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Presentes o Deputado Romulo Gouveia, Marcondes Gadelha e Leonardo Monteiro; Senador

Raimundo Lyra.

Irani Braga Ramos falou do programa água para todos, como uma das obras que, apesar de
pequeno porte, são também estruturantes.

Em ações estruturantes de grande porte, destacam-se os dois eixos da transposição. Além disso,
há outras obras que, ainda não sejam fisicamente contíguas com a do São Francisco, operam de
forma interligada. Serão necessárias outras obras, mas essas (v. slide) são fundamentais. Estão
hoje com cerca de 10500 pessoas mobilizadas. Em desembolso, não há contingenciamento para
essa obra. A obra tem execução física-financeira com ritmo 30% superior ao do ano passado, até
então o mais rápido. Os eixos norte e leste já estão com alguns reservatórios em enchimento. A
expectativa é água entregue no eixo leste em dezembro de 2016. O MI tem liberado mais
recursos para dar margem de segurança, o caminho crítico é o túnel na divisa com a Paraíba e o
problema é técnico. É crítico abastecer de água com a região de Borborema. ENtre as outras
obras, merece destaque a adutora do PAgeú e a adutora da Borborema, que vem sendo feita
pelo Governo do Estado, com o apoio do GOverno Federal, cerca de 70 milhões pagas.

Paulo Lopes Varela Neto - ANA.

Açude Epitácio Pessoa (do Boqueirão). Aporte praticamente nulo desde 2011. Queriam levar em
2013 o açude até 2017. Poderiam ter atuado mais cedo, mas isso significaria antecipar sacrifícios
para agricultores, por exemplo: área potencial de irrigação de 1250 ha. Usos associados:
abastecimento humano Campina Grande, Cariri e Borborema (425.818 habitantes).
Acompanharam o deplecionamento e o consumo para irrigação por meio da proxy de consumo
de energia, até a Resolução conjunta ANA / AESA 960/2015. Irrigação suspensa desde 07 de
julho de 2014. Chegar em fevereiro de 2017 com 20 hm3. A estrtura para captação com bombas
flutuantes está pronta. A qualidade de água até aqui está boa.

Ações emergenciais, temporárias para adaptar o abastecimento à redução programada da vazão


captada em razão de secas extremas:

Fontes alternativas: poços e dessalinizadoras. Cisternas urbanas e carros pipa.

Decreto Municipal de Racionlamento.

Redução de Pressão na rede de distribuição.

Inventivos econômicos e tarifários.

Reuso.
Reflexão: não dá para ter padrões de consumo médio diário de mais de 250l per capita no
semiárido!

Falou antes de tudo da necessidade de fortalecer o sistema de gestão - o que liberarm, quando e
para quem.

Temos de ter água nas cabeceiras, ou será preciso fazer transposição de gente.

João Fernandes:

No Estado, 15% da capacidade armazenada; no semiárido, 13%. 630M de m3, 490 no semiárido,
em açudes. A água não é mais do Cariri, porque anda mais de 200km até a fronteira do RN. Às
vezes, perde-se mais água no manancial por evaporação do que usando a água na irrigação.
Campina Grande, uma das cidades mais importantes do nordeste brasileiro, é uma das que mais
sofre. É preciso um pacto para acelerar o fim das obras do Rio São Francisco. R$ 1 bi não faz
diferença para a dívida pública federal, mas salva quatro estados do nordeste (RN, PB, CE, )
especialmente Ramal do Piancó. Nem mesmo ter mais água armazenada é garantia de
abastecimento, porque é também um problema de distribuição. Enfatizou, enfim, a importância
do trabalho conjunto entre ANA, AESA e Ministério Público estadual.

O Vereador de Campina Grande Lula Cabral: captação do reuso das águas mondocongó e
captação de água pluvial.

O Deputado Marcondes Carvalho falou da inconsistência de homologar um déficit de 120 bilhões


de reais (quinze transposições do Rio São Francisco) e alegar falta de recursos para uma obra,
que a atrasou por oito anos. É impossível qualquer perspectiva de desenvolvimento econômico e
paz social. Em vez disso, o Governo contingencia recursos do Ministério da Integração. A parte
mais difícil da transposição já foi resolvida, a resolução de conflitos com estados poderosos e a
argumentação com ambientalistas, que alegavam que a transposição mataria o rio. A parte de
engenharia é muito mais fácil, até porque o projeto original da ditadura militar era muito maior
e porque as empresas brasileiras já fizeram muito mais fora do Brasil. Será feito o que for preciso
junto a todas as autoridades e poderes competentes para interromper a piora da situação, que
já leva uma das maiores cidades do nordeste a ficar quase 3 dias por semana sem água. Talvez
reorientar recursos do fundo constitucional do nordeste.

O Senador Raimundo Lira falou de medidas para evitar o desperdício da água de transposição,
que é especialmenta cara. Falou ainda do projeto PLS 429/2015, inspirado no Projeto Mississipi
nos Estados Unidos, escolhido na agenda Brasil e indo para a CD - o propósito é perenizar a
captação de recursos para a transposição, 3% do faturamento bruto das companhias de energia,
para mantê-la. Não adianta transposição sem revitalização.

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