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Apostila de Passe e Fluido
Apostila de Passe e Fluido
Gestão do magnetismo
24/05/2014
Grupo de Cultura Espírita Jesus de Nazaré
Av. Mal Hermes, 602
Vila São Luís - Duque De Caxias
25065-115 - RJ
Sumário
Parte I - Teoria .............................................................................................................. 2
Capitulo I – O Corpo Humano ................................................................................... 2
Esqueleto............................................................................................................... 2
O Crânio ................................................................................................................ 3
Sistema Digestório................................................................................................. 3
Sistema Respiratório ............................................................................................. 9
Sistema Urinário .................................................................................................. 11
Sistema Circulatório ou cardiovascular ................................................................ 15
Sistema Nervoso ................................................................................................. 20
Sistema Endócrino............................................................................................... 22
Capitulo II – Magnetismo ......................................................................................... 27
Origens ................................................................................................................ 27
Fluídos ................................................................................................................. 30
Espírito e Perispírito ............................................................................................ 35
Duplo Etérico ....................................................................................................... 37
Centros Visuais.................................................................................................... 39
Enfermos e enfermidades .................................................................................... 42
Prece ................................................................................................................... 50
Parte II - Pratica .......................................................................................................... 52
Capitulo I – Introdução ............................................................................................ 52
O que é Passe? ................................................................................................... 52
Aplicações ........................................................................................................... 54
Capitulo II – Comportamento................................................................................... 63
Passista ............................................................................................................... 63
A ATMOSFERA FLUÍDICA .................................................................................. 64
Aspectos Complementares .................................................................................. 69
Capitulo III – Fluidoterapia....................................................................................... 74
Bibliografia .................................................................................................................. 76
Parte I - Teoria
O Crânio
O crânio é a estrutura óssea que forma o esqueleto da cabeça. Situado na
parte mais alta do corpo humano ele é sustentado pela coluna cervical. Possui
um formato oval e é levemente maior em sua parte posterior do que na parte
frontal. É composto por uma serie de ossos planos e irregulares, que são
imóveis (exceção da mandíbula), totalizando 22 ossos. Pode ser dividido em
face e o crânio propriamente dito.
Sistema Digestório
OSistema Digestório (antes também chamado de Aparelho Digestivo) é
formado por um conjunto de órgãos cuja função é transformar os alimentos, por
meio de processos mecânicos e químicos. No fim dos processos, as inúmeras
moléculas de proteínas, polissacarídeos, lipídios e ácidos nucléicos chegam
desdobradas em moléculas de glicerol, aminoácidos, ácidos graxos, cleotídeos
e monossacarídeos, passam pelo sangue e são assimiladas pelo organismo.
Esse processo é denominado de digestão.
Boca
A boca é a primeira estrutura do sistema digestório. Experimente abrir a sua
boca. A abertura que se forma entre o lábio superior e o inferior se
chama fenda bucal. Ela serve de comunicação do tubo digestório com o meio
externo; é por ela que entram os alimentos. O “céu da boca” é também
chamado de véu palatino ou palato duro. Mais para o fundo está a
“campainha” ou úvula palatina.
O arco dental superior e o arco dental inferior são as estruturas em forma de
arco em que os dentes estão dispostos e fixos.
O assoalho da boca é ocupado pela língua. Ela contribui para a mistura dos
alimentos com a saliva, mantém o alimento junto aos dentes, empurra o
alimento para a faringe, limpa os dentes e é o órgão importante da fala. A
língua apresenta ainda as papilas linguais, estruturas responsáveis pela
gustação.
Faringe
É porção da anatomia que conecta o nariz e a boca à laringe e ao esôfago. É
um canal comum ao aparelho digestivo e ao aparelho respiratório. De modo
geral entre os mamíferos a faringe é ponto de encontro entre estes dois
aparelhos.
A faringe tem várias funções, sendo que, no sistema digestório, transfere os
alimentos da boca para o esôfago. A partir da faringe os alimentos são
impulsionados, através de tubo digestivo, basicamente, por movimentos
automáticos denominados de movimentos persistálicos.
Estomago
O estômago é um órgão do tubo digestório, caracterizando-se por ser um
segmento dilatado, situado na cavidade abdominal, abaixo do diafragma, vindo
logo após o esôfago e anteriormente ao duodeno.
Esôfago
É um canal muscular com cerca de 23 a 25 cm de comprimento e 2 a 3 cm de
largura, estende-se da faringe ao estômago.
É fundamentalmente um tubo que serve para conduzir os alimentos desde a
faringe até o estômago.
Intestino Delgado
O intestino delgado é um tubo digestivo localizado entre o estômago e o
intestino grosso, é a porção do Sistema Digestório responsável por absorver a
maior parte dos nutrientes que ingerimos.
Intestino Grosso
Enquanto o intestino delgado participa do processo de absorção de nutrientes,
o intestino grosso é a porção doSistema Digestório responsável pelo
importante processo de absorção da água, o que determina a consistência do
bolo fecal. Ele constitui a parte final do tubo digestivo e possui rica flora
bacteriana.
Pâncreas
O pâncreas é um órgão localizado entre o baço, o duodeno e o intestino e fica
atrás do estômago. Mede entre 15 e 25 cm e possui dupla função: endócrina e
exócrina.
A porção endócrina possui hormônios que participam na regulação de
atividades metabólicas e a porção externa secreta enzimas digestivas.
Fígado
O fígado é a maior glândula do corpo humano e pode executar mais de 500
funções. Encontra-se na região abdominal, do lado direito, logo abaixo
do diafragma. Pode pesar até 1,5 kg. É um órgão bastante vascularizado,
recebendo cerca de 70% do seu sangue proveniente da veia porta e o restante
pela artéria hepática. Os nutrientes absorvidos pelointestino chegam ao fígado
pela via linfática. No fígado são metabolizados e acumulados. As substâncias
tóxicas absorvidas são neutralizadas e eliminadas através da bile. O fígado
possui atividade endócrina e exócrina.
Sistema Respiratório
O sistema respiratório é composto por vias respiratórias e pulmões. As vias
respiratórias são os canais por onde passa o ar atmosférico até chegar aos
pulmões. Compreendem a cavidade nasal (fossa nasal), a faringe, a laringe, a
traquéia, os brônquios e os bronquíolos.
Fossas Nasais
São cavidades situadas acima da cavidadebucal, que se constituiem no
primeiro segmento do sistema respiratório e têm pó função filtrar, aquecer e
umedecer o ar que respiramos.
Faringe
É porção da anatomia que conecta o nariz e a boca à laringe e ao esôfago. É
um canal comum ao aparelho digestivo e ao aparelho respiratório.
Ver pagina 5.
Laringe
A laringe é um tubo cartilaginoso de forma irregular que conecta a faringe com
a traquéia. Situa-se na parte superior do pescoço. A laringe possui uma
estrutura cartilaginosa que chama epiglote, que trabalha para desviar das vias
Traquéia
A traquéia é um tubo de aproximadamente 12 cm de comprimento e 2,5 de
diâmetro e suas paredes são reforçadas por uma série de anéis de cartilagem
que impedem que as paredes se colapsem.
Brônquios
Cada brônquio penetra em um dos pulmões e vai se ramificando
progressivamente em tubos cada vez mais delgados, formado a chamada
“árvore brônquica”.
Pulmões
Os pulmões são órgãos esponjosos e elásticos formados por milhões de
alvéolos que se enchem de ar. Tem aproximadamente 25 cm de comprimento
e 700 g de peso. O pulmão direito é maior em largura que o esquerdo, por
apresentar três lóbulos (o esquerdo tem dois), mas é mais curto em altura, pois
no lado direito o fígado está presente, fazendo com que o diafragma fique mais
elevado. No pulmão esquerdo há uma incisura cardíaca (cavidade para o
coração).
Sistema Urinário
Do processamento das proteínas pelo organismo resultam substâncias tóxicas,
tais como o ácido úrico, uréia e amônia, as quais ele não consegue eliminar
pela respiração e que não podem ser mantidas acima de certas taxas, sem
provocar perigosas intoxicações. Há também outras substâncias, tais como os
Rins
Os rins são órgãos pares, em forma de grão de feijão, localizados logo acima
da cintura, entre o peritônio e a parede posterior doabdome. Sua coloração é
vermelho-parda.
Os rins estão situados de cada lado da coluna vertebral, por diante da região
superior da parede posterior do abdome, estendendo-se entre a 11ª costela e o
processo transverso da 3ª vértebra lombar. São descritos como órgãos
retroperiotoneais, por estarem posicionados por trás do peritônio da cavidade
abdominal.
Os rins são recobertos pelo peritônio e circundados por uma massa de gordura
e de tecido areolar frouxo. Cada rim tem cerca de 11,25cm de comprimento, 5
a 7,5cm de largura e um pouco mais que 2,5cm de espessura. O esquerdo é
Ureteres
Ureteres são tubos que conduzem a urina da pelve renal até a bexiga urinária.
Sua parede é formada por três camadas de tecido: uma camada mucosa
interna, uma camada intermediária de musculatura não-estriada, e uma camda
externa fibrosa. Cada ureter parte da pelve de cada um dos rins, descendo pela
parede posterior do abdome e desembocam na parte lateral posterior da bexiga
urinária. Ureteres realizam movimentos peristálticos, que facilitam a condução
da urina em seu interior.
Ver figura na página 13.
Bexiga
A bexiga urinária funciona como um reservatório temporário para o
armazenamento da urina. Quando vazia, a bexiga está localizada inferiormente
ao peritônio e posteriormente à sínfise púbica: quando cheia, ela se eleva para
a cavidade abdominal.
Quando a bexiga está cheia, sua superfície interna fica lisa. Uma áreatriangular
na superfície posterior da bexiga não exibe rugas. Esta área é chamada trígono
da bexiga e é sempre lisa. Este trígono é limitado por três vértices: os pontos
de entrada dos dois ureteres e o ponto de saída da uretra. O trígono é
importante clinicamente, pois as infecções tendem a persistir nessa área.
Uretra
A uretra é um tubo que conduz a urina da bexiga para o meio externo, sendo
revestida por mucosa que contém grande quantidade de glândulas secretoras
de muco. A uretra se abre para o exterior através do óstio externo da uretra.
Coração
Apesar de toda a sua potência, o coração, em forma de cone, é relativamente pequeno,
aproximadamente do tamanho do punho fechado, cerca de 12 cm de comprimento, 9 cm
de largura em sua parte mais ampla e 6 cm de espessura. Sua massa é, em média, de
250g, nas mulheres adultas, e 300g, nos homens adultos.
O coração fica apoiado sobre o diafragma, perto da linha média da cavidade torácica, no
mediastino, a massa de tecido que se estende do esterno à coluna vertebral; e entre os
revestimentos (pleuras) dos pulmões. Cerca de 2/3 de massa cardíaca ficam a esquerda
da linha média do corpo. A posição do coração, no mediastino, é mais facilmente
apreciada pelo exame de suas extremidades, superfícies e limites.
A extremidade pontuda do coração é o ápice, dirigida para frente, para baixo e para a
esquerda. A porção mais larga do coração, oposta ao ápice, é a base, dirigida para trás,
para cima e para a direita.
Artérias
As artérias ou conhecida como artéria aorta são condutos tubulares responsáveis pelo
transporte do sangue a partir do ventrículo esquerdo do coração para o resto do corpo.
Ela se divide em artérias menores, que distribuem o sangue oxigenado e os nutrientes
às células.
Veias
As veias surgem da fusão dos capilares e são responsáveis em trazer o sangue pobre em
oxigênio até o coração (exceto as veias pulmonares, que levam sangue oxigenado
dos pulmões ao átrio esquerdo do coração), através de um fluxo sanguíneo, que lhes dá
um formato cilíndrico, o qual perdem quando não transportam o sangue.
Sangue
O sangue é um tecido líquido, que exerce papel fundamental no sistema
circulatório, pois é pela corrente sanguínea que ele leva oxigênio e nutrientes
para as células, de modo que retira dos tecidos as sobras das atividades
celulares (como o gás carbônico produzido na respiração celular) e conduz os
hormônios pelo organismo.
Baço
O baço é um órgão que possui função linfóide e está associado com a
circulação sanguínea. Atua na produção de células vermelhas do sangue, num
processo chamado hematopoiese, e na destruição destas hemácias, quando
elas atingem uma vida média de 120 dias. Este processo de destruição é
chamado de hemocarotese. O baço possui função de defesa, fagocitando os
microorganismos que penetram na corrente sanguínea. O baço é produtor
de anticorpos,respondendo prontamente aos antígenos trazidos pelo sangue.
Está situado na atrás do estômago, abaixo dodiafragma.
Medula óssea
A medula óssea é o tecido encontrado no interior dos ossos, possui aspecto
gelatinoso e está relacionada com a produção de células sanguíneas, sendo
assim, um órgão hematopoiético. É formada principalmente por células
sanguíneas imaturas e células adiposas.
A medula óssea vermelha está presente nos fetos, em quase todos seus
ossos, e essa quantidade de hemocitoblastos vai diminuindo conforme
aumenta a idade do indivíduo, sendo substituída por células adiposas e
modificando a cor da medula, de vermelha para amarela e já não produz mais
sangue, servindo como depósito de gordura. A produção de sangue se
concentra na extremidade dos ossos.
Sistema Linfático
Sistema Nervoso
Osistema nervosoé responsável pela maioria das funções decontroleem um
organismo, coordenando e regulando as atividades corporais. O neurônio é a
unidade funcional deste sistema.
Neurônios
Oneurônioé a unidade funcional dosistema nervoso. Os neurônios comunicam-
se através de sinapses; por eles propagam-se os impulsos nervosos.
Anatomicamente o neurônio é formado por: dendrito, corpo celular e axônio. A
transmissão ocorre apenas no sentido do dendrito ao axônio.
Medula espinhal
A medula espinhal é o centro dosarcos reflexos. Encontra-se organizada em
segmentos (região cervical, lombar, sacral, caudal, raiz dorsal e ventral). É uma
estrutura subordinada ao cérebro, porem pode agir independente dele.
Cérebro
O cérebro está relacionado com a maioria das funções do organismo como a
recepção de informações visuais nos vertebrados, movimentos do corpo que
requerem coordenação de grande número de partes do corpo. O cérebro
encontra-se protegido pelasmeninges: pia-máter, dura-máter e aracnóide.
Cerebelo
O cerebelo é responsável pelo controle motor. A organização básica do
cerebelo é praticamente a mesma em todos os vertebrados, diferindo apenas
no número de células e grau de enrugamento. Pesquisas recentes sugerem
que a principal função do cerebelo seja a coordenação sensorial e não só o
controle motor.
Ponte
A função da ponte é transmitir as informações da medula e do bulbo até o
córtex cerebral. Faz conexão com centros hierarquicamente superiores.
Arco reflexo
Os atos reflexos são reações involuntárias que envolvem impulsos nervosos,
percorrendo um caminho chamado arco reflexo.
Sistema Endócrino
O sistema endócrino tem por função principal o controle do metabolismo geral
do organismo, sendo constituído por glândulas que não possuem dutos e por
isso mesmo lançam seus produtos diretamente na corrente sanguínea. Essas
substâncias que as glândulas endócrinas produzem são genericamente
denominadas hormônios.
Hipófise
A hipófise pode ser considerada a “glândula-mestre” do nosso corpo. Ela
produz vários hormônios e muitos deles estimulam o funcionamento de outras
glândulas, com a tireóide, as supra-renais e as glândulas-sexuais (ovários e
testículos). O hormônio do crescimento é um dos hormônios produzidos pela
hipófise. O funcionamento do corpo depende do equilíbrio hormonal. O
excesso, por exemplo, de produção do hormônio de crescimento causa uma
doença chamada gigantismo (crescimento exagerado) e a falta dele provoca o
nanismo, ou seja, a falta de crescimento do corpo.
Epífise
TIREÓIDE
PARATIREÓIDES
PÂNCREAS
SUPRA-RENAIS
São em número de duas, localizadas sobre cada um dos rins, daí decorrendo
sua denominação. Elas produzem grande número de hormônios — já foram
identificados mais de 30 — que podem ser divididos em dois grandes grupos: o
da adrenalina e noradrenalina e o dos outros hormônios. Este último grupo é o
responsável, de certa forma, pelo controle da metabolização do sódio, do
potássio e dos cloretos, desempenhando ação significativa quanto à função
renal e à função cardiovascular.
Capitulo II – Magnetismo
Origens
Outros dizem que o nome veio devido ao fato da pedra ser encontrada numa
região da Turquia chamada Magnesia. O“conhecimento” nesta época era
dominado pelos filósofos animistas e mais tarde pelos mecanicistas,
caracterizado por superstições metafísicas que prevaleceram até a
renascença. Já nesta época surgiu a primeira grande aplicação tecnológica do
magnetismo: a bússola, que foi fundamental na época dos grandes
descobrimentos. O invento da bússola dependendo da fonte data desde 1100
AC na China até 1637 DC na Europa, sabendo-se que no século XIV já era
bastante usada.
Poucos cientistas hoje, se dispuseram a pesquisar seriamente o “magnetismo”
Foi Mesmer que, em 1779, viria a propor a teoria do "fluido universal", mais
tarde também adotada por Allan Kardec. Mesmer acreditava ser o fluido
universal substância de "sutileza sem comparação que penetra todos os
corpos". Acreditava, também, que todos os corpos possuíam propriedades
idênticas às dos imãs e que as doenças eram provocadas por desequilíbrios na
distribuição do magnetismo no organismo das pessoas
Só no século XIX, através dos trabalhos do médico inglês James Braid, alguns
aspectos do magnetismo animal, antes postulados por Van Helmont, passaram
a ser aceitos pela ciência oficial. Braid propôs uma teoria explicando a fisiologia
do chamado "sono nervoso", fenômeno que ele denominou hipnotismo. Assim
apresentado, com roupagem e nomenclatura novas, este fenômeno
aparentemente se desvinculava daquelas ocorrências conhecidas e negadas,
pela ciência, durante tanto tempo.
O que se sabe ao certo é que um paciente pode ser levado, geralmente pela
ação de um magnetizador, a um estado denominado transe hipnótico, no qual
podem ocorrer fatos bastante singulares, sendo o mais comum deles a inibição
de alguns de seus centros nervosos.
Após escrever diversos livros sobre os mais variados temas, englobando desde
a aritmética, a geometria, a gramática francesa, a química, a física, a
astronomia e a fisiologia humana, Kardec viu-se atraído pelos fenômenos
magnéticos que se apresentavam, com tanta insistência, na França do século
XIX.
Em 1854, já com sólidos conhecimentos sobre o magnetismo, e motivado por
relatos de magnetizadores contemporâneos seus, Kardec foi levado a observar
e posteriormente a analisar o chamado "fenômeno das mesas girantes". Os
primeiros resultados dos seus estudos vieram a público a 18 de abril de 1857
com o lançamento de "O Livro dos Espíritos", livro este que deu forma e
fundamentação ao Espiritismo, conforme o compreendemos hoje.
Fluídos
Fluido, segundo Wenefredo de Toledo, é o elemento é um elemento cósmico
que dá origem à formação de todas as coisas pelas suas conseqüentes
modificações, encontrando-se nos estados de eterização e de condensação
(ou materialização).
O fluido etérico, ou seja, o éter propriamente dito, é do domínio do plano
espiritual, ao passo que o material pertence ao mundo terráqueo, ou seja, dos
planos dos encarnados (Kardec).
Não está ele ainda muito bem definido pela ciência terrena, nos seus
elementos constitutivos, mas, em virtude do progresso a que chegamos já na
era atômica, esperanças há de que muito em breve, com a entrada no próximo
milênio, grandes descobertas sejam realizadas nesse campo científico.
Todavia, a doutrina espírita vem resistindo, embora lentamente, os seixos do
caminho através da mediunidade, pela multiplicidade dos fenômenos que nos é
dado observar, onde sé constata o patente manejo dos fluidos.
O fluido cósmico é o elemento de trabalho dos Espíritos, matéria de que eles
mesmos são formados. Eles o manejam com tanta facilidade, por meio do
pensamento, como o homem maneja com as mãos os materiais que lhe são
peculiares (Kardec).
Amatéria etérea e sutil que constitui esse fluido vos é imponderável. Nem por
isso, entretanto, deixa de ser o princípio da vossa matéria pesada.
Fluído Vital
O fluido vital, também chamado de princípio vital, é uma forma modificada do
fluido cósmico universal. Ele é o elemento básico da vida. Vida aqui
considerada no sentido atribuído pela ciência, que se caracteriza pelos
fenômenos do nascimento, crescimento, reprodução e morte. Observe que
nessa categoria, evidentemente, não se incluem os Espíritos, já que não
satisfazem, pelo menos, às duas últimas condições - reprodução e morte. Em
Gabriel Delanne (A Evolução Anímica) vamos encontrar literalmente: “a alma
não é vivente”,porque seja mais e melhor: - tem “existência integral”.
Os seres do mundo espiritual, por não possuírem fluido vital, é que necessitam
do nosso concurso, como indispensável, para muitas das tarefas assistenciais
a que se propõem. (Luiz Carlos Gurgel - Obra: O Passe Espírita).
Fluídos Espirituais
'"A qualificação de fluidos espirituais não é rigorosamente exata, pois que, em
definitivo, se trata sempre de matéria mais ou menos quintessenciada. Nada há
de realmente espiritual senão a alma ou princípio inteligente. Eles são assim
designados por comparação, e sobretudo em razão de sua afinidade com os
Espíritos."
Movimentando os Fluídos
Em "A Génese" vamos encontrar: "Os fluidos se unem em razão da
semelhança de sua natureza; os fluidos dissemelhantes se repelem; há
incompatibilidade entre os bons e os maus fluidos, como entre o azeite e a
água." Assim, em outras palavras, podemos dizer que: Fluidos do mesmo tipo
se atraem e fluidos de tipos opostos se repelem. A esta assertiva passaremos
a denominar Lei Fundamental dos Fluidos.
Espírito e Perispírito
Gabriel Delanne afirma, sobre o perispírito, que ele:— "Tem por função reter
todos os estados de consciência, de sensibilidade ou de vontade";— "É o
reservatório de todos os conhecimentos";— "É ele que armazena, registra,
conserva todas as percepções, todas as volições e idéias da alma";— É o
"guardião fiel, o acervo imperecível do nosso passado (...)".
Ele diz: "Um dos espantosos mistérios dos seres vivos é o sistema de
cuidadoso equilíbrio pelo qual seus corpos são capazes de produzir células
novas, no lugar das antigas, mantendo, por esse meio, o mesmo número
anterior". Realmente para conseguir explicar essa capacidade dos seres vivos,
parece faltar algum elemento aos cientistas. Nós espíritas sabemos
exatamente qual esse elemento que falta —o perispírito.
Duplo Etérico
E justamente a aura interna que parece ser captada nas fotografias Kirlian dos
seres vivos. A aparência da aura interna varia bastante de pessoa para pessoa,
principalmente quanto à intensidade e à coloração. Numa mesma pessoa, suas
características podem se modificar entre um ponto e outro do organismo e
As raias que formam a aura interna das pessoas variam também quanto à sua
intensidade e amplitude. A amplitude, em geral, é maior nas extremidades do
corpo, muito embora, mesmo nestes pontos, não chegue além de um ou dois
centímetros. Após o ponto em que as estrias da aura interna se extinguem,
verifica-se, ainda, por mais de uma dezena de centímetros, já sem acompanhar
perfeitamente a forma do corpo, uma luminosidade difusa, que parece envolver
a pessoa num casulo vaporoso de formato ovóide. Essa luminosidade, que
também se origina das emanações do duplo etérico, é chamada aura externa,
ou, simplesmente aura.
Centros Visuais
Na superfície do duplo etérico podem ser observadas certas regiões de
características bem singulares. Elas são geralmente descritas como tendo a
aparência dos redemoinhos que algumas vezes se formam na superfície dos
líquidos. São os chamados centros vitais. Seus diâmetros variam de caso a
caso, mas de um modo geral medem de um a cinco centímetros. Verificações
mais atentas mostram que eles apresentam, em sua superfície, altos e baixos,
como uma onda. Para muitos, lembram uma flor, sendo que o número de
pétalas parece ser uma característica de cada centro.
Para o passista é muito importante ter sempre em mente que os centros vitais
captam energias, transferindo-as ao corpo físico e também que todos eles
encontram-se em constante permuta energética entre si, fazendo com que
qualquer desequilíbrio em um deles reflita-se automaticamente em todo o
conjunto e, por consequência, em todo o corpo físico.
Por ocasião do passe, devemos procurar agir sobre todos os centros vitais,
mesmo que o desequilíbrio reportado pareça exclusivo de um deles, isso
porque é certeza quase matemática que o desequilíbrio de um deles acaba por
se propagar aos demais. Naturalmente, pode-se dedicar mais atenção a uns
que a outros.
Embora alguns falem de oito e até doze centros vitais, no livro "Evolução em
Dois Mundos" encontramos referência a apenas sete. Apresentaremos, a
seguir, ligeira descrição de cada um desses centros referidos por André Luiz .
1 - CENTRO CORONÁRIO
Está localizado na parte superior da cabeça, mantendo relacionamento
funcional com os órgãos situados no interior do crânio, principalmente a epífise.
Constitui-se no principal ponto de assimilação dos estímulos provenientes do
plano espiritual. Ele coordena o funcionamento dos demais centros e torna-se
assim responsável pela estabilidade de todo o metabolismo orgânico, sendo
ainda o mais significativo dos pontos de conexão entre o corpo físico e o
perispírito.
Nas palavras de André Luiz, do centro coronário parte "(...) corrente de energia
vitalizante formada de estímulos espirituais (...)" que transmite "aos demais
centros (...) os reflexos vivos de nossos sentimentos, idéias e ações, tanto
2 - CENTRO FRONTAL
Encontra-se localizado na região situada entre as sobrancelhas, atuando sobre
o córtex cerebral, com ação predominante sobre o funcionamento global do
sistema nervoso. Exerce forte ação sobre a hipófise, controlando, por esse
meio, todo o sistema endócrino. Está ligado às atividades intelectuais e à
vivência mediúnica, sendo por isso muitas vezes denominado "terceiro olho".
3 - CENTRO LARÍNGEO
Apresentando-se na região anterior do pescoço é ele que exerce controle sobre
a respiração e fonação, estando também ligado ao mecanismo da audição. E'
um centro muito importante, pois a materialização das idéias através da palavra
reforça, em muito, a precisão das formas que estão sendo plasmadas por ação
do pensamento.
Merece especial atenção nos médiuns, pois também tem ligações com a
audição mediúnica.
4 - CENTRO CARDÍACO
Está localizado na região do coração, dirigindo a emotividade e a distribuição
das energias vitalizantes no organismo. Em virtude das tensões características
do mundo moderno, e da dificuldade que ainda temos em controlar as nossas
emoções, é hoje um dos centros que, no adulto, comum ente apresenta
desequilíbrios.
5 - CENTRO ESPLÊNICO
Situado na região anterior esquerda do organismo, onde se localiza a última
costela, ele controla o equilíbrio de todo o sistema hemático, sendo o principal
elemento de captação das energias do plano espiritual, principalmente do
fluidocósmico universal, daí sua grande influência sobre a vitalidade do
indivíduo.
6 - CENTRO GÁSTRICO
E também denominado solar e está situado um pouco acima do umbigo. Age
fundamentalmente sobre os órgãos da digestão e apresenta, também, certa
ligação com o estado emocional do indivíduo.
7 - CENTRO GENÉSICO
É muitas vezes denominado de sagrado e situa-se na região do baixo ventre.
Suas energias agem sobre os órgãos ligados à reprodução, às atividades
sexuais e ainda sobre os estímulos referentes ao trabalho intelectual.
Enfermos e enfermidades
Vamos investigar as causas fundamentais que dão origem às enfermidades do
corpo e da mente, que tanto fustigam os habitantes do nosso planeta, e que
são, de uma forma ou de outra, a fonte principal dos nossos sofrimentos e
pesares.
1 — Patologias fluídico-ambientais;
2 — Patologias obsessivas; e
3 — Patologias cármicas.
1 - PATOLOGIAS FLUÍDICO-AMBIENTAIS
Conforme visto no capítulo precedente, vivemos todos os momentos da nossa
vida literalmente envoltos em emanações fluídicas das mais variadas espécies
e, razão da própria categoria evolutiva primária do nosso planeta, em quase
todos os locais, predominam ainda os fluidos de qualidade inferior.
De qualquer forma se, por invigilância, deixarmos cair o nosso padrão vibratório
e, em consequência, captarmos fluidos indesejáveis, deveremos recorrer, tão
cedo quanto possível, a um dos mecanismos de limpeza fluídica ao nosso
alcance, de modo a evitar as consequências desagradáveis que certamente se
apresentarão.
Várias opções podem ser utilizadas para que se efetue a limpeza fluídica do
nosso organismo, merecendo destaques especiais o passe e a prece.
2 - PATOLOGIAS OBSESSIVAS
No decorrer das nossas inúmeras encarnações, temos prejudicado, por ações
e, algumas vezes, por omissões, companheiros da longa jornada evolutiva que
estamos todos a empreender. Na tentativa de assumir posições de maior
destaque e quase sempre com vistas a satisfazer a vaidade pessoal,
geralmente comandada pelo sentimento mesquinho do egoísmo, é que temos,
tantas vezes, usurpado direitos, subjugado infelizes, praticado violências,
pregado a desunião, arquitetado e executado planos nefastos de dominação,
enfim, usado de modo indigno as ferramentas benditas de progresso que Deus
nos concedeu.
Observe-se que, neste caso, não há motivação deliberada de causar mal, mas,
apesar disso, a presença constante do obsessor já é suficiente para
desarmonizar completamente o parceiro encarnado. Dizemos "parceiro"
porque, na maioria destes casos, se estabelece uma verdadeira simbiose entre
obsessor e obsediado, ficando difícil mesmo identificar, verdadeiramente, quem
obsidia quem.
3 - PATOLOGIAS CÁRMICAS
Nas encarnações passadas e, não raro, na atual, temos utilizado o nosso
organismo de maneira imprópria, comprometendo, com frequência, o seu
delicado equilíbrio funcional, chegando mesmo, muitas vezes, a provocar
redução do tempo de permanência no plano físico.
Tudo está relacionado, pois, com o estado de evolução moral alcançado pelo
indivíduo, ou seja, com a sua capacidade de melhor compreender as leis
universais de equilíbrio a que todos nos encontramos sujeitos. Em resumo,
pode-se dizer que, ao se aperceber de ter cometido, no pretérito próximo ou
remoto, um ato que se choca com o padrão moral que já adquiriu,
desencadeia-se no indivíduo um sentimento de culpa que passa a exigir dele
as medidas corretivas correspondentes.
Sobre o aborto, André Luiz nos assegura que "O aborto provocado, sem
necessidade terapêutica, revela-se matematicamente seguido por choques
traumáticos no corpo perispiritual (...), mergulhando as mulheres que o
perpetram em angústias indefiníveis, além da morte (...)." E, mais adiante,
complementa, aquele autor espiritual, que as consequências mais comuns daí
resultantes são a ocorrência, em encarnações posteriores, da gravidez tubária,
das hemorragias gestacionais, da maior propensão para as infecções do
sistema genital, dos tumores de útero e ovários e, muitas vezes, da
impossibilidade total para a procriação.
este mecanismo, atraídas para junto do antigo algoz, que passam a perseguir
com propósitos de vingança.
Prece
A prece é um recurso de que todos podemos lançar mão, principalmente o
passista, e que, quando corretamente executada, funciona como verdadeiro
"banho" de limpeza fluídica.
Parte II - Pratica
Capitulo I – Introdução
O que é Passe?
O passe é uma transfusão de fluidos do médium curador ou passista para o
doente, ação essa que pode ser exercida também com fluidos dos Espíritos e
da própria Natureza ou meio ambiente.
Somente após os estudos preliminares vistos nas partes iniciais deste trabalho,
principalmente os referentes ao sistema nervoso, magnetismo, fluidos e aos
estados patológicos do organismo, é que temos realmente condições de
melhor compreender o que é e como deve executado o serviço assistencial do
passe.
O passe tanto pode ser aplicado por um Espírito encarnado — pessoa viva —,
quanto por um Espírito desencarnado, ou ainda, pela ação conjunta de um
encarnado um desencarnado.
É evidente que os resultados nesta situação nunca serão tão favoráveis quanto
naqueles em que a ação do paciente se faz no sentido de colaborar com o
trabalho do passista.
Aplicações
O AUTOPASSE
Ao iniciar e ao concluir a aplicação de passes, é importantíssimo que o passista
proceda à limpeza do seu próprio envoltório fluídico, através do que se
costuma chamar autopasse.
PASSE LONGITUDINAL
Este é com certeza o passe de dispersão mais comumente utilizado. Nele o
passista, através de movimentos rápidos e enérgicos, desloca as mãos,
longitudinalmente, ao longo do corpo do paciente. As mãos do passista devem
ser mantidas sempre a uma distância aproximada de 10 a 15 centímetros do
corpo do paciente.
PASSE TRANSVERSAL
Para executar o passe transversal, o passista deve posicionar as mãos,
abertas com naturalidade, uma em cada lado do paciente, e depois deslocá-las
simultaneamente, com um movimento rápido, de modo que primeiro
seaproximem e depois se afastem uma da outra. As mãos devem descrever
movimentos em arcos de circunferência que podem ou não se cruzar no centro.
IMPOSIÇÃO DE MÃOS
A imposição de mãos é um ótimo passe com vistas à doação de fluidos. Pode
ser usado sobre qualquer região do corpo do paciente, embora em geral
apresente-se mais eficiente quando aplicado sobre os centros vitais, já que
estes são as regiões por excelência de absorção e distribuição de fluidos no
organismo.
O tempo dedicado a cada um dos centros vitais pode variar bastante de caso
para caso, embora, a título de referência, se possa dizer que o tempo total
utilizado o conjunto de todos os centros não vai, em geral, além de dois a três
minutos.
E' preciso, contudo, que o passista atente para o fato de ser o organismo
infantil muito mais delicado e que o do adulto e por isso deve proceder com
muito carinho e atenção, evitando deslocamentos muito intensos de fluidos,
tanto na dispersão como na doação. É preferível, se o caso demonstrar
necessidade, que o intervalo entre passes seja reduzido a se proceder a uma
ação intensiva de uma só vez. Mesmo a doação de fluidos deve ser comedida
e, para isso, um recurso é fazer imposições menos demoradas e outro é
manter as mãos mais afastadas do corpo do paciente.
FLUIDIFICAÇÃO DA ÁGUA
A fluidificação da água deve ser sempre realizada no ambiente dedicado ao
passe, ou em local reservado e devidamente preparado para tal finalidade.
Essa fluidificação pode ser feita espiritualmente ou através de um passista
encarnado. Na fluidificação espiritual o recipiente com água é simplesmente
posto sobre uma mesa, ou outro móvel qualquer, num ambiente em que se faz
a leitura de uma página evangélica, seguida de uma prece em que se pede aos
Espíritos superiores que fluidifiquem aquela água, dizendo-se sempre a
finalidade a que se destina.
Na fluidificação individual, o passista toma com uma das mãos cada recipiente,
enquanto com a outra faz a imposição, sempre pedindo a Deus ajuda para
aquele irmão a quem aquela água se destina. É interessante que, nestes
casos, o nome do paciente seja mentalmente referido, pelo passista, durante a
fluidificação, principalmente se for pessoa do seu conhecimento.
PASSE À DISTÂNCIA
O passe à distância é uma alternativa que em condições ideais pode
apresentar resultados quase tão satisfatórios quanto os que se obtêm quando o
paciente e passista se encontram fisicamente no mesmo ambiente. Já que
essas condições ideais dificilmente se verificam, seus resultados, na maioria
das vezes, são pouco satisfatórios.
PASSE COLETIVO
O passe coletivo é o passe aplicado por um ou mais passistas a um grupo de
pessoas.
É comum nas casas espíritas o uso do passe coletivo no início ou ao final das
reuniões públicas, procurando-se levar o benefício a todos os frequentadores.
Ele também pode ser executado dividindo-se os pacientes em pequenos
grupos, de 10 ou 12 pessoas, por exemplo, sendo o passe aplicado a cada um
desses grupos sucessivamente.
Capitulo II – Comportamento
Passista
E, por falar em ajudar, não se tenha dúvida de que, havendo o desejo sincero
de servir, se evidenciará sempre o concurso inestimável de companheiros
desencarnados prontos para o auxílio, sobretudo quando o serviço fraterno se
faça com regularidade.
A ATMOSFERA FLUÍDICA
A qualidade da atmosfera fluídica que envolve o passista é sempre elemento
dos mais determinantes quanto aos resultados que se obtém através do passe.
O passista deve, por isso, buscar permanentemente a melhoria do seu
ambiente fluídico, através de todos os meios ao seu alcance. O estudo, o
trabalho, o exercício da caridade, a vigilância e a prece são algumas das
ferramentas ao seu dispor para que possa conquistar esse objetivo.
A SAÚDE
O passe é uma doação, e só se pode dar o que se possui; portanto, é
fundamental que o passista goze de boa saúde, tanto do corpo físico quanto da
mente. Verificado qualquer desequilíbrio orgânico ou psíquico, o serviço do
passe deve ser interrompido de imediato, principalmente quando se tratar de
processo obsessivo de qualquer natureza, ocasião em que o passista deve
passará condição de paciente.
Isso não quer dizer que o passista não possa tomar um passe. Significa, sim,
que, se essa necessidade realmente se verifica, é indicativa de que ele não se
encontrava capacitado para o trabalho naquela ocasião e nada mais natural
que recorra aos colegas de trabalho, em busca de auxílio. De qualquer forma,
se essa necessidade se apresenta com frequência, isso deve ser um alerta
para que o passista mantenha-se mais vigilante com respeito às suas
atividades físicas e psíquicas do dia-a-dia.
A ALIMENTAÇÃO
Através da alimentação ingerimos os componentes nutritivos de que o nosso
organismo necessita, mas, além deles, assimilamos também uma significativa
carga fluídica que, incorporando-se ao nosso duplo etérico, vai influir na
qualidade da energia que irradiamos. Aí está uma das razões por que o
passista necessita manter-se atento quanto ao tipo, quantidade e horário de
sua alimentação, pelo menos nas 24 horas que antecedem o trabalho do
passe.
Uma outra razão que justifica os cuidados do passista com a sua alimentação é
o fato de que certos alimentos são de difícil digestão, enquanto outros
apresentam componentes tóxicos, o que, num caso ou noutro, irá
sobrecarregar os aparelhos digestivo e excretor.
O REPOUSO
O repouso ê exigência natural do organismo a qual ninguém pode ignorar sem
sujeitar-se a graves consequências. Por seu intermédio é que se acumulam as
energias que serão utilizadas mais tarde.
QUANTIDADE E FREQUÊNCIA
Durante seu trabalho, o passista sujeita-se a elevado dispêndio de energia,
liberando grandes quantidades de fluido vital. Todo esse desgaste é, contudo,
facilmente recuperado desde que se trate de um organismo saudável e se
cuide em ingerir uma alimentação adequada e se submeta ao repouso
indispensável.
DISCIPLINA
Como em qualquer outra atividade, no passe a disciplina é importantíssima
para todo aquele que pretenda exercê-lo de modo sério e responsável. Em
primeiro lugar, porque, para podermos contar sempre com a assistência de
uma determinada entidade espiritual que se afinize conosco, é necessário que
exerçamos o serviço regularmente, se possível com dia, hora e local
determinados. Só nestas condições, o nosso companheiro espiritual poderá
incluir essa atividade na sua agenda de compromissos e, assim, garantir sua
presença ao nosso lado.
VESTUÁRIO E HIGIENE
Para o serviço do passe deve-se usar roupas limpas, simples e folgadas,
sempre de acordo com o clima. O uso de jóias e perfumes não é recomendado.
Um banho, se possível, deve ser sempre incluído como preparação para o
passe.
O ESTUDO
O estudo, em qualquer campo onde se pretenda eficiência, é sempre exigência
fundamental.
Todo aquele que encara seu trabalho com dedicação e seriedade não pode
abrir mão dele. Sempre há algo que se precisa aprender.
SEXO
Nas palavras de Emmanuel temos que: "Sexo é espírito e vida, a serviço da
felicidade e da harmonia do Universo" e mais: "Através dele dimanam forças
criativas, às quais devemos, na Terra, o instituto da reencarnação, o templo do
lar, as bênçãos da família, as alegrias revitalizadoras do afeto e o tesouro
inapreciável dos estímulos espirituais."
André Luiz, por sua vez, esclarece que:"(...) o instinto sexual não é apenas
agente de reprodução entre as formas superiores, mas, acima de tudo, é
reconstituinte das forças espirituais, pelo qual as criaturas encarnadas ou
desencarnadas se alimentam mutuamente, na permuta de raios psíquico-
magnéticos que lhes são necessários ao progresso."
Por ocasião do ato sexual, ocorrem descargas intensas de energia, que são,
parcialmente, absorvidas pelos parceiros, bastando que, naquele momento,
exista entre eles uma profunda sintonia vibratória. Esta sintonia vibratória,
entretanto, só se estabelece a partir de confiança, afetividade e equilíbrio.
Alertamos apenas que o sexo pode, para alguns, vir a caracterizar-se como
fonte de desequilíbrios, da mesma forma que para outros esta fonte pode ser a
alimentação, o vestuário, a conversação ou até o convívio no lar.
A IDADE
Durante o passe, já se viu, há um acentuado desgaste energético do passista
e, embora, em um corpo saudável e equilibrado, a recuperação seja rápida, é
desaconselhável o trabalho do passe para pessoas muito jovens ou muito
PASSISTA E OBSESSÃO
Naturalmente todos devemos estar cientes de que a condição de passista não
nos isenta da possibilidade de desequilíbrios e muito menos nos isenta das
responsabilidades do pretérito. O passista pode, por isso mesmo,
eventualmente, ver-se assediado por Espíritos cobradores do passado. Diante
das primeiras evidências de uma situação dessas é imperiosa a interrupção
dos trabalhos do passe, ocasião em que o passista passa à condição de
paciente, devendo submeter-se então regularmente ao tratamento fluido-
magnético, até que a situação tenha sido superada satisfatoriamente.
Mais uma vez - repetimos - só se pode dar o que se tem. Para doarmos fluidos
saudáveis e equilibrados, é indispensável que estejamos em condições de
relativa saúde e equilíbrio.
Aspectos Complementares
A SALA DE PASSES
As instituições espíritas, sempre que possível, devem reservar local específico
para a atividade do passe, podendo este ser constituído de várias cabines para
uso individual ou de uma sala maior que possa se utilizada simultaneamente
por vários aplicadores de passes;
Obs: A sala de passes deve dispor de iluminação normal, para que se possa
fazer a vistoria das condições do local.
A POSIÇÃO DO PACIENTE
• O passe pode ser aplicado com o paciente em qualquer posição que o deixe
relaxado. Deitado, sentado e em pé são as mais comuns;
PASSE E INCORPORAÇÃO
• A incorporação do aplicador na sala de passes é inconveniente e
desnecessária. Inconveniente por conta da reação de temor, receio ou
curiosidade da maioria das pessoas diante de uma incorporação, gerando um
estado mental inadequado às transferências fluídicas;
PACIENTE
• O merecimento e o estado de receptividade em que secoloca o assistido são
determinantes para os resultados finais. O estado de receptividade se
estabelece a partir dos pensamentos e sentimentos do assistido, no momento
do passe. Se ele vibrar em faixa de desequilíbrio, torna-se refratário à ação dos
fluidos emitidos pelo aplicador;
ele, além dos que são captados do ambiente. Sendo assim, os fluidos
benéficos serão repelidos, restabelecendo-se a condição que antecedia ao
atendimento aplicado.
Não tem sentido o passista, após aplicar uma série de passes, pedir para
receber, por sua vez, passe de um outro companheiro.
A formação dos grupos de fluidoterapia deve ser feita entre os passistas mais
dedicados e equilibrados da instituição. A participação de médiuns videntes ou
auditivos, quando possível, é sempre muito interessante, pois, com isso, o
relacionamento entre encarnados e desencarnados toma-se muito mais fácil e
preciso. A indisponibilidade de elementos possuidores das mediunidades
referidas, para compor a equipe, ou equipes, não deve representar, contudo,
impedimento para a sua formação. Lembremo-nos de que há sempre o recurso
da intuição.
Devem ser atendidos no máximo seis ou sete pacientes por sessão, sendo que
este número deve ser fixado pelo próprio grupo, à proporção que for
vivenciando a experiência do trabalho. O tempo que se dedica a cada paciente
pode variar um pouco de caso para caso, embora, normalmente, situe-se entre
cinco e dez minutos. A sessão como um todo não deve exceder de uma hora,
pois o desgaste dos participantes é sempre muito maior que em qualquer outro
tipo de passe.
Bibliografia
O Passe Espírita, Luiz Carlos de M. Gurgel
http://www.infoescola.com/
http://www.auladeanatomia.com/
http://www.espirito.org.br