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BARBOSA, Maria Flávia Pires (1); BRAGA, Solano de Souza (2); REIS, Gabriela
Carneiro (3); OLIVEIRA, Ana Paula Guimarães Santos (4); CAMPOS, Gabriel
Victor Martins (5); SANTOS, Thaís Neves (6); ROCHA, Mariana Araújo (7)
1. UFMG/IGC - pires_flavia@yahoo.com.br
2. UFMG/IGC - solanobraga@yahoo.com.br
3. UFMG/IGC - gabireis@live.com
4. UFMG/IGC - anapaulagsantos@yahoo.com.br
5. UFMG/IGC - camposgabriel@outlook.com
6. UFMG/IGC - thaisnevessantos.neves@gmail.com
7. SETES/MG - mariana.rocha@turismo.mg.gov.br
RESUMO
A Rota das Grutas Peter Lund (RGPL) é um caminho que se inicia em Belo Horizonte e integra outros
quatro municípios mineiros - Lagoa Santa, Pedro Leopoldo, Sete Lagoas e Cordisburgo. A RGPL surgiu
com o objetivo de impulsionar o desenvolvimento econômico e gerar novos negócios por meio do
turismo. O Projeto busca, também, promover maior competitividade turística entre os destinos indutores
do estado, além de aumentar o fluxo de turistas na região. Dessa forma, a Rota das Grutas Peter Lund
seria uma importante estratégia, capaz de fortalecer a identidade mineira, a partir do resgate da
memória do naturalista Peter Lund e de sua contribuição nos estudos sobre paleontologia.É sob esse
contexto que este artigo propõe discutir sobre a importância histórica e cultural da Rota das Grutas
Peter Lund, além de buscar analisar esse projeto, ainda em fase de implementação, com foco na
integração dos municípios que compõem a Rota a partir, sobretudo, da sinalização disponível. As
cidades de Lagoa Santa, Pedro Leopoldo e Cordisburgo foram as cidades mais influenciadas pelo
trabalho de Peter Lund. Já o município de Sete Lagoas foi integrado à Rota devido ao Monumento
Natural Gruta Rei do Mato, onde se localiza alguns dos mais importantes salões cársticos do mundo.
A Rota tem início na cidade de Belo Horizonte, no Museu de Ciências Naturais da Pontifícia
Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG) - Marco Zero do percurso. Em seguida, a rota segue
pelo município de Lagoa Santa onde se encontra o Túmulo de Peter Lund e o Centro de Arqueologia
Annette Laming Emperaire (CAALE), que correspondem ao marcos 1 e 2 respectivamente. O próximo
atrativo proposto é o Museu Peter Lund, localizado no perímetro do Parque Estadual do Sumidouro
entre a divisa dos municípios de Pedro Leopoldo e Lagoa Santa. Seguindo pela estrada que margeia o
Parque encontram-se a Gruta Lapa do Baú e o Monumento Estadual Lapa Vermelha, onde a “Luzia”, o
mais antigo fóssil humano foi encontrado. A Rota das Grutas prossegue até a cidade de Sete Lagoas,
onde está a Gruta Rei do Mato, localizada no Monumento Natural Estadual Rei do Mato, distante
aproximadamente 53 quilômetros do município de Cordisburgo. Em Cordisburgo encontram-se os dois
últimos marcos da Rota: o Museu da Gruta do Maquiné, localizado no Monumento Natural Estadual
Peter Lund e o Museu Casa Guimarães Rosa. No último marco, em Cordisburgo, é possível ao visitante
fazer uma transição entre regiões culturais do Estado, uma vez que é possível, por meio de placas e
passeios interpretativos, percorrer, além do Circuito Turístico das Grutas, outro Circuito Turístico – o
Circuito Guimarães Rosa. A Rota das Grutas Peter Lund apresenta importantes aspectos ligados às
ciências naturais (paleontologia, geografia, geologia, botânica e zoologia) e acredita-se que deva ser
mais valorizada e conhecida. O projeto que está em curso expõem desafios e possibilidades, além de
representar uma alternativa capaz de conciliar o desenvolvimento da atividade turística, com a
valorização do patrimônio cultural e o desenvolvimento local.
Nesse sentido, em 2010, o Governo de Minas Gerais, por meio da SETES/MG, celebrou
parceria com a Organização Mundial de Turismo (OMT) para a realização do Programa
Volunteers OMT em Minas Gerais. A finalidade dessa parceria seria a realização de estudos
técnicos, com o apoio de especialistas internacionais da área do turismo, para a elaboração
de um Plano Estratégico para o desenvolvimento turístico da região em questão.
É importante dizer, contudo, que os destinos da Rota Lund, ainda que conhecidos e já
visitados (em 2013 as três grutas juntas receberam mais de 100.000 visitantes) não refletem
para a região os benefícios econômicos que podem ser gerados por esse fluxo de visitantes.
Sendo assim, a expectativa da SETES/MG seria, pois, transformar parte do público
excursionista das grutas em turistas que permanecerão na RGPL por dois, três ou mais dias.
Dessa forma seria possível incrementar a geração de empregos na prestação de serviços
relacionados ao transporte, hospedagem e A&B nos municípios da Rota.
Nesse sentido, ressalta-se a importância da sinalização turística das cidades que compõem a
Rota, uma vez que um atendimento de qualidade e a prestação de informações aos turistas
nacionais e internacionais contribuem para uma melhor experiência turística. Desse modo,
este artigo propõe discutir sobre a importância histórica e cultural da Rota das Grutas Peter
Lund, além de buscar analisar esse projeto, ainda em fase de implementação, com foco na
integração dos municípios que compõem a Rota a partir, sobretudo, da sinalização disponível.
Vale dizer que a sinalização, tanto geral quanto turística, é tema de debate em Belo Horizonte,
assim como nos demais municípios envolvidos, já há algumas décadas e os problemas
relacionados a essa questão afetam diariamente a vida de muitos moradores, assim como dos
visitantes. Por essa razão, a ênfase na análise sobre esse tema se justifica diante dessa
importante demanda.
Metodologia
Tendo em vista o contexto no qual está inserido o projeto RGPL, alguns caminhos foram
estabelecidos na tentativa de atingir os objetivos propostos neste artigo. A primeira etapa
consistiu em um levantamento bibliográfico e documental, a partir de consultas a diversos
Dessa maneira, foram realizadas visitas in loco para registro da sinalização turística em cada
um dos municípios integrantes da RGPL, além de registros da sinalização disponível nas vias
de acesso que ligam esses municípios.
Por fim, para cada área e trecho percorrido, tanto na capital Belo Horizonte quanto nos demais
municípios, foram feitas as análises da sinalização geral e turística disponíveis. Os principais
parâmetros de análise foram organizados tendo como base o documento Guia Brasileiro de
Sinalização Turística, elaborado em 2001, pela EMBRATUR, IPHAN e DENATRAN, conforme
mostra o quadro 1. As orientações se referem à forma como a sinalização está colocada, sua
visibilidade, a integração com os atrativos, continuidade da informação e a padronização
quanto à forma, cores, letras, setas e pictogramas. A escolha desse Guia se justifica, uma vez
que o documento é uma orientação para os estados e municípios quanto à forma de
sinalização adequada e, além disso, objetiva alcançar uma linguagem comum capaz de
retratar o turismo nacional.
Apesar da importância da região onde está localizada a Rota das Grutas Peter Lund, já que foi
palco de importantes descobertas para as ciências naturais no século XIX, ela ainda não tem
o devido reconhecimento. Assim como Darwin, Lund também desenvolveu estudos que o
levaram a questionar a teoria da geração espontânea e do catastrofismo que ainda eram tidas
como verdades absolutas na época.
Peter Lund também criou a base para o primeiro estudo sobre a ecologia brasileira ao
convidar o naturalista Eugene Warming para realizar um levantamento do cerrado da região
de Lagoa Santa, que culminou na primeira pesquisa publicada, em 1840, sobre fitoecologia do
mundo.
Além das descrições feitas por Lund sobre aspectos físicos e culturais da região, os
naturalistas que o visitaram também deixaram importantes registros. Temos como exemplo
esse trecho de um discurso em que Warming falava sobre a saudade que sentia de Lagoa
Santa:
Sinto-me fortemente atraído e cativo daqueles lugares, onde a vida era leve
como o ar que se respirava; ensolarada como a terra onde se caminhava; e
avançava tranquila como as ondas da pequena lagoa de Lagoa Santa. Muitas
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vezes as singelas melodias brasileiras ressoam aos meus ouvidos,
fazendo-me sentir um forte desejo de rever aqueles lugares e então sinto a
veracidade do antigo provérbio: “Ninguém vaga impune sob as
palmeiras”. Em Lagoa Santa havia luz, felicidade e paz! (Warming, 1973).
Outra passagem que revela como a admiração pelas novas paisagens convivia com a busca
por novas descobertas é essa descrição que Lund fez da Gruta de Maquiné:
Pelas razões apresentadas é que consideramos que a proposta da Rota das Grutas Peter
Lund converge para o que é proposto pela UNESCO para os Itinerários Culturais.
Itinerários Culturais
A Rota das Grutas Peter Lund engloba diferentes municípios cada qual com características
próprias. Além dos monumentos naturais representados pelas grutas existentes na RGPL, a
história da região cárstica informa sobre os antepassados da espécie humana. Compondo
todas essas características, a RGPL pode receber a chancela de Itinerário Cultural. Devido à
presença de características particulares na região que compõe, seguem algumas
considerações a respeito dos Itinerários Culturais.
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De acordo com o documento “Carta dos Itinerários Culturais”, - A Carta foi constituída sob os
objetivos de se estabelecer os fundamentos conceituais e a metodologia de investigação da
categoria, apresentar as informações fundamentais para desenvolver o conhecimento, a
valorização, gestão, proteção e conservação dos Itinerários, definir as orientações, critérios e
princípios para a correta utilização dos Itinerários enquanto recurso para um desenvolvimento
social e econômico e definir as bases da cooperação internacional indispensável à realização
dos projetos relativos aos Itinerários Culturais -, o conceito de Itinerário Cultural demonstra
uma evolução acerca das ideias sobre o conceito de patrimônio cultural e do crescente papel
“dos valores atribuídos ao meio e à sua significação à escala territorial e revela a sua macro
estrutura a diferentes níveis” (ICOMOS, 2008, p.1). Ademais, representa a concepção atual
dos valores do patrimônio para a sociedade como recurso para o desenvolvimento social e
econômico, além de ser considerado como um conceito “inovador” e “multidimensional”
(ICOMOS, 2008). Nesse sentido, “os Itinerários Culturais representam processos evolutivos,
interativos e dinâmicos das relações humanas interculturais, realçando a rica diversidade das
contribuições dos diferentes povos para o património cultural” (ICOMOS, 2008, p.1).
Ainda em conformidade com a “carta”, os Itinerários Culturais, como uma nova categoria
patrimonial, não é deslocada das outras categorias já existentes, pelo contrário. Essa
categoria reconhece as outras categorias da mesma forma que as valoriza e amplia a
percepção sobre o patrimônio cultural favorecendo sua conservação.
Os Itinerários Culturais, em alguns casos, surgiram como projeto definido pela vontade do
homem para atingir determinado objetivo ou, em outros casos, resultam de um processo
evolutivo em que intervém coletivamente diversos fatores humanos que coincidem objetivos
comuns. Todavia, o documento ressalta que os Itinerários Culturais são fenômenos culturais
singulares (ICOMOS, 2008). Nesse sentido, através das informações da “Carta dos Itinerários
Culturais”, observa-se que os Itinerários Culturais devem, principalmente, apresentar em sua
composição representações da cultura humana e suas interações com o meio ambiente que
são únicas e singulares em determinados locais, regiões, país, etc. Nota-se então que esse
fato se torna diferencial na categoria de Itinerários Culturais.
O órgão ressalta que o emprego de conceitos como Itinerário Cultural, ainda que o mesmo
não constitua uma forma de institucionalizada de preservação ou gestão, deve ser
considerada para o estabelecimento de estratégias e ações de preservação do patrimônio
cultural do Brasil (IPHAN, 2011). Neste documento, o IPHAN recorre à descrição de
Itinerários Culturais expressa na “Carta dos Itinerários Culturais” e complementa:
Para que exista eficiência na organização da atividade turística em uma região é necessário
existir um sistema de informações acessível aos atrativos turísticos. A sinalização turística
tem como objetivo garantir esse fácil acesso às informações sobre quaisquer atrativos da
cidade e, assim, possibilitar um deslocamento mais eficiente. Para Barreto Filho (1999), a
sinalização turística faz parte do marketing turístico e estaria assim compreendida entre todas
as ações que visam captar e manter fluxos de turistas. Segundo o autor, “[...] a sinalização
turística é um exemplo imediato que beneficia os habitantes e os visitantes. A sinalização
turística facilita a chegada e saída do turista, assim como seus deslocamentos durante sua
estadia em determinado local” (BARRETO FILHO, 1999, p. 61). Portanto, sem ela se tornaria
inviável a promoção de qualquer produto, equipamento ou serviço turístico.
O Marco 0 da Rota das Grutas Peter Lund é o Museu de Ciências Naturais da PUC Minas.
Esse marco conta com uma placa de identificação de atrativo turístico. Porém, foi possível
observar problemas referentes à continuidade da sinalização, já que não existem indicações
para outros marcos da RGPL.
Como não há placas indicando o próximo marco, nem mesmo a existência da própria Rota, a
opção dos usuários é seguir em direção à região central de Belo Horizonte passando pela Via
Expressa até o Complexo da Lagoinha e, posteriormente, pela Avenida Cristiano Machado,
quando se notam placas indicativas de sentido, sobretudo, para o município de Lagoa Santa.
O totem da Estrada Real na entrada de Lagoa Santa indica ao visitante outro contexto turístico
em que o município também está inserido. É possível observar, contudo, que do ponto de
vista da sinalização turística, não existe uma integração entre o atual projeto RGPL, o Circuito
das Grutas e a Estrada Real. A aproximadamente 3 km da entrada da cidade está o Túmulo
do Peter Lund, ou seja, o Marco 1 da Rota.
Em Lagoa Santa foi possível observar a ausência de placas indicativas de sentido para esse
Marco, além da falta de placa de identificação desse atrativo turístico.
Pode-se dizer que não existe sinalização indicativa entre os marcos 1 e 2. Assim como foi
observado para o Marco 1 – Túmulo de Peter Lund, também não existem placas indicativas
para o Marco 2 – CAALE.
Na via de acesso para o Parque Estadual do Sumidouro é possível observar algumas placas
indicativas de sentido para essa Unidade de Conservação, mas, ainda assim, nenhuma delas
faz referência à RGPL. Na saída do Museu Peter Lund, ainda em Lagoa Santa, além de não
existirem placas indicativas para o próximo marco, ou seja, para o Monumento Natural
Estadual Gruta Rei do Mato, que se localiza na BR-040, em Sete Lagoas, também não há
placas indicativas para o próprio município de Sete Lagoas.
Em Sete Lagoas, para se chegar ao Marco 4 – Monumento Natural Gruta Rei do Mato, é
necessário seguir pela MG-238. Contudo, não há placas indicativas de sentido para o Marco 4
dispostas no centro da cidade, nem pelo entorno da Lagoa Paulino, um importante atrativo de
Sete Lagoas. Já nas proximidades da Gruta existe identificação da RGPL, no entanto, a
logomarca é diferente da utilizada atualmente para divulgação da Rota.
Assim como nos trechos analisados anteriormente, não existem placas indicativas para os
próximos Marcos da Rota, localizados no município de Cordisburgo. No entanto, já na cidade
de Cordisburgo, foi possível observar placas indicativas de sentido para vários atrativos da
região. Notou-se inclusive, placas específicas sobre a Rota Lund. A sinalização rodoviária não
era bilíngue, mas era contínua e conservada.
O Marco 6 da Rota – Museu Casa Guimarães Rosa – conta com placa de identificação,
embora não siga os padrões estabelecidos pelo GBST (2001). Existem placas antigas que
coexistem com placas novas, fato que pode provocar algumas dúvidas, sobretudo no turista
estrangeiro, já que, também, praticamente não existe placa bi/trilíngue na cidade. Vale
ressaltar ainda que a sinalização encontrada nesse município não faz referência à Rota das
Grutas de Peter Lund, o que denota a falta de articulação entre a Prefeitura e o projeto do
governo de Estado de Minas Gerais.
Os 117 km que separam as duas cidades são praticamente todos percorridos na BR-040. A
BR é duplicada e possuiu sinalização em todo o trajeto. Novamente é importante ressaltar que
não existe sinalização específica da RGPL, mas o quantitativo de placas indicativas de
sentido e de distância pode ser considerado suficiente para guiar os visitantes até a cidade de
Belo Horizonte. Vale destacar, entretanto, que a falta de padronização com relação à
sinalização pode confundir o visitante. Pode-se observar ainda que as informações sobre a
Gruta de Maquiné e da Gruta Rei do Mato estão indicadas em placas na cor marrom e verde
apesar de ambas indicarem informação turística.
Da BR 040 é possível visualizar indicações para a Gruta Rei do Mato e, na chegada da gruta
existe um outdoor que permite a visualização da entrada. A sinalização não faz referência ao
projeto RGPL, também não apresenta bom estado de conservação, nem tampouco segue a
padronização exigida pelo GBST (2001). Já nas proximidades de Belo Horizonte a sinalização
se mantém constante e o visitante pode facilmente seguir caminho para o centro da cidade ou
avenidas localizadas próximas ao Anel Rodoviário. O destaque negativo foi o estado de
conservação de boa parte das placas. Ressalta-se, nesse sentido, que as placas mal
conservadas perdem sua eficiência como dispositivos de controle de tráfego.
Considerações Finais
Após percorrer o caminho proposto pelo Projeto Rota das Grutas de Peter Lund é possível
perceber os problemas relacionados à sinalização existentes nos trechos analisados. Nesse
sentido, os municípios, os atrativos turísticos e os marcos que compõe a RGPL contém
informações e conteúdos multidisciplinares que perpassam o campo da História, Geografia,
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Geologia, Biologia, Arqueologia e do Turismo, por exemplo. Paralelamente a esses aspectos,
existe a intenção do governo em transformar a região em um produto turístico, como visto
anteriormente.
Tendo em vista que o conceito de Itinerário Cultural representa uma transformação acerca do
entendimento sobre o patrimônio cultural, de acordo com a “Carta dos Itinerários Culturais” e a
perspectiva do IPHAN, considerando a importância da preservação do patrimônio cultural e os
objetivos do Projeto da Rota, a Rota das Grutas de Peter Lund pode ser considerada como
uma expressão de Itinerário Cultural bem como dessa nova perspectiva acerca do patrimônio
cultural que se pretende alcançar em todo o território nacional.
Referências
BARRETO FILHO, Abdon. Marketing turístico para o espaço urbano: comentários
acadêmicos e profissionais. In: CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos (Org.). Turismo Urbano.
São Paulo: Contexto, 2001.
ICOMOS. Carta dos Itinerários Culturais. Comitê Científico Internacional dos Itinerários
Culturais (CIIC) do ICOMOS, ratificada , 2008, Québec, Canadá.
LUND, Peter W. Notícias sobre ossadas humanas fósseis achadas numa caverna do Brasil
1844a, in INL, Memórias da Paleontologia Brasileira. São Paulo: INL, 1950.