Você está na página 1de 3

Faça um resumo das principais características dos dois períodos estudados tendo como

apoio o texto da apostila e os vídeos assistidos.

 República Velha

O período conhecido como República Velha durou de 1889, com a


proclamação da república, até a Revolução de 1930. Recebeu esse nome em oposição ao
período pós-revolução de 1930 que gerou grandes transformações. A República Velha é
dividida em dois períodos. O primeiro período, conhecido como República da Espada,
foi dominado pelos militares e durou de 1889 a 1894. Nesse período foi estabelecido um
governo provisório liderado por Marechal Deodoro da Fonseca. Durante o governo
provisório foi decretada a separação entre Estado e Igreja, foi concedida a nacionalidade
brasileira a todos os imigrantes residentes no Brasil e foram nomeados governadores
para as províncias que se transformaram em estados. A família imperial brasileira foi
banida do território brasileiro, só retornando em 1922. Com a promulgação da
constituição de 1891, Deodoro da Fonseca passou a ser presidente constitucional eleito
pelo Congresso Nacional com mandato até 15 de novembro de 1894. Porém, devido a
crises econômicas e movimentos contra a sua forma autoritária de governar, renunciou
em 23 de novembro de 1891 e o vice-presidente Floriano Peixoto assumiu o governo até
1894. Já no governo de Prudente de Morais, primeiro civil a assumir a Presidência da
República, começou a se formar a República Oligárquica, dominada pelas oligarquias
paulistas, mineiras e gaúchas. São Paulo e Minas Gerais dominaram o governo federal
na maior parte desse período por meio da chamada "política do café-com-leite", sendo
São Paulo produtor e exportador de café e Minas Gerais grande produtor de leite e café.
Nessa época, os militares tinham ainda bastante poder político. Somente com o desgaste
sofrido pela Guerra dos Canudos e do assassinato do ministro da Guerra, foi que os
militares se afastaram do poder, voltando à política somente entre 1910 a 1914 no
governo Hermes da Fonseca e no movimento denominado tenentismo na década de
1920. A República Oligárquica só se consolidou em 15 de novembro de 1898, com a
posse do segundo presidente civil, Campos Sales que consolidou a “Política dos
Estados” que garantia mais autonomia política aos estados e municípios. Este período
também foi marcado pelo coronelismo, no qual o coronel garantia votos locais para o
governador em troca de apoio. As eleições de 1930 foram disuputadas entre Júlio
Prestes que tinha o apoio do presidente Washington Luís e Getúlio Vargas, sendo Júlio
Prestes vencedor. No entanto, a oposição não aceitou a derrota de Getúlio Vargas e
iniciou a Revolução de 1930. Em 3 de novembro de 1930, Getúlio Vargas toma posse
como presidente da República, pondo fim à República Velha.

 Era Vargas

A Era Vargas é o período entre 1930 e 1945, quando o país estava sob a
liderança de Getúlio Vargas. Essa época foi um divisor de águas na história brasileira,
por causa das inúmeras alterações que Vargas fez no país, tanto sociais quanto
econômicas. A Revolução de 1930 marcou o fim da República Velha com a deposição
do presidente Washington Luís e a revogação da constituição de 1891 com o objetivo de
estabelecer uma nova ordem constitucional. Em 1931, Getúlio Vargas derruba a
Constituição brasileira, reunindo enormes poderes no Brasil. Isso despertou a
indignação dos opositores que arquitetaram uma revolta armada, principalmente no
estado de São Paulo, a fim de defender a criação de uma nova Constituição e a
autonomia de São Paulo. No início de 1932, com a morte de quatro jovens estudantes
paulistas (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo) em confronto com as forças legais,
foi criado o movimento MMDC, iniciais dos nomes dos estudantes mortos. O episódio
foi o estopim da Revolução de 1932 que terminou em outubro do mesmo ano. Após esta
revolta dos paulistas contra o governo Vargas é que foi redigida a Constituição de 1934,
que manteve Vargas no poder até 1938, quando foram realizadas novas eleições. Com a
constituição de 1937, Getúlio Vargas criou o Estado Novo que tinha caráter
centralizador e autoritário. Ele fechou o Congresso Nacional, dissolveu os partidos
políticos, acabou com a independência entre os três poderes e o próprio federalismo
existente no país. Vargas passou a governar de modo ditatorial até o final da Segunda
Guerra Mundial, em 1945. Retirado do poder por um golpe militar, que convocou uma
Assembléia Constituinte e promoveu eleições gerais em 1946, Getúlio volta como
candidato em 1950, e se elege presidente da República. Este segundo período de Vargas
foi de 1950 a 1954, quando dramaticamente ele se suicidou, com um tiro no coração,
dentro do palácio do governo, no dia 24 de agosto, após se ver confrontado com a
eminência da renúncia ou deposição na reunião ministerial realizada na madrugada de
23 para 24 de agosto. Vargas deixou escrita uma carta-testamento, em que acusava os
inimigos da nação como os responsáveis por seu suicídio. A política adotada por Getúlio
Vargas modernizou o país. Ele criou novos ministérios como o Ministério do Trabalho,
Indústria e Comércio e o Ministério da Educação e Saúde. Na área trabalhista houve
vários avanços, como por exemplo, foi aprovada a Lei de Sindicalização, implantação
da jornada de trabalho de 8 horas diárias, férias remuneradas, criação da Justição do
Trabalho e a instituição do salário mínimo. Para organizar o processo eleitoral foi
aprovado o Código Eleitoral que estendeu o voto às mulheres e implantou o voto
secreto. Na área econômica, deu forte impulso à industrialização com a criação da
Companhia Vale do Rio Doce e a Companhia Siderúrgica Nacional. Podemos observar
que o governo de Getúlio Vargas foi um grande divisor de tempo no Brasil.

Você também pode gostar