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MIP
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1 - Avaliação do ecossistema
Nesta etapa, é feito o reconhecimento das espécies com potencial para causar da-
nos econômicos, e uma vez reconhecidas, proceder a correta identificação taxonômica e
também o estudo de sua biologia e ecologia. Ainda, é importante reconhecer os inimigos
naturais, pois estes são responsáveis por manter o equilı́brio populacional das pragas, e
desenvolver técnicas de criação ou produção das espécies de controle para que posterior-
mente serão liberadas ou pulverizadas.
Outro fator que deve ser observado nesta etapa são os efeitos do clima sobre a
cultura e sobre os insetos e seus inimigos naturais, bem como fazer o acompanhamento do
desenvolvimento da planta e sua suscetibilidade, nos diferentes estágios de crescimento,
ao ataque dos insetos-praga.
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Por fim, faz-se necessário o acompanhamento da propagação das espécies de insetos-
praga que estão relacionadas de forma mais direta com a cultura e de seus inimigos na-
turais.
2 - Tomada de decisões
No MIP, temos três conceitos importantes para a definição da relevância da po-
pulação de insetos como pragas, que são: nı́vel de dano econômico (NDE), o qual é definido
por representar a menor densidade de insetos praga a partir da qual o controle torna-se
econômico; o nı́vel de controle (NC), representa a densidade populacional da praga onde
medidas de controle devem ser adotadas para que o NDE não seja atingido e o nı́vel de
equilı́brio (NE), que representa a densidade média populacional de insetos por um longo
perı́odo de tempo, onde não ocorrem mudanças permanentes no ambiente.
A partir destes conceitos, podemos classificar as pragas em: não econômicas ou
não-pragas, quando a densidade populacional das mesmas raramente atinge o NDE; oca-
sionais ou esporádicas, este tipo de praga a densidade populacional ultrapassa o NDE
somente em condições especı́ficas; perenes ou normais, a densidade populacional das pra-
gas atinge o NDE com frequência e as pragas severas ou nocivas, quando a densidade
populacional sempre está acima do NDE, caso medidas de controle não são tomadas.
A tomada de decisões em relação ao controle deve ser adotada levando-se em conta
os aspectos econômicos da cultura e a relação custo/benefı́cio do controle da praga. Deste
modo, é necessário ter um bom conhecimento do valor estimado da produção, o custo dos
sistemas de controle a serem adotados e também a estimativa dos danos econômicos.
3 - Estratégias de controle
A principal estratégia de controle do MIP é atacar o inseto-praga e ”esconder”ou
fortalecer a planta e para alcançar este objetivo devemos selecionar o(s) método(s) mais
apropriado(s) para fazer o controle da(s) praga(s). Dentre os principais métodos podemos
citar (GALLO et al.,2002):
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* Método de controle cultural: é baseado no emprego de certas práticas cultu-
rais para o controle, baseando-se nos conhecimentos ecológicos e biológicos das pragas.
As práticas mais usadas são: rotação de culturas, aração do solo, destruição do restos
de cultura, consórcio de culturas, podas, adubação e irrigação entre outros sistemas de
cultivo;
* Método de controle por resistência de plantas: faz o uso de plantas que são
melhoradas geneticamente ou que possuem caracterı́sticas genéticas especı́ficas o que as
torna resistentes quando atacadas por determinadas pragas;
Este método busca manipular o ambiente de cultivo para tentar impedir o de-
senvolvimento das pragas. Podendo ser alcançado reduzindo-se a capacidade suporte do
ecossistemas, através da ruptura das condições necessárias ao desenvolvimento da praga
e com a descontinuidade espacial. Ao contrário do controle quı́mico, o controle cultural
é um método usado para impedir o estabelecimento de uma praga e desta forma deve
ser considerado como a primeira alternativa de defesa contra essas espécies (PICANÇO,
2010).
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1.2 Método de controle por resistência de plantas
Para Lara (1991) esta resistência é relativa, pois uma planta pode ser resistente
em determinadas condições e pode manter ou não essa caracterı́stica em outras condições.
Ainda, destacou que a resistência de uma planta está diretamente ligada com o inseto, ou
seja, uma planta pode ser resistente a determinada espécie mas suscetı́vel a outras.
De acordo com Gallo et al. (2002) e Lara (1991), existem três tipos de resistência
a insetos, que são: resistência do tipo não-preferência, resistência do tipo antibiose e
resistência do tipo tolerância. Muitas vezes esses tipos de resistências não ocorrem de
forma isolada, podendo assim as plantas desenvolverem qualquer combinação com essas
três caracterı́sticas.
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* Resistência do tipo tolerância: Envolve apenas caracterı́sticas das plantas e assim
depende apenas da capacidade das mesmas para superar os danos causados pela ali-
mentação do inseto. Uma planta é considerada tolerante quando ela sofre poucos danos
quando comparada com outras que estão nas mesmas condições de infestação de insetos,
sem afetar o comportamento ou a biologia do mesmo.