8 m/s2
Pede-se:
a) o instante (t) em que a partícula pára;
b) a sua velocidade escalar inicial (v0);
Exercícios Resolvidos c) a sua aceleração escalar (a);
01. A função horária do espaço de um mó- d) a função horária do espaço do móvel.
vel é dada por: Resolução
1 = 1 + 2 2 + 3 21 534 6 a) No gráfico, o instante do vértice da parábo-
Determine para esse movimento: la (t = 2,0 s) indica o momento em que ocorre a
inversão de sentido do movimento (o móvel passa
a) o espaço inicial (s0), a velocidade inicial
de progressivo para retrógrado), ou seja:
(v0) e a aceleração escalar (a);
b) a função horária de sua velocidade. 1=2 ⇒ 3 = 452 6
Resolução b) Nota-se pelo gráfico que, nos dois primeiros
a) Trata-se de um movimento uniformemente va- segundos de movimento, a partícula teve uma varia-
riado, pois a função horária dada é do 2º grau, ou seja: ção de espaço igual a:
Logo, sua velocidade escalar média foi de: 03. A figura a seguir mostra, em interva-
los de 1,0 s, a mudança de posição de uma
456 7
11 = 12 = = 856 7 2 bolinha que se move sobre uma rampa lon-
13 856 2 ga, após ser solta no instante t = 0.
Lembrando que a velocidade média no MUV equi-
vale à média das velocidades inicial e final, vem:
1 + 12
11 = 34356 78531 = 93
15
36
2
9 + 12
249 = ⇒ 12 = 49 6
2
c) Usando a função horária da velocidade do
MUV, temos:
a) Que tipo de movimento ela executa so-
1 = 11 + 2 ⋅ 345467 89641 =
46743 5
4
4 4 bre a rampa?
= 5
+ 2 ⋅ 5
⇒ 2 = − 5
7
1 b) Quantos centímetros ela percorrerá
durante seu quarto segundo de movimento
d) 1 = 11 + 21 ⋅ 3 + 14 ⋅ 3
2
sobre a rampa?
Substituindo na função os valores do espaço ini- Resolução
cial (s0 = 5,0 m, pelo gráfico), da velocidade inicial a) O movimento é uniformemente acelerado,
(v0) e da aceleração escalar (a) da partícula, vem: já que os deslocamentos sucessivos da bolinha (a cada
1,0 s) são crescentes e proporcionais aos números
1 = 234 + 534 ⋅ 6 + −123
1
⋅ 61 ímpares, isto é: 10 cm ( no 1º segundo), 30 cm (no 2º
segundo), 50 cm (no 3º segundo), etc.
123456427
= 89
+ 9
4 − 9
4 1 (SI) b) Se os deslocamentos consecutivos da boli-
nha (a cada 1,0 s) seguem a ordem dos números
Esta expressão representa a equação da parábo- ímpares, portanto no quarto segundo, isto é, entre
la do gráfico s ´ t dado. t = 3,0 s e t = 4,0 s, a bolinha percorrerá 70 cm.
2. Diagramas Horários
do MU 3. Diagramas Horários
O Movimento Uniforme (MU) apresenta do MUV
as seguintes características: O Movimento Uniformemente Variado
(MUV) possui as seguintes características:
∆3 56 2
Nos últimos 20 s:
− 56 4
1 = ∆2 = = −716 4 2 2345678579
∆3 56 2
Observação
A área sob o gráfico espaço x tempo não 1 = ∆2 5 4536 θ 1 1 2 2345 θ
∆3
tem significado físico prático. Logo, não há
razão para efetuarmos seu cálculo.
Observação
6. Declividades No cálculo de declividades (tg θ) em dia-
gramas horários, procuramos não substituir
Vimos no estudo de movimento unifor-
o ângulo θ (em graus) já que os eixos
me que a declividade (tg θ) da reta inclinada
cartesianos dos diagramas na Física normal-
do gráfico s x t indica o valor da velocidade
mente apresentam escalas diferentes.
escalar constante do móvel. Ou seja:
Exercícios Resolvidos
01. O gráfico a seguir indica como varia a
velocidade escalar de uma composição de
metrô, em função do tempo, durante seu trá-
1 = ∆2 4536 θ fego entre duas estações.
∆3
Com base no gráfico:
a) Calcule o deslocamento escalar da com-
Em decorrência disso, num movimento va- posição entre as duas estações.
riado a declividade da reta tangente ao gráfi- b) Construa o diagrama horário da ace-
co s x t, num certo instante t, representa nu- leração escalar para esse movimento.
mericamente a velocidade escalar do móvel
naquele instante. Isto é:
1 1 2 2345 θ
Resolução
+
∆1 = ⋅
a) Nos primeiros 4,0 s de MUV, o atleta atinge
uma velocidade de:
1 = 11 + 2 ⋅ 3 = 6 + 789 ⋅
86 = 6 4 5
∆1 = 1234 5
Poderíamos também chegar ao resultado acima
b) Primeiramente, vamos calcular a aceleração calculando a área sob o gráfico a x t, ou seja:
escalar nas três etapas do movimento.
Nos primeiros 15 s: (MUV)
67 485
1 = ∆2 = = 7 48 5 1 ( ou tgθ )
∆3 9
5
Entre os instantes 15 s e 45 s: a = 0 (MU). ∆v 1 área (A)
∆12 3 24567 89
+
∆1 = ⋅ ⇒ = ∆1 =
Capítulo 04. Diagramas Horários PV2D-07-FIS-11 41
Cinemática Escalar e Vetorial
b) 1 = 1 ⋅ 2 = 56 ⋅ 786 ⇒ 1 = 76 39 4 ou
1 = 512 = 5 ⋅ 67 ⋅ 89 ⇒ 1 =
7 34
SUBIDA 1>1
RETARDADA 2<1
1 1 −2 1<1
DESCIDA
ACELERADA 2<1
5. Cálculos Básicos
A partir das equações do MUV, podemos
obter, para um corpo lançado para cima, o
tempo de subida e a altura máxima atingida
em relação ao ponto de partida.
a) Lembrando que no final da subida a ve-
locidade se anula, temos: Propriedades
1 = 11 − 2 ⋅ 2 a) O tempo de subida coincide com o tem-
po de descida até o ponto de lançamento.
1 = 11 − 2 ⋅ 21 ⇒
1
21 = 21 b) Quando o móvel retornar ao ponto de
lançamento, sua velocidade escalar será igual
b) Pela equação de Torricelli, vem: a ( v0).
11 = 121 + 1 ⋅ 2 ⋅ ∆3
Exercícios Resolvidos
2 1 = 121 + 1 ⋅ 5 −34 ⋅ 4345 ⇒ 4234 =
121
13
01. Um corpo é lançado verticalmente
para cima, a partir do solo, com velocidade
6. Diagramas Horários escalar inicial de 30 m/s. Despreze a resistên-
cia do ar e considere g = 10 m/s2.
Representamos a seguir as funções horá-
rias e os diagramas horários da velocidade Determine:
escalar e da altura do móvel em relação ao a) o tempo de subida;
ponto de lançamento. b) o tempo total de vôo;
c) a altura máxima atingida.
6
Como opção, podemos também calcular a altura
máxima usando a expressão obtida da equação de
Torricelli, isto é:
212 345 1
1123 = = ⇒ 1123 = 3 44 8
12 6 ⋅ 745
4. Aplicações Básicas
Consideremos um barco que se movimen- Nesse caso, o módulo da velocidade re-
1 sultante do barco, em relação às margens, é
ta com uma velocidade própria 11 , relativa
1 dada através do teorema de Pitágoras:
às águas de um rio. Seja 11 a velocidade da
correnteza das águas em relação às margens 111 = 121 + 131 22222 ⇒ 11 = 121 + 131
do rio. Vamos determinar sua velocidade re-
1
sultante 11 , ou seja, a velocidade que o barco Supondo que as velocidades citadas sejam
possui em relação às margens do rio, nos se- constantes (movimentos uniformes), pode-
guintes casos: mos calcular o tempo de travessia de vários
1 modos diferentes, de acordo com o Princípio da
a) O barco tem sua velocidade própria ( 11 )
Simultaneidade. Observe isto:
orientada na direção da correnteza, com sen-
tido a favor da correnteza (descendo o rio) ou
contra (subindo o rio).
∆1 = 23
4 1
∆1 = 23
4 1
∆1 = 23
4 1
Exercícios Resolvidos
Em cada situação, o módulo da veloci-
01. Considere um trecho de um rio com
dade resultante do barco, em relação às mar-
largura (distância entre margens) constante
gens, é dada por:
L = 400 m, cuja correnteza tem velocidade
constante de módulo vC = 3,0 m/s. Um barco
• 11 = 12 + 13 1234567895345
49
111111
cuja velocidade em relação às águas é cons-
• 11 = 12 − 13 123456789349
48
111111
tante e de módulo vB = 4,0 m/s pretende atra-
vessar esse rio de uma margem à outra, man-
1
tendo sua velocidade 11 perpendicular à da
b) O barco atravessa o rio mantendo sua
1 1
velocidade própria ( 11 ), perpendicular ao correnteza ( 11 ).
arrastamento da correnteza.
Calcule:
a) o tempo gasto na travessia;
b) o módulo do deslocamento do barco,
em relação às margens, nessa travessia.
Resolução
a) Na travessia, o barco teve um deslocamento
relativo às águas que coincide em módulo com a lar-
gura do rio. Logo: Determine vP e o tempo que a pessoa gas-
taria se tivesse efetuado o inverso: subisse a
∆1 = 32 escada de A para B, caminhando sobre ela com
1 velocidade de módulo vP.
∆1 = 455 6 Resolução
475 689
a) Em relação ao solo, a velocidade da pessoa será
∆1 = 344 2 1 1
a resultante das velocidades 11 e 11 . Ou seja:
1 1 1
b) A velocidade do barco em relação às margens é 11 = 12 + 13
1 1 1
obtida pela composição de sua velocidade própria ( 11 ) No trajeto BA, 11 e 11 possuem sentidos opos-
1 tos. Logo, em módulo, temos: vR = vP - vE .
com a de arrastamento da correnteza ( 11 ). Usando o
teorema de Pitágoras, vem: Observando-se os dados, nota-se que a pessoa
cumpriu o trecho BA de 9,0 m em 18 s, ou seja, sua
11 = 121 + 131 velocidade em relação ao solo vale:
456 2
11 = = 6596 2
3
11 = 1
456 + 756
1
1111 ⇒ 11 = 1 52 28 3 78 3
Com base nisso, vem:
Logo, durante os 100 s de travessia, o barco des-
locou-se efetivamente: vR = vP - vE
∆sR = vR · ∆t = (5,0 m/s)(100 s) = 500 m 0,50 = vP - 0,50 ⇒ vP = 1,0 m/s
1 1
02. A escada rolante de uma galeria co- b) Na subida AB, 11 e 11 possuem o mesmo
mercial, de comprimento AB = 9,0 m, liga os sentido. Logo, a nova velocidade resultante terá
pontos A e B em pavimentos consecutivos módulo igual a: vR = vP + vE = 1,0 + 0,5 = 1,5 m/s.
com uma velocidade ascendente de módulo Assim, o tempo que seria gasto na subida AB é:
vE = 0,50 m/s, como ilustra a figura a seguir.
789 5
Suponha que uma pessoa, mantendo uma ve- ∆1 = 23 = ⇒ ∆1 = 1 82 6
locidade constante de módulo vP em relação 41
8 5 6
à escada, desça-a de B para A (contra o
arrastamento da escada) num prazo de 18 s.
v0 = vx
Pede-se:
a) o tempo da queda de cada esfera até o solo;
v0 = 10 m/s
b) o módulo da velocidade de lançamento
de cada esfera. 1
b) A componente vertical de 1 , em t segundos de
Resolução atuação da gravidade, vale: vy = 20 m/s. Logo:
a) As esferas chegam ao solo gastando o mesmo
tempo, pois desceram a mesma altura (0,80 m).
v = g ⋅t
y
2 ⋅ 0,80 20 = 10 ⋅ t ⇒ t = 2,0s
t =t = 2h = ⇒
A B g 10 c) Devido à queda livre que ocorre na vertical,
Logo:
⇒ t = 0,40s temos:
g 2
b) Através de seus alcances e do tempo comum de h= ⋅t
2
queda, temos:
h = 10 ⋅ 2,02 ⇒ h = 20 m
2
2 6784
11 = 1 = = 1 72 4 5 d) D = v x⋅ t = 10 ⋅ 2 ⇒ D = 20 m
3 97
9 5
2 3 74 4
12 = 2 = = 5 72 4 5 2. Lançamento Oblíquo
3 97
9 5
1 ⋅ 21 2 1 ⋅ 21 ⋅ 345θ
1 = 1 ⋅ 31 ⇒ 1= =
2 2
O alcance horizontal (D) corresponde ao
Os quadros a seguir resumem as caracte-
deslocamento do movimento horizontal uni-
rísticas desses movimentos componentes.
forme, durante o tempo de vôo. Assim:
1 = 31 ⋅ 2
8 ⋅ 31 ⋅ 345 θ
1 = 132 ⋅ 123 θ 2 ⋅
6
312 ⋅ 8 ⋅ 345 θ ⋅ 123 θ 312 ⋅ 34578θ
2.2. Cálculos Usuais 1=
6
⇒ 1=
6
Considere um1 objeto disparado do solo
com velocidade 11 inclinada de um ângulo θ Pela expressão do alcance (D), nota-se que
com a horizontal. Sob a ação exclusiva da gra- dentre todos os ângulos de disparo (θ) aquele
vidade (g), o objeto atinge uma altura máxima
que propicia o maior alcance horizontal é 45°,
(H) quando sua velocidade vertical se anula ,
ou seja, quando sua velocidade é horizontal pois sen 2θθ será máximo e igual a 1 quando 2θ
(vx). Retorna ao solo com velocidade de módulo for 90°, ou seja, quando θ = 45°. Devido a isso,
v0 , após ter cumprido um alcance horizontal o alcance horizontal máximo (θ = 45°) para
1
(D) durante um tempo de vôo (T). uma dada velocidade inicial ( 11 ) é obtido por:
g 1 1 = 1211 − 2 5 2
1211 = 2 5 2 = 2 ⋅ 31 ⋅ 4 ⇒ 12 1 = 34 567
v0 5,0 m
30° 11 1 = 11 ⋅ 234 56°
76 = 11 ⋅ 689 ⇒ 11 =
6 2
d
Sabendo-se que o jato dágua penetra no b) Pelo movimento horizontal uniforme, temos:
apartamento horizontalmente e adotando-se
1 = 41 1 ⋅ 22 11111122 3 245678948
9
g = 10 m/s2, pede-se:
a) a intensidade da velocidade (v0) com
41 3 1
1 = 541 ⋅ 678 9
°⋅ = 5
⋅ ⋅
que a água sai da mangueira; 2 2
1 = 5
⋅ ⋅ ⇒ 1 =
1 3
gueira e o prédio. 2
12∆2 = 5π 6
O período (T) de um movimento repetitivo
é o intervalo de tempo necessário para o mó-
3∆3 = 4
3π 4
11 = 111111123111111111 = 3π 4⋅ 21
5
Normalmente, o velocímetro de um carro
detecta o módulo da velocidade escalar de-
senvolvida por ele na pista pela freqüência Considerando π = 3, calcule:
de rotação de uma das rodas do carro. Co- a) a freqüência de rotação da roda;
nhecendo-se o raio da roda (R), pode-se cali-
brar o velocímetro pela expressão: b) as velocidades dos pontos A e B, em re-
lação à pista.
11 = 3π 4⋅ 2 .
Resolução
Exercícios Resolvidos a) 1 = 678 23 9 12 3
5 333433 = 7
3
4
01. Uma pessoa está em uma roda-gigan-
te que tem raio de 5,0 m e gira em rotação 1 = 5π 6⋅ 21
uniforme. A pessoa passa pelo ponto mais 23 = 5 ⋅ 2 ⋅ 3 745 ⋅ 2 ⇒ 2 = 43 34
próximo do chão a cada 20 segundos.
Adotando π = 3, determine: b) Os pontos A e B tanto rotacionam em torno do
centro da roda quanto são arrastados pela translação
a) a freqüência do movimento da pessoa
da roda. Compondo-se esses dois movimentos (rota-
em rpm e em hertz (Hz);
ção + translação), temos:
b) a velocidade linear da pessoa.
Resolução
a) Como o período do movimento vale 20 s ou
(1/3) min, vem:
2 2
• 1 = = ⇒ 1 = 4567
3 2
4
2 2
• 1 = = ⇒ 1 = 9
9
Logo: vA = 2v = 2(108) ⇒ vA = 216 km/h
3 89
2π 3 e vB = 0
b) 1 =
4
2 ⋅ 5 ⋅ 678 9 03. Uma criança pedala seu velocípede com
1= ⇒ 1 = 76 9
28
uma freqüência de 0,50 Hz. A roda maior, soli-
dária ao pedal, possui
02. Um carro trafega numa estrada raio de 20 cm e as
retilínea com velocidade escalar constante de rodinhas traseiras têm rai-
108 km/h. A figura a seguir ilustra uma de os de 10 cm. Supondo que
suas rodas, cujo raio mede 25 cm, e a posição as rodas não escorreguem
de dois pontos A e B da periferia da roda, num no piso, responda às per-
certo instante. guntas abaixo.
1 ra
d ∆1
do a um arco desta de
R
comprimento ( 1 ) igual Podemos determinar a velocidade angu-
ao raio (R). Um radiano lar (ω) em função do período (T) ou da fre-
corresponde a aproxi- qüência (f) do MCU. Para isso, basta lembrar
madamente 57°. que, num período, o móvel completa uma vol-
ta, ou seja, gira 2p radianos (360°). Logo,
Pela definição aci-
ma, podemos conceber d
a medida de um ângulo R a ω = 1π 22222223422222222ω = 1 π ⋅ 2
α em radianos através 1
da razão entre o com- R
Quando o período for dado em segundos
primento ( 1 ) do arco de
(s) ou a freqüência em hertz (Hz), a velocida-
circunferência e o raio de angular terá unidade em radianos por se-
(R) correspondente. gundo (rad/s).
1
α= 234
1
7. Relação entre v e ω θ1 =
11
2
3 θ =
1
2
1 1 1
2
1 = 1 + 1 ⋅3 ⇒ θ 1 θ1 + ω ⋅ 3
Exercícios Resolvidos
01. O disco da figura gira em torno do centro O,
completando uma volta a cada 2 s. Considere dois
pontos A e B do disco dispostos, respectivamente, a
1 m e a 0,5 m do centro O. Determine:
1 = ∆2 = ∆θ ⋅ 3 ⇒ 1 = ω⋅3
∆4 ∆4
Em resumo, observe o quadro comparati-
vo abaixo.
a) as velocidades angulares de A e B;
b) suas velocidades lineares.(Use π = 3).
8. Função Horária da Resolução
a) Como os pontos A e B pertencem ao disco, o
Posição Angular período desses pontos é o período do próprio disco, ou
A figura representa uma partícula em seja, eles completam uma volta a cada 2 s. Assim,
MCU numa circunferência de raio R, sendo suas velocidades angulares coincidem com a do disco.
s0 seu espaço inicial (em t = 0) e s sua posição ω = ω = ω = 1π = 1π = π 456 1 32
2345 6 7
2 13
num instante t. Em correspondência a esses
arcos de circunferências, podemos definir em b) 1 1 = ω ⋅ 2 1 = π ⋅ 3 ⇒ 1 1 = 415 2 6
radianos sua posição angular inicial (θ0) e a 11 = ω ⋅ 2 1 = π ⋅ 345 ⇒ 11 = 645 17 2 8
final (θ) do seguinte modo:
02. Um carro trafega numa estrada circu-
lar, de raio 250 m com velocidade escalar cons-
tante de 90 km/h (ou seja, 25 m/s).
a) Qual o deslocamento angular do carro
num intervalo de 10 s?
b) Qual a velocidade angular do carro?
Resolução
a) Em 10 s, o carro desloca linearmente:
∆1 = 2 ⋅ ∆3 =
89 4 17 ⋅
5617 = 896 4
345 6
Logo, ∆θ = ∆1 = ⇒ ∆θ = 785 9
2 345 6
∆θ 2345678
b) ω = ∆1 = 24 9 ⇒ ω = 1 321 3678 4 9
1 34 5 6 7
ou ω = 2 = 348 5 ⇒ ω = 1 921 35 6 7
θ = 2 + 4 t (SI)
Pede-se:
a) Nesse momento, qual o menor ângulo, a) a posição angular inicial e a velocidade
em graus, entre os ponteiros das horas angular da partícula;
e dos minutos? b) a sua velocidade linear;
b) Qual a velocidade angular, em graus c) o período e a freqüência de seu movi-
por minuto, de cada ponteiro? mento.
c) O ponteiro das horas e o ponteiro dos Resolução
minutos estarão superpostos às 5 horas,
x minutos e y segundos. Obtenha x e y. a) Por comparação, temos:
Resolução θ 1 θ1 + ω ⋅ 1 12
⇒ θ 1 = 245622722ω 1 3 456 4 8
a) Como o círculo do relógio tem seus 360° θ 1 2 + 3⋅1 3
fracionado em 12 partes (horas), o ângulo entre dois
b) 1 = ω ⋅ 2 = 3 ⋅ 4 ⇒ 1 = 3516
marcos consecutivos é 30°. Assim, o menor ângulo
entre os ponteiros, às 5 horas, vale:
c) • ω = 1π
2
3= π ⇒
1 2=π4
2 1
α = 1 ⋅ 23° ⇒ α = 413°
• 1 = 2 ⇒ 1 = 4 56
3 π
9.1. Por Contato Direto Pelo fato de as rodas envolvidas pela cor-
Quando uma roda girante toca periferi- reia possuirem a mesma velocidade linear pe-
camente uma outra roda, sem que ocorra riférica, chega-se à mesma relação raio-fre-
escorregamento relativo, ela transmite sua qüência do caso anterior, isto é:
velocidade linear (v) periférica à outra, que 1 = ω 1 ⋅ 21 = ω 2 ⋅ 22
passa a girar em sentido contrário.
1
11 ⋅ 21 = 12 ⋅ 22
É importante salientar que em ambos os
casos de transmissão costumam-se usar ro-
das dentadas (engrenagens) cujos dentes se
acoplam entre si quando em contato ou se
encaixam nos elos da corrente de ligação, para
Caso os raios das rodas sejam diferentes, não haver deslizamento ou escorregamento.
suas velocidades angulares e, portanto, suas
freqüências serão diferentes. Isso ocorre pelo
fato de os pontos da periferia de cada roda
terem a mesma velocidade linear (v). Obser-
ve a demonstração a seguir, tomando por base
as rodas A e B esquematizadas acima.
1 = ω 1 ⋅ 21 12
⇒ ω 1 ⋅ 21 = ω 2 ⋅ 22
1 = ω 2 ⋅ 22 3 Exercícios Resolvidos
111111111111111111111111112 π 3 1 ⋅ 2 1 = 2 π 3 2 ⋅ 2 2 01. Duas polias A e B, ligadas por uma cor-
reia, têm, respectivamente, 20 cm e 10 cm de raio.
11 ⋅ 21 = 12 ⋅ 22
Como o produto f.R é o mesmo para as
duas rodas, quanto maior for o raio da roda,
menor será sua freqüência, ou seja, a freqüên-
cia de cada roda é inversamente proporcio-
nal ao seu raio. Se a freqüência com que A gira é 30 rpm:
a) qual a freqüência da polia B ?
9. 2. Por Correia ou Corrente
Quando uma roda girante é ligada a uma b) qual a velocidade linear da correia em
outra roda através de uma correia que as con- cm/s? (Adote π = 3)
torna perifericamente, ela transmite sua ve- Resolução
locidade linear (v) periférica à outra pela cor-
11 ⋅
1 = 12 ⋅
2
reia (elemento transmissor). Nesse arranjo, a)
as rodas giram no mesmo sentido. 23 ⋅ 43 = 1 2 ⋅ 53 ⇒ 1 2 = 63 789
b) 1 = 2π 5 1 ⋅ 3 14678 9
743 1=
8 =
1 = 7 ⋅ 8⋅ 79 23 ⋅ 9
9 45 ⇒ 1 = 12 23 6
02. A figura abaixo representa três engre-
nagens: A (16 dentes), B (12 dentes) e C (8 den-
tes). Elas giram vinculadas, conforme indica-
do, sendo que B gira no sentido horário.
Velocidade
Sabemos que a velocidade possui uma in-
tensidade associada a uma direção (tangen-
te à trajetória) e sentido. Quando analisamos
1
o vetor velocidade ( v ) de um móvel, no de- Movimento Curvilíneo Acelerado
correr do tempo, observamos que podem
ocorrer mudanças tanto em sua intensidade
quanto em sua direção. Eventualmente é seu
sentido que se altera.
Existe apenas um tipo de movimento em
que a velocidade vetorial permanece cons-
tante. Isso ocorre no movimento retilíneo Movimento Curvilíneo Retardado
uniforme, em que a velocidade tem intensi-
dade constante (uniforme) e sempre a mes-
ma direção (pois a trajetória é retilínea).
2. Aceleração Vetorial 1
b) Determine o módulo do vetor ∆1 que
Média indica a variação de sua velocidade entre os
pontos A e B.
Com o objetivo de estimar a rapidez com c) Qual o módulo de sua aceleração
que o vetor velocidade de um móvel varia vetorial média entre os pontos A e B?
entre dois instantes, foi criada a grandeza ace-
1 Resolução
leração vetorial média ( γ 1 ).
a) Não, pois seu vetor velocidade varia em direção
Aceleração vetorial média é a relação en- 1 1
(na figura, vA é horizontal e vB é vertical).
tre a variação da velocidade vetorial e o cor-
respondente intervalo de tempo. 1 1 1
b) ∆v = vB − v A ⇒
1
1 ∆v 1 1 1 1
γ1 = 1111111234555555∆v = v2 − v3 1∆51= 23 1 + 23 1 4
∆t
1
Como o intervalo de tempo (∆t) é sempre 1∆12= 3 456 7 8
positivo, o vetor aceleração média possui a
mesma direção e o mesmo sentido que o vetor
que representa a variação da velocidade
1
1 1 1∆v1 1 23 1
vetorial ( ∆v ). Vejamos: c)1γ 11= 2 ⇒ 331γ 11= 23 m s 1
∆t 143
02. Verifique se as afirmações abaixo são
corretas (C) ou erradas (E) de acordo com o
caráter vetorial da grandeza velocidade.
I. Em qualquer movimento circular há
variação de velocidade.
II. Movimento uniforme sempre possui
Exercícios Resolvidos velocidade constante.
III. A direção da velocidade será cons-
01. Uma partícula move-se em trajetória tante quando a trajetória for uma reta.
circular, com velocidade escalar constante de
10 m/s. A figura a seguir mostra suas passa- Resolução
gens pelos pontos A e B, quando cumpre um I. (C) - Nos movimentos curvilíneos, o vetor
quarto de volta em 2,0 segundos. velocidade sempre varia em direção.
II. (E) - O vetor velocidade é constante só no
movimento retilíneo uniforme (MRU).
III. (C) - Somente em trajetórias retilíneas o
vetor velocidade mantém sua direção.
3. Aceleração Vetorial
Instantânea
1
Sabemos que a velocidade ( 1 ) pode variar
em intensidade e em direção. Por esta razão, o
1
a) Essa partícula possui velocidade vetor aceleração ( γ ) de um móvel num certo
constante? instante é decomposto em duas acelerações
1
perpendiculares: a aceleração tangencial 11 ,
1
que indica a variação da intensidade de 1 e a
1
aceleração centrípeta 11 , que indica a varia-
1
ção da direção de 1 . Desse modo, a aceleração
1
instantânea ( γ ) fica definida pela adição
vetorial dessas componentes: Nos movimentos retilíneos, a direção da
velocidade não varia e, portanto, a acelera-
ção centrípeta é nula. A aceleração centrípeta
só existe em movimentos de trajetórias cur-
1 1 1 vas e independe do tipo de movimento (uni-
γ = 11 + 1 2
forme ou variado).
1
A aceleração tangencial 11 possui as se-
4. Análise Vetorial de
guintes características: Movimentos
Vamos, agora, identificar a aceleração
vetorial em certos tipos de movimento e sua
orientação com o vetor velocidade.
312
1 1
11 = 1 1 1
γ = 1
1 1
12 = 1 34
Nos movimentos uniformes, a intensida-
de da velocidade não varia e, portanto a ace-
leração tangencial é nula. A aceleração
tangencial só existe em movimentos varia- 4.2. Movimento Retilíneo
dos (acelerados ou retardados) e independe Uniformemente Variado
do tipo de trajetória (retilínea ou curvilínea). A velocidade varia apenas em intensida-
1 de, pois é variado em trajetória retilínea.
A aceleração centrípeta 11 possui as se-
Logo, não possui aceleração centrípeta, ou
guintes características: seja, sua aceleração vetorial é tangencial (ape-
nas para acelerar ou retardar).
1 1
γ = 11 ⇒ γ = 11 = 21211112345674689
21 56 2
11 = = ⇒ 11 = 8 39 4 1
1 76
O módulo do vetor aceleração instantânea é dado por:
γ = 111 + 121
γ = 123 1 + 123 1 ⇒ γ = 1 22 4 65 7 1
03. Com relação à aceleração vetorial de 02 (F) Nos movimentos uniformemente vari-
uma partícula, assinale verdadeiro (V) ou fal- ados e retilíneos, a aceleração vetorial resume-se à
so (F) para as frases abaixo. aceleração tangencial, que é constante e não-nula.
01 Num movimento com trajetória 04 (F) Nos movimentos circulares, a acelera-
retilínea, a aceleração é constante. ção centrípeta varia em direção.
02 Nos movimentos retilíneos e unifor- 08 (F) Nos movimentos curvos deve existir
memente variados, a aceleração é nula. aceleração centrípeta.
04 Nos movimentos circulares e unifor- 16 (F) Para que o movimento seja retilíneo, a
mes, o vetor aceleração é constante. aceleração centrípeta deve ser constantemente nula.
08 Nos movimentos curvos, a acelera- 32 (F) No movimento uniforme em trajetória
ção é nula. circular (MCU) a aceleração vetorial é não-nula
1 1
16 Quando o módulo da aceleração ( 11 ≠ 1 ). Para não haver aceleração, o movimento
centrípeta é constante, o movimento é
uniforme tem que ser retilíneo.
retilíneo.
32 Todo movimento uniforme é despro-
vido de aceleração.
Resolução
01 (F) Nos movimentos retilíneos, a acelera-
ção centrípeta é nula e, portanto, a aceleração vetorial
resume-se à aceleração tangencial. Se o movimento
for uniforme, a aceleração será constantemente nula.
Se o movimento for uniformemente variado, a acele-
ração será constante e diferente de zero. Se o movi-
mento for variado, a aceleração vetorial não será cons-
tante.
2
ou
131 = 21 12345678 9
598
y = k · x (função do 1º grau)
1 1
1=2 23111 3 21 8
7 6678 1282 49
7 Nesse caso, o gráfico y × x é:
Grandezas Vetoriais 1=
3
(função hiperbólica)
7. Adição de Vetores
Para a adição de vetores vamos, inicial-
mente, definir vetor resultante:
Vetor resultante ou vetor soma, de dois
ou mais vetores, é o vetor único que produz
o mesmo efeito que os vetores somados.
Para a determinação do vetor resultan-
te, ou seja, para efetuarmos a adição vetorial
O polígono resultante é uma figura fechada,
de dois ou mais vetores, podemos utilizar três
portanto a resultante no ponto C é nula.
métodos, denominados:
02. Obter, pelo método do polígono, a
a) regra do polígono
resultante das forças F1 = F2 = 100 N
b) regra do paralelogramo
c) regra dos componentes vetoriais
Exercícios Resolvidos
01. Aplicando o método do polígono,
determine a força resultante no ponto C.
1 1 1
03. Dados três vetores 1 + 2 e 1 , sendo:
Resolução
determine o vetor resultante:
Para construir o polígono, iniciamos por qual- 1 1 1 1
quer um dos vetores. 1 =2+3+4
Resolução 1 1
Traçamos os vetores 1 1212 com as origens
1 1 1
Traçamos os vetores 1 , 1 e 1 pela regra do coincidindo no mesmo ponto, mantendo
polígono. seus módulos, direções e sentidos.
1
Pela extremidade de 1 , traçamos uma reta
1 1
paralela a 1 e pela extremidade de 1 , uma
1
reta paralela a 1 .
1
O vetor resultante 1 será obtido unindo
1 1
1 a origem dos dois vetores 1 1212 com o en-
Para determinarmos o módulo do vetor 1 e do contro das paralelas.
ângulo θ , aplicamos o teorema de Pitágoras, no tri- 1
ângulo PQR. O vetor 1 terá origem na origem dos
1 12 = 1232 + 1132
1 1 1 vetores e extremidade no encontro das pa-
ralelas.
1
1 = 23 4 O módulo do vetor 1 será calculado pela
1 expressão abaixo, obtida a partir da lei
04. Dado o vetor 1 , representar os dos cossenos.
vetores:
1 1 1 = 2 1 + 31 + 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 234θ
a) 1 = 2 · 1
1 1 onde θ é o ângulo formado pelos vetores
b) 1 = 3 · 1
1 1
Resolução 1 1212 e 0° ≤ θ ≤ 180° .
1 1
a) 1 = 2 · 1 , então x = 2 · a
1 1
b) 1 = 3 · 1 , então y = 3 · a
Vejamos alguns casos particulares:
1 1
a) 1 112112 têm mesmo sentido
1 1 1
Para a determinação do vetor 1 = 2 + 3
procedemos da seguinte maneira:
1 1
b) 1 112112 têm sentidos opostos c)
1 = 2 1 + 3 1 + 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 567 234° = 2 1 − 1 ⋅ 2 ⋅ 3 + 3 1
1323 4
−2
1 = 2 1 + 31 = 1 1 + 2 1
1
1 = 4 2 − 35 ⇒ 1 = 263
1 = 34
1 =4
1 1
02. Dados os vetores 1 1212 com a = b = 20,
1 1 1
Obs: o vetor resultante terá o mesmo sen- obter o vetor 1 = 2 + 3
tido do vetor de maior módulo (no caso o
1
vetor 1 ).
1 1
c) 1 1212 são ortogonais
1 = 2 1 + 3 1 + 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 456 213°
12
3 3 4
2
1
1
1 = 2 1 + 3 1 + 1 ⋅ 2 ⋅ 3 ⋅ 456 23°
123
2
1 1
1 = 2 +3 57 1 = 2 1 + 3 1
1
3456789
Exercícios Resolvidos
1 1
01. Dados os vetores 1 1212 , obter o vetor 13 3 46
1 = 121 + 121 + 1 ⋅ 12 ⋅ 12 ⋅ 4
1 1 1
R = a + b nos casos abaixo, onde a = 3 e b = 4. 2 15
a) 1 = 121 + 121 4 121 = 121
1 = 12
1 = 2+3=1+2 1=3
8 .Adição Vetorial
b)
8.1. Método das Componentes Vetoriais
1
Todo vetor 1 , em um plano, pode ser re-
presentado por dois outros vetores, chama-
dos de componentes retangulares.
1 = 243 = 14 2 1=3
1
Dado um vetor 1 e duas direções de refe- 9.Subtração Vetorial
rência OX e OY, determinamos as componen- 1
1 1
tes retangulares do vetor 1 através das pro- Dados dois vetores 1 e 1 , a operação
jeções perpendiculares da origem e da extre- 1 1 1 1 1 1
1 = 1 1 ( 1 é o vetor diferença entre 1 e 1 ) é
midade do vetor nas direções dadas, confor- 1
realizada através da adição do vetor 1 com o
me figura a seguir. 1 1
vetor oposto a 1 , ou seja, com o vetor 1 .
1 1 1
1=11
1 1 1
1 = 1 + ( 1 )
Para essa adição utilizamos a regra do
paralelogramo.
1
O vetor 1 pode ser representado pelas
1 1
suas componentes retangulares 1 x e 1 y, sen-
do válida a relação
1 1 1
1 = 1x + 1y
Para determinarmos os módulos das com-
1 1
ponentes 1 x e 1 y, devemos usar as relações Como α + θ = 180°, então cos θ = cos α
trigonométricas no triângulo retângulo.
Assim,
1 = 2 1 + 3 1 + 14 24 34 234 θ =
= 2 1 + 3 1 + 14 24 345 −234 α6
1 = 2 1 + 3 1 − 14 24 34234α
1 1 1
Outro modo de obtermos o vetor 1 = 1 1 é:
1 1
cos θ = 1 1 ⇒ ax = a · cos θ Fazer as origens de 1 e 1 coincidirem.
1
11
sen θ = ⇒ ay = a · sen θ
1
e a2 = 1 11 + 1 11
Exercício Resolvido
Dados os vetores abaixo, obter o vetor
1 1 1 1 1
resultante 1 = 2 + 3 + 4 + 5
R2 = 1 11 + 1 21 (Pitágoras)
R2 = ( 40)2 + 302
R = 1 233
R = 50 u
11 12
tg θ = = = 0,75
12 32
a = 20 u b = 42 u c = 38 u d = 30 u
sen 37° = cos 53° = 0,6 θ = 37°
cos 37° = sen 53° = 0,8
Inicialmente determinamos as componen-
tes retangulares dos quatro vetores dados.
Leitura Complementar
Vetor Posição
Consideremos um corpo descrevendo
uma trajetória curva em relação a um siste-
ma de coordenadas retangulares xy, confor-
me a figura.
12
1=1 2 2 3=1 212 1
O vetor ∆1 , que representa o deslocamen-
to vetorial do móvel entre os instantes t1 e t2,
Podemos também fornecer a posição do cor- é um vetor com origem em P1 (posição ini-
1
po pelo vetor 1 , um vetor com origem no ponto cial) e extremidade em P2 (posição final).
0 (referencial) e extremidade no ponto P. Esse
vetor r recebe o nome de vetor posição. O módulo do vetor deslocamento ∆1 é
1
1 2
dado por:
1
Deslocamento Vetorial 1 ∆2
11 =
Quando um corpo se movimenta numa ∆3
1
trajetória curva qualquer, o vetor posição 1
varia no decorrer do tempo. Essa variação no Como o intervalo de tempo ∆1 é sempre
vetor posição ocorre, obrigatoriamente, na positivo, o vetor velocidade vetorial média
direção e no sentido, mas não obrigatoria- possui a mesma direção e o mesmo sentido
1
mente no módulo. que o vetor deslocamento ∆1 .
Exercícios Resolvidos
01. Um automóvel se desloca 60 km para
o norte e, em seguida, 80 km para o oeste. Cal-
cule o módulo do vetor posição em relação ao
ponto de partida.
Resolução
Resolução
a) Entre os pontos A e B, o vetor deslocamento
tem a direção da reta AB, sentido de A para B e seu
módulo é dado pela aplicação do teorema de Pitágoras.
→
12 1 = 3 1 + 3 1 = 1 3 1
→
12 = 34
Resolução
Resolução
a) A velocidade escalar média é dada por
∆2
11 = ;
∆3
π ⋅ 8 96
12345 61 71 = = ⇒ 71 = 2
3
∆4 6
2 8 69
12345 61 71 = = ⇒ 71 = 69
∆4
9
11
∆1 = 12 1 + 32 1
1
∆1 = 12 23
pegar um doente localizado bem no meio da b) Para calcular o módulo do vetor velocidade
quadra B, sem andar na contramão.
a) Qual o menor tempo gasto (em minu- 1 2
1
média 11 , deve-se ter o módulo do vetor desloca-
tos) no percurso de A para B?
b) Qual é o módulo do vetor velocidade
1 2
1
mento ∆1 , que só depende dos pontos A e B:
1 1
∆1 = 344 1 + 544 1 ⇒ ∆1 = 644 2
Então:
1
1 ∆2 1 122 1
11 = ⇒ 11 = ⋅ 5 76 ⇒ 11 = 32 458 6
∆3 342
Resolução
a) Para gastar o menor tempo possível de A até
B, a ambulância deverá percorrer o menor trajeto pos-
sível, como indicado a seguir.