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MÍDIAS

INTERATIVAS
ARON RODRIGO BATISTA
LEILIANE SOUZA BHERING
PEDRO ENI LOURENÇO RODRIGUES

1
Universidade Federal de Viçosa

Reitora
Nilda de Fátima Ferreira Soares

Vice-Reitor
João Carlos Cardoso Galvão

Diretor
Frederico Vieira Passos

Campus Universitário, 36570-000, Viçosa/MG


Telefone: (31) 3899 2858 | Fax: (31) 3899 3352

Autores: Aron Rodrigo Batista, Leiliane Souza Bhering e


Pedro Eni Lourenço Rodrigues

Layout: Lucas Kato

Editoração Eletrônica: Thalita Fernandes

Edição de conteúdo e CopyDesk: João Batista Mota

2
Significado dos ícones da apostila
Para facilitar o seu estudo e a compreensão imediata do conteúdo apresentado,
ao longo de todas as apostilas, você vai encontrar essas pequenas figuras ao
lado do texto. Elas têm o objetivo de chamar a sua atenção para determinados
trechos do conteúdo, com uma função específica, como apresentamos a seguir.

! Texto-destaque:  são definições, conceitos ou afirmações impor-


tantes às quais você deve estar atento.

Glossário: Informações pertinentes ao texto, para situá-lo melhor


sobre determinado autor, entidade, fato ou época, que você pode
desconhecer.
  ?
+  
Saiba Mais! Se você quiser complementar ou aprofundar o conteúdo
apresentado na apostila, tem a opção de links na internet, onde pode
obter vídeos, sites ou artigos relacionados ao tema.

Quando vir este ícone, você deve refletir sobre os aspectos apontados,
relacionando-os com a sua prática profissional e cotidiana.

3
Sumário
5 O uso das tecnologias de informação e comunicação na aprendi-
zagem

14 Uso das Mídias Interativas no processo de ensino-aprendizagem

36 Ferramentas de interatividade com áudio e vídeo

4
O USO DAS TECNOLOGIAS DE
1
INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
NA APRENDIZAGEM

1. APRENDIZAGEM COLABORATIVA E COMUNICAÇÃO MEDIADA POR


COMPUTADOR
Muito se tem discutido sobre as novas abordagens pedagógicas no processo
de ensino-aprendizagem. Esses debates têm-se acentuado mais recentemente,
com a dialogicidade e os estudos sobre a “bancarização” do ensino. No entanto,
foi com a inserção das tecnologias da informação e comunicação (TICs) como
mediadoras das relações entre os participantes do processo de ensino que o
assunto passou a ser ainda mais profundamente estudado.

“Bancarização”: Paulo Freire (1974) conceitua a Educaçã o Bancária como imposição


do conhecimento realizada pelo professor sobre o aluno. O primeiro faz a exposição
de conteúdos e o segundo permanece em uma passiva atitude de mero recebimento
desses conteúdos.

As tecnologias, principalmente aquelas relacionadas ao computador, exigem


?
um redimensionamento da postura da equipe pedagógica e também do aluno.
Isso porque as atividades de aula devem estar apoiadas por uma metodologia
que garanta o êxito da aprendizagem.
Em função da importância da dialogicidade e da construção compartilhada
do conhecimento no processo de ensino, neste capítulo, vamos abordar como a
aprendizagem colaborativa, apoiada pelo computador, pode trazer ainda mais
benefícios para o processo de ensino.

2. VAMOS FALAR DE DIALOGICIDADE...

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br
Este é um dos eixos principais e fundamentais de toda teoria freiriana. No seu
livro Pedagogia do oprimido, publicado em 1968, depois de expor a educação
bancária - na qual o diálogo não está presente -, Freire dedica os capítulos 3 e 4
à ação dialógica e antidialógica.

5
Para saber mais sobre as ideias de Freire leia o artigo Educação
bancária: uma questão filosófica de aprendizagem, disponível em:

+
<http://revistaadmmade.estacio.br/index.php/reeduc/article/
viewFile/168/141>
Leia também: Algumas considerações sobre a Teoria da ação
Antidialógica e Dialógica e a contribuição da atuação dos professores/
educadores, disponível em:
<http://cac-php.unioeste.br/projetos/gpps/midia/seminario6/arqs/
Trab_completos_politicas_educacionais/Algumas_consideracoes_
soteoria_acao_antidialogica.pdf>

A dialogicidade é a essência da educação como prática da liberdade. O


diálogo é tratado como um fenômeno humano por Paulo Freire:

Se nos revela como algo que já poderemos dizer ser ele mesmo:
a palavra. Mas, ao encontrarmos a palavra, na análise do diálogo,
como algo mais que um meio para que ele se faça, se nos impõe
buscar também seus elementos constitutivos (FREIRE, 2005, p.89).

Para o autor, quando pronunciamos a palavra, estamos pronunciando e


transformando o mundo. Na dialogicidade estão sempre presentes as dimensões
da ação e da reflexão. Ao pronunciar o mundo, mostramos que humanamente
existimos; se existimos, agimos e modificamos o mundo dado.
Quando não há verdadeiro diálogo, não há encontro, amorosidade e
respeito. Podemos sintetizar isso mostrando que

o diálogo é este encontro dos homens, imediatizados pelo mundo,


para pronunciá-lo, não se esgotando, portanto, na relação eu-tu.
Esta é a razão por que não é possível o diálogo entre os que querem
a pronúncia do mundo e os que não querem; entre os que negam
aos demais o direito de dizer a palavra e os que se acham negados
deste direito (FREIRE, 2005, p. 91).

Dessa forma, deduzimos que o diálogo é a atividade pedagógica por


excelência, mas que já começa mesmo antes da ação pedagógica, propriamente
dita. E é na investigação temática e na busca dos conteúdos programáticos que
a ação dialógica se faz presente.
Para finalizar o assunto, apresentamos a definição de diálogo que Paulo
Freire propõe em Educação como Prática da Liberdade:

E que é o diálogo? É uma relação horizontal de A com B. Nasce de


uma matriz crítica e gera criticidade (Jaspers). Nutre-se do amor,
da humildade, da esperança, da fé, da confiança. Por isso, só com
o diálogo se ligam assim, com amor, com esperança, com fé um
no outro, se fazem críticos na busca de algo. Instala-se, então, uma
relação de simpatia entre ambos. Só aí há comunicação. O diálogo
é, portanto, o indispensável caminho (Jaspers), não somente nas
questões vitais para a nossa ordenação política, mas em todos os
sentidos do nosso ser. Somente pela virtude da crença, contudo,
tem o diálogo estímulo e significação: pela crença no homem e nas
suas possibilidades, pela crença de que somente chego a ser eles
mesmos (FREIRE, 2007, p.115-116).

Então, podemos dizer que o diálogo consiste numa relação horizontal, e


não vertical, entre as pessoas implicadas e entre as pessoas em relação. Como
citamos, nos pensamentos de Paulo Freire, as relações homem/mulher/mundo

6
são indissociáveis. Portanto, nós, professores e estudantes, nos educamos
juntos, em solidariedade e diálogo, na transformação e modificação do mundo,
onde o saber de todos é valorizado.

!
Sabemos que a comunicação dialógica não é uma tarefa fácil, por-
que um número significativo de professores e estudantes ainda não
dispõe das competências necessárias. O processo comunicacional no
ensino presencial está tão alicerçado na aula expositiva, que muitos
professores e alunos avaliam com certa descrença a utilização de múl-
tiplas tecnologias em contextos educativos.

Por isso, aquele que pretenda assumir uma postura interativa precisará
desenvolver habilidades como:

• identificar quais tecnologias são indispensáveis, levando em conta o contexto


no qual serão utilizadas;
• dominar as ferramentas tecnológicas envolvidas no processo de ensino e
aprendizagem do qual está participando;
• fomentar estratégias que potencializem a aprendizagem com múltiplos
recursos tecnológicos (HACK, 2009).

3. A APRENDIZAGEM COLABORATIVA COM SUPORTE COMPUTACIONAL

A Aprendizagem Colaborativa com Suporte Computacional - do inglês,


Computer Supported Collaborative Learning (CSCL) - tem o objetivo de estudar
como as pessoas podem aprender em grupo, com o auxílio do computador.
Muitos veem as tecnologias como entediantes e uma forma mecânica de
treinamento. Mas o CSCL vem desmistificar esse entendimento e propõe o
desenvolvimento de novos softwares e aplicações que propiciem a aprendizagem
em grupo, oferecendo atividades criativas de exploração intelectual e interação

+
social.

Para saber mais sobre CSCL, leia o artigo Aprendizagem colaborativa


com suporte computacional: Uma perspectiva histórica, disponível
em http://gerrystahl.net/cscl/CSCL_Portuguese.pdf.

O ensino colaborativo mediado pela inserção do computador requer


mais esforço e comprometimento dos professores, se comparado ao ensino
tradicional de sala de aula. O professor, além de preparar os conteúdos, precisa
planejar a melhor forma de transmiti-los por meio do computador. Ele necessita
ainda ser motivador dos alunos, com a interação contínua, para que eles tenham
a sensação de presença.

!
Utilizar a tecnologia a esmo, apenas para a mera apresentação de
conteúdo por meio de slides ou vídeos, é simples. Sem planejamen-
to e conhecimento tecnológico prévio, porém, o resultado será pro-
vavelmente uma experiência frustrante. Mas, por outro lado, se bem
planejados e estruturados, os conteúdos podem ser apresentados de
forma mais interativa e instigar a motivação dos alunos.

É importante ressaltar que, na aprendizagem colaborativa, o professor não

7
possui somente a tarefa de transmitir o conhecimento, mas também a de criar
possibilidades para que os alunos construam suas próprias ideias. O aprendizado
é centrado no aluno.
A aprendizagem colaborativa envolve metodologias pedagógicas que
buscam promover a aprendizagem por meio de esforços colaborativos entre
estudantes que trabalham em determinada tarefa. Nesta abordagem, o aluno
é um ser ativo no processo. Uma das vantagens de se utilizar a aprendizagem
colaborativa é poder evitar - ou pelo menos, diminuir - o nível de desinteresse
em sala de aula.
Os alunos, nesta abordagem, têm um objetivo a alcançar e devem
trabalhar em conjunto. Cada um deles fica responsável não só por sua própria
aprendizagem, mas também pela de todos os membros do grupo.

A aprendizagem colaborativa oferece muitas vantagens:

• Os alunos aprendem também entre si e não só com os conhecimentos


apresentados pelo professor. Os membros do grupo aprendem a valorizar os
conhecimentos dos outros e a absorver as experiências de aprendizagem de cada um.
• A maior troca de ideias e aproximação dos membros faz aumentar o
compromisso do grupo.
• O desenvolvimento do pensamento crítico é incentivado
• Diminuem os sentimentos de isolamento e de receio à crítica vinda do
professor ou dos colegas de turma.

MÁXIMAS SOBRE APRENDIZAGEM MÁXIMAS SOBRE APRENDIZAGEM


TRADICIONAL COLABORATIVA
Sala de aula Ambiente de aprendizagem
Professor - autoridade Professor - orientador
Centrada no Professor Centrada no Aluno
Aluno - “Uma garrafa a encher” Aluno - “Uma lâmpada a iluminar”
Reativa, passiva Proativa, investigativa
Ênfase no produto Ênfase no processo
Aprendizagem em solidão Aprendizagem em grupo
Memorização Transformação
(KENSKI, 2003)

4. APRENDIZAGEM COLABORATIVA E APRENDIZAGEM INDIVIDUAL:


MEDINDO VANTAGENS

Fonte: http://educarparacrescer.abril.com.br/

8
Segundo Vygotsky (1896-1934), aprendizes individuais têm capacidade de
desenvolvimento diferente em situações colaborativas daquelas que teriam
quando trabalham sozinhos.
Ele propõe dois níveis de desenvolvimento:
• nível de desenvolvimento real: capacidade que o indivíduo tem de
resolver algo sozinho; e
• nível de desenvolvimento potencial: capacidade de resolver
problemas com a ajuda dos outros.

A partir desses dois níveis de desenvolvimento, o autor amplia o conceito


de zona de desenvolvimento proximal, que pode ser definida como a distância
entre os níveis real e potencial. E compreende o conhecimento que o indivíduo
ainda não absorveu, mas tem potencialidade para tal.

Vygotsky propôs:
• Nível de desenvolvimento real: momento no qual o indivíduo se
apresenta apto a resolver um problema sozinho.
• Nível de desenvolvimento potencial: o indivíduo realiza a atividade
com a ajuda de alguém.
• Zona de desenvolvimento proximal: é a distância entre as práticas
que um indivíduo domina e as atividades nas quais ele depende de ajuda.
Para Vygotsky, é no caminho entre esses dois pontos que ele pode se
desenvolver mentalmente por meio da interação e da troca de experiências.
Não basta, portanto, determinar o que um aluno já aprendeu para avaliar seu
desempenho.

Conclui-se, portanto, que não se pode avaliar a aprendizagem que


ocorre nas situações colaborativas com o uso de pré e pós-testes que medem
as capacidades dos indivíduos quando eles estão trabalhando sozinhos. É
necessário avaliar a aprendizagem em situações colaborativas, quando os
participantes estão construindo o conhecimento em conjunto, para, assim,
medir seu desenvolvimento sobre aquele conteúdo. É neste contexto que está
pautada a zona de desenvolvimento proximal.

!
Assim, colaboração pode ser definida como a construção de sig-
nificado de forma compartilhada. Essa construção acontece por meio
da interação. Promover a construção colaborativa por intermédio do
computador é criar atividades e ambientes que melhorem as práticas
da construção de significado em grupo.

5. FALANDO EM TECNOLOGIA...
Varella et al. (2002 apud LEITE et al., 2005, p.4) acredita que, “aliada à
aprendizagem colaborativa, a tecnologia possa potencializar as situações em
que os professores e alunos pesquisem, discutam e construam individual e
coletivamente seus conhecimentos”.
O computador tem potencial para ser um recurso muito importante para
a educação colaborativa no ambiente virtual de aprendizagem: “(...)pois, além
de servir para a organização das mais diversas, pode ser um meio para que os
alunos colaborem uns com outros nas atividades de grupo” (LEITE et al, 2005,
p.4).

9
Prado (2010) ressalta que o professor tem o papel de se tornar facilitador

?
do processo de aprendizagem do aluno.

Facilitador: termo empregado para indicar que o professor ajuda a facilitar o desen-
volvimento cognitivo do aluno, por meio de indagações que desequilibram as cer-
tezas inadequadas e que propiciam a busca de alternativas para encontrar a solução
mais apropriada ao problema e ao estilo individual de pensamento.

As tecnologias, principalmente as relacionadas à computação, têm sofrido


um rápido avanço nas últimas décadas. A internet, sem dúvida, mudou a
maneira de trabalharmos, de aprendermos e de nos divertirmos. Contudo,
temos que pensar que nenhuma tecnologia, não importa quão avançada for,
tem a capacidade de mudar a prática educativa. Para que a aprendizagem
torne-se significativa utilizando esses recursos, são necessárias novas formas de
ensinar e aprender.
Para Moran (2007), a escola precisa exercitar as novas linguagens que
possam sensibilizar e motivar os alunos:

A motivação dos alunos aumenta significativamente quando


realizam pesquisas, onde se possam expressar em formato e
códigos mais próximos da sua sensibilidade. Mesmo uma pesquisa
escrita, se o aluno puder utilizar o computador, adquire uma nova
dimensão e, fundamentalmente, não muda a proposta inicial
(MORAN, 2007, p. 165).

As tecnologias relacionadas ao computador e à internet têm incentivado


um novo olhar sobre as práticas didático-pedagógicas. Elas provocaram uma
relação positiva de aumento de qualidade e oportunidade para quem ensina
e para quem aprende. A aprendizagem colaborativa é, sem dúvida, uma
metodologia com um grande potencial.
A mídia educa, segundo Moran (2007), enquanto estamos entretidos: ela
mostra o mundo de forma mais fácil, agradável, compacta, falando do cotidiano,
dos sentimentos e das novidades.

6. EXPLORANDO O POTENCIAL DAS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E


COMUNICAÇÃO NA APRENDIZAGEM
Com o aparecimento de novas mídias e recursos tecnológicos, a internet vem
se tornando, cada vez mais, uma ferramenta de conectividade e colaboração.
Nos últimos anos, ela vem se destacando também na área educacional.
Existem na Internet diversas formas de aplicações que permitem edição
de textos, imagens, vídeos; algumas que possibilitam a comunicação síncrona
(chats e serviços de mensagem) e outras para a comunicação assíncrona, como
os fóruns, blogs, etc.
A partir de agora, vamos conhecer várias ferramentas da internet que podem
ter vários tipos de aplicações educacionais.

a) O que é web 2.0?


O termo Web 2.0, de autoria de Tim O’Reilly (2005), surgiu numa sessão de
brainstorming no MediaLive Internacional e, desde outubro de 2004, é tendência
da internet.
O termo tem sido usado para descrever não só uma série de conceitos e
tecnologias, mas também uma atitude, em face das ferramentas e serviços
web. Graças à facilidade de criação e publicação de páginas on-line, qualquer
usuário, sem grandes conhecimentos de informática ou de programação, pode
ser produtor e consumidor de informação.

10
!
A filosofia da Web 2.0 visa à utilização coletiva e social das ferra-
mentas e serviços, num ambiente acessível a todos os usuários, que
colaborativamente publicam e partilham livremente a informação,
de acordo com os seus interesses e necessidades. Ela se refere não
só a uma combinação de técnicas e tecnologias de informática, mas
também a determinado período tecnológico, a um conjunto de novas
estratégias metodológicas e a processos de comunicação mediados
pelo computador.

A ideia da Web 2.0 é a de que vários aplicativos que rodam em nossos


computadores, como editores de texto e planilhas, fiquem disponíveis na web.
Em qualquer lugar do mundo, sem carregar CDs, DVDs ou pen-drives, os arquivos
podem ser acessados e modificados, sem a necessidade de fazer back-up.

De acordo com Coutinho (2009), a Web 2.0 permite a mais autêntica


democratização no acesso e no uso da informação.
São precisamente estas ferramentas da Web 2.0 que, integradas
na sala de aula, podem incentivar a contemplar a escola não
como um irremediável suplício, mas como uma continuidade
dos seus hobbies numa pacífica conciliação entre aprendizagem
e divertimento, entre educação formal e não formal (COUTINHO,
2009, p. 76).

Valente (2005, p. 28) aponta que computadores ligados à internet constituem


um dos mais poderosos meios de troca de informação e de realização de ações
cooperativas. A internet pode propiciar o estar junto virtual, que significa ir
além da comunicação formal; é a possibilidade de troca de experiências dos
membros de determinado grupo na elaboração de um projeto ou resolução de
um problema.

b)Web 3.0 - o que vem por aí...


A Web 3.0 - termo criado pelo jornalista John Markoff, do New York Times -
propõe-se a ser a terceira geração da internet, a partir da organização e o uso de
forma inteligente de todo o conhecimento já disponível na rede.
Com a Web 3.0 poderemos obter toda a informação de forma organizada e
com uso ainda mais inteligente do conhecimento e conteúdo já disponibilizados
on-line: sites e aplicações mais inteligentes, experiência personalizada e
publicidade baseada nas pesquisas e no comportamento de cada indivíduo.
Com isso, as máquinas poderão assumir determinadas atividades que hoje
são realizadas manualmente. Com o avanço das tecnologias, elas serão capazes
de decifrar determinado conteúdo e apontar soluções para ele sem necessidade

11
da intervenção humana. Por isso, algumas pessoas dizem que a Web 3.0 é uma
internet cada vez mais próxima da inteligência artificial.
Também se entende por Web 3.0 que as pessoas estejam conectadas 24
horas por dia nos sete dias, por meio de qualquer dispositivo, possibilitando a
troca de dados entre dispositivos.

c) Multimídia
Segundo Lévy (2003), o termo  multimídia  significa aquilo que emprega
diversos suportes ou veículos de comunicação. Trata-se de qualquer combinação
de textos, gráficos, sons, animações e vídeos, mediada por computador ou outro
meio eletrônico.
O hipertexto é um texto formatado usando pontos ativos, os chamados
links. Esses links permitem que o usuário salte entre tópicos interligados. Por
exemplo, durante uma determinada leitura, ao deparar-se com uma palavra
desconhecida, o usuário pode clicar sobre ela e ser direcionado a uma página
que contenha a sua definição.
[o hipertexto é] um conjunto de nós ligados por conexões. Os
nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos, ou parte de
gráficos, sequências sonoras, documentos complexos que podem,
eles mesmos, ser hipertextos. Navegar em um hipertexto significa,
portanto, desenhar um percurso em uma rede, que pode ser tão
complicada quanto possível. Porque cada nó pode, por sua vez,
conter uma rede inteira (LÉVY, 1993,p. 33).

!
Podemos definir hipermídia como um sistema de leitura não-line-
ar, que apresenta textos, imagens, filmes, sons, etc., interligados aos
temas afins de um texto-base. Quando o usuário aciona uma palavra
ou imagem-chave do texto, o sistema o remete a outro texto correla-
cionado com aquela palavra ou imagem que foi acionada, chamado
de link, podendo o usuário voltar ao texto original ou ir seguindo no
acionamento de outros links que aparecerem no texto.

Fazendo uso dos hipertextos e/ou hipermídias, o texto passa da linearidade


para a não-linearidade ou multilinearidade. Ele possibilita inúmeras formas de
percurso, propondo uma nova forma de fazer-se a leitura. Ao invés de limitar
o processo de apresentação e leitura de textos a um formato linear, como
impresso nos livros, a multimídia oferece a possibilidade de ampliar a dimensão
e a importância das palavras de um texto.
A tecnologia multimídia pode tornar a aprendizagem mais excitante e
relevante para os alunos, por meio da combinação de seus recursos, estimulando
os alunos de várias formas.
• Possibilidades
Algumas produções multimídia desenvolvidas com propósitos educacionais
são projetadas com uma estratégia tutorial, apresentando a informação,
guiando o aluno e inserindo estratégias para interação e fixação dos conceitos.
Os programas de simulação podem ser usados para cenários de resolução
de problemas ou desempenho de papéis. Em alguns casos, um procedimento
como uma experiência química pode ser simulado, porque é muito perigoso ou
dispendioso para o aluno praticar pessoalmente. Em outros casos, o aluno pode
tomar decisões e ver os resultados da decisão tomada.
Com o auxílio de alguns aplicativos e ferramentas tecnológicas, alunos e
professores podem atuar tanto como usuários da informação, quanto como
autores de produções multimídia. A partir deste ponto, você poderá familiarizar-
se com diversas ferramentas e dominar as habilidades envolvidas na pesquisa e
na navegação - competências cada vez mais necessárias.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANDERSEN, P. What is Web 2.0?: ideas, technologies and implications for


education. Bristol, UK: JISC, 2007.
COUTINHO, C. P. Tecnologias Web 2.0 na sala de aula: três propostas de futuros
professores de Português. In Educação, Formação & Tecnologias; v. 2, n. 1, p.
75-86, 2009.
FREIRE, P. A educação na cidade. São Paulo: Cortez Editora, 6 ed. 2005.
______ . Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro, Paz e Terra,
30 ed. 2007.
______ . Pedagogia do Oprimido. Rio de Janeiro. Paz e terra, 42 ed. 2005.
HACK, J. R. Afetividade em processos comunicacionais de tutoria no ensino
superior a distância. In: FORO VIRTUAL DE VIRTUAL EDUCA SANTO DOMINGO
2010. Santo Domingo: Virtual Educa, 2010a. 17 p. Disponível em: <http://www.
virtualeduca.info/ponencias2010/18/VirtualEduca_2010_Hack.doc>. Acesso
em: 20 fev. 2014.
LEITE, C. L. K.; PASSOS, M. O. A.; TORRES, P. L.; ALCÂNTARA, P. R. A
Aprendizagem Colaborativa na Educação a Distância on-line. In: XII
CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA – ABED 2005.
Florianópolis, 2005. Disponível em: <http://www.abed.org.br/congresso2005/
por/pdf/171tcc3.pdf>. Acesso em: 20 fev. 2014.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da
informática. Tradução de Carlos Irineu da Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
208p.
______ . Cibercultura. Tradução de Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora
34, 2 ed. 2000. 264p.
______ . O que é o virtual? Tradução de Paulo Neves. São Paulo: Editora 34,
2003. 160p.
MORAN, J. As mídias na educação. In: Desafios na Comunicação Pessoal. 3a
ed. São Paulo: Paulinas, 2007, p. 162-166. diponivel em: <http://www.eca.usp.br/
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de 10 mai. 2015.
O’REILLY, T. What is Web 2.0: Design patterns and business models for the
next generation of software. Communications & strategies, n. 1, p. 17, 2007.
Disponível em http://www.oreillynet.com/pub/a/oreilly/tim/news/2005/09/30/
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PATRÍCIO, M.; GONÇALVES, V.; CARRAPATOSO, E. Tecnologias Web 2.0: Recursos
Pedagógicos na Formação Inicial de Professores. In: carvalho, A. A. A. (Org.), Actas
do Encontro sobre Web 2.0. Braga: CIED, 2008.
PETRY, P. P. & FAGUNDES L., O preparo dos professores para trabalhar no
ambiente Logo. In Psicologia: Reflexão e Crítica. Porto Alegre, v.5, n. 1, p-1-130,
1992.
REGO, T. Cristina. uma perspectiva histórico-cultural da educação.
Petrópolis: Vozes, 1995.
VALENTE, J. A. Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador:
O papel do computador no processo ensino-aprendizagem. In: SEED - MEC.
Integração das Tecnologias na Educação. Secretaria de Educação a Distância.
Brasília: Ministério da Educação, SEED, 2005.
VICENTIM, J. Web 1.0, Web 2.0 e Web. 3.0... Enfim, o que é isso? Disponível
em: http://www.ex2.com.br/blog/web-1-0-web-2-0-e-web-3-0-enfim-o-que-e-
isso/. Acesso em: 02 abr. 2015.

13
2 O USO DAS MÍDIAS
INTERATIVAS NO PROCESSO
DE ENSINO-APRENDIZAGEM
1. EXPLORANDO O POTENCIAL DOS BLOGS
Blog é a abreviação do termo em inglês web log (diário de bordo da web).
Trata-se de uma página publicada na internet com assuntos que tendem a
ser organizados cronologicamente (como se faz em um diário). Sua principal
vantagem é o fato de o autor não precisar saber programar páginas para a
internet, nem trabalhar com códigos.

!
O blog já deixou de ser apenas diário virtual para ganhar novos
papéis. Por exemplo, aliando textos a outras formas de linguagem,
eles passaram a servir como ferramenta no processo de ensino-apren-
dizagem da educação formal. E são muitos os educadores que estão
fazendo uso dos blogs para complementar o conteúdo apesentado
em sala de aula. Isso porque eles são páginas na internet que possi-
bilitam a publicação e o armazenamento de informações, atualizadas
rotineiramente.

Essa ferramenta tem grandes possibilidades no meio educacional, já que


permite que diversas informações sejam apresentadas, explorando diversos
assuntos, no formato de diários, contos, notícias, poesias, artigos, etc. Isto
desperta uma nova onda de produção escrita em muitos jovens.
É também uma excelente forma de comunicação, permitindo que seus
autores se expressem de acordo com suas convicções e visões de mundo e que
outras pessoas possam ler e registrar comentários sobre a produção textual
apresentada. É essa a característica que o distingue das “tradicionais” páginas
pessoais em geral: a interatividade. Por meio de comentários, os leitores podem
emitir opiniões sobre cada post ou texto do autor ou autores. Tais opiniões ficam
agregadas à entrada de suas respectivas publicações.
O blog integra a categoria do que é chamado software social: pode
ser definido como uma ferramenta (para aumentar habilidades sociais e
colaborativas humanas), como um meio (para facilitar conexões sociais e o
intercâmbio de informações) e como uma ecologia (permitindo um “sistema de
pessoas, práticas, valores e tecnologias num ambiente particular local”) (SUTER;
ALEXANDER; KAPLAN, 2005).

?
Software social é qualquer software ou rede on-line que permite aos utilizadores inte-
ragir e partilhar conhecimento numa dimensão social, realçando o potencial humano,
em vez da tecnologia que possibilita a transmissão. Blogs,  mensageiros instantâne-
os,  wikis  e ferramentas de edição colaborativa  são as expressões mais representati-
vas deste conceito (extraído de http://br.masternewmedia.org/colaboracao_on_line/
software-social/software-social-o-que-e-e-qual-impacto-nas-pessoas-e-organizacoes-
-um-relatorio-da-australian-flexible-learning-framework-parte-I- 20070524.htm)

Pode-se dizer que o Software social é uma nova onda das tecnologias
da informação e comunicação (TICs), que permite preparar os estudantes para
participarem em redes onde o conhecimento é coletivamente construído e

14
compartilhado (MEJIAS, 2006).

!
Criar um blog não é uma tarefa difícil; na verdade, é bastante sim-
ples e rápido. Pode ser criado em cinco minutos, gratuitamente, por
qualquer pessoa que disponha de acesso à Internet, saiba ler, escrever
e utilizar um mouse, um teclado e um browser. Uma vez criado, em se-
gundos, pode fazer a sua primeira entrada, ou post, e publicá-la para
que pessoa possa ler, em qualquer lugar.

2. ALGUMAS UTILIZAÇÕES
• O professor de Português pode, por exemplo, criar um blog de apoio à
leitura de uma obra integral. Pode pedir, inclusive, aos seus alunos que leiam um
capítulo e apresentem uma síntese, ou até - quem sabe - pedir para reescrever
a história com outro final.
• O professor de Inglês, Francês ou de outra língua pode usar o blog como
meio de conseguir que os seus alunos respondam a desafios, expressando-se
nessa língua estrangeira.
• O professor de História pode lançar um desafio para que os alunos
pesquisem sobre uma biografia, revolução, etc.
• O professor de Geografia pede a seus alunos que pesquisem as
características naturais de determinado país da União Europeia.
• O professor de Ciências Naturais pode usar o blog como meio de
debate em que os alunos, perante uma questão-problema, desenvolvem a sua
capacidade crítica.
• O professor de Física ou Química pode publicar animações on-line de
experiências laboratoriais; o professor de Matemática pode exemplificar os
exercícios, lançar questões para serem respondidas pelos alunos.
• O professor de Educação Visual e Tecnológica pode publicar o resultado
dos trabalhos dos seus alunos e até promover um concurso, entre outras
possibilidades.

Você pode utilizar tutoriais de criação de blogs e três plataformas

+
distintas nesses endereços:
http://www.tecmundo.com.br/tutorial/22306-como-criar-um-blog-
no-blogger.htm
www.tecmundo.com.br/.../24018-wordpress-como-criar-um-blog.
htm
www.tecmundo.com.br/blog/7201-como-fazer-um-tumblr.htm

3. EXPLORANDO O POTENCIAL DE ARMAZENAMENTO DE ARQUIVOS


NA INTERNET
Quando o professor deseja enviar arquivos para os alunos utilizando o e-mail,
pode se deparar com vários problemas. Eles podem ir desde o limite máximo de
envio de arquivo até o espaço na caixa de entrada do aluno, que não é suficiente
para receber todos os documentos. Por esse motivo, é de grande importância
utilizar ferramentas que permitam o armazenamento e compartilhamento de
arquivos.
Outra grande utilidade desse serviço é ter os seus arquivos de trabalho
sempre disponíveis em qualquer lugar que você esteja, por meio da internet. E
esse é um dos principais atributos da computação nas nuvens.

15
Quando se fala em computação nas nuvens, fala-se na possibili-

!
dade de acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela internet,
apenas com o uso do seu navegador. Quer dizer, você não precisa
instalar aplicativos no seu equipamento para tudo, nem levar todos
os seus arquivos em mídias físicas (pen-drive, etc.), pois pode acessar
todo o conteúdo on-line para fazer o que precisa. Isso só é possível
porque os dados não se encontram em um computador específico,
mas sim disponíveis na rede (na nuvem).
A maioria dos serviços que oferecem armazenamento de arquivos nas nuvens
possibilita guardar documentos de qualquer tipo na internet e compartilhá-los
com facilidade. Há diversas formas de realizar esse armazenamento. Você pode
utilizar contas de e-mail gratuitas, portais pagos, grupos virtuais ou servidores
criados especialmente para essa finalidade. É importante considerar que as
ferramentas de armazenamento tornam os arquivos disponíveis no momento
em que os interessados desejarem acessá-lo.

3.1. Armazenamento em nuvem


Uma vez conectado, você pode usar seus arquivos e ferramentas e salvar todo
o trabalho que for feito para acessá-lo depois de qualquer lugar. É justamente
por isso que o seu computador estará nas nuvens, pois você poderá acessar seus
arquivos a partir de qualquer computador que tenha acesso à internet.
Além do acesso aos seus arquivos, também é possível executar certos tipos
de aplicativos para criar e editar todo seu conteúdo. Basta pensar que, a partir
de uma conexão com a internet, você acessa um servidor capaz de executar o
aplicativo desejado, que pode ser desde um processador de textos até mesmo
um jogo ou um pesado editor de vídeos.
Enquanto os servidores executam um programa ou acessam determinada
informação, o seu computador precisa apenas do monitor e dos periféricos para
que você interaja.

1) Vídeo do Canal tech sobre o que é Cloud Computing (Computação

+
na Nuvem): https://www.youtube.com/watch?t=24&v=FDFejm-ovtI.
2) A Revista Veja publicou, na seção Vida Digital, a reportagem Quando
o longe fica próximo. Esta matéria aborda os tipos de armazenamento
nas nuvens, como Google Docs, ICloud e Dropbox. Para lê-la, clique
em acervo digital (http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx)
e, em seguida, em 2011, na revista de 9 de novembro.

Um exemplo perfeito de computação em nuvens são os serviços de


sincronização de arquivos, como o Dropbox, um dos mais eficientes nesse
sentido. Com ele, tudo o que você precisa fazer é reservar um espaço no HD
(Disco Rígido), o qual será destinado para a sincronia nas nuvens. Ao copiar ou
mover um arquivo nesse espaço, ele será duplicado no servidor do aplicativo
e também em outros computadores que tenham o programa instalado e nos
quais você acesse a sua conta.

Destacamos três exemplos de uso do Dropbox:

16
1) O professor preparou um texto ou imagem para trabalhar com
os alunos - Com o Dropbox, ele apenas informa o link para os estudantes
(por exemplo: escreve o link na lousa, envia por e-mail, etc.) e eles acessam
o material. Os alunos não precisam ter o Dropbox; eles vão acessar como se
fosse uma página da internet para salvar o arquivo onde desejar.
2) O professor passou uma atividade e os alunos agora precisam
entregá-la – Em vez de usar um pen-drive, ou enviar por e-mail e lotar a caixa
postal do professor, os alunos podem usar o Dropbox. Todos os trabalhos serão
colocados na pasta do Dropbox do professor, a qual foi separada para isso.
3) O professor quer fazer uma atividade colaborativa: todos podem
acessar o trabalho um do outro - Todos colocam seus arquivos em uma
pasta compartilhada do Dropbox, que mantém um histórico informando
quem colocou o quê e quando. Também informa se alguma coisa foi deletada
e quem a deletou. Mas nessa última situação, todos precisam ter uma conta no
Dropbox para fazer isso.

+
Para saber tudo sobre o Dropbox e ter algumas dicas avançadas para
aproveitar o serviço de sincronização ainda mais, clique em: <https://
youtu.be/ZiTTeETo3Fc>

3.2. Outros serviços de armazenamento em nuvem


Além do Dropbox, existem diversos outros serviços semelhantes,
dentre os quais destacamos o OneDrive (antigo SkyDrive da Microsoft) e o
Google Drive da Google.
• OneDrive - O OneDrive (Microsoft) oferece total integração com os
outros produtos da empresa, o que inclui Tablets e Celulares com o Windows
Phone. Ele se destaca também pelo espaço inicial (gratuito) que oferece: são
15GB, superior ao oferecido por alguns dos seus concorrentes. O OneDrive cria
uma experiência semelhante ao iCloud, mas a diferença é que você também
pode editar documentos em grupos, assim como no Box ou Dropbox (https://
onedrive.live.com/about/pt-br/)
• GoogleDrive - Pode ser considerado uma evolução natural do Google
Docs, que acabou sendo integrado ao Drive. O aplicativo é uma das melhores
alternativas para armazenar e sincronizar arquivos na nuvem e tem a vantagem
de ser integrado a outros serviços do Google, como o Gmail e Google+. Assim,
você pode usar fotos hospedadas em postagens na rede social ou anexar
diretamente no Gmail, o que faz bastante diferença para quem é usuário assíduo
desses produtos (https://tools.google.com/dlpage/drive/?hl=pt-BR).

4. EXPLORANDO O POTENCIAL DE MAPAS


Sem dúvida, a escola tem o papel de se inserir nessa nova realidade
tecnológica no processo de ensinar e aprender. Segundo Costa et al. (2008),
o computador pode ser considerado o recurso didático do século XXI, devido
à variedade de atividades multimídias que permite, principalmente por meio
da internet. Ao inserir as novas tecnologias, a escola amplia a realidade e
conhecimentos do aluno. Por exemplo, ao acessar um serviço de mapas, o
estudante se depara com diversas opções para visualização de países, cidades,
bairros, ruas e, até mesmo, o interior de algumas edificações.

Assim, no ensino de disciplinas com uso de referências geoespa-

17
!
ciais ou que precisem estar vinculadas à descrição de determinado
local espacial, as possibilidades que este tipo de ferramenta propor-
ciona são diversas. O Google Maps, Google Earth, Google Street Views
e Google Art Project, por exemplo, podem despertar o interesse dos
alunos para diversos assuntos da Geografia, História, Arte, Arquitetu-
ra, etc.

4.1. Usando o Google Maps e Google Earth


Ao acessar a página de busca do Google, o aluno encontra os aplicativos
disponíveis e, dentro deles, é possível visualizar a opção Maps (Figura 1 e 2).

Figura 01. Página inicial do Google


Fonte: www.google.com.br

Figura 02. Página do Google Maps


Fonte: www.google.com.br/maps/

Na Figura 2, observamos que no site, é possível também visualizar os países,


cidades, bairros e ruas, por meio de imagens de satélites (Figura 3). Temos
também a opção “Earth”, que só será visualizado após baixarmos o programa.
O uso desses recursos em sala de aula pode proporcionar ao estudante uma

18
melhor compreensão do espaço geográfico em suas dimensões físicas, sociais
e espaciais.

Figura 03. Página do Google Maps na opção Satélite


Fonte: www.google.com.br/maps

4.2. Google Street view


A partir de 2006, a Google incorporou ao Google Maps outro aplicativo:
o Google Street View, ferramenta que pode ser bastante explorada pelos
professores de Geografia e História. Com as imagens em 360º, o aluno pode
perceber a espacialidade e sua representação cartográfica do lugar em análise.
Ele permite que os usuários vejam partes de algumas regiões do mundo do nível
do chão/rua.

Figura 04. Vista da entrada do campus da UFV em Viçosa pelo Google Street View
Fonte: www.google.com.br/maps

19
4.3. Google Art project
Trata-se de uma plataforma disponível na web que usa a mesma tecnologia
do Google Street View. O projeto - que contou com a curadoria de diversos
profissionais da área de História, Artes e Humanidades - dá a sensação de estar
caminhando em museus, palácios e outros monumentos históricos (http://www.
googleartproject.com/pt-br/).

Figura 05. Passeio pelo MAM – Museu de Arte Moderna de São Paulo Google Art Project
Fonte: http://www.google.com/culturalinstitute/collection/museu-de-arte-moderna-de-sao-
paulo?museumview&hl=pt-br&projectId=art-project

Além do Art Project e do Street View, a Google está disponibilizando uma série
de combinações dessas duas ferramentas que permitem visitar, virtualmente, os
lugares mais inusitados da terra, como oceanos, montanhas, florestas e vulcões.
Com essa ferramenta, é possível visitar o arquipélago de Fernando de Noronha,
o monte Kilimanjaro na Tanzânia ou ainda nadar com uma Jubarte no Pacífico
Sul.

Figura 06 – Passeio em Fernando de Noronha com Google Views


Fonte: https://www.google.com/maps/views/streetview/fernando-de-noronha?gl

20
Figura 07 – Diferentes vistas do Monte kilimanjaro na Tanzânia (África)
Fonte: https://www.google.com/maps/views/explore

Figura 08 – Nadando com uma Jubarte próximo as Ilhas Cook no Pacífico Sul
Fonte: https://www.google.com/maps/views/view/streetview/oceans/humpback-whales-
rarotonga-cook-islands/

4.4. Exemplos de uso no ensino


a) Análise do espaço
O Google Maps pode auxiliar nas aulas que abordam o estudo e a análise
das cidades; a observação das áreas comerciais do centro histórico e das áreas
residenciais; da ocupação irregular, da exclusão geográfica e de sua correlação,
permitindo ao aluno a compreensão do valor da cidade e de seus conflitos, bem
como as contradições espaciais e as dimensões culturais de seus habitantes.

b) Biomas
Possibilidade de analisar os biomas de modo mais interativo. Assim, os
alunos são desafiados a montar seus próprios mapas, escolher os locais para
a marcação, estabelecer e personalizar suas legendas, colocar e criar gráficos e
vídeos interativos sobre os locais.

21
Mapa Biomas do Brasil: https://maps.google.com.br/maps/

+
myplaces?hl=en&ll=-17.308688,-54.316406&spn=51.081319,79.0136
72&ctz=180&t=h&z=4
- Mapa do Planeta: https://maps.google.com.br/maps/ms?msid=2132
81070204032082623.0004dfb06cda073b4f00e&msa=0
- Passear pelo rio Negro e conhecer as comunidades do Amazonas:
http://maps.google.com/intl/en/help/maps/streetview/gallery/
amazon/flooded-forest-of-the-rio-negro.html

c) Tour virtual
Faça a seleção de um tema de roteiro temático ou pesquise pontos de
interesse e suas informações de pontos turísticos. Elabore um roteiro temático
para o lugar que deseja visitar (gastronomia, música, lugares históricos, etc.)

+ Para criar e montar os mapas dos roteiros no Google Maps. Ex.: Tour
Histórico Centro de São Paulo, acesse: https://maps.google.com.br/
maps/ms?msid=209742263883120958439.0004b62007ee92fe6648e
&msa=0&ll=-23.546029,-46.634173&spn=0.012353,0.01929

d) Transformações no espaço
A ferramenta do Google Earth de sobreposição de mapas de diversos
períodos auxilia os alunos na análise das mudanças que ocorrem nos sítios
geográficos. Pensando em sua utilização em sala de aula, o professor pode
solicitar que o aluno escolha um ponto de referência - a escola ou sua própria casa
- e analise as mudanças que ocorreram ao longo do tempo a partir das imagens
do satélite. Você pode ainda acrescentar outros materiais de investigações com
moradores do bairro, fotografias, depoimentos, etc., que o auxiliem na análise
das mudanças do lugar.

e) Elaborar mapa com temática histórica


Os alunos também podem elaborar mapas baseados em acontecimentos
históricos, como a Revolução Francesa, a partir de pontos das ruas de Paris, ou
a Revolta de 1932, no Brasil, seguindo os respectivos locais em São Paulo. Nessa
atividade, nota-se o desenvolvimento de símbolos próprios para as legendas,
pesquisa para a elaboração do roteiro e até a possibilidade de anexação ao
mapa de materiais audiovisuais ou mesmo links para fóruns de discussão sobre
a temática ou grupos.

+
Para saber mais sobre com utilizar a ferramenta, confira em:
http://www.tecmundo.com.br/874-como-usar-o-google-maps.htm
http://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/learn/
http://www.google.com.br/intl/pt-BR/earth/learn/beginner.
html#tab=street-view
https://www.google.com.br/maps/about/

5. EXPLORANDO O POTENCIAL DOS VÍDEOS


O recurso visual solicita constantemente a imaginação e reinveste a
afetividade com um papel de mediação primordial no mundo. Ele pode ser
usado como estímulo e reforço didático-pedagógico para as atividades e
conteúdos desenvolvidos em sala de aula. Outras opções são incorporar parte
dos conteúdos planejados com este recurso ou fazer um enfoque interdisciplinar
para ampliar fontes de conhecimento e críticas curriculares.

22
5.1 Mas só o vídeo não resolve!
Vamos imaginar que você leve para sala de aula um vídeo sobre o conteúdo
daquele semestre e, depois de assisti-lo com seus alunos, continue sua aula sem
refletir sobre ele. Ou, então, leve um vídeo com um conteúdo muito extenso e
não separe um tempo para discussão. Se não for planejada, a experiência da
utilização de vídeo pode ser frustrante.
Mas, se, ao contrário, você motivar os alunos para o tema, propor a simulação
de experiências, abordagens múltiplas ou específicas, ou ainda sugerir a reflexão
e a discussão sobre ele, os ganhos podem ser significativos.

5.2. Planejamento: O que fazer antes de implementar este recurso?


Assim como a leitura do texto exige um longo e complexo processo
de aquisição e desenvolvimento para que o leitor possa utilizar as diversas
habilidades para a compreensão e a interpretação, a utilização de recursos
audiovisuais também requer novas competências.
É necessária a elaboração de estratégias concretas em que a escola
possa contribuir para que os jovens desenvolvam a competência de analisar,
compreender e interpretar o conteúdo visual.
Você, professor, necessita adotar uma postura criativa, ser ousado e estar
aberto à experimentação. Portanto, é indispensável planejar o que vai ser feito,
como vai ser feito e qual o objetivo do que será feito.

!
O vídeo pode ser utilizado com o objetivo de trazer conteúdo in-
formativo novo, complementar o que foi apresentado ou exigir dos
alunos uma postura crítica ao analisá-lo em grupo ou no desenvolvi-
mento de um projeto. Pode primar também pelo desenvolvimento
de habilidades, como ouvir, ver, compreender, relacionar, associar, se-
lecionar informações, fazer anotações, memorizar, interpretar, argu-
mentar, etc. A produção e a gravação de vídeos na escola alteram uma
prática educativa existente: a da passividade. O aluno torna-se sujeito
de sua aprendizagem.

5.3. Produzindo um vídeo


Os vídeos pertencem a gêneros variados: documentário, novela, telejornal,
reportagem, teatro, etc. Podem assumir várias funções, como as de relatar,
discutir, contrapor, instigar, informar, interagir, etc.

De forma geral, podemos dividir o processo de produção em cinco etapas:


a) Planejamento;
b) Elaboração do roteiro;
c) Pré-produção;
d) Direção e gravação;
e) Edição e finalização.

Na hora de criar um vídeo um passo importante é a elaboração de um


roteiro. Você sabe produzir um? O roteiro vai ordenar as ideias do grupo. Ele traz
descrições das cenas que o vídeo vai conter, bem como os diálogos, o tempo de
cada cena, os sons e imagens que serão, mais tarde, incorporados ao vídeo.

23
Para auxiliar na produção de roteiros de vídeos, vale a pena consultar

+
esses links:
http://www.blogdaaudiodescricao.com.br/2010/07/producao-de-
roteiros-seis-passos-para.html
http://w w w.roteirodecinema.com.br/manuais/
documentochamadoroteiro.htm
http://www.cybercollege.com/port/tvp005.htm
http://www.roteirodecinema.com.br/roteiros/curtas.htm

5.4. Uso para ensinar e aprender


No artigo O vídeo na sala de aula, o professor José Manuel Moran (1995)
aborda alguns conceitos de usos adequados do vídeo, como: sensibilização,
ilustração, simulação, conteúdo de ensino, produção, intervenção, expressão,
avaliação, espelho e integração/suporte de outras mídias.
a) O vídeo como sensibilização. Este critério seria a função básica do vídeo,
ou seja:
• Informar;
• Introduzir um novo assunto;
• Despertar a curiosidade;
• Motivar novos temas;
• Fixar conteúdos.

b) O vídeo como ilustração:


• Traz para a sala de aula realidades distantes dos alunos: cenário, tempo
histórico, etc.
c) O vídeo simulação:
• Por exemplo, simulações de experiências que seriam perigosas em
laboratório ou que exigiriam muito tempo e recursos;
d) O vídeo como conteúdo de ensino:
• Mostrar um assunto de forma direta, orientando a sua interpretação;
• Mostrar um assunto de forma indireta, permitindo abordagens múltiplas,
interdisciplinares;
e) Vídeo como produção:
• Como documentação: registro de eventos, de aulas, de estudos do meio,
de experiências, de entrevistas, depoimentos;
• Como intervenção: interferir ou modificar determinado programa,
um material audiovisual, acrescentando uma nova trilha sonora ou editando
o material de forma compacta ou ainda introduzindo novas cenas com novos
significados;
• Como expressão: nova forma de comunicação, adaptada à sensibilidade,
principalmente das crianças e dos jovens.
f) Vídeo como avaliação:
• Dos alunos, do professor, do processo.
g) Vídeo-espelho:
• É de grande utilidade para o professor se ver, examinar sua comunicação
com os alunos, suas qualidades e defeitos.
h) Vídeo como integração/ suporte:
• Vídeo como suporte da televisão e do cinema: para gravar programas
em vídeo importantes da televisão para utilização em aula; alugar ou comprar
filmes de longa-metragem, documentários para ampliar o conhecimento de
cinema; para iniciar os alunos na linguagem audiovisual; para interagir com
outras mídias, como o computador, o CD-ROM, com os videogames, com a
internet.

24
+ O pdf do artigo completo do professor Moran está disponível em:
http://www.eca.usp.br/prof/moran/site/textos/desafios_pessoais/
vidsal.pdf

5.5. Youtube
O YouTube foi criado em fevereiro de 2005 por dois ex-funcionários do
eBay, Steve Chen e Chad Hurley (Fortes, 2006). O objetivo deles era possibilitar
às pessoas compartilharem seus vídeos de viagens, mas, com surpresa, viram o
site se tornar um portal para outra dimensão, chegando à marca de 100 milhões
de vídeos assistidos por dia em julho de 2006 (Fortes, 2006). E, a cada dia que
passa, centenas de milhares de novos arquivos de vídeo digital são colocadas à
disposição de quem quiser assisti-los.

eBay: site norte-americano de vendas e leilões que, desde 2001, é acionista do site
brasileiro Mercadolivre

a) As regras são simples


Inicialmente, o arquivo de vídeo deveria ter no máximo 100 Mb ou duração
de no máximo 10 minutos. Porem hoje é possível fazer upload de arquivos
bem maiores. O padrão é que o vídeo tenha até 15 minutos. Porém, você pode
solicitar o aumento do seu limite e enviar arquivos com até 128 GB ou de até 11
horas.
Outro ponto importante é que o vídeo disponibilizado deve ser uma
produção própria. Caso seja protegido por direitos autorais, ele deve ter a
autorização do autor. Isso vale também para elementos inseridos dentro do
vídeo, como músicas, trilhas sonoras, imagens e ilustrações.

Direitos autorais: O direito autoral ou a propriedade literária (copyright) concede ao


autor de trabalhos originais (obra artística, literária ou científica) direitos exclusivos de
exploração, proibindo a reprodução deles por qualquer meio.

b) Opções de uso

!
Ao ser usado de forma pedagógica, o YouTube proporciona lin-
guagem e forma de comunicação diferente daquela que se usa co-
tidianamente em sala de aula e na comunidade escolar. Além disso,
é uma ferramenta potente de criatividade, socialização, interação e
fonte rica de construção do conhecimento.

Os vídeos podem ser utilizados pelo professor como forma de variar


os recursos pedagógicos e tecnológicos, demonstrando aos alunos outras
possibilidades de conhecer determinado conteúdo ou conceito, por meio da
análise, da reflexão e da ação proporcionadas pelo uso desta ferramenta.
Outra possibilidade é que os alunos podem criar seus próprios vídeos,
compartilhá-los com seus colegas de sala de aula ou até mesmo de escola e
divulgá-los em blogs ou outras tecnologias disponíveis na web.
De qualquer forma, é importante lembrar que o professor deve estar sempre
por perto de seus alunos no sentido de mediar esse processo de trabalho e de
construção do conhecimento.

25
Para encorajá-lo a usar o Youtube em sala, listamos oito bons motivos para
incluir a rede social no seu planejamento e prática docente:
• Oferecer conteúdos que sirvam como recursos didáticos para
as discussões em aula: Incentive os estudantes a participar das aulas,
compartilhando com eles vídeos que serão relevantes para o contexto escolar.
Desde que bem selecionados, os conteúdos audiovisuais podem mostrar
diferentes pontos de vista sobre determinado assunto, fomentando os debates
e discussões em sala.
• Armazenar todos os vídeos que você precisa em um só lugar: Se ainda
não é um usuário do Youtube, basta criar uma conta na rede (gratuitamente)
para ter acesso às listas de reprodução (playlists). Elas permitem que você
organize seus vídeos favoritos em sequência. Um usuário não precisa selecionar
apenas vídeos publicados por ele, ou seja, a playlist de um professor pode
conter vídeos publicados por outros membros do Youtube. Outra vantagem é
que, quando um vídeo termina, o próximo começa sem que sejam oferecidos
outros vídeos relacionados, mas que não interessam ao seu propósito didático
naquele momento. Ao selecionar o material que será visto pelos alunos, você
pode garantir que o conteúdo hospedado em seu canal seja confiável, pois ele
passou pela sua curadoria.

+
Veja dois breves tutoriais sobre como criar uma lista de reprodução
(https://support.google.com/youtube/answer/57792) e como
organizar seus vídeos (https://support.google.com/youtube/
topic/16566?hl=pt-BR).

• Montar um acervo virtual de seus trabalhos em vídeo: Com uma


câmera fotográfica, um celular ou uma câmera de vídeo simples, você pode
capturar e salvar projetos e discussões feitas em sala de aula com seus alunos.
Com os registros da prática pedagógica, você terá em mãos (e na rede) um
material rico, que pode servir como base para uma análise crítica de seu trabalho
e dos seus alunos. Os registros ainda viram material de referência para toda a
comunidade escolar, pois qualquer vídeo armazenado no Youtube pode ser
facilmente compartilhado entre os alunos e professores da escola e fora dela.

+ Como compartilhar uma lista de reprodução: https://support.google.


com/youtube/topic/16569?hl=pt-BR

• Permitir que estudantes explorem assuntos de interesse com


maior profundidade: Ao criar listas de reprodução específicas para os
principais assuntos abordados em sala, você cumpre o papel do mediador
e oferece aos alunos a oportunidade de aprofundar os conhecimentos sobre
os temas trabalhados nas aulas. Ao organizar playlists com vídeos confiáveis e
relevantes, você permite que os estudantes tenham contato com os conteúdos
que interessam a eles, sem que percam muito tempo na busca e na seleção de
informações.

• Ajudar estudantes com dificuldades: Você pode criar uma lista


de reprodução com vídeos de exercícios para que os alunos resolvam no
contraturno escolar. Esse material serve como complemento para os conteúdos
vistos em sala e os estudantes podem aproveitá-lo para fazer uma revisão em
casa dos assuntos vistos na escola.

26
• Elaborar uma apresentação de slides narrada para ser usada em
sala: Você pode usar o canal de vídeo para contar uma história aos alunos e
oferecer a eles um material de apoio que possa ser consultado posteriormente.
Produza uma apresentação de slides narrada, com imagens que ilustrem o tema
abordado e passe o vídeo em sala de aula.

+ Veja tutorial sobre edição vídeos em: https://support.google.com/


youtube/answer/187594?hl=pt-BR.

• Incentivar os alunos a produzir e compartilhar conteúdos: Lembre-


se de que seus alunos já nasceram em meio à tecnologia. Por isso, aproveite o
que eles já sabem e proponha que usem câmeras digitais ou smartphones para
filmar as experiências feitas no laboratório de ciências, para que desenvolvam
projetos - como a gravação de um “telejornal” nas aulas de Língua Portuguesa,
por exemplo - ou nas apresentações de seminários. O conteúdo produzido
também pode ser disponibilizado na rede - desde que os pais sejam comunicados
previamente para autorizar a exibição de imagens dos filhos. Tal ação pode
incentivar os estudantes a participar de forma mais ativa das aulas.

• Permitir que os alunos deixem suas dúvidas registradas: Você


pode combinar com seus alunos para que exponham as dúvidas no espaço de
comentários do canal, logo abaixo dos vídeos. Assim, é possível criar ou postar
novos vídeos sobre os assuntos sobre os quais os estudantes ainda têm dúvidas.

+
Separamos alguns links interessantes para auxiliar na postagem de
vídeos no Youtube e criação de Canais:
http://www.techtudo.com.br/dicas-e-tutoriais/noticia/2013/06/
como-publicar-um-video-no-youtube.html
http://www.tecmundo.com.br/video/2364-youtube-como-criar-um-
canal-.htm

5.7. Novas opções aplicadas à educação


Voltado exclusivamente para a educação, em 2013, o Google lançou um
canal voltado para educação em português, o YouTube Edu. Nesse novo
espaço, tem-se acesso a vídeo-aulas voltadas tanto para o ensino fundamental,
como para a educação superior, tudo feito por professores brasileiros.
Essa segmentação do Youtube permite a professores e alunos terem acesso
a conteúdos educativos para serem assistidos em casa e mesmo em sala de aula.
E, para facilitar, os vídeos podem ser pesquisados por matéria (Biologia, Física,
Português, Matemática e Química, etc.) ou ainda por tema.

+
Para conhecer melhor essa ferramenta acesse: http://porvir.org/
porcriar/google-lanca-novo-canal-youtube/20131121.
- Ou ainda diretamente na página do Youtube Edu: https://www.
youtube.com/channel/UCs_n045yHUiC-CR2s8AjIwg/edu

27
6. EXPLORANDO O POTENCIAL DAS REDES SOCIAIS
Você já flagrou um de seus alunos utilizando o celular para trocar mensagem
de texto, vídeos ou fotos no meio da explicação de uma aula ou da realização
de uma atividade? Essa é uma cena bastante comum hoje. Você já se sentiu um
peixe fora d’água ao observar os seus alunos falando sobre as modernas funções
dos celulares, como baixar músicas e vídeos da internet, assim como realizar

!
postagens e compartilhar informações nas redes sociais?

É inegável que as Tecnologias da Informação e Comunicação


(TICs) mudaram as nossas vidas. Mas essa mudança não ocorreu de
maneira linear para alunos e professores. Há uma enorme diferença
entre o papel que a tecnologia representa na vida dos alunos e na dos
professores.

O contato das novas gerações com internet se dá principalmente pelas


relações sociais que encontram na rede. O uso das chamadas redes sociais,
nascida juntamente com a internet 2.0, é um fenômeno relativamente recente.
Apesar de ter seus primeiros registros na década de 1960, somente a partir dos
anos 2000 o seu uso se popularizou, se tornando um fenômeno global.

Contextualizando um pouco o surgimento das principais ferramentas de


comunicação e relação com o uso da rede, preparamos este resumo:
1996 – Surge o ICQ, uma das primeiras ferramentas de mensagem
instantânea da internet. O seu nome (ICQ) é um acrónimo para “I Seek You”,
que significa “Eu procuro você”.
2003 – Surgem as primeiras grandes redes sociais, como LinkedIn
e MySpace. Fundada em dezembro de 2002, mas lançada em maio de
2003, o LinkedIn é uma rede social voltada para negócios, sendo utilizada
principalmente por profissionais como um tipo de network digital. Já o
MySpace requer um destaque à parte: foi a primeira grande rede social. Criada
em 2003, contava com sistema de mensagens interno, além de fóruns e grupos
associados ao perfil dos usuários. É importante destacar nessas duas redes a
importância atribuída ao perfil do usuário, funcionando como um cartão de
visitas pessoal.
2004 – Surgem as grandes redes sociais, verdadeiros fenômenos de
popularização como o Orkut e o Facebook, além do Flickr e Vimeo. O Orkut
foi criado, em 2004, pelo engenheiro da Google Orkut Büyükkökten, de quem
recebeu seu nome. Desde sua criação, a rede social sempre teve relação
direta com Google. No Brasil, chegou a ter 30 milhões de usuários. Porém,
foi encerrado em junho de 2014. Ainda em 2004 foi lançado o Facebook,
que se tornaria, em 2012, a maior rede social do mundo, com 1 bilhão de
usuários ativos. Além da criação de perfis, os usuários podem se conectar a
outros usuários, criar categorias e seguir a atualização deles, além de trocar
mensagens, criar e participar de grupos de interesse.
2006 – Surge o Twitter, com a concepção inicial de ser um serviço on-
line de envio de mensagens curtas (em inglês: Short Message Service – SMS).
Essa é a principal característica do serviço: o envio de mensagens curtas, com
limitação de caracteres: 140 por mensagem. O serviço, além de rede social,
é também um microblogging, permitindo o recebimento de atualizações
pessoais de outros contatos aos quais se está seguindo.

28
2007 em diante – Há uma efervescência de serviços digitais: Tumblr
(2007), Foursquare (2009), Instagram (2010), Pinterest (2010), Google+
(2011), dentre outros.

Saiba mais sobre as principais redes sociais e serviços disponíveis na

+
internet:
- Infográfico da evolução das redes sociais e os principais fatos
históricos: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/736x/8f/bd/f1/8fb
df1e8b590b9162a61274aa6dc7d43.jpg
- Ranking das principais redes sociais e a comparação das suas
informações mais relevantes: https://s-media-cache-ak0.pinimg.
com/736x/c0/ef/17/c0ef1788da6c71efa1e0ef0a781c5c53.jpg

Incialmente, as redes sociais eram utilizadas apenas com o intuito de fazer


contato com pessoas do seu interesse. Mas, com sua expansão e ganho de
notoriedade, hoje elas tem aplicações úteis em todas as áreas, como para a
educação. Então, por que não aproveitar o interesse dos jovens e utilizar essas
ferramentas como estratégia para promover o aprendizado?
O Facebook é a rede social mais popular no mundo e é muito usado para
ensinar e aprender. Quem pensa que ele é um espaço somente para publicar
fotos e pensamentos, fazer amigos ou sondar a vida alheia, terá que mudar de
opinião. Ele pode ser uma alternativa para que professores incrementem suas
aulas, pois está repleta de páginas dedicadas a disciplinas específicas. Além
disso, se constitui como uma ótima oportunidade para que professores e alunos
se conheçam melhor.

!
O grande desafio do uso do Facebook é contribuir para que os pro-
fessores organizem uma atividade de ensino mais envolvente, que
auxilie na aprendizagem significativa do aluno e que eles aprendam
de forma autônoma,  dinâmica e colaborativa. Além disso, devem ser
capazes de transformar em conhecimento a enxurrada de informa-
ções a que são submetidos diariamente.

7. FACEBOOK
“The Facebook” nasceu, timidamente, em 2004, a partir de uma proposta
criada por universitários para atender aos estudantes da Universidade de
Harvard. Com o passar do tempo, expandiu-se para outras universidades e
escolas do ensino médio dos Estados Unidos. Hoje é uma das redes sociais
mais utilizadas em todo o mundo. Aqui, no Brasil, não poderia ser diferente:
é uma rede social que atrai, motiva e faz parte do dia a dia do aluno. Por isso,
acreditamos na sua utilização, de maneira positiva, na educação deste século.

+ Para saber mais sobre a criação do Facebook recomendamos assistir


ao filme A Rede Social: http://www.adorocinema.com/filmes/
filme-147912

29
7.1. Algumas vantagens pedagógicas
Dentre as principais vantagens do Facebook, estão:
• Utilizar as mídias disponíveis como ferramenta de aprendizagem;
• Favorecer a aprendizagem significativa e cooperativa;
• Atender às necessidades educacionais dos alunos de hoje;
• Estimular a interação e a comunicação;
• Incentivar o aprendizado além da sala de aula.
Em resumo: a principal vantagem de se utilizar o Facebook como ferramenta
de aprendizado está em se apropriar de algo que naturalmente desperta o
interesse dos seus alunos e aplicá-lo em favor do ensino

7.2. Utilização a partir de roteiro pedagógico


Para muitos professores, o uso da tecnologia no contexto da sua prática é
algo distante. Muitos ainda não se sentem preparados ou motivados para lidar
com essas ferramentas de maneira pedagógica, por vários motivos. Antes de
qualquer coisa, você precisa sentir o desejo de conhecer as ferramentas que
existem à sua disposição e, em seguida, entender como podem auxiliá-lo no
processo de ensino-aprendizagem.
Mesmo que não tenha um laboratório de informática à sua disposição
na escola, você pode realizar um trabalho dessa natureza com o Facebook.
Isso porque muitos alunos acessam as redes sociais de casa ou de lan house,
com os objetivos de lazer e diversão. Com a realização desse trabalho, você
contribui para que os estudantes percebam as outras possibilidades da internet,
principalmente no que se refere à aprendizagem.

Seis passos para aderir à utilização pedagógica do Facebook


1º PASSO – Acesso à rede: Realize uma pesquisa com os alunos para
verificar se todos eles têm acesso à internet, seja em casa ou na própria
escola. Caso a escola tenha rede sem fio disponível, mas não um laboratório
de informática, o acesso poderá ser feito através de dispositivos móveis do
próprio estudante ou disponibilizados para eles.
2º PASSO - Login no Facebook: Você e todos os alunos devem possuir
uma conta no Facebook. Lembre-se que, caso a maioria tenha conta em
outra rede social, pode-se considerar o uso dela. Consulte seus alunos para
verificar isso. Nessa etapa, deve ser feita a conexão com todos os usuários.
Utilize a ferramenta de criação de grupos, na qual todos os estudantes estarão
conectados e poderão fazer e receber postagens. A depender da configuração
dessa ferramenta, o professor, como administrador do grupo, poderá restringir
ou liberar o acesso, a visualização e até mesmo a postagem no grupo.
3º PASSO - Delimitação das características desejadas para a atividade:
Defina quais são as competências, habilidades e atitudes que você deseja que
o aluno desenvolva com a atividade programada.
4º PASSO – Escolha a publicação dos conteúdos que serão trabalhados
com os alunos: Selecione vídeos, textos, imagens, mapas e músicas, dentre
outras coisas.

30
5º PASSO - Elaboração de um roteiro didático-pedagógico: Esta é uma
das atividades mais importantes, já que consiste no caminho apresentado
pelo professor para o aluno. Aqui você deixará claro o que realmente quer do
educando. Ou melhor: apresentará o que eles deverão fazer na atividade. Este
roteiro pode ser impresso ou copiado pelo próprio aluno, para que responda ao
elenco de questões propostas ou apenas visualize as postagens para responder
ao professor em sala de aula. Todas as vezes que você sentir a necessidade de
os alunos acessarem alguma informação no perfil do Facebook, é importante
que disponibilize esse roteiro, onde estará claramente definido o caminho que
deverá ser percorrido por eles.
6º Passo – Definição da Avaliação: A avaliação é o momento no qual o
professor deixará explicito para os alunos os critérios pelos quais eles serão
avaliados.

7.3. Dicas de utilização


Crie grupos com sua turma para postar informações, avisos e dicas. Aproveite
o recurso para manter os alunos sempre em contato com a matéria discutida.
Além de dar a oportunidade de interação entre os grupos, você pode oferecer
ajuda pessoal a cada um deles.
Crie uma fanpage para as suas aulas. Essa estratégia pode ajudar não só os
seus alunos, mas também outros estudantes interessados no conteúdo. Oriente
os seus alunos a contribuírem, com postagens e discussões relacionadas aos
temas abordados.
Tenha cuidado com as interações. Embora seja muito importante
estabelecer uma aproximação e manter uma boa relação com o seu aluno, é
muito importante que isso seja feito de maneira aberta e transparente, como
nos grupos ou fanpages.

7.4. Cuidados na utilização


O professor que optar por criar um perfil no Facebook para fins pedagógicos,
profissional ou até mesmo pessoal, deverá ter alguns cuidados. Dentre eles:
• Não se comporte como se tivesse apenas amigos íntimos nos seus
contatos.
• Lembre-se de que o seu perfil do Facebook é visitado e comentado por
seus alunos - e também pelos familiares deles. Não são raros os pais que também
adicionam os professores na lista de contatos.
• Não coloque fotos, imagens e/ou mensagens comprometedoras.
• Cuidado com os erros ortográficos. Você é uma referência.
• Cuidado com o que comenta sobre alguém.

7.5. Pense em novas alternativas


Você não precisa limitar suas opções ao Facebook, ao uso de uma fanpage
ou grupos de discussões. Se você acredita que a plataforma da rede social
ainda limita a interação, parta para novas alternativas, como blogs, uma conta
gerenciável no Pinterest ou mesmo no Twitter. Se o seu objetivo principal for
engajar os estudantes por meio da tecnologia, grande parte das plataformas
ajudará você a atingir o propósito.

31
8. GOOGLE DOCS
O Google Docs é uma espécie de suíte de aplicativos on-line, bastante
semelhante ao Microsoft Office e ao OpenOffice/BrOffice. Ele apresenta editor
de textos, editor de planilhas eletrônicas, editor de apresentação de slides e
ainda a ferramenta para criação de formulários (enquetes/pesquisas).

!
A principal vantagem da ferramenta é ser on-line. Por isso, você
não precisa levar o arquivo em um dispositivo físico de armazenamen-
to, como pen-drive ou HD externo; basta acessar a sua conta no Goo-
gle Docs e abrir ou editar seus arquivos - que podem ser compartilha-
dos com outros usuários, permitindo a edição colaborativa.

Hoje, o Google Docs encontra-se integrado ao Google Drive, de modo


que, além dos arquivos de texto, planilhas e apresentações, você pode ainda
compartilhar os mais diversos tipos de arquivos: textos em pdf, arquivos de
áudio e vídeo, imagens, etc.

8.1. Possibilidades de uso pedagógico


Há uma infinidade de possibilidades de uso pedagógico ou de suporte às
atividades do professor com a ferramenta Google Docs.
a) Uso do editor de texto
Além do evidente uso como editor de textos por si só, ele também permite
a criação de textos compartilhados e a construção de textos colaborativos de
forma simultânea. Assim, por exemplo, você pode propor a elaboração de textos
de forma colaborativa por equipes de alunos e criar um arquivo .doc (de texto)
compartilhado por todos de uma mesma equipe e pelo professor. O Google
Docs permite que até 10 pessoas editem um documento simultaneamente,
compartilhado por até 200 pessoas. Essa possibilidade é útil para:
• produção de textos colaborativos;
• propor a realização de trabalhos em grupo;
• criar glossários dinâmicos.
Além disso, os arquivos de textos criados pelo professor (material de leitura,
atividades e tarefas) podem ser compartilhados facilmente com os estudantes.
b) Uso das planilhas eletrônicas
As planilhas também podem ser compartilhadas e editadas simultaneamente,
o que permite usos parecidos com o do editor de textos e outros mais
específicos. Por exemplo, a disponibilização de notas ou da lista de presença
instantaneamente para diferentes públicos (professores, alunos, coordenadores,
secretária, etc.). Outros usos possíveis são:
• disponibilização de atividades realizadas com o uso de planilhas
eletrônicas. Esse caso é especialmente interessante para a disciplina de
Matemática, pois, além de possibilitar melhor compreensão da Aritmética e
da Álgebra, também permite a criação de gráficos e o entendimento de seu
funcionamento;
• os gráficos gerados a partir das tabelas também são especialmente
interessantes para disciplinas, como Física, Biologia e Geografia;
• como “banco de dados”, pois as planilhas eletrônicas permitem
armazenar dados de forma organizada, recuperá-los de forma simples e
manipulá-los de forma automatizada, mesmo se forem muitos dados;
• como receptor das “respostas” obtidas pelo uso dos formulários criados
através do Google. Assim você pode facilmente acessar os resultados das
pesquisas realizadas.

32
c) Uso de apresentações de slides
As apresentações de slides são particularmente interessantes como
ferramenta de apresentação de conteúdos, informações e esquemas didáticos,
com um visual atraente. O Google Docs permite também que se faça edição
colaborativa dessas apresentações e que elas sejam compartilhadas on-line.
Algumas possibilidades de uso para as apresentações de slides são:
• produção de conteúdos e esquemas didáticos pelo professor, além de
resumos;
• produção e apresentação de trabalhos pelos alunos (a edição
compartilhada facilita o trabalho colaborativo de grupos de estudantes);
• Uso dos formulários on-line, que estão associados a planilhas e constituem
um meio simples e rápido de coletar informações, gerar apresentações gráficas
e análises estatísticas de dados.
Outros usos possíveis:
• produzir questionários socioeconômicos dos alunos;
• produzir diagnósticos e pesquisas com os alunos ou com os pais, pois os
formulários podem também ser acessados da casa dos alunos;
• produzir pequenos testes e provas, ou atividades que os alunos possam
realizar de forma autônoma e fora da escola.
Para compartilhar seus documentos do Google Docs, você também pode
simplesmente postar ou enviar a url do arquivo compartilhado no Google Docs
ou colocá-la como um link em seus materiais.

8.2. Principais vantagens


Grande parte da documentação do professor (caderneta escolar, listas de
chamada, planejamentos, etc.) pode ser colocada na internet e compartilhada
publicamente. Pesquisas, diagnósticos, testes e avaliações podem ser gerados e
depois utilizados diretamente pela rede.

Os alunos podem produzir trabalhos de forma colaborativa e usar

!
as ferramentas de um pacote completo de escritório, mesmo que os
seus computadores não possuam nenhum. Até mesmo a própria se-
cretaria e a coordenação/direção podem usar essa ferramenta para
produzir, disponibilizar e compartilhar documentos (como horário de
aulas, calendário escolar, etc.), com a vantagem de não ter que hospe-
dar esses documentos localmente.

O Google Docs permite atualmente que qualquer tipo de arquivo seja


armazenado nele e compartilhado na web. Isso possibilita criar uma biblioteca
compartilhada a partir de uma pasta pública. Além disso, essas pastas têm a
mesma apresentação da estrutura de pastas de um HD de computador comum
e facilidades, como: “arrastar e soltar”, “copiar e colar”, etc. Também vale lembrar
que tudo está em português e que o sistema de ajuda do Google Docs é muito
eficaz.

+
O criador do GoogleDocs, Sam Schiallace, fala sobre a história da
ferramenta:
http://www.tecmundo.com.br/google-docs/41570-criador-do-
google-docs-fala-sobre-a-historia-do-produto.htm
- Aprenda a utilizar o Google Docs:
http://www.tecmundo.com.br/692-aprenda-a-utilizar-o-google-
docs.htm

33
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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do Professor. 2008. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br/
conteudoJornal.html?idConteudo=37>. Acesso em 11 jan. 2014.
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Earth como Recuso Didático para o Ensino de Projeções de Coberturas. In: XVIII
Simpósio Nacional de Geometria e Desenho Técnico e VII International
Conference on Graphics Engineering for Arts and Design, Curitiba. 2007.
ANTONIO, José Carlos. Uso pedagógico do GoogleDocs. Professor
Digital. SBO. 08 fev. 2010. Disponível em: <http://professordigital.wordpress.
com/2010/02/08/uso-pedagogico-do-googledocs/>. Acesso em:18 fev. 2014.
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nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental. introdução aos
parâmetros curriculares nacionais. Secretaria de Educação Fundamental. –
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FILATRO, A.. Design instrucional contextualizado: educação e tecnologia.
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FLORENZANO, T.G. Imagens de Satélite para Estudos Ambientais. São
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FORTES, D. YouTube. Revista Info, São Paulo, Ano 21, Nº 245 , p. 33-35, ago.
2006.
GIORDANI, A. C. C.; AUDINO, D. F.; CASSOL, R. Inserção do Google Earth no
Ensino de Geografia. In: 12ª Jornada Nacional da Educação – 2º Congresso
Internacional de Educação. Educação e sociedade: perspetivas educacionais
no século XXI. Santa Maria, 2006. p. 1-8. Anais: Santa Maria: UNIFRA, 2006.
Disponível em: <www.unifra.br/.../geografia/a%20inserção%20do%20
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IBM. Educação baseada em nuvem. 2013. Disponível em: <www.ibm.com/
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In SILVA, M. (Org.). Educação online. São Paulo: Loyola, 2003, p.39-50.
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desafios de hoje: Curso de Extensão para Professores do Ensino Fundamental
e Médio da Rede Pública UniRede e Seed/MEC / Coordenação de Leda
Maria Rangearo Fiorentini e Vânia Lúcia Quintão Carneiro. – Brasília : Editora
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PROVIR: O futuro se aprende. Google lança novo canal YouTube Edu. São
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34
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RAMOS, E. M. F.; ARRIADA, M. C.; FIORENTINI, L. M. R. Introdução à Educação
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SANTOS, A. E. O. Educação e Comunicação: A utilização das novas tecnologias
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<http://www.revistas.usp.br/gusppe/article/download/61960/64824>. . Acesso
em 15 nov. 2013.
Tecnologia. G1 – O portal de notícias da Globo. Revista “Time” elege Youtube
a melhor invenção do ano. São Paulo, 7 de nov. 2006. Disponível em:<http://
g1.globo.com/Noticias/Tecnologia/0,,AA1340903-6174-363,00.html>. Acesso
em: 12 fev. 2014.
TEIXEIRA, M. M. Da educação a distância às plataformas de e-learning:
sistemas alternativos de educação mediada. Munich: Grin Verlag, 2013.

35
3 FERRAMENTAS DE
INTERATIVIDADE COM
ÁUDIO E VÍDEO

O surgimento ou a utilização de uma tecnologia em um contexto educacional


causa bastante estranhamento e provoca claros impactos na ação docente.
Desde o momento que computadores e televisores foram inseridos nas salas de
aula, percebemos essa dicotomia.

!
Contudo, ferramentas mais complexas, como os equipamentos de
vídeo e webconferência, tendem a ser mais difíceis de integração à
educação. Se a complexidade do recurso é maior, ele exige mais pla-
nejamento e engajamento por parte do professor e da equipe peda-
gógica.

Nessa unidade, conheceremos mais profundamente estes recursos que


podem reunir pessoas distribuídas geograficamente em um mesmo espaço
virtual.

1. WEBCONFERÊNCIA
A webconferência é muito mais versátil e acessível a qualquer pessoa que
possua conexão com a internet, já que não necessita de muitos equipamentos
especiais, como os utilizados nas teleconferências ou videoconferências.
Muitos dos softwares destinados à webconferência, como o Skype, não
foram pensados para fins pedagógicos. Mas, ainda assim, têm sido utilizados

+
e m iniciativas de interação didática com um desempenho satisfatório.

Acesse e conheça o Skype: http://www.skype.com/pt-br/

A utilização da webconferência como ferramenta de ensino em ambientes


de educação on-line tem se difundido no espaço educacional contemporâneo.
Tal fato vem motivando muitos profissionais da educação em variadas iniciativas
de interação pedagógica. Isso porque, com a mediatização tecnológica e suas
facilidades e possibilidades educacionais, a webconferência e a videoconferência
vêm se efetivando como meios pedagógicos de comunicação.
Dentre os motivos, estão o fato de que as tecnologias atuais permitem a
criação de situações de aprendizagem mais ricas, complexas e diversificadas,
que contribuem para o aluno manifestar sua individualidade e criatividade, bem
como estabelecer interações de forma integral e eficiente.

1.2. Como funciona


A webconferência é a transmissão, via internet, de palestras e aulas com a
possibilidade de interação de múltiplos participantes, por meio de áudio e vídeo,
além de outros recursos de colaboração, a partir de computadores equipados

36
com saídas de áudio, microfone e câmera digital, conectados à internet. O
webconferencista ou professor, em ponto remoto, faz suas apresentações em
tempo real para alunos ou espectadores distantes, que recebem a imagem e o
áudio, podendo também interagir com ele.

!
Essa ferramenta de ensino aproxima-se de uma situação da sala
de aula, porque possibilita a conversa em duas vias, permitindo que o
processo de ensino-aprendizagem ocorra em tempo real e seja inte-
rativo entre pessoas que podem se ver e ouvir ao mesmo tempo. Na
educação a distância, esse é um importante instrumento de lingua-
gem para veicular conteúdos e tem se tornado cada vez mais abran-
gente. Por meio dele, há a possibilidade de disseminação de informa-
ções para pontos geograficamente dispersos.

Este recurso favorece também a discussão e o questionamento sobre o


conteúdo da aula, além de ser instrumento de interação que tem por objetivo
a criação de comunidades de aprendizagem, nas quais os integrantes trocam
informações entre si, colaborando na formação do grupo como um todo.

2. VIDEOCONFERÊNCIA
As tecnologias de informação e comunicação utilizadas atualmente
são cada vez mais interativas e constituem-se em ferramentas valiosas para
alcançar estudantes dispersos por grandes territórios. A linguagem produzida
pela integração entre imagens, movimentos e sons atrai e toma conta das
atuais gerações. A videoconferência aparece como alternativa para instituições
educacionais oferecerem cursos, principalmente na modalidade a distância no
Brasil.
Agora, você vai conhecer mais profundamente este recurso que tem por
objetivo favorecer o acesso ao aprendizado, de forma que a interação e a
participação sejam processos destacados.

2.1. Fundamentos
A videoconferência é uma das chamadas novas tecnologias que está
avançando com mais rapidez dentro de contextos educacionais. Isto se deve a
vários fatores: à redução do custo dos equipamentos; ao aumento da oferta de
cursos de aperfeiçoamento que estão sendo desenvolvidos por meio da EAD; à
possibilidade de realizar cursos superiores em locais distantes; à combinação de
interatividade com imagem audiovisual; à comunicação com outras tecnologias
de comunicação, etc.
Os componentes básicos de uma videoconferência são:
• uma câmera (para capturar o movimento);
• um display de vídeo (para exibir o vídeo distante);
• componentes de áudio;
• um sistema de computador;
• uma conexão de rede;
• uma interface de usuário;
• o codec para comprimir e descomprimir as informações de áudio e
vídeo.
Considerando a possibilidade de um ambiente de colaboração/cooperação
por meio da videoconferência, podem ser utilizados ainda os seguintes recursos
auxiliares:
• Whiteboard/Quadro Digital: lousa branca que captura e produz

37
digitalmente para os participantes o que é escrito;
• Câmera de documentos: câmera para visualização de textos impressos;
• FolowMe: recurso que busca a pessoa que está falando no momento,
posicionando a câmera;
• Tablet: tela remota sensível ao toque que possibilita o controle de todos
os equipamentos, funcionando também como um whiteboard; e
• Chat.

2.2. Uso na educação

!
A videoconferência pode ser utilizada tanto para complementa-
ção das aulas presenciais, como em aulas e reuniões totalmente a dis-
tância. Seu uso na educação deve se iniciar com o aprendizado sobre
o equipamento por parte do professor, de tal forma que ele se sinta
seguro em utilizá-lo. Uma das formas de aprendizado é por meio da
gravação de uma aula para cada professor, seguida de um período de
revisão e discussão dela com pessoas que detenham o conhecimento
do uso da ferramenta.

Assim, a videoconferência implica em mudanças no estilo de aprendizagem,


assim como na estratégia de ensino, tornando o tempo de preparação de uma
aula muito maior do que a presencial. “Quanto mais interação se deseja, mais
planejamento é necessário” (CRUZ, 2009, p. 89).
Educar a distância significa saber utilizar as ferramentas das tecnologias de
informação e de comunicação não só disponibilizando materiais, mas também
interagindo, trocando, aprendendo em grupos, cooperando e colaborando,
mudando, transformando.
Cabero (2003) destaca três etapas básicas no uso da videoconferência pelo
professor. São elas:
• a preparação;
• o desenvolvimento da videoconferência; e
• as atividades de extensão.
Segundo o autor, na etapa de preparação, o professor entra em contato
com a sala de videoconferência, elabora o planejamento de seu uso, desenha
e constrói os materiais que serão utilizados, estrutura a sessão, planifica as
atividades de extensão.
Na fase de desenvolvimento, o professor deverá ficar atento ao tempo da
intervenção, observar as reações dos estudantes, de tal forma a estimulá-los a
participar da apresentação, desenvolver destrezas interpessoais e finalizar com
um sumário sobre os aspectos mais significativos que foram desenvolvidos.
A fase de atividades de extensão consiste naquelas desenvolvidas
pelos estudantes, que podem ser: trabalhos em grupos, leituras de textos
complementares, etc.

Como o planejamento é um processo inerente à atividade pedagógica, a


CEAD/UFV destaca os seguintes tópicos que deverão ser observados em um
projeto que utiliza como recurso a videoconferência:
• objetivos que se deseja alcançar por meio deste recurso;
• identificação do perfil das pessoas que irão participar da apresentação;
• conhecimento sobre o assunto a ser abordado;
• organização do tempo de apresentação, sendo 1/4 para a introdução,
2/4 para a desenvolvimento e 1/4 para a conclusão;
• disponibilização prévia de material didático para os alunos;

38
• planejamento da dinâmica das aulas, considerando também a parte
afetiva em um ambiente a distância;
• previsão de mecanismos de participação dos alunos, de forma que
haja uma organização, por meio de “normas de conduta”, para que todos
tenham oportunidade de colaborar neste ambiente;
• verificação, por parte do professor, da possibilidade de eliminação de
ruídos externos, da qualidade de som e áudio, da linguagem utilizada, bem
como da sua postura, para tornar sua apresentação agradável;
• atenção à apresentação de materiais, como slides e gráficos, para
possibilitar espaço para a interação com os alunos.

2.3. Tipos de transmissão


O tipo mais simples de videoconferência é o que liga duas salas, ou ponto-
a-ponto. As pessoas de cada sala veem as da outra e a comunicação acontece
diretamente, após a conexão ter sido realizada. A comunicação é bastante
facilitada, já que todos podem ver e ser vistos e ouvir e ser ouvidos por todos
os participantes. Em poucos minutos de transmissão, os interlocutores podem
relaxar e, na maioria das vezes, esquecer que existe uma interface eletrônica
propiciando o encontro.
A videoconferência multiponto permite realizar uma reunião com um
grande número de salas interligadas. Para isso, é necessário um comando
multiplexador, que reúne os vários sinais de cada sala em uma única conexão.
Apesar de estarem todas interligadas, a tecnologia atual permite que cada sala
veja apenas uma de cada vez.

2.4. Vantagens e desvantagens


Cruz e Moraes (1998) listam algumas vantagens e desvantagens do uso da
videoconferência na educação, tendo em vista o atual parâmetro tecnológico.

VANTAGENS DESVANTAGENS

• permissão de uma transição mais • a baixa qualidade de som e


gradual dos métodos presenciais; imagem;
• permissão de espaço colaborativo • a dificuldade de se adaptar a sala
para socialização e aprendizado de videoconferência à situação
colaborativo em grupo; didática;
• possibilidade de escolha e • os altos custos de implementação,
planejamento de cursos mais instalação e manutenção
interativos para classes pequenas comparados com um baixo uso na
ou menos interativos para grandes fase inicial;
audiências; • altos custos de transmissão das
• possibilidade de escolha dos linhas telefônicas;
meios de transmissão conforme • por desconhecimento, não utilizar
a possibilidade, disponibilidade e todo o potencial didático do meio,
demanda. reduzindo-o à mera reprodução de
palestras, com pouca interação entre
os participantes.

Fonte: Cruz e Moraes (1998)

39
Já para Santos (1998), o uso da videoconferência apresenta uma série de
vantagens, como:
• economia de tempo, evitando o deslocamento físico para um local
específico;
• economia de recursos, com a redução dos gastos com viagens;
• mais um recurso de pesquisa, já que a reunião pode ser gravada e
disponibilizada posteriormente.
Além desses aspectos, em sua maioria, os softwares que apoiam a realização
da videoconferência permitem também a utilização de ferramentas de
compartilhamento de documentos, com possibilidade de:
• visualização e alteração pelos integrantes do diálogo em tempo real;
• compartilhamento de aplicações; e
• compartilhamento de informações (transferência de arquivos).

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Entendemos que a inserção dos computadores na educação exige que o
professor repense sua prática docente, devendo planejar uma metodologia
que mescle a tecnologia com o conteúdo. As atividades que fazem uso das
tecnologias precisam ser carregadas de significado e propósito, já que a sala de
aula é a combinação de significados pessoais que estão inseridos num contexto
social muito complexo: o mundo tecnológico.
A aprendizagem colaborativa, por exemplo, é importante, porque traz
mais benefícios ao estudante do que as metodologias de aprendizagem
tradicionais. Ela possibilita que a aprendizagem torne-se mais rica e motivadora.
Nesse contexto, as posturas do professor e do aluno são redimensionadas. As
tecnologias da informação e comunicação (TICs) abrem novas possibilidades
educacionais e geram novos desafios para toda equipe pedagógica,
principalmente para o professor. O desafio é grande, mas as vantagens no uso
do computador apoiando a aprendizagem colaborativa são maiores.
A utilização de recursos tecnológicos, como a web 2.0, web 3.0, redes
sociais, estão presentes no dia a dia dos jovens, que já adotaram estilos de vida
mais flexíveis, interativos e intemporais, servindo-se dessas tecnologias para
participar, partilhar e comunicar. O professor, neste contexto de mudança,
precisa saber orientar os seus educandos. Não basta que os alunos simplesmente
acessem as informações: eles precisam ter a habilidade e o desejo de utilizá-las,
saber relacioná-las, sintetizá-las, analisá-las e avaliá-las.
Esperamos que você tenha atingido o objetivo de realizar uma reflexão
sobre as principais possibilidades e desafios da aprendizagem voltada para a
configuração colaborativa e cooperativa. Acreditamos ter trazido os subsídios
básicos necessários para nortear o aprofundamento da sua prática docente
nessa área. No entanto, destacamos que, para isso, não há a receita. Existem,
sim, caminhos que podemos trilhar na busca por uma educação de qualidade.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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