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5.1. Introdução
Figura 5.1 Seção típica barragem homogênea: H=10m, Talude Montante 2,5:1, Talude
Jusante 2:1.
A partir desta configuração inicial de altura e tipo de solo, a inclinação do talude
de montante foi alterada, interativamente, para os taludes: 2,5; 2,3; 2,1; 1,9; 1,7; 1,5; 1,3 e 1,1.
Em cada configuração, foram feitos estudos de fluxo transiente de rebaixamento e estudos de
estabilidade para o talude de montante.
A altura da barragem também foi alterada neste processo, avaliando o
comportamento da obra para alturas variando a cada 5 metros, para a altura inicial de 10 metros
até a altura máxima de 50 metros. Para cada altura analisada, o processo interativo de alterar
a inclinação do talude de montante era repetido, avaliando a evolução da estabilidade e o
comportamento hidráulico para cada nível.
Afim de avaliar o comportamento da obra para diferentes tipos de materiais que
são possíveis de empregar em barragens de terra, no qual apresentam resistências e
permeabilidades distintas, todo este processo interativo de variação de altura e inclinação dos
taludes foi repetido para outras classificações de solos como: SM; SC-SM; CL; ML; CL-ML
e MH.
Para a realização das análises, como foi supracitado, considerou-se distintos parâmetros
geotécnicos. O primeiro conjunto de simulações, se utilizou solo do tipo areia argilosa “SC”,
adotando-se dados reais proveniente do maciço da barragem experimental, localizada na Fazenda
Experimental Lavoura Seca, no município de Quixadá, pertencente à Universidade Federal do
Ceará apresentados por Leme (2015), cujos resultados se amostra na tabela 5.1.
Avaliou-se os principais parâmetros que continham informações pertinentes para o
desenvolvimento desta pesquisa, tais como: granulometria, limites de consistência, compactação,
permeabilidade, resistência do solo obtida dos ensaios de cisalhamento direto saturado e não
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saturado, além disso, se realizou o ensaio de papel filtro para a obtenção da sucção mátrica e a
obtenção da curva característica dos materiais.
SUCS SC
Classificação
HRB A-2-4
Normal
Ensaio de Compactação W ótima (%) 14.7
ϒd (g/cm3) 1.84
Permeabilidade (m/s) k 2,6x10-7
Coesão (kPa) c' 11,7
Ângulo de atrito (°) ' 26,6
Ângulo (°) b 12,0
Para os estudos para os demais tipos de solos, devido à falta de dados reais, foram
adotados valores provenientes da literatura, mostrados na tabela 5.2 que indica os resultados de
compactação, permeabilidade e resistência, dos valores obtidos a partir de 1500 ensaios
geotécnicos feitos e apresentados pelo U. S. BUREAL OF RECLAMATION. De acordo com estes
resultados, se identificou oito distintos tipos de solos para ser analisados em distintas simulações
com variação nas seções e taludes.
𝑏 𝜃(𝑒 𝑦 ) − 𝜃(Ψ) ′ 𝑦
∫𝑙𝑛(Ψ) 𝑒𝑦 𝜃 (𝑒 )𝑑𝑦
𝑘(Ψ) = 𝑘𝑆 𝑦 (5.1)
𝑏 𝜃(𝑒 ) − 𝜃𝑠 ′ 𝑦
∫𝑎𝑒𝑣 𝜃 (𝑒 )𝑑𝑦
𝑒𝑦
Com:
Ψ = Sucção (kPa);
b = ln (106);
θ = Teor de umidade volumétrico;
θs = Teor de umidade volumétrico saturado;
e = 2,171828;
y = Variável de integração que representa o logaritmo da sucção;
θ’ = A primeira derivada da equação de Fredlund e Xing (1994) para a curva
característica.
Sendo desta forma, apresentada na Figura 5.2 a função de permeabilidade, que relaciona
a permeabilidade com a sucção, para o solo compactado. A função de permeabilidade foi
estimada por meio da curva característica e pelo coeficiente k=2,6x10-6m/s, adotando-se um
intervalo de sucção de 0 à 10000 kPa.
Na função apresentada na Figura 5.2, pode-se observar que para altos valores de
sucção o coeficiente de permeabilidade reduz significativamente por conta da presença de ar
entre os vazios do solo. Com relação aos demais materiais presentes no maciço da barragem,
como o dreno vertical, o rip-rap não houve a necessidade de se estimar as funções de
permeabilidade para estes materiais, pois os mesmos constituem elementos de drenagem interna
que estão submetidos a valores de sucção muito baixos. Desta forma, os coeficientes de
permeabilidade foram considerados constantes nestes materiais.
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Durante a realização das análises de fluxo sob o regime transiente foi necessário se
determinar a condição inicial do problema. A condição inicial é importante porque pode ter
influência significativa na solução, principalmente no início da simulação da análise transiente.
A condição inicial apresentada na Figura 5.4 mostra que o maciço apresenta apenas um
campo de pressões negativas de poro-pressão que são distribuídos de forma linear. É
importantes destacar que a condição inicial apresentada na Figura 5.4 não representa de fato a
verdadeira distribuição de poro-pressões no final de construção, contudo a alternativa foi
adotada devido as dificuldades de se determinar a distribuição das poro-pressões e também por
recomendações apresentadas por Krahn (2004).
de simulação que foram atendidos ate uma altura de barragem de 30 metros. Desta maneira, é
verificado as alterações de poro-pressão dia a dia e avaliando os impactos do fenômeno de
rebaixamento rápido na sucção presente no maciço seguidamente tive se estágios de 240 dias
na altura de 35 metros, 260 dias na altura de 40 metros, 290 dias na altura de 45 metros e 330
dias na altura de 50 metros. Para distintos solos analisados serão feitos os mesmos analises com
os mesmos estágios estudados.
A seguir, são apresentados os resultados das análises de fluxo transientes para distintos
período analisado da barragem de 10 metros de altura com talude de montante 2,5 :1 e talude
de jusante 2 :1 para o tipo de solo SC (areia argilosa), mostrando o comportamento da linha
freática a cada 30 dias.
Também se pode observar nas simulações transientes que o avanço da linha de freática
Commented [Rf2]: Insira a referencia do sheard (eu acho)
se da numa velocidade de 15 cm/dia que à medida que o fluxo pela barragem preenche os vazios
Esse dado do transiente deve ser mencionado la no inicio da
descrição do item!!!
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dos solos o maciço terá um acompanhamento da dissipação das poropressões que não irão
acorde com o descenso da linha freática sendo este o fenômeno de rebaixamento rápido que
apresente a estrutura ocasionando instabilidade num certo ponto onde a barragem atingira o
equilíbrio. Commented [Rf3]: E para os demais solos? Cite também que
foram realizados simulações transientes
As seguintes análises de estabilidades foram feitas a partir dos resultados das análises
transientes de esvaziamento para os 180 dias de analise proposto. As análises durante o
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esvaziamento foram realizadas no talude de montante, por ser o talude de maior probabilidade
de deslizamento quando ocorrer o fenômeno de rebaixamento rápido. Os resultados a serem
apresentados neste item consideram no modelo do cálculo de estabilidade a influência da sucção
nas resistências dos materiais.
Tabela 5.2 – Resultados analisados de Fator de Segurança tipo de solo SC. Commented [Rf4]: Grover, detalhe a metodologia para os
demais resultados, descrevendo que para cada altura da barragem e
FATOR DE SEGURANÇA MÍNIMO 3. TIPO DE SOLO: SC
cada inclinação do talude foram feitas simulações transientes de
TALUDE DE MONTANTE rebaixamento rápido e posteriormente analises de estabilidade, sendo
ALTURA DA determinada o FS de menor valor, sendo apresentado na tabela 5.2
2.5 2.3 2.1 1.9 1.7 1.5 1.3 1.1
BARRAGEM
10 1.650 1.579 1.514 1.439 1.357 1.330 1.228 1.150
15 1.558 1.489 1.407 1.331 1.249 1.172 1.079 0.996
20 1.495 1.414 1.338 1.262 1.183 1.097 1.023 0.925
25 1.449 1.371 1.294 1.211 1.141 1.049 0.970 0.874
30 1.414 1.333 1.258 1.179 1.094 1.014 0.934 0.841
35 1.388 1.310 1.237 1.149 1.076 0.994 0.902 0.817
40 1.366 1.289 1.209 1.133 1.048 0.968 0.880 0.800
45 1.349 1.272 1.190 1.112 1.033 0.949 0.863 0.771
50 1.329 1.256 1.176 1.095 1.017 0.937 0.845 0.759
Tabela 5.3 – Inclinações Mínimas com variação de altura para cada tipo de solo.
INCLINAÇÕES MÍNIMAS DOS TALUDES PARA CADA CLASSIFICAÇÃO DE SOLO
ALTURA DA
BARRAGEM SC SM SC-SM CL ML CL-ML MH
Figura 5.21 Inclinação mínima do talude de montante para cada altura e tipo de solo
6. CONCLUSÕES
6.1.Conclusões