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INTERATIVAS
ARON RODRIGO BATISTA
LEILIANE SOUZA BHERING
PEDRO ENI LOURENÇO RODRIGUES
1
Universidade Federal de Viçosa
Reitora
Nilda de Fátima Ferreira Soares
Vice-Reitor
João Carlos Cardoso Galvão
Diretor
Frederico Vieira Passos
2
Significado dos ícones da apostila
Para facilitar o seu estudo e a compreensão imediata do conteúdo apresentado,
ao longo de todas as apostilas, você vai encontrar essas pequenas figuras ao
lado do texto. Elas têm o objetivo de chamar a sua atenção para determinados
trechos do conteúdo, com uma função específica, como apresentamos a seguir.
Quando vir este ícone, você deve refletir sobre os aspectos apontados,
relacionando-os com a sua prática profissional e cotidiana.
3
Sumário
5 O uso das tecnologias de informação e comunicação na aprendi-
zagem
4
O USO DAS TECNOLOGIAS DE
1
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NA APRENDIZAGEM
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br
Este é um dos eixos principais e fundamentais de toda teoria freiriana. No seu
livro Pedagogia do oprimido, publicado em 1968, depois de expor a educação
bancária - na qual o diálogo não está presente -, Freire dedica os capítulos 3 e 4
à ação dialógica e antidialógica.
5
Para saber mais sobre as ideias de Freire leia o artigo Educação
bancária: uma questão filosófica de aprendizagem, disponível em:
+
<http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/reeduc/article/
viewFile/168/141>
Leia também: Algumas considerações sobre a Teoria da ação
Antidialógica e Dialógica e a contribuição da atuação dos professores/
educadores, disponível em:
<http://cac-php.unioeste.br/projetos/gpps/midia/seminario6/arqs/
Trab_completos_politicas_educacionais/Algumas_consideracoes_
soteoria_acao_antidialogica.pdf>
Se nos revela como algo que já poderemos dizer ser ele mesmo:
a palavra. Mas, ao encontrarmos a palavra, na análise do diálogo,
como algo mais que um meio para que ele se faça, se nos impõe
buscar também seus elementos constitutivos (FREIRE, 2005, p.89).
6
são indissociáveis. Portanto, nós, professores e estudantes, nos educamos
juntos, em solidariedade e diálogo, na transformação e modificação do mundo,
onde o saber de todos é valorizado.
!
Sabemos que a comunicação dialógica não é uma tarefa fácil, por-
que um número significativo de professores e estudantes ainda não
dispõe das competências necessárias. O processo comunicacional no
ensino presencial está tão alicerçado na aula expositiva, que muitos
professores e alunos avaliam com certa descrença a utilização de múl-
tiplas tecnologias em contextos educativos.
Por isso, aquele que pretenda assumir uma postura interativa precisará
desenvolver habilidades como:
+
social.
!
Utilizar a tecnologia a esmo, apenas para a mera apresentação de
conteúdo por meio de slides ou vídeos, é simples. Sem planejamen-
to e conhecimento tecnológico prévio, porém, o resultado será pro-
vavelmente uma experiência frustrante. Mas, por outro lado, se bem
planejados e estruturados, os conteúdos podem ser apresentados de
forma mais interativa e instigar a motivação dos alunos.
7
possui somente a tarefa de transmitir o conhecimento, mas também a de criar
possibilidades para que os alunos construam suas próprias ideias. O aprendizado
é centrado no aluno.
A aprendizagem colaborativa envolve metodologias pedagógicas que
buscam promover a aprendizagem por meio de esforços colaborativos entre
estudantes que trabalham em determinada tarefa. Nesta abordagem, o aluno
é um ser ativo no processo. Uma das vantagens de se utilizar a aprendizagem
colaborativa é poder evitar - ou pelo menos, diminuir - o nível de desinteresse
em sala de aula.
Os alunos, nesta abordagem, têm um objetivo a alcançar e devem
trabalhar em conjunto. Cada um deles fica responsável não só por sua própria
aprendizagem, mas também pela de todos os membros do grupo.
Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/
8
Segundo Vygotsky (1896-1934), aprendizes individuais têm capacidade de
desenvolvimento diferente em situações colaborativas daquelas que teriam
quando trabalham sozinhos.
Ele propõe dois níveis de desenvolvimento:
• nível de desenvolvimento real: capacidade que o indivíduo tem de
resolver algo sozinho; e
• nível de desenvolvimento potencial: capacidade de resolver
problemas com a ajuda dos outros.
Vygotsky propôs:
• Nível de desenvolvimento real: momento no qual o indivíduo se
apresenta apto a resolver um problema sozinho.
• Nível de desenvolvimento potencial: o indivíduo realiza a atividade
com a ajuda de alguém.
• Zona de desenvolvimento proximal: é a distância entre as práticas
que um indivíduo domina e as atividades nas quais ele depende de ajuda.
Para Vygotsky, é no caminho entre esses dois pontos que ele pode se
desenvolver mentalmente por meio da interação e da troca de experiências.
Não basta, portanto, determinar o que um aluno já aprendeu para avaliar seu
desempenho.
!
Assim, colaboração pode ser definida como a construção de sig-
nificado de forma compartilhada. Essa construção acontece por meio
da interação. Promover a construção colaborativa por intermédio do
computador é criar atividades e ambientes que melhorem as práticas
da construção de significado em grupo.
5. FALANDO EM TECNOLOGIA...
Varella et al. (2002 apud LEITE et al., 2005, p.4) acredita que, “aliada à
aprendizagem colaborativa, a tecnologia possa potencializar as situações em
que os professores e alunos pesquisem, discutam e construam individual e
coletivamente seus conhecimentos”.
O computador tem potencial para ser um recurso muito importante para
a educação colaborativa no ambiente virtual de aprendizagem: “(...)pois, além
de servir para a organização das mais diversas, pode ser um meio para que os
alunos colaborem uns com outros nas atividades de grupo” (LEITE et al, 2005,
p.4).
9
Prado (2010) ressalta que o professor tem o papel de se tornar facilitador
?
do processo de aprendizagem do aluno.
Facilitador: termo empregado para indicar que o professor ajuda a facilitar o desen-
volvimento cognitivo do aluno, por meio de indagações que desequilibram as cer-
tezas inadequadas e que propiciam a busca de alternativas para encontrar a solução
mais apropriada ao problema e ao estilo individual de pensamento.
10
!
A filosofia da Web 2.0 visa à utilização coletiva e social das ferra-
mentas e serviços, num ambiente acessível a todos os usuários, que
colaborativamente publicam e partilham livremente a informação,
de acordo com os seus interesses e necessidades. Ela se refere não
só a uma combinação de técnicas e tecnologias de informática, mas
também a determinado período tecnológico, a um conjunto de novas
estratégias metodológicas e a processos de comunicação mediados
pelo computador.
11
da intervenção humana. Por isso, algumas pessoas dizem que a Web 3.0 é uma
internet cada vez mais próxima da inteligência artificial.
Também se entende por Web 3.0 que as pessoas estejam conectadas 24
horas por dia nos sete dias, por meio de qualquer dispositivo, possibilitando a
troca de dados entre dispositivos.
c) Multimídia
Segundo Lévy (2003), o termo multimídia significa aquilo que emprega
diversos suportes ou veículos de comunicação. Trata-se de qualquer combinação
de textos, gráficos, sons, animações e vídeos, mediada por computador ou outro
meio eletrônico.
O hipertexto é um texto formatado usando pontos ativos, os chamados
links. Esses links permitem que o usuário salte entre tópicos interligados. Por
exemplo, durante uma determinada leitura, ao deparar-se com uma palavra
desconhecida, o usuário pode clicar sobre ela e ser direcionado a uma página
que contenha a sua definição.
[o hipertexto é] um conjunto de nós ligados por conexões. Os
nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos, ou parte de
gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem,
eles mesmos, ser hipertextos. Navegar em um hipertexto significa,
portanto, desenhar um percurso em uma rede, que pode ser tão
complicada quanto possível. Porque cada nó pode, por sua vez,
conter uma rede inteira (LÉVY, 1993,p. 33).
!
Podemos definir hipermídia como um sistema de leitura não-line-
ar, que apresenta textos, imagens, filmes, sons, etc., interligados aos
temas afins de um texto-base. Quando o usuário aciona uma palavra
ou imagem-chave do texto, o sistema o remete a outro texto correla-
cionado com aquela palavra ou imagem que foi acionada, chamado
de link, podendo o usuário voltar ao texto original ou ir seguindo no
acionamento de outros links que aparecerem no texto.
12
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13
2 O USO DAS MÍDIAS
INTERATIVAS NO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
1. EXPLORANDO O POTENCIAL DOS BLOGS
Blog é a abreviação do termo em inglês web log (diário de bordo da web).
Trata-se de uma página publicada na internet com assuntos que tendem a
ser organizados cronologicamente (como se faz em um diário). Sua principal
vantagem é o fato de o autor não precisar saber programar páginas para a
internet, nem trabalhar com códigos.
!
O blog já deixou de ser apenas diário virtual para ganhar novos
papéis. Por exemplo, aliando textos a outras formas de linguagem,
eles passaram a servir como ferramenta no processo de ensino-apren-
dizagem da educação formal. E são muitos os educadores que estão
fazendo uso dos blogs para complementar o conteúdo apesentado
em sala de aula. Isso porque eles são páginas na internet que possi-
bilitam a publicação e o armazenamento de informações, atualizadas
rotineiramente.
?
Software social é qualquer software ou rede on-line que permite aos utilizadores inte-
ragir e partilhar conhecimento numa dimensão social, realçando o potencial humano,
em vez da tecnologia que possibilita a transmissão. Blogs, mensageiros instantâne-
os, wikis e ferramentas de edição colaborativa são as expressões mais representati-
vas deste conceito (extraído de http://br.masternewmedia.org/colaboracao_on_line/
software-social/software-social-o-que-e-e-qual-impacto-nas-pessoas-e-organizacoes-
-um-relatorio-da-australian-flexible-learning-framework-parte-I- 20070524.htm)
Pode-se dizer que o Software social é uma nova onda das tecnologias
da informação e comunicação (TICs), que permite preparar os estudantes para
participarem em redes onde o conhecimento é coletivamente construído e
14
compartilhado (MEJIAS, 2006).
!
Criar um blog não é uma tarefa difícil; na verdade, é bastante sim-
ples e rápido. Pode ser criado em cinco minutos, gratuitamente, por
qualquer pessoa que disponha de acesso à Internet, saiba ler, escrever
e utilizar um mouse, um teclado e um browser. Uma vez criado, em se-
gundos, pode fazer a sua primeira entrada, ou post, e publicá-la para
que pessoa possa ler, em qualquer lugar.
2. ALGUMAS UTILIZAÇÕES
• O professor de Português pode, por exemplo, criar um blog de apoio à
leitura de uma obra integral. Pode pedir, inclusive, aos seus alunos que leiam um
capítulo e apresentem uma síntese, ou até - quem sabe - pedir para reescrever
a história com outro final.
• O professor de Inglês, Francês ou de outra língua pode usar o blog como
meio de conseguir que os seus alunos respondam a desafios, expressando-se
nessa língua estrangeira.
• O professor de História pode lançar um desafio para que os alunos
pesquisem sobre uma biografia, revolução, etc.
• O professor de Geografia pede a seus alunos que pesquisem as
características naturais de determinado país da União Europeia.
• O professor de Ciências Naturais pode usar o blog como meio de
debate em que os alunos, perante uma questão-problema, desenvolvem a sua
capacidade crítica.
• O professor de Física ou Química pode publicar animações on-line de
experiências laboratoriais; o professor de Matemática pode exemplificar os
exercícios, lançar questões para serem respondidas pelos alunos.
• O professor de Educação Visual e Tecnológica pode publicar o resultado
dos trabalhos dos seus alunos e até promover um concurso, entre outras
possibilidades.
+
distintas nesses endereços:
http://www.tecmundo.com.br/tutorial/22306-como-criar-um-blog-
no-blogger.htm
www.tecmundo.com.br/.../24018-wordpress-como-criar-um-blog.
htm
www.tecmundo.com.br/blog/7201-como-fazer-um-tumblr.htm
15
Quando se fala em computação nas nuvens, fala-se na possibili-
!
dade de acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela internet,
apenas com o uso do seu navegador. Quer dizer, você não precisa
instalar aplicativos no seu equipamento para tudo, nem levar todos
os seus arquivos em mídias físicas (pen-drive, etc.), pois pode acessar
todo o conteúdo on-line para fazer o que precisa. Isso só é possível
porque os dados não se encontram em um computador específico,
mas sim disponíveis na rede (na nuvem).
A maioria dos serviços que oferecem armazenamento de arquivos nas nuvens
possibilita guardar documentos de qualquer tipo na internet e compartilhá-los
com facilidade. Há diversas formas de realizar esse armazenamento. Você pode
utilizar contas de e-mail gratuitas, portais pagos, grupos virtuais ou servidores
criados especialmente para essa finalidade. É importante considerar que as
ferramentas de armazenamento tornam os arquivos disponíveis no momento
em que os interessados desejarem acessá-lo.
+
na Nuvem): https://www.youtube.com/watch?t=24&v=FDFejm-ovtI.
2) A Revista Veja publicou, na seção Vida Digital, a reportagem Quando
o longe fica próximo. Esta matéria aborda os tipos de armazenamento
nas nuvens, como Google Docs, ICloud e Dropbox. Para lê-la, clique
em acervo digital (http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx)
e, em seguida, em 2011, na revista de 9 de novembro.
16
1) O professor preparou um texto ou imagem para trabalhar com
os alunos - Com o Dropbox, ele apenas informa o link para os estudantes
(por exemplo: escreve o link na lousa, envia por e-mail, etc.) e eles acessam
o material. Os alunos não precisam ter o Dropbox; eles vão acessar como se
fosse uma página da internet para salvar o arquivo onde desejar.
2) O professor passou uma atividade e os alunos agora precisam
entregá-la – Em vez de usar um pen-drive, ou enviar por e-mail e lotar a caixa
postal do professor, os alunos podem usar o Dropbox. Todos os trabalhos serão
colocados na pasta do Dropbox do professor, a qual foi separada para isso.
3) O professor quer fazer uma atividade colaborativa: todos podem
acessar o trabalho um do outro - Todos colocam seus arquivos em uma
pasta compartilhada do Dropbox, que mantém um histórico informando
quem colocou o quê e quando. Também informa se alguma coisa foi deletada
e quem a deletou. Mas nessa última situação, todos precisam ter uma conta no
Dropbox para fazer isso.
+
Para saber tudo sobre o Dropbox e ter algumas dicas avançadas para
aproveitar o serviço de sincronização ainda mais, clique em: <https://
youtu.be/ZiTTeETo3Fc>
17
!
ciais ou que precisem estar vinculadas à descrição de determinado
local espacial, as possibilidades que este tipo de ferramenta propor-
ciona são diversas. O Google Maps, Google Earth, Google Street Views
e Google Art Project, por exemplo, podem despertar o interesse dos
alunos para diversos assuntos da Geografia, História, Arte, Arquitetu-
ra, etc.
18
melhor compreensão do espaço geográfico em suas dimensões físicas, sociais
e espaciais.
Figura 04. Vista da entrada do campus da UFV em Viçosa pelo Google Street View
Fonte: www.google.com.br/maps
19
4.3. Google Art project
Trata-se de uma plataforma disponível na web que usa a mesma tecnologia
do Google Street View. O projeto - que contou com a curadoria de diversos
profissionais da área de História, Artes e Humanidades - dá a sensação de estar
caminhando em museus, palácios e outros monumentos históricos (http://www.
googleartproject.com/pt-br/).
Figura 05. Passeio pelo MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo Google Art Project
Fonte: http://www.google.com/culturalinstitute/collection/museu-de-arte-moderna-de-sao-
paulo?museumview&hl=pt-br&projectId=art-project
Além do Art Project e do Street View, a Google está disponibilizando uma série
de combinações dessas duas ferramentas que permitem visitar, virtualmente, os
lugares mais inusitados da terra, como oceanos, montanhas, florestas e vulcões.
Com essa ferramenta, é possível visitar o arquipélago de Fernando de Noronha,
o monte Kilimanjaro na Tanzânia ou ainda nadar com uma Jubarte no Pacífico
Sul.
20
Figura 07 – Diferentes vistas do Monte kilimanjaro na Tanzânia (África)
Fonte: https://www.google.com/maps/views/explore
Figura 08 – Nadando com uma Jubarte próximo as Ilhas Cook no Pacífico Sul
Fonte: https://www.google.com/maps/views/view/streetview/oceans/humpback-whales-
rarotonga-cook-islands/
b) Biomas
Possibilidade de analisar os biomas de modo mais interativo. Assim, os
alunos são desafiados a montar seus próprios mapas, escolher os locais para
a marcação, estabelecer e personalizar suas legendas, colocar e criar gráficos e
vídeos interativos sobre os locais.
21
Mapa Biomas do Brasil: https://maps.google.com.br/maps/
+
myplaces?hl=en&ll=-17.308688,-54.316406&spn=51.081319,79.0136
72&ctz=180&t=h&z=4
- Mapa do Planeta: https://maps.google.com.br/maps/ms?msid=2132
81070204032082623.0004dfb06cda073b4f00e&msa=0
- Passear pelo rio Negro e conhecer as comunidades do Amazonas:
http://maps.google.com/intl/en/help/maps/streetview/gallery/
amazon/flooded-forest-of-the-rio-negro.html
c) Tour virtual
Faça a seleção de um tema de roteiro temático ou pesquise pontos de
interesse e suas informações de pontos turísticos. Elabore um roteiro temático
para o lugar que deseja visitar (gastronomia, música, lugares históricos, etc.)
+ Para criar e montar os mapas dos roteiros no Google Maps. Ex.: Tour
Histórico Centro de São Paulo, acesse: https://maps.google.com.br/
maps/ms?msid=209742263883120958439.0004b62007ee92fe6648e
&msa=0&ll=-23.546029,-46.634173&spn=0.012353,0.01929
d) Transformações no espaço
A ferramenta do Google Earth de sobreposição de mapas de diversos
períodos auxilia os alunos na análise das mudanças que ocorrem nos sítios
geográficos. Pensando em sua utilização em sala de aula, o professor pode
solicitar que o aluno escolha um ponto de referência - a escola ou sua própria casa
- e analise as mudanças que ocorreram ao longo do tempo a partir das imagens
do satélite. Você pode ainda acrescentar outros materiais de investigações com
moradores do bairro, fotografias, depoimentos, etc., que o auxiliem na análise
das mudanças do lugar.
+
Para saber mais sobre com utilizar a ferramenta, confira em:
http://www.tecmundo.com.br/874-como-usar-o-google-maps.htm
http://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/learn/
http://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/learn/beginner.
html#tab=street-view
https://www.google.com.br/maps/about/
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5.1 Mas só o vídeo não resolve!
Vamos imaginar que você leve para sala de aula um vídeo sobre o conteúdo
daquele semestre e, depois de assisti-lo com seus alunos, continue sua aula sem
refletir sobre ele. Ou, então, leve um vídeo com um conteúdo muito extenso e
não separe um tempo para discussão. Se não for planejada, a experiência da
utilização de vídeo pode ser frustrante.
Mas, se, ao contrário, você motivar os alunos para o tema, propor a simulação
de experiências, abordagens múltiplas ou específicas, ou ainda sugerir a reflexão
e a discussão sobre ele, os ganhos podem ser significativos.
!
O vídeo pode ser utilizado com o objetivo de trazer conteúdo in-
formativo novo, complementar o que foi apresentado ou exigir dos
alunos uma postura crítica ao analisá-lo em grupo ou no desenvolvi-
mento de um projeto. Pode primar também pelo desenvolvimento
de habilidades, como ouvir, ver, compreender, relacionar, associar, se-
lecionar informações, fazer anotações, memorizar, interpretar, argu-
mentar, etc. A produção e a gravação de vídeos na escola alteram uma
prática educativa existente: a da passividade. O aluno torna-se sujeito
de sua aprendizagem.
23
Para auxiliar na produção de roteiros de vídeos, vale a pena consultar
+
esses links:
http://www.blogdaaudiodescricao.com.br/2010/07/producao-de-
roteiros-seis-passos-para.html
http://w w w.roteirodecinema.com.br/manuais/
documentochamadoroteiro.htm
http://www.cybercollege.com/port/tvp005.htm
http://www.roteirodecinema.com.br/roteiros/curtas.htm
24
+ O pdf do artigo completo do professor Moran está disponível em:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/desafios_pessoais/
vidsal.pdf
5.5. Youtube
O YouTube foi criado em fevereiro de 2005 por dois ex-funcionários do
eBay, Steve Chen e Chad Hurley (Fortes, 2006). O objetivo deles era possibilitar
às pessoas compartilharem seus vídeos de viagens, mas, com surpresa, viram o
site se tornar um portal para outra dimensão, chegando à marca de 100 milhões
de vídeos assistidos por dia em julho de 2006 (Fortes, 2006). E, a cada dia que
passa, centenas de milhares de novos arquivos de vídeo digital são colocadas à
disposição de quem quiser assisti-los.
eBay: site norte-americano de vendas e leilões que, desde 2001, é acionista do site
brasileiro Mercadolivre
b) Opções de uso
!
Ao ser usado de forma pedagógica, o YouTube proporciona lin-
guagem e forma de comunicação diferente daquela que se usa co-
tidianamente em sala de aula e na comunidade escolar. Além disso,
é uma ferramenta potente de criatividade, socialização, interação e
fonte rica de construção do conhecimento.
25
Para encorajá-lo a usar o Youtube em sala, listamos oito bons motivos para
incluir a rede social no seu planejamento e prática docente:
• Oferecer conteúdos que sirvam como recursos didáticos para
as discussões em aula: Incentive os estudantes a participar das aulas,
compartilhando com eles vídeos que serão relevantes para o contexto escolar.
Desde que bem selecionados, os conteúdos audiovisuais podem mostrar
diferentes pontos de vista sobre determinado assunto, fomentando os debates
e discussões em sala.
• Armazenar todos os vídeos que você precisa em um só lugar: Se ainda
não é um usuário do Youtube, basta criar uma conta na rede (gratuitamente)
para ter acesso às listas de reprodução (playlists). Elas permitem que você
organize seus vídeos favoritos em sequência. Um usuário não precisa selecionar
apenas vídeos publicados por ele, ou seja, a playlist de um professor pode
conter vídeos publicados por outros membros do Youtube. Outra vantagem é
que, quando um vídeo termina, o próximo começa sem que sejam oferecidos
outros vídeos relacionados, mas que não interessam ao seu propósito didático
naquele momento. Ao selecionar o material que será visto pelos alunos, você
pode garantir que o conteúdo hospedado em seu canal seja confiável, pois ele
passou pela sua curadoria.
+
Veja dois breves tutoriais sobre como criar uma lista de reprodução
(https://support.google.com/youtube/answer/57792) e como
organizar seus vídeos (https://support.google.com/youtube/
topic/16566?hl=pt-BR).
26
• Elaborar uma apresentação de slides narrada para ser usada em
sala: Você pode usar o canal de vídeo para contar uma história aos alunos e
oferecer a eles um material de apoio que possa ser consultado posteriormente.
Produza uma apresentação de slides narrada, com imagens que ilustrem o tema
abordado e passe o vídeo em sala de aula.
+
Separamos alguns links interessantes para auxiliar na postagem de
vídeos no Youtube e criação de Canais:
http://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2013/06/
como-publicar-um-video-no-youtube.html
http://www.tecmundo.com.br/video/2364-youtube-como-criar-um-
canal-.htm
+
Para conhecer melhor essa ferramenta acesse: http://porvir.org/
porcriar/google-lanca-novo-canal-youtube/20131121.
- Ou ainda diretamente na página do Youtube Edu: https://www.
youtube.com/channel/UCs_n045yHUiC-CR2s8AjIwg/edu
27
6. EXPLORANDO O POTENCIAL DAS REDES SOCIAIS
Você já flagrou um de seus alunos utilizando o celular para trocar mensagem
de texto, vídeos ou fotos no meio da explicação de uma aula ou da realização
de uma atividade? Essa é uma cena bastante comum hoje. Você já se sentiu um
peixe fora d’água ao observar os seus alunos falando sobre as modernas funções
dos celulares, como baixar músicas e vídeos da internet, assim como realizar
!
postagens e compartilhar informações nas redes sociais?
28
2007 em diante – Há uma efervescência de serviços digitais: Tumblr
(2007), Foursquare (2009), Instagram (2010), Pinterest (2010), Google+
(2011), dentre outros.
+
internet:
- Infográfico da evolução das redes sociais e os principais fatos
históricos: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/8f/bd/f1/8fb
df1e8b590b9162a61274aa6dc7d43.jpg
- Ranking das principais redes sociais e a comparação das suas
informações mais relevantes: https://s-media-cache-ak0.pinimg.
com/736x/c0/ef/17/c0ef1788da6c71efa1e0ef0a781c5c53.jpg
!
O grande desafio do uso do Facebook é contribuir para que os pro-
fessores organizem uma atividade de ensino mais envolvente, que
auxilie na aprendizagem significativa do aluno e que eles aprendam
de forma autônoma, dinâmica e colaborativa. Além disso, devem ser
capazes de transformar em conhecimento a enxurrada de informa-
ções a que são submetidos diariamente.
7. FACEBOOK
“The Facebook” nasceu, timidamente, em 2004, a partir de uma proposta
criada por universitários para atender aos estudantes da Universidade de
Harvard. Com o passar do tempo, expandiu-se para outras universidades e
escolas do ensino médio dos Estados Unidos. Hoje é uma das redes sociais
mais utilizadas em todo o mundo. Aqui, no Brasil, não poderia ser diferente:
é uma rede social que atrai, motiva e faz parte do dia a dia do aluno. Por isso,
acreditamos na sua utilização, de maneira positiva, na educação deste século.
29
7.1. Algumas vantagens pedagógicas
Dentre as principais vantagens do Facebook, estão:
• Utilizar as mídias disponíveis como ferramenta de aprendizagem;
• Favorecer a aprendizagem significativa e cooperativa;
• Atender às necessidades educacionais dos alunos de hoje;
• Estimular a interação e a comunicação;
• Incentivar o aprendizado além da sala de aula.
Em resumo: a principal vantagem de se utilizar o Facebook como ferramenta
de aprendizado está em se apropriar de algo que naturalmente desperta o
interesse dos seus alunos e aplicá-lo em favor do ensino
30
5º PASSO - Elaboração de um roteiro didático-pedagógico: Esta é uma
das atividades mais importantes, já que consiste no caminho apresentado
pelo professor para o aluno. Aqui você deixará claro o que realmente quer do
educando. Ou melhor: apresentará o que eles deverão fazer na atividade. Este
roteiro pode ser impresso ou copiado pelo próprio aluno, para que responda ao
elenco de questões propostas ou apenas visualize as postagens para responder
ao professor em sala de aula. Todas as vezes que você sentir a necessidade de
os alunos acessarem alguma informação no perfil do Facebook, é importante
que disponibilize esse roteiro, onde estará claramente definido o caminho que
deverá ser percorrido por eles.
6º Passo – Definição da Avaliação: A avaliação é o momento no qual o
professor deixará explicito para os alunos os critérios pelos quais eles serão
avaliados.
31
8. GOOGLE DOCS
O Google Docs é uma espécie de suíte de aplicativos on-line, bastante
semelhante ao Microsoft Office e ao OpenOffice/BrOffice. Ele apresenta editor
de textos, editor de planilhas eletrônicas, editor de apresentação de slides e
ainda a ferramenta para criação de formulários (enquetes/pesquisas).
!
A principal vantagem da ferramenta é ser on-line. Por isso, você
não precisa levar o arquivo em um dispositivo físico de armazenamen-
to, como pen-drive ou HD externo; basta acessar a sua conta no Goo-
gle Docs e abrir ou editar seus arquivos - que podem ser compartilha-
dos com outros usuários, permitindo a edição colaborativa.
32
c) Uso de apresentações de slides
As apresentações de slides são particularmente interessantes como
ferramenta de apresentação de conteúdos, informações e esquemas didáticos,
com um visual atraente. O Google Docs permite também que se faça edição
colaborativa dessas apresentações e que elas sejam compartilhadas on-line.
Algumas possibilidades de uso para as apresentações de slides são:
• produção de conteúdos e esquemas didáticos pelo professor, além de
resumos;
• produção e apresentação de trabalhos pelos alunos (a edição
compartilhada facilita o trabalho colaborativo de grupos de estudantes);
• Uso dos formulários on-line, que estão associados a planilhas e constituem
um meio simples e rápido de coletar informações, gerar apresentações gráficas
e análises estatísticas de dados.
Outros usos possíveis:
• produzir questionários socioeconômicos dos alunos;
• produzir diagnósticos e pesquisas com os alunos ou com os pais, pois os
formulários podem também ser acessados da casa dos alunos;
• produzir pequenos testes e provas, ou atividades que os alunos possam
realizar de forma autônoma e fora da escola.
Para compartilhar seus documentos do Google Docs, você também pode
simplesmente postar ou enviar a url do arquivo compartilhado no Google Docs
ou colocá-la como um link em seus materiais.
!
as ferramentas de um pacote completo de escritório, mesmo que os
seus computadores não possuam nenhum. Até mesmo a própria se-
cretaria e a coordenação/direção podem usar essa ferramenta para
produzir, disponibilizar e compartilhar documentos (como horário de
aulas, calendário escolar, etc.), com a vantagem de não ter que hospe-
dar esses documentos localmente.
+
O criador do GoogleDocs, Sam Schiallace, fala sobre a história da
ferramenta:
http://www.tecmundo.com.br/google-docs/41570-criador-do-
google-docs-fala-sobre-a-historia-do-produto.htm
- Aprenda a utilizar o Google Docs:
http://www.tecmundo.com.br/692-aprenda-a-utilizar-o-google-
docs.htm
33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
34
novo-canal-youtube/20131121>. Acesso em: 21 nov. 2014.
RAMOS, E. M. F.; ARRIADA, M. C.; FIORENTINI, L. M. R. Introdução à Educação
Digital: Guia do Formador. 2. ed. – Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de
Educação à Distância, 2009. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.
br/storage/materiais/0000011854.pdf>. Acesso em 11 jan. 2014.
SANTOS, A. E. O. Educação e Comunicação: A utilização das novas tecnologias
por adolescentes em ambiente escolar. 2007. Dissertação (Mestrado em Meio
Ambiente e Sustentabilidade) - Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente
e Sustentabilidade Mestrado Profissional. Centro Universitário de Caratinga –
UNEC, Caratinga, 2007.
SANTOS, V. M. N. Uso escolar do Sensoriamento Remoto como recurso didático
pedagógico no estudo do meio ambiente. Revista do Instituto de Geociências
- USP Geol. USP, Publ. espec., São Paulo, v. 6, p. 1-18, Ago, 2013. Disponível em:
<http://www.revistas.usp.br/gusppe/article/download/61960/64824>. . Acesso
em 15 nov. 2013.
Tecnologia. G1 – O portal de notícias da Globo. Revista “Time” elege Youtube
a melhor invenção do ano. São Paulo, 7 de nov. 2006. Disponível em:<http://
g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,AA1340903-6174-363,00.html>. Acesso
em: 12 fev. 2014.
TEIXEIRA, M. M. Da educação a distância às plataformas de e-learning:
sistemas alternativos de educação mediada. Munich: Grin Verlag, 2013.
35
3 FERRAMENTAS DE
INTERATIVIDADE COM
ÁUDIO E VÍDEO
!
Contudo, ferramentas mais complexas, como os equipamentos de
vídeo e webconferência, tendem a ser mais difíceis de integração à
educação. Se a complexidade do recurso é maior, ele exige mais pla-
nejamento e engajamento por parte do professor e da equipe peda-
gógica.
1. WEBCONFERÊNCIA
A webconferência é muito mais versátil e acessível a qualquer pessoa que
possua conexão com a internet, já que não necessita de muitos equipamentos
especiais, como os utilizados nas teleconferências ou videoconferências.
Muitos dos softwares destinados à webconferência, como o Skype, não
foram pensados para fins pedagógicos. Mas, ainda assim, têm sido utilizados
+
e m iniciativas de interação didática com um desempenho satisfatório.
36
com saídas de áudio, microfone e câmera digital, conectados à internet. O
webconferencista ou professor, em ponto remoto, faz suas apresentações em
tempo real para alunos ou espectadores distantes, que recebem a imagem e o
áudio, podendo também interagir com ele.
!
Essa ferramenta de ensino aproxima-se de uma situação da sala
de aula, porque possibilita a conversa em duas vias, permitindo que o
processo de ensino-aprendizagem ocorra em tempo real e seja inte-
rativo entre pessoas que podem se ver e ouvir ao mesmo tempo. Na
educação a distância, esse é um importante instrumento de lingua-
gem para veicular conteúdos e tem se tornado cada vez mais abran-
gente. Por meio dele, há a possibilidade de disseminação de informa-
ções para pontos geograficamente dispersos.
2. VIDEOCONFERÊNCIA
As tecnologias de informação e comunicação utilizadas atualmente
são cada vez mais interativas e constituem-se em ferramentas valiosas para
alcançar estudantes dispersos por grandes territórios. A linguagem produzida
pela integração entre imagens, movimentos e sons atrai e toma conta das
atuais gerações. A videoconferência aparece como alternativa para instituições
educacionais oferecerem cursos, principalmente na modalidade a distância no
Brasil.
Agora, você vai conhecer mais profundamente este recurso que tem por
objetivo favorecer o acesso ao aprendizado, de forma que a interação e a
participação sejam processos destacados.
2.1. Fundamentos
A videoconferência é uma das chamadas novas tecnologias que está
avançando com mais rapidez dentro de contextos educacionais. Isto se deve a
vários fatores: à redução do custo dos equipamentos; ao aumento da oferta de
cursos de aperfeiçoamento que estão sendo desenvolvidos por meio da EAD; à
possibilidade de realizar cursos superiores em locais distantes; à combinação de
interatividade com imagem audiovisual; à comunicação com outras tecnologias
de comunicação, etc.
Os componentes básicos de uma videoconferência são:
• uma câmera (para capturar o movimento);
• um display de vídeo (para exibir o vídeo distante);
• componentes de áudio;
• um sistema de computador;
• uma conexão de rede;
• uma interface de usuário;
• o codec para comprimir e descomprimir as informações de áudio e
vídeo.
Considerando a possibilidade de um ambiente de colaboração/cooperação
por meio da videoconferência, podem ser utilizados ainda os seguintes recursos
auxiliares:
• Whiteboard/Quadro Digital: lousa branca que captura e produz
37
digitalmente para os participantes o que é escrito;
• Câmera de documentos: câmera para visualização de textos impressos;
• FolowMe: recurso que busca a pessoa que está falando no momento,
posicionando a câmera;
• Tablet: tela remota sensível ao toque que possibilita o controle de todos
os equipamentos, funcionando também como um whiteboard; e
• Chat.
!
A videoconferência pode ser utilizada tanto para complementa-
ção das aulas presenciais, como em aulas e reuniões totalmente a dis-
tância. Seu uso na educação deve se iniciar com o aprendizado sobre
o equipamento por parte do professor, de tal forma que ele se sinta
seguro em utilizá-lo. Uma das formas de aprendizado é por meio da
gravação de uma aula para cada professor, seguida de um período de
revisão e discussão dela com pessoas que detenham o conhecimento
do uso da ferramenta.
38
• planejamento da dinâmica das aulas, considerando também a parte
afetiva em um ambiente a distância;
• previsão de mecanismos de participação dos alunos, de forma que
haja uma organização, por meio de “normas de conduta”, para que todos
tenham oportunidade de colaborar neste ambiente;
• verificação, por parte do professor, da possibilidade de eliminação de
ruídos externos, da qualidade de som e áudio, da linguagem utilizada, bem
como da sua postura, para tornar sua apresentação agradável;
• atenção à apresentação de materiais, como slides e gráficos, para
possibilitar espaço para a interação com os alunos.
VANTAGENS DESVANTAGENS
39
Já para Santos (1998), o uso da videoconferência apresenta uma série de
vantagens, como:
• economia de tempo, evitando o deslocamento físico para um local
específico;
• economia de recursos, com a redução dos gastos com viagens;
• mais um recurso de pesquisa, já que a reunião pode ser gravada e
disponibilizada posteriormente.
Além desses aspectos, em sua maioria, os softwares que apoiam a realização
da videoconferência permitem também a utilização de ferramentas de
compartilhamento de documentos, com possibilidade de:
• visualização e alteração pelos integrantes do diálogo em tempo real;
• compartilhamento de aplicações; e
• compartilhamento de informações (transferência de arquivos).
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entendemos que a inserção dos computadores na educação exige que o
professor repense sua prática docente, devendo planejar uma metodologia
que mescle a tecnologia com o conteúdo. As atividades que fazem uso das
tecnologias precisam ser carregadas de significado e propósito, já que a sala de
aula é a combinação de significados pessoais que estão inseridos num contexto
social muito complexo: o mundo tecnológico.
A aprendizagem colaborativa, por exemplo, é importante, porque traz
mais benefícios ao estudante do que as metodologias de aprendizagem
tradicionais. Ela possibilita que a aprendizagem torne-se mais rica e motivadora.
Nesse contexto, as posturas do professor e do aluno são redimensionadas. As
tecnologias da informação e comunicação (TICs) abrem novas possibilidades
educacionais e geram novos desafios para toda equipe pedagógica,
principalmente para o professor. O desafio é grande, mas as vantagens no uso
do computador apoiando a aprendizagem colaborativa são maiores.
A utilização de recursos tecnológicos, como a web 2.0, web 3.0, redes
sociais, estão presentes no dia a dia dos jovens, que já adotaram estilos de vida
mais flexíveis, interativos e intemporais, servindo-se dessas tecnologias para
participar, partilhar e comunicar. O professor, neste contexto de mudança,
precisa saber orientar os seus educandos. Não basta que os alunos simplesmente
acessem as informações: eles precisam ter a habilidade e o desejo de utilizá-las,
saber relacioná-las, sintetizá-las, analisá-las e avaliá-las.
Esperamos que você tenha atingido o objetivo de realizar uma reflexão
sobre as principais possibilidades e desafios da aprendizagem voltada para a
configuração colaborativa e cooperativa. Acreditamos ter trazido os subsídios
básicos necessários para nortear o aprofundamento da sua prática docente
nessa área. No entanto, destacamos que, para isso, não há a receita. Existem,
sim, caminhos que podemos trilhar na busca por uma educação de qualidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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- PGIE/UFRGS. SD. Disponível em: <http://penta.ufrgs.br/pgie/workshop/mara.
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