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MATEMÁTICA A

2018

Prova 635

12.º Ano de Escolaridade (Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho)

Esclarecimentos adicionais à Informação-Prova de Matemática A (635) de 2018

A realização de provas de avaliação externa no quadro legal vigente obedece ao cumprimento do


previsto em Carta de Solicitação, conforme referido no número 1 do Artigo 5.º do Decreto-Lei
n.º 102/2013, de 25 de julho.

A conceção de qualquer prova de avaliação externa decorre do exposto no parágrafo anterior e deve
assegurar condições para a geração de resultados válidos, além de garantir condições de equidade
entre os candidatos à sua realização. A primeira condição implica ter presente um referencial que
sustenta a conceção das provas de avaliação externa, no contexto nacional: um programa ou outros
documentos de âmbito curricular que orientam e apoiam a implementação deste. Sucede que, por força
de atualização do quadro curricular ou programático, do calendário faseado da sua implementação,
e em articulação com as condições de realização das provas, podem existir, num mesmo ano letivo,
candidatos ao processo de avaliação externa de uma dada disciplina cujo percurso de aprendizagem
foi orientado por dois referenciais distintos.

Nesta situação, diversas questões têm sido apresentadas ao IAVE, I.P., por interlocutores institucionais,
encarregados de educação e professores, que agora cumpre esclarecer. Destacam-se as seguintes:

a)  Inexistência de provas de exame com códigos distintos;

b) Inexistência de «prova modelo», seja pelo facto de se ter como referencial um novo programa
sobre o qual nunca foi produzida nenhuma prova de avaliação externa, seja pelo facto de estar
prevista a inclusão de dois cadernos, não sendo possível na resolução dos itens de um deles a
utilização da calculadora.

A impossibilidade de produção de duas provas de exame com dois códigos distintos, garantindo os
princípios de equidade que atrás se referem, decorre de as provas nacionais terem um carácter público
e da impossibilidade de assegurar mecanismos de pré-testagem de itens em condições que permitam
replicar as condições de exame. Estes constrangimentos não podem ser dissociados do facto de os
alunos que irão realizar as provas poderem usar o respetivo resultado como classificação para a sua
seriação no ingresso no ensino superior. Esta circunstância muito particular obriga a que se tenham de
garantir condições de equidade entre todos os candidatos, o que implica que todos devam ser sujeitos
a uma mesma prova (provas de um mesmo código de exame) e não a provas de códigos distintos.
Tecnicamente, as condicionantes atrás referidas não permitem assegurar que provas de exame que
têm como referencial um programa em vigor há cerca de quinze anos, das quais se conhece um longo
historial de resultados, possam, em matéria de dificuldade e de complexidade dos itens, estar alinhadas

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com provas diferentes, a produzir pela primeira vez em 2018, como seria o caso se se tivesse optado
por elaborar uma prova estruturada apenas com o referencial do Programa e Metas Curriculares de
Matemática A (homologado em 2015).

No que se refere à pretensão, manifestada por diversos interlocutores, em dispor de uma «prova
modelo», é necessário referir que, num quadro de provas públicas, como é o caso dos exames e
das provas finais nacionais em Portugal, a ausência de provas modelo é colmatada com a existência
de um vasto histórico de itens, disponíveis para consulta em http://bi.iave.pt/exames/. Com efeito,
independentemente da organização que os exames ou as provas assumem, o que justificaria a
apresentação da designada «prova modelo» seria a conceção de uma prova com novas tipologias
ou formatos de itens, ou a disponibilização de uma prova num ambiente novo (como, por exemplo
poderá ser o caso de uma prova em ambiente digital ou, como no ano transato, a aplicação de provas
de aferição nas chamadas áreas de «Expressões»). Não é um novo enquadramento curricular que
justifica uma prova modelo, quando sabemos que as provas de exame de Matemática A de 2018
irão apresentar os mesmos tipos e formatos de itens de anos anteriores, sobejamente conhecidos e
divulgados na página eletrónica do IAVE.

A prova modelo, contrariamente ao que por vezes é veiculado, não constitui um instrumento a usar
para exemplificar a forma como o referencial de uma prova, ou os referenciais, como é o caso, são
operacionalizados num dado instrumento de avaliação. Uma prova implica sempre uma seleção de
elementos de um programa (temas, domínios, conteúdos) constituindo uma demonstração parcial de
como os mesmos devem ser mobilizados na resolução de um dado número de itens.

Também a existência, este ano letivo, de um exame com dois cadernos não justifica uma prova modelo.
Desde 2014 que a prova final nacional de Matemática do 9.º ano (código 92) é organizada em dois
cadernos (para a resolução de um caderno, é permitido o uso de calculadora gráfica, e para a resolução
do outro caderno, não é permitido o uso de calculadora) e todas as provas deste código estão também
disponíveis para consulta em http://bi.iave.pt/exames/. Acresce que os alunos que em 2018 farão o
exame final nacional de Matemática (635) estão familiarizados com esta organização (a esmagadora
maioria concluiu o 9.º ano de escolaridade em 2014 ou mais recentemente).

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