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Este trabalho é mais uma renovação revisada da gramática grega de William Carey Taylor,
escrita na década de quarenta, fruto das pesquisas deste mestre da língua grega do Novo Testamento ainda
sem substituto à altura em nosso país. Esta revisão e renovação consiste numa nova apresentação em
termos de linguagem fazendo uma associação com a forma didática apresentada pelo gramático Antônio
Freire. O texto da gramática de Taylor é de um português antigo e um tanto quanto pendante para a nossa
geração e realmente precisava de uma mudança. É possível que muitos julguem não haver muita
semelhança entre este trabalho com o daquele erudito, mas a verdade é que quase todo ele é filho daquele
trabalho, refletindo o mesmo conteúdo com mudança apenas no modo de se ensinar. Sintome devedor de
Taylor e de certo modo indigno de receber méritos, mesmo reconhecendo a profundidade do avanço que
alcançamos, fruto na verdade do trabalho direto de se traduzir o texto sagrado exaustivamente.
Considerandome um leigo interessado, jamais poderia dizer aqui que este trabalho foi feito por mim, o
que se tem aqui é um manual pessoal da língua grega do Novo Testamento, o método pelo qual eu aprendi
o idioma, fazendo uma rara combinação entre o grego clássico e o koinê. Tendo primeiramente aprendido
a língua grega no seu estilo clássico pela minha querida professora Ana Maria da Universidade Federal do
Ceará, tive uma sorte única que a princípio não percebi a vantagem. Lamentava comigo quando traduzia
as obras clássicas dos antigo gregos, mal sabendo dos benefícios que isto me proporcionaria depois; o
grego do Novo Testamento é muito simples em comparação com os textos clássicos e isto me
proporcionou a chance de traduzir os textos do Novo Testamento grego tendo percepções inimagináveis
para os estudantes que estudam este idioma nos seminários teológicos espalhados por este país, que me
desculpem a grosseria pelo amor da verdade, são terrivelmente medíocres, além de tendenciosos.
Aconselho a todo estudante sério do Novo Testamento grego a se interessar em também
estudar o grego clássico, a pesquisar a mitologia e a cultura GrecoRomana, pois nisto é onde residirá o
segredo de uma verdadeira erudição, e do conhecimento da rica filologia do Novo Testamento, não
dependa apenas de manuais de venda fácil garantindo facilidades na quilo onde haverá muito trabalho.
Outra novidade em relação a outros manuais e gramáticas foi o cuidado de se dar uma melhor
apreciação a língua portuguesa, as várias dicas ao longo do texto, colhidas de gramáticas, apostilas e obras
para o vestibular, fazem uma revisão dos assuntos que muito me deixaram em dificuldades no início e sem
dúvida auxiliarão as estudantes principiantes que ainda não dominam o português, um dos objetivos do
estudo de qualquer idioma é o aprimoramento da própria língua natal, e ciente das dificuldades dos que
possuem boa vontade de aprender o idioma helênico, achei por bem enriquecer o compêndio com estes
esclarecimentos.
Tivemos o cuidado de acoplar o dicionário grego à gramática com a preocupação de facilitar a
memorização das palavras por parte do aluno, a reunião das palavras foram feitas de acordo com as
declinações, também agrupamos todas as palavras iniciadas por preposições e prefixos com o objetivo de
diminuir o número a quantidade de palavras a serem apreendidas.
Luiz Sousa
Obra do grande erudito alemão Gustav Adolf Deissmann, de Marburgo, que, na Biblioteca da
Universidade de Heidelberg, tomando um volume de papiros nãoliterários recémpublicado, na época, em
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Berlim, repentinamente descobriu, admirado, a similaridade da linguagem dos papiros com o Novo
Testamento. Continuando seus estudos, chegou à conclusão de que as peculiaridades do grego do Novo
Testamento são devidas à sua relação com o grego coloquial popular, linguagem nãoliterária do período,
e não devido a influência semíticas ou à chamada “linguagem do Espírito Santo”, argumento usado por
um alemão, afirmando que o Espírito Santo muda a linguagem do homem que recebe a revelação ( B. P.
Bittencout, “O Novo Testamento: metodologia da pesquisa textual”, página 47 ).
Quanto o Koiné não foi desenvolvido houve muitas críticas por parte de alguns eruditos do
início do século XX, que afirmavam o que o grego que se aprendia nos seminários não era o mesmo do
Novo Testamento, mas agora o Koiné está plenamente aceito por todos, sendo indiscutível sua
aceitabilidade como a língua do texto sagrado.
A CONTROVÉRSIA TEXTUAL
Uma das questões mais controversas da teologia é sobre as diferenças textuais entre os
manuscritos do Novo Testamento, há diferenças entre eles, e a grande questão é saber qual dos textos que
se formam são os mais fiéis. Para resumir a questão, podese dizer que dois grupos de textos praticamente
estabelecidos, o Receptus, o texto grego primeiramente publicado, que é acusado de ser um texto de
manuscritos de datas posteriores aos séculos VI, e o Westcott e Hort, grupos de textos mais antigos (
século IV ), poderia se pensar que a questão estaria resolvida a favor deste último grupos de manuscritos,
mas alguns cristãos não julgaram correto a euforia dos teólogos que praticamente estavam descartando o
Receptus, argumentando que este foi o texto usado pelos reformadores e que ganhou divulgação desde
então, deste modo não deveria ser descartado e até considerado como o texto sagrado indiscutível por
causa de sua influência; Deus ,segundo eles, aprovou e consagrou o texto por ter permitido ser o texto.
A favor do texto de Westcott e Hort ou Nestle podese argumentar que Deus também
preservou esse texto considerado mais antigo e fiel ao original. No início da Igreja não havia a coleção
completa do livros no Novo Testamento a sua disposição e nem por isso podemos dizer que aquela Igreja
histórica era inferior as demais.
Neste trabalho apesar de adotarmos o Westcott e Hort, daremos consideração as diferenças
textuais mostrando sempre palavras de textos variantes.
Sobre este assunto diz Antônio Freire, S.J. em sua Gramática Grega:
“Todos os livros do Novo Testamento ( Evangelhos, Atos dos Apóstolos, Epístolas, e
Apocalipse ), à exceção do Evangelho de S. Mateus, foram redigidos primeiramente em grego.
O grego bíblico, porém, difere em muitas particularidades do grego clássico.
Com a expansão da civilização helênica pelo mundo oriental, a língua grega difundiuse tão
universalmente através dos povos conquistados, que veio a chamarse língua comum ou (
).
A era um idioma eclético ( vinda de várias fontes ), proveniente da fusão dos vários
dialetos. Predominava, contudo, o dialeto Ático.
Os livros do Novo Testamento foram escritos não na erudita usada pelos escritores
aticistas, como Plutarco e Luciano, mas na popular, bastante diferente da primeira.
Distinguese, no uso e seleção das palavras, S. Lucas e S. Paulo. As obras de maior perfeição
estilística são a “Epístola aos Hebreus” e a “Epístola de S. Tiago; as que mais se afastam da pureza de
linguagem são o Evangelho de S. Marcos e as obras de S. João, sobretudo o Apocalipse.
a. É freqüente o emprego do genitivo qualificativo em vez de adjetivo, sobretudo com (
filho ) ou ( criança, filho ).
( Lc 18:6 ), O juiz injusto.
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( Lc 10:6 ), Filho da paz ( = pacífico ).
( Lc 18:6 ), os mundanos.
( Jo 12:36 ) Filhos do leito nupcial, isto é, amigos do noivo.
b. Também é freqüente exprimir o predicativo ( do sujeito ou do objeto direto ) pelo acusativo
precedido de Exs.:
( II Co 6:18 ). Serei vosso pai
e vós sereis meus filhos.
( Mt 21:46 ), Tinhamno como profeta.
d. Repetição do substantivo para exprimir totalidade ou plenitude. Exs.:
( Ap 1:6 ), Pelos séculos dos séculos.
e. um, usado em vez de primeiro, principalmente para indicar o
primeiro dia da semana.
( Mt 28:1 ), No primeiro dia da semana.
Obs. Notese, de passagem, o emprego de em vez de com sentido equivalente ao nosso
artigo indefinido um.
um escriba.
f. É freqüente, sobretudo em S. Lucas, o emprego de sucedeu ( ), com
indicativo em vez de infinitivo. Ex.:
( Lc 1:59 ), E aconteceu que foram circuncidar o
menino.
g. além do sentido de partícula copulativa ( e ), traduz, por vezes, a idéia de ‘retorno’ (
então, em conseqüência ). Ex.:
( Mt 27:40 ), Se és Filho de Deus,
desce então da cruz.
h. A conjunção ( no clássico: se ) usase, muitas vezes, como interrogativa direta.
( Lc 22:49 ), feriremos com a espada? ”
B. P. Bittencourt resume a questão dizendo:
“Talvez o termo que abrange a área mais extensa na Koinê é a ‘simplificação’. Sentenças
simples e curtas ( note o estudante como é rebuscado e relativamente longo o prólogo de Lucas de
tendência clássica ) que suplantavam a complexidade da sintaxe clássica. A glória do Ático era a riqueza
de conexões destinadas expressar as mais delicadas nuanças do pensamento nas relações das cláusulas. O
mercador da praça de Alexandria ou o soldado romano estacionado na Síria não possuíam essa habilidade.
É a diferença entre a especulação de Platão e a linguagem simples de um homem falando de um barco no
mar da Galiléia; e deste, falando do barco e do campo, passase a outro que se endereçava ao povo na
praça do mercado das cidades grandes.
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