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Academia Portuguesa da História distingue nove obras.

Uma incide sobre


Macau

A obra “A Articculação da Periferia. Macau e a Inquisição de Goa (c. 1582-c.


1650), da autoria de Miguel José Rodrigues Lourenço, recebe na quarta-feira
o prémio História da Presença de Portugal no Mundo, atribuído pela
Academia Portuguesa da História. O historiador Jorge Forjaz também será
distinguido. O autor de “Famílias Macaenses” vai receber a primeira edição
do prémio EMEL por um trabalho que incide sobre os Açores.

Nove obras historiográficas vão ser distinguidas pela Academia Portuguesa


da História na próxima quarta-feira, em Lisboa, numa cerimónia em que pela
primeira vez é atribuído o Prémio EMEL - História dos Caminhos, Percursos e
Mobilidade.
A cerimónia, agendada para as 15:00 de quarta-feira, tem lugar no Palácio
dos Lilases, em Lisboa, na zona do Lumiar, inclui três prémios Fundação
Calouste Gulbenkian, os prémios Joaquim Veríssimo Serrão, para História e
Professor Doutor Pedro da Cunha e Serra, entre outros, que distinguem
obras em diferentes domínios historiográficos.
Este ano, pela primeira vez, é atribuído o Prémio EMEL-História dos
Caminhos, Percursos e Mobilidade, no valor de dois mil euros, que contempla
o livro “Dart – uma família irlandesa nos Açores e no Mundo, Angra do
Heroísmo”, de Jorge Forjaz. A obra, publicada este ano pelo Instituto
Histórico da Ilha Terceira, distingue um historiador com obra feita sobre o
território: Forjaz é o autor do livro “Famílias Macaenses”.
O Prémio Fundação Calouste Gulbenkian divide-se em três categorias, cada
uma com o valor pecuniário de dois mil euros.
Em História Moderna e Contemporânea de Portugal é distinguida a obra de
Ismael Cerqueira Vieira, “Conhecer, Tratar e Combater a ‘Peste Branca’. A
Tisiologia e a Luta contra a Tuberculose em Portugal (1853-1975)”, publicado
no ano passado pelas Edições Afrontamento.
Na categoria História da Presença de Portugal no Mundo, é distinguido o
título de Miguel José Rodrigues Lourenço “A Articulação da Periferia. Macau
e a Inquisição de Goa (c. 1582-c. 1650)”, publicado no ano passado pelo
Centro Científico e Cultural de Macau, e, na categoria História da Europa, é
distinguida a obra “História Militar de Portugal”, coordenada por Nuno
Severiano Teixeira, Francisco Contente Domingues e João Gouveia
Monteiro, editada este ano pel’A Esfera dos Livros.
O Prémio Joaquim Veríssimo Serrão, para História, patrocinado pela
Fundação Engenheiro António de Almeida, no valor de 1.500 euros, vai para
“Forais de Leiria”, obra coordenada por Saul António Gomes, editada este
ano pela Textiverso.
O Prémio Professor Doutor Pedro da Cunha e Serra, no valor de 500 euros,
que se destina a novos títulos na área dos Estudos de Onomástica,
Antroponímia ou Arabismo, será entregue a Marco Daniel Duarte, pela obra
“Contemplar o Paraíso. O Jardim de Santa Cruz de Coimbra (do século XVIII
ao século XXI)”, editado este ano pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda,
com o apoio da câmara conimbricense
O Prémio Possidónio Mateus Laranjo Coelho, no valor de 750 euros, é
entregue a Maria Marta Lobo de Araújo, aluna da Universidade do Minho,
pela obra “Oração, Penitência e Trabalho. O Recolhimento de Santa Maria
Madalena e São Gonçalo de Braga (1720-1834)”, publicado este ano pelas
Edições Húmus.
O Prémio de História 3.º Marquês de São Payo, no valor de 1.500 euros, é
arrecadado pelo historiador José Manuel Garcia, pela obra “O Terrível. A
Grande Biografia de Afonso de Albuquerque. O governador que dominou o
Índico” editada este ano pel’A Esfera dos Livros.
O Prémio Lusitânia de História, no valor de 1.500 euros, distingue a obra de
António Ventura “Chefes de Governo Maçons. Portugal (1835-2016)”,
publicada pela Vega.
A Academia Portuguesa da História foi fundada em 1720, por D. João V, e
restaurada em 1936, sendo actualmente presidida pela historiadora Manuela
Mendonça, distinguida na passada quinta-feira pelo Governo de Espanha
com a Ordem Isabel, a Católica.
Segundo o sítio da Academia Portuguesa da História na Internet, esta é uma
"instituição científica de utilidade pública, reunindo especialistas que se
dedicam à reconstituição documental e crítica do passado, materializada na
organização de eventos e publicações, nomeadamente de fontes e obras
que, com o necessário rigor científico, facilitem a todos os portugueses o
conhecimento da sua História".
A Academia Portuguesa da História "desenvolve a sua actividade visando a
permanente valorização e conhecimento do passado histórico português,
com critério de isenção, mas sempre cultivando a importância da
identificação de um povo com a gesta dos seus antepassados", e é um órgão
consultivo do Governo em matérias da sua competência.

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