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Cirurgia do Trauma,
Cirurgia Plástica e
Ortopedia
Autoria e colaboração
Revisão técnica
Gustavo Swarowsky
Bons estudos!
Índice
QUESTÕES
COMENTÁRIOS
Cirurgia do Trauma Cirurgia do Trauma
Cap. 1. Atendimento inicial ao politraumatizado... 459 Cap. 1. Atendimento inicial ao politraumatizado.... 561
Cap. 2. Vias aéreas e ventilação.............................465 Cap. 2. Vias aéreas e ventilação.............................564
Cap. 3. Trauma torácico.............................................468 Cap. 3. Trauma torácico.............................................566
Cap. 4. Choque.............................................................. 475 Cap. 4. Choque..............................................................570
Cap. 5. Trauma abdominal........................................478 Cap. 5. Trauma abdominal........................................ 572
Cap. 6. Trauma cranioencefálico.............................489 Cap. 6. Trauma cranioencefálico............................. 579
Cap. 7. Trauma raquimedular.................................. 493 Cap. 7. Trauma raquimedular..................................582
Cap. 8. Trauma musculoesquelético......................494 Cap. 8. Trauma musculoesquelético...................... 583
Cap. 9. Trauma pediátrico......................................... 497 Cap. 9. Trauma pediátrico......................................... 585
Cap. 10. Queimaduras..................................................498 Cap. 10. Queimaduras.................................................. 585
Cap. 11. Lesões cervicais.............................................502 Cap. 11. Lesões cervicais.............................................588
Cap. 12. Trauma vascular............................................505 Cap. 12. Trauma vascular............................................590
Cap. 13. Trauma de face..............................................509 Cap. 13. Trauma de face.............................................. 592
Cap. 14. Trauma da transição toracoabdominal......510 Cap. 14. Trauma da transição toracoabdominal......593
Cap. 15. Trauma na gestante......................................512 Cap. 15. Trauma na gestante.....................................594
Outros temas.................................................................513 Outros temas................................................................ 595
Ortopedia Ortopedia
Cap. 1. Introdução ao estudo das afecções Cap. 1. Introdução ao estudo das afecções
osteomioarticulares......................................531 osteomioarticulares......................................615
Cap. 2. Terminologia ortopédica.............................531 Cap. 2. Terminologia ortopédica.............................615
Cap. 3. Infecção osteoarticular................................531 Cap. 3. Infecção osteoarticular................................615
Cap. 4. Ortopedia adulto........................................... 533 Cap. 4. Ortopedia adulto............................................618
Cap. 5. Ortopedia Pediátrica................................... 538 Cap. 5. Ortopedia Pediátrica...................................622
Cap. 6. Doenças do metabolismo ósseo..............542 Cap. 6. Doenças do metabolismo ósseo..............626
Cap. 7. Tumores ósseos e lesões Cap. 7. Tumores ósseos e lesões
pseudotumorais............................................... 544 pseudotumorais............................................628
Cap. 8. Traumatologia................................................ 547 Cap. 8. Traumatologia.................................................631
Cap. 9. Fraturas no adulto – coluna e bacia.........551 Cap. 9. Fraturas no adulto – coluna e bacia........634
Cap. 10. Fraturas no adulto – membros Cap. 10. Fraturas no adulto – membros
superiores.........................................................551 superiores........................................................ 635
Cap. 11. Fraturas no adulto – membros Cap. 11. Fraturas no adulto – membros
inferiores.......................................................... 553 inferiores.......................................................... 636
Cap. 12. Fraturas e luxações em crianças.............. 556 Cap. 12. Fraturas e luxações em crianças.............. 639
Cap. 13. Luxações e lesões ligamentares – Cap. 13. Luxações e lesões ligamentares –
Medicina Esportiva....................................... 557 Medicina Esportiva...................................... 639
Cap. 14. Doenças neuromusculares........................ 557 Cap. 14. Doenças neuromusculares....................... 640
Outros temas................................................................558 Outros temas................................................................642
Referências bibliográficas........................................645
CLÍNICA CIRÚRGICA
Cirurgia do Trauma
José Américo Bacchi Hora
Eduardo Bertolli
politraumatizado
alergias, medicações em uso, passado médico e gravi-
dez, líquidos e sólidos ingeridos e ambiente do trauma
(AMPLA). Por conta disso, entender essa sequência é a
base para responder à maioria das questões de Cirurgia
de Trauma nos concursos médicos.
ateNdimeNto iNicial ao politraumatiZado 23
Importante
Quando o número de
vítimas excede a capa-
cidade de atendimento,
aquelas com maiores
chances de sobrevi-
vência são atendidas
prioritariamente, pois
demandam menor gasto
de tempo, de equipa-
mentos, de recursos e
Figura 3 - Escala START de pessoal. Quando o
número de vítimas não
Também cabe à equipe pré-hospitalar e de regulação médica determi- excede a capacidade
nar as chamadas zonas quente, morna e fria. de atendimento, os
pacientes com maior
Tabela 1 - Zonas quente, morna e fria risco e considerados
Epicentro do acidente, onde se deve evitar o excesso mais graves são aten-
Zona
de pessoas e recursos, pelo risco de novos eventos didos primeiramente.
quente adversos
Dica
3. Avaliação inicial Crianças, idosos e
A avaliação inicial do paciente politraumatizado, de acordo com o gestantes apresentam
ATLS®, é um processo dinâmico em que as lesões são diagnosticadas peculiaridades, mas
e tratadas simultaneamente. Desta maneira, a falta de um diagnóstico não são, per se, priori-
definitivo não impede a indicação do tratamento adequado. dade no atendimento
em situações de
Tabela 2 - Etapas múltiplas vítimas.
- Exame primário e reanimação;
- Medidas auxiliares ao exame primário;
- Exame secundário e história;
- Medidas auxiliares ao exame secundário;
- Reavaliação e monitorização contínua;
- Cuidados definitivos.
CLÍNICA CIRÚRGICA
Cirurgia Plástica
André Oliveira Paggiaro
Eduardo Bertolli / Fábio Del Claro
Ivan Dunshee de Abranches Oliveira Santos Filho
1
Neste capítulo, será abordado o processo de cicatrização. Tra-
ta-se de um processo complexo e dinâmico, mas que segue
uma ordem cronológica e bem definida de eventos, classi-
camente dividida em 3 fases: inflamatória, proliferativa e de
remodelação. Na inflamatória, tem-se a ação de plaquetas e
neutrófilos no local da ferida, estimulando e intensificando o
processo inflamatório regional, enquanto na proliferativa, sob
ação de macrófagos, há a migração e a ação dos fibroblastos,
bem como a estimulação da angiogênese por meio de fatores
de crescimento como TNF-alfa, FGF e TGF-beta. Por fim, na fase
de remodelação, a resistência tênsil da área reparada aumenta
continuamente, enquanto se reduz a síntese de colágeno. Com
isso, há um ganho de força que se deve à modificação estrutu-
Cicatrização
ral desse novo colágeno depositado (tipo III por tipo I). Diversos
fatores influenciam o processo de cicatrização e devem ser
considerados na realização de procedimentos cirúrgicos, como
desnutrição, deficiências de vitaminas (C e K), radiação ionizante
no local da ferida (por ter efeitos deletérios na vascularização
local), quimioterapia, presença de diabetes mellitus ou outros
estados de imunodepressão e deficiência de oxigênio no local
da lesão. O candidato deve estar familiarizado com esses fato-
res que influenciam o processo de cicatrização e que são tópicos
frequentes em questões de prova.
cicatriZaÇÃo 189
EGF, FGF,
São responsáveis pela epitelização.
IGF, KGF
Figura 5 - Interação das células no processo de cicatrização: observar que os macrófagos estão presentes em todas as etapas (fa-
gocitose, debridamento da ferida, síntese da matriz, recrutamento celular e angiogênese). A liberação de fatores de crescimento,
interleucinas e prostaglandinas promove a interação e a ação de outras células durante as fases do processo de cicatrização
CLÍNICA CIRÚRGICA
Ortopedia
Márcia Angéllica Delbon Atiê Jorge
Ellen de Oliveira Goiano
Bruno E. Crepaldi
Cibele Marino Pereira
4
Neste capítulo, abordaremos os tópicos de Ortopedia mais
cobrados nos concursos. Muitas questões versam sobre
anatomia e provas propedêuticas nesses tópicos. Também
é importante o candidato saber quais situações são de tra-
tamento inicialmente clínico e quais são cirúrgicas. O ombro
é a articulação de maior Amplitude De Movimento (ADM)
no corpo humano, por isso é uma das mais vulneráveis a
lesões. Quanto a punho e mão, a tenossinovite de DeQuer-
vain é a causa mais comum de tendinite no membro superior,
e a doença de Dupuytren é uma fibroplasia proliferativa da
Ortopedia
fáscia palmar que leva a contraturas progressivas e irrever-
síveis. Nas síndromes compressivas, com relação ao nervo
mediano, há a síndrome do túnel do carpo e a síndrome do
adulto
pronador redondo. Com relação à síndrome compressiva do
nervo ulnar, na síndrome do canal de Guyon há compressão
do nervo e da artéria ulnar. Na síndrome do túnel cubital, há
compressão do nervo ulnar no nível do cotovelo, entre as 2
cabeças do flexor ulnar do carpo, no sulco entre o olécrano
e o epicôndilo medial. Na síndrome de Wartenberg, o nervo
radial é comprimido distalmente; o paciente apresenta dor
no terço distal e radial do antebraço, na mão, no polegar e
no 2º e no 3º dedos, com Tinel positivo no estiloide do rádio.
Já no quadril, a artrose, osteoartrose ou osteoartrite (OA)
constitui a desordem articular mais prevalente. Na necrose
vascular do fêmur, há predomínio em mulheres brancas e
relaciona-se a fatores de risco como etilismo, tabagismo, uso
de corticosteroide sistêmico por tempo prolongado, hemo-
globinopatias, gota, osteodistrofia renal, trauma, gravidez,
dislipidemias, doença de Gaucher, distúrbios de coagulação,
diabetes, artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico,
AIDS etc. Enquanto isso, no joelho, na lesão do ligamento
cruzado anterior, a desaceleração com o joelho em hipe-
rextensão é o mecanismo de lesão mais comum. As lesões
meniscais geralmente ocorrem por trauma torcional com
o joelho em leve flexão. Quanto ao hálux valgo, as causas
podem ser intrínsecas e extrínsecas. Já nas lombalgias e cia-
talgias, a degeneração discal e algum grau de dor e rigidez
ocorrem invariavelmente com a idade, e até 80% da popu-
lação, em geral, terão queixa de lombalgia em alguma fase.
ortopedia adulto 313
Tratamento
O tratamento clínico
da lombalgia é feito
com repouso por curto
período (3 dias), an-
ti-inflamatórios não
esteroides, exercícios de
condicionamento, alon-
Figura 42 - Ressonância magnética gamento, fortalecimentos
Figura 41 - Radiografia de incidência
em perfil da coluna lombossacra, com
da coluna lombar mostrando hérnia paraespinal e abdominal
de disco (seta) entre os segmentos
evidência de retificação da lordose
L5 e S1: notar hipossinal no disco e redução de peso.
fisiológica, osteófitos difusos (setas)
(disco preto) – sinal de desidratação
e diminuição do espaço discal L5–S1
discal
CLÍNICA CIRÚRGICA
Cirurgia do Trauma,
Cirurgia Plástica e
Ortopedia
CASOS CLÍNICOS, QUESTÕES E COMENTÁRIOS
Casos Clínicos
Ú DO M ED
TE
CE
C ON
R3 Casos Clínicos
L
C ON
L
CE
TE
Ú DO M ED
Caro leitor,
Este espaço é reservado para os Casos Clínicos das instituições que optam por esse formato de prova em seus concur-
sos, além de questões dissertativas sobre condutas diagnósticas e terapêuticas elaboradas pelo corpo docente Medcel.
Isso significa que o seu conteúdo é exclusivo, servindo como complementação às questões comentadas ao final do livro.
Para tanto, foi extraído material de importantes provas, além de novos casos, com base nos temas mais abordados em
processos seletivos para Residência Médica, o que permite estudar resolvendo testes semelhantes aos aplicados nos
principais concursos do país. Temos certeza de que, com mais forma de revisar o conteúdo dos capítulos, você se sentirá
mais preparado para garantir a sua vaga na especialidade e na instituição desejadas.
CIRURGIA DO TRAUMA
gatado e trazido ao hospital, e é admitido agitado, com c) Descreva como deve ser a expansão volêmica desse
queimaduras de 2º grau na face, na porção anterior do paciente na fase inicial do atendimento.
tórax e no abdome, além de queimaduras de 3º grau na
porção anterior dos antebraços. Está taquipneico, com
escarro carbonáceo e murmúrio vesicular presente bila-
teralmente, com saturação de 89% em ar ambiente; FC
= 124bpm; PA = 92x66mmHg; e Glasgow = 14 (verbal = 3;
ocular = 5; motor = 6), sem outras evidências de lesões
externas.
CIRURGIA PLÁSTICA
a) Qual é a prioridade no atendimento do paciente?
2014 - FMUSP - CLÍNICA CIRÚRGICA
24. Uma menina de 11 anos, vítima de queimadura por
escaldo há 7 anos, está em tratamento ambulatorial
desde então. Já foi submetida a diversos procedimen-
tos cirúrgicos. As Figuras referem-se às operações rea-
lizadas (a seguir).
maduras de 2º e de 3º graus?
cirurgia do trauma, cirurgia plástica e ortopedia 449
R3 Casos Clínicos
b) Descreva a melhor conduta para o tratamento, consi- c) A Figura C corresponde a evolução mais tardia durante
derando os diferentes achados intraoperatórios. a fase de maturação. Qual é a principal fibra de colágeno
envolvida nessa fase? Qual é a sua importância na cica-
triz final?
MEDCEL
28. Observe as Figuras a seguir:
Caso 3
a) Hemotransfusão, considerando que nas medidas iniciais já
foram administrados 2L de cristaloides.
c) No mínimo 20%.
Caso 5
a) Rabdomiólise.
Caso 7
a) As lesões devem ser suturadas.
454 sic R3 cirurgia do trauma, cirurgia plástica e ortopedia
modo, as sessões de corticoide geram amolecimento da lesão e ser feita, preferencialmente, com fios finos – se possível, 6-0
redução dos sintomas locais. inabsorvíveis –, que devem ser retirados precocemente para
3 - Excisão: a ressecção tumoral costuma fazer parte do trata- evitar marcar a pele.
mento para redução local. É importante a excisão da lesão com
o uso da técnica cirúrgica mais atraumática possível, que deve
ser ressecada com incisão intralesional, pois se imagina que, ao
Caso 28
retirar completamente a cicatriz, seriam estimulados fibroblas- a) Cicatrização por 2ª intenção é aquela em que nenhuma me-
tos ao redor, formando novo queloide. dida é adotada. Cicatrização por 1ª intenção é aquela em que se
4 - Betaterapia: trata-se de uma técnica de radioterapia mais atua sobre a lesão (exemplo: sutura, retalho).
fraca, utilizada no pós-operatório da excisão da lesão. Diminui
a chance de recidiva e é utilizada logo no 1º dia pós-operatório.
b) Os principais eventos da fase proliferativa são a síntese do
Em geral, a associação desses 4 tratamentos costuma gerar os
colágeno tipo III, proliferação endotelial e contração da ferida
melhores resultados, com redução da chance de recidiva.
pelos miofibroblastos.
c) A chance de recidiva dos queloides é extremamente alta,
c) Na fase de maturação, observa-se a substituição do colágeno
principalmente quando não se usam sessões de betaterapia no
tipo III pelo tipo I até a razão de 4:1. Essa substituição confere
pós-operatório imediato. Com relação às margens cirúrgicas,
aumento da resistência e força tênsil da cicatriz.
os queloides não são neoplasias e não necessitam de margens
cirúrgicas. Na realidade, deve-se optar pela ressecção intra-
d) A cicatriz hipertrófica aparece logo após o trauma ou a cirur-
lesional do queloide, pois se imagina que a retirada de toda a
gia inicial. Nela, há excesso de deposição de colágeno, porém
cicatriz estimularia os fibroblastos ao redor da lesão a produzir
a recidiva local. mantendo a forma original da cicatriz e podendo haver regres-
são espontânea com o tempo.
Caso 27
a) Na face, se traçarmos uma linha imaginária que vai do trago ORTOPEDIA
à porção média do lábio superior, encontraremos estruturas
nobres da face, como o ducto de Stenon e os ramos do ner-
vo facial. O ferimento da paciente coincide com a localização
Caso 29
anatômica de passagem dessas 2 estruturas, por isso se deve a) Abscesso.
realizar exame clínico apurado para determinar a presença ou
não de lesão. A saída de líquido claro pela ferida indica pos-
b) Drenagem cirúrgica e antibioticoterapia.
sível lesão do ducto de Stenon, pois pode representar a saída
de saliva pela ferida. Deve-se tentar canular o canal do ducto
c) Bacteroides fragilis; cocos Gram positivos: Staphylococcus au-
parotídeo para verificar a patência do ducto. Além disso, os ra-
reus ou Streptococcus pyogenes.
mos do nervo facial correm paralela e obliquamente ao ducto
de Stenon, por isso se deve procurar ativamente uma possível
lesão do nervo facial. Provavelmente, ocorreu alguma lacera- Caso 30
ção da musculatura facial, principalmente do músculo orbicular
da boca, que deve ser reparado. a)
Ortopedia - R3 Questões
Ortopedia
Questão 4. A ventilação excessiva deve ser evitada após Questão 8. O ISS é um índice de gravidade, classificado
intubação por vários motivos, entre eles risco de baro- como anatômico, por levar em consideração as lesões
trauma e pneumotórax, aumento da pressão intrato- provocadas nos vários segmentos do corpo. A gravidade
rácica com diminuição do retorno venoso e prejuízo ao das lesões anatômicas é determinada por meio de exa-
enchimento cardíaco. me físico, testes radiológicos, cirurgia e autópsia.
Gabarito = A Gabarito = B
Ortopedia - R3 Comentários
Ortopedia