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Classificação do Produto

A utilização eficaz de um produto fitofarmacêutico passa em primeiro lugar pela correcta


identificação de qual a praga, doença ou infestante que constitui o problema para uma
determinada cultura.

Neste ponto, convém também fazer um balanço entre os benefícios associados à utilização de
produtos fitofarmacêuticos, os riscos para a saúde humana/animal e o impacto no meio ambiente.
A opção deverá sempre passar por uma minimização
destes riscos. A escolha do produto deve atender não só à eficácia do produto como à biologia das
culturas e seus inimigos e ainda ao impacto que a sua utilização irá ter sobre o Homem, auxiliares
e ambiente.

Sempre que necessário deve recorrer-se ao conselho de um Técnico (empresas, associações,


Direcções Regionais de Agricultura).

Eficácia - capacidade de uma substância activa dominar os organismos nocivos.

Produtos Fitofarmacêuticos - grupo de produtos químicos destinados à protecção das culturas;


podem ser constituídos por uma ou mais substâncias activas eficazes na prevenção ou controlo
de organismos prejudiciais às culturas e, adjuvantes sem a referida acção de controlo mas com
acção benéfica sobre a calda, acentuando ou imprimindo-lhe determinadas características (exos:
aderentes; molhantes...).

Os Produtos Fitofarmacêuticos podem-se classificar de diferentes formas consoante: tipo de


parasita a combater: (Fungicida, herbicida, insecticida, acaricida, nematodicida...); modo de acção
e vias de penetração (contacto, residual, sistémico); composição química (orgânico e inorgânico),
tipo de formulação e classificação
toxicológica.sara já podes pôr artigos
Transporte - Sinalização

O transporte rodoviário internacional de mercadorias perigosas é regulamentado pelo ADR -


Acordo Europeu relativo ao Transporte Internacional de Mercadorias Perigosas por
estrada.
O transporte rodoviário de mercadorias perigosas no âmbito nacional (origem e destino em
Território Português) deverá ser efectuado segundo o RPE -
Regulamento Nacional de Transporte de Mercadorias Perigosas por Estrada.

Nas mercadorias classificadas como perigosas para efeitos de transporte rodoviário inclui-se a
maioria dos Produtos Fitofarmacêuticos, distribuídos por nove classes principais de acordo
com a perigosidade das propriedades e características de tais mercadorias, que em caso de
acidente, poderem causar danos em pessoas, animais e meio ambiente.

Sinalização de caixas de transporte


Para efeitos de transporte, as embalagens para expedição que contém embalagens de produtos
fitofarmacêuticos, poderão apresentar símbolos de perigo.
As classes de perigo agrupam as matérias de acordo com as suas características e perigosidade e
resultam de um sistema de classificação adoptado pelo ADR para identificação de qualquer
mercadoria perigosa.
Transporte - Regras básicas de segurança

De forma a minimizar os riscos de eventuais acidentes, quer de intoxicação de pessoas e animais


quer de contaminação do meio ambiente, devem-se cumprir algumas regras básicas de
segurança no transporte de PF.

VIATURAS devem:
- ter cabine separada da caixa de carga que deve ser fechada ou com cobertura e estar em bom
estado, limpa e seca.
- ser submetidas a inspecções de verificação regulares;
- ter os seguintes equipamentos de sinalização, protecção e segurança:
1. sinalização do veículo com painéis retro-reflectores de fundo cor de laranja liso,
colocados de forma bem visível, um à frente e outro à rectaguarda do veículo;
2. 2 extintores no exterior da viatura e um na cabine, inspeccionados periodicamente para
um bom funcionamento;
3. EPI - Equipamento de Protecção Individual - em conformidade com o material
transportado;
4. Equipamento de contenção de derrames - pá, recipiente com serradura ou
areia, sacos vazios para recolha de derrames;
5. Estojo de 1ºs socorros com frasco lavador de olhos com água limpa;
6. Equipamentos diversos: pelo menos um calço com dimensões apropriadas ao peso do
veículo e ao diâmetro das rodas; 2 sinais de aviso portáteis para sinalização em caso de avaria ou
acidente;1 colete fluorescente apropriado e uma lanterna portátil de bolso.

MEDIDAS DE PRECAUÇÃO NA EXPEDIÇÃO E TRANSPORTE


- Isolar os Produtos Fitofarmacêuticos de outro tipo de produtos, pessoas ou animais.
- Assegurar um correcto e cuidadoso manuseamento dos PF nas operações de carga e descarga;
nesta fase deve-se também evitar o perigo de faísca ou fogo e desligar o motor da viatura.
- Distribuir a carga consoante as características dos fitofarmacêuticos: as mercadorias pesadas
(tambores, bilhas..) deverão ser colocadas em baixo com as tampas para cima e as mais leves
serão colocadas sucessivamente em cima.
- Optar por estradas em boas condições, fora das povoações, sem pontes nem túneis.

Procedimentos de emergência no transporte

Em caso de acidente, a rapidez de intervenção na contenção de uma fuga, derrame ou incêndio


incipiente é fundamental:

- Isolar a área afectada tentando manter pessoas e tráfego afastados eliminar riscos de incêndios
cortando a ignição.
- Alertar Bombeiros, autoridades policiais, empresa expedidora e 112, caso seja necessário.
- Utillizar Equipamento de Protecção Individual.
- Em caso de incêndio, tentar extinguir o fogo com os extintores portáteis existentes no veículo,
actuando a favor do vento e evitando inalar o fumo.
- Em caso de derrame (com ou sem fogo) proceder à sua contenção, absorvendo o produto
derramado com terra, areia ou serradura, para evitar a contaminação do ambiente.
- Eliminar, de forma segura, o produto recolhido.
- Proceder à descontaminação do veículo e à eliminação dos materiais contaminados de forma
segura e em local apropriado.

Documentação e formação

DOCUMENTAÇÃO QUE DEVE ACOMPANHAR O TRANSPORTE

Guia de remessa ou documento de transporte - é emitida pelo expedidor, nela devem figurar
as seguintes informações para cadamercadoria perigosa (Classificação ADR/RPE) transportada:
- Número ONU precedido da sigla UN;
- Designação oficial ADR/RPE da mercadoria - nome do produto e da(s) substância(s) activa(s);
- Nº da etiqueta correspondente à classe de perigo ( 9 classes);
- Quantidade transportada (em Kg ou L);
- Número e descrição das embalagens;
- Nome e endereço do expedidor e destinatário

Ficha de segurança - é emitida pelo expedidor deve encontrar-se na cabina do condutor de


modo a permitir fácil identificação e acesso. Nela devem constar:
- Designação ADR/RPE da mercadoria - nome do produto e da(s) substância(s) activa(s);
- A natureza do perigo apresentado por aquelas mercadorias e as medidads e meios de protecção
individual que se devem tomar no seu transporte
- Disposições a tomar em caso de acidente (incêndio, derrame...) ou contacto acidental com
pessoas ou animais.

FORMAÇÃO DO CONDUTOR ADR/RPE


Desde 1 de Janeiro de 2007 é obrigatório que os condutores de veículos que transportem
mercadorias perigosas sejam titulares de um certificado de habilitações passado pela
autoridade competente (Direcção Geral de Transportes Terrestres - DGTT), cujaresponsabilidade
é do proprietário do veículo.

FORMAÇÃO DO PESSOAL ENVOLVIDO NA CARGA E DESCARGA


O pessoal que manuseia Produtos Fitofarmacêuticos deverá receber formação em matérias de
segurança que trate dos riscos apresentados pelas mercadorias
perigosas durante o transporte incluindo carga e descarga, de modo a conhecerem os
procedimentos a seguir no manuseamento destes produtos em segurança e procedimentos de
emergência em caso de acidente.

CONSELHEIROS DE SEGURANÇA
As empresas cuja actividade inclua transportes de mercadorias perigosas por estrada devem
dispor de um conselheiro de segurança, cuja missão é supervisionar as condições de realização do
transporte de Produtos Fitofarmacêuticos (e respectivas operações de carga e descarga) em
segurança, colaborando na prevenção de riscos
para pessoas, bens e meio ambiente relacionadas com aquelas operações.
Armazenagem - Regras básicas de segurança

De modo a garantir o bom estado dos Produtos Fitofarmacêuticos e a segurança do pessoal,


instalações e meio ambiente, deverão ser tomadas certas Precauções no armazenamento de
Produtos Fitofarmacêuticos, nomeadamente nos seguintes
principais aspectos:

LOCALIZAÇÃO E CONSTRUÇÃO DO ARMAZÉM


- Um armazém deve ser construido em instalações próprias e localizado fora dos aglomerados
populacionais. A preferência deve ser dada a locais isolados ou destinados a indústrias.
- Devem-se evitar locais próximos de cursos ou linhas de água, ou sujeitos a inundações.
- O local escolhido deverá ter bons acessos para facilitar as cargas e descargas e o acesso a
bombeiros e outros serviços de socorro.
- O edifício deverá estar isolado, deixando-se pelo menos 10 m entre o armazém e os restantes.
- O armazém deverá ter cobertura e ventilação adequadas (entradas de ar protegidas e situadas
perto do pavimento e tecto).
- Deverá ter instalação eléctrica adequada.
- Os materiais de construção deverão ser incombustíveis.
- O armazém deverá ter paredes e portas corta-fogo, saídas de emergência (espaçadas no
máximo de 30 m, sempre desimpedidas e devidamente assinaladas) e um sistema de detecção,
alarme e combate a incêndios.
- Os pavimentos deverão ser estanques e deve ser previsto um sistema de retenção de águas com
construção de uma bacia de retenção sob o pavimento que permita conter os líquidos em caso de
derrame ou águas de combate a incêndios.
- Devem existir zonas diferenciadas de armazenagem separadas das zonas administrativa e social;
estas últimas deverão ter saídas para o exterior sem passar pelo armazém.

CUIDADOS BÁSICOS NO ARMAZENAMENTO


- Os produtos devem ser armazenados nas suas embalagens originais fechadas, em bom estado e
com rótulo legível.
- A arrumação dos produtos deve ser feita de modo a evitar a contaminação entre eles. Os
produtos voláteis (que libertam odores intensos) devem ser armazenados em áreas com bom
arejamento e separados dos não voláteis.
- Os Produtos Fitofarmacêuticos devem ser arrumados por famílias de produtos (insecticidas,
herbicidas, fungicidas...) e dentro destas segundo a classificação toxicológica (classe de perigo).
- Os PF não devem ser colocados directamente sobre o pavimento (deixar uma altura de cerca de
15 cm) nem encostados às paredes.
- Devem-se manter corredores e saídas funcionais.
- Deve-se aplicar a regra “primeiro produto a entrar será o primeiro produto a saír” para evitar
que os produtos se tornem obsoletos.

MEDIDAS DE HIGIENE E SEGURANÇA


- Os Produtos Fitofarmacêuticos deverão ser armazenados e separados de alimentos, vestuário ou
outros objectos de uso diário.
- Os Produtos Fitofarmacêuticos deverão ser armazenados por categorias de perigo (inflamável,
tóxico...).
- Os locais de armazenamento de Produtos Fitofarmacêuticos têm de estar fechados à chave só
podendo aceder ao local as pessoas com formação adequada (operadores e técnico responsável).
- É obrigatória a existência de um balcão de venda exclusivo para Produtos Fitofarmacêuticos com
acesso directo ao local de armazenamento.
- A existência de água corrente deverá ser providenciada e ter fácil acesso.
- Deverá existir um chuveiro de emergência.
- Deverão evitar-se fontes emissoras de faísca ou fogo.
- Deverá ser fornecida formação aos funcionários do armazém sobre: riscos para a saúde e meios
de protecção individual; boa armazenagem e manuseamento dos produtos fitofarmacêuticos;
medidas de prevenção de incêndios e de emergência no caso de acidentes, derrames ou incêndios.
- Deverá existir um plano de emergência interno com indicação dos diversos números a
alertar: bombeiros, 112, etc.
Equipamento de segurança

Deverá existir equipamento de detecção, alarme e combate a incêndios: detectores,


extintores e chuveiros de tecto de modo a permitir combater
rapidamente um incêndio incipiente no armazém.
Deverá existir à disposição dos trabalhadores:
- equipamento adequado para protecção completa do corpo,Equipamento de Protecção
Individual - EPI (óculos, luvas, botas e fatos impermeáveis)
que deverá ser inspeccionado regularmente e mantido limpo e em condições;
- estojo de 1ºs socorros, devidamente sinalizado com informação sobre os 1ºs socorros, bem
como números de telefone em caso de emergência;
- equipamento de contenção de derrames num local facilmente acessível e devidamente
assinalado de modo a efectuar uma rápida contenção do derrame impedindo que este alastre, este
equipamento deverá ser composto por recipientes com material absorvente (serradura limpa..),
vassouras, pás e recipientes vazios.
- recipientes estanques para recolha de embalagens danificadas
- sinalização adequada quanto a perigos/riscos/saídas de emergência, equipamento de combate
a incêndios, acções não permitidas no local (não
fazer lume ou fumar...).

Embalagem e rótulo

Antes da utilização de um Produto Fitofarmacêutico, o utilizador deve informar-se sobre o produto


que lhe foi recomendado, é fundamental a leitura do rótulo aprovado oficialmente e respeitar as
instruções nele expressas relativamente a: concentração/dose; época e frequência de aplicação;
modo de aplicação; precauções toxicológicas e ecotoxicológicas; Intervalo de Segurança, etc.

Leitura de rótulo de um produto fitofarmacêutico

As informações contidas nestes rótulos são resultado de uma investigação rigorosa, sendo
essencial que na aplicação dos produtos fitofarmacêuticos se sigam os princípios nele expressos no
sentido de promover não só uma optimização da produção mas também da satisfação de critérios
de segurança e qualidade alimentar.
Gestão do risco

Os Produtos Fitofarmacêuticos são produtos químicos que têm inerentes a si próprios uma certa
toxicidade, sendo necessário avaliar os riscos associados à sua utilização ao nível dos aplicadores,
consumidores, ambiente e espécies não visadas.
Essa informação deverá ser transmitida com o máximo rigor no rótulo do produto.

Actualmente, há uma forte orientação para uma criteriosa avaliação e gestão do risco da utilização
dos produtos fitofarmacêuticos; procura-se também, uma melhoria na comunicação dos riscos
através de um reforço ao nível das frases de risco e
segurança que constam nos rótulos destes produtos.

DIRECTIVA DAS PREPARAÇÕES PERIGOSAS (DPP)

A Directiva Comunitária 1999/45/EC designada por Directiva das preparações perigosas


(DPP) foi transposta para a legislação Nacional pelo Decreto lei nº82/2003 de 23 de Abril.
Esta Directiva (DPP) estabelece algumas novas normas para a classificação, embalagens,
rotulagem e elaboração da ficha de segurança de todas as preparações perigosas nas quais se
incluem os produtos fitofarmacêuticos, obrigando à sua
reclassificação.

Os produtos mantiveram a sua composição, recomendações de uso, qualidade e eficácia; o que


muda é um conjunto de critérios de classificação toxicológica, trazendo alterações
nas Precauções toxicológicas (frases de risco e segurança) e símbolos toxicológicos que
constam no rótulo oficial do produto.

NOVA CLASSIFICAÇÃO PARA OS PRODUTOS FITOFARMACÊUTICOS - NOVOS RÓTULOS

Com a nova DPP, surgiu uma nova informação no rótulo que permite melhor identificar e prevenir
os riscos potenciais, para o utilizador e meio ambiente, de uma eventual má utilização dos
produtos fitofarmacêuticos.

Novas frases na face principal dos rótulos:


“Este produto destina-se a ser utilizado por agricultores e outros aplicadores de Produtos
Fitofarmacêuticos”
“Para evitar riscos para os seres humanos e para o ambiente, respeitar as instruções de
utilização.”
Novos símbolos toxicológicos: novo símbolo de risco para o meio ambiente - Perigoso para o
ambiente
Novas frases de risco e de segurança

Esta nova directiva determinou que até 30 de Julho de 2004, em Portugal (e paísesda CE) fosse
obrigatória a elaboração de novos rótulos, de acordo com a reclassificação feita. Todos os
produtos fitofarmacêuticos, com embalamento a partir dessa data deverão estar conformes com
as normas expressas nessa directiva, no que diz respeito a normas de classificação,
embalagem, rotulagem e fichas de segurança.
Aplicação do produto

Equipamento de protecção individual

Uma vez que não se pode


diminuir a perigosidade / toxicidade de um
produto deve-se tentar reduzir o nível de
exposição do utilizador, nomeadamente evitar a
sua contaminação (pele, olhos...).

Assim, entre outras medidas a tomar, é


fundamental o uso do equipamento de protecção
individual (EPI), não só durante a aplicação do
produto fitofarmacêutico, como também no seu
manuseamento e na preparação da calda.
Preparação da calda

Calda - É a mistura de um produto fitofarmacêutico com água.

MODO DE PREPARAÇÃO DA CALDA:

As instruções para a preparação da calda encontram-se nos rótulos dos produtos fitofarmacêuticos e são função
do tipo de formulação.

PREPARAÇÃO DA CALDA - Regras básicas de segurança


- Além da leitura atenta do rótulo já referida noutros capítulos a concentração/dose de produto a
aplicar deverá ser alvo de um cálculo rigoroso.
- O aplicador deverá sempre utilizar EPI durante a preparação da calda a fim de evitar a
contaminação da pele e olhos.
- Se acidentalmente ocorrer alguma contaminação (derrames, salpicos..) deverá lavarse,
imediatamente, as zonas da pele afectadas com bastante água e sabão; se a roupa for
contaminada deverá ser retirada e lavada.
- O material utilizado na preparação das caldas (inclusivé o EPI) não deverá ser utilizado para
qualquer outro fim.
- A preparação das caldas deve sempre ser feita ao ar livre ou em locais bem arejados.
- Os pós deverão ser manuseados com cuidado de modo a evitar a libertação de poeiras.
- Ao preparar a calda, o utilizador deverá colocar-se de costas para o vento , de modo a evitar a
exposição a poeiras e salpicos.
- Todo o material utilizado na preparação da calda deverá ser lavado após o seu uso; as águas de
lavagem deverão ser sempre adicionadas à calda.
- Evitar a contaminação das águas de poços, fontes ou cursos de água

Aplicação

CONCENTRAÇÃO E DOSE
A concentração/dose de produto a utilizar deverá ser calculada com grande rigor.
Concentração de uso - quantidade de produto fitofarmacêutico para 100 litros de calda.
Esta concentração é indicada para pulverizações de alto volume, tomando como referência a
aplicação de 1000 litros de calda por hectare. Quando se pretende utilizar volumes de calda
diferentes, a concentração de produto deve ser ajustada, de forma a distribuir a mesma dose
indicada no rótulo.
Dose - quantidade de produto fitofarmacêutico a aplicar num hectare.
Expressa em kg ou l/ha.
Concentrações (kg ou l por 100 l) recomendadas (a utilizar):

TECNOLOGIA DE APLICAÇÃO
A utilização de uma tecnologia de aplicação correcta (boa identificação dos alvos, equipamento
adequado e em bom estado de manutenção, tipo de bicos... ) é fundamental para um tratamento
seguro e eficaz.
A técnica de aplicação está fundamentalmente interligada com o tipo de formulação do produto a
utilizar, sendo a pulverização, provavelmente, a técnica mais utilizada.

Pulverização - Distribuição uniforme e contínua da calda de um produto fitofarmacêutico,


dispersa através de gotas de dimensão variável, sobre um alvo fitossanitário (folhas, tronco,
frutos, solo...).

Volume - Quantidade de calda de um produto fitofarmacêutico a aplicar num hectare.

Alto Volume - Calda distribuída sob o efeito de pressão hidráulica provocada por um êmbolo,
característico de pulverizadores de jacto projectado.

Médio ou baixo Volume - Calda distribuída através de uma forte corrente de ar fornecido por
uma ventoínha. É característico dos atomizadores ou turbinas.
Limpeza

LIMPEZA E ELIMINAÇÃO
Após utilização dos produtos deverá ser feita uma limpeza das embalagens de acordo com as
indicações expressas no rótulo.
Embalagens rígidas de produtos fitofarmacêuticos até 25 L / 25 kg têm obrigatóriamente que ser
submetidas à tripla lavagem. Após a lavagem as embalagens deverão ser inutilizadas, a fim de
não ser reutilizadas.
Embalagens não rígidas de qualquer capacidade e embalagens rígidas de 25 L / 25 kg até 250 L /
250 kg devem ser devidamente esgotadas do seu conteúdo, sem lavagem prévia.
As embalagens vazias e inutilizadas deverão ser armazenadas em locais adequados para posterior
entrega e recolha por uma autoridade competente.

TRIPLA LAVAGEM
1 - O conteúdo da embalagem deverá ser completamente vazado no tanque de pulverização/
recipiente de preparação da calda, de seguida:
2 - Encher a embalagem com água até um quarto da sua capacidade;
3 - Tapar e agitar vigorosamente durante alguns segundos;
4 - Deitar água no tanque de pulverização/ recipiente de preparação da calda;

Repetir mais duas vezes os procedimentos 2 a 4;


As águas de lavagem deverão ser reaproveitadas na preparação da calda.

Tripla lavagem...

Valorfito - Recolha de embalagens vazias

RECOLHA DE EMBALAGENS VAZIAS - SISTEMA VALORFITO

Segundo a legislação as embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos são classificadas


como resíduos perigosos devendo, por isso, ser alvo de tratamento (recolha e valorização) no
âmbito de um sistema integrado de gestão de resíduos.

O Sistema VALORFITO, já foi licenciado pelo INR -Instituto dos Resíduos, estando
autorizado a exercer a sua actividade de Gestão de Embalagens Vazias de Produtos
Fitofarmacêuticos.
O VALORFITO - Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura - tem
como objectivo a recolha periódica dos resíduos de embalagens primárias de produtos
fitofarmacêuticos e sua gestão final, vindo dar resposta às necessidades dos produtores agrícolas
de encontrarem um destino adequado para os resíduos de embalagens de produtos
fitofarmacêuticos gerados nas suas explorações.

EMBALAGENS ABRANGIDAS PELO SISTEMA


O sistema VALORFITO recolhe as embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos, ou
seja, as embalagens que estão em contacto directo com os produtos fitofarmacêuticos,
classificadas como resíduos perigosos.
Estão abrangidas pelo sistema as embalagens primárias com capacidade inferior a 250 L ou
250 Kg.

EMBALAGENS EXCLUÍDAS PELO SISTEMA


- Estão excluídas as embalagens primárias com capacidade superior a 250 L ou 250 Kg.
- Estão excluídas do Sistema as embalagens secundárias e terciárias deste tipo de produtos
(utilizadas para agrupar as embalagens primárias), classificadas como resíduos não perigosos.
- Estão também excluídas do sistema as restantes embalagens de outros produtos para a
agricultura (embalagens de adubos e fertilizantes).
- Embalagens cheias ou com restos de produtos fitofarmacêuticos.

Procedimentos para embalagens primárias de produtos fitofarmacêuticos

Valorfito - Funcionamento do sistema e intervenientes

A SIGERU - Sistema Integrado de Gestão de Embalagens e Resíduos em Agricultura é a


entidade gestora do Sistema Valorfito

Este sistema envolve/responsabiliza as diferentes entidades que constituem a fileira do sector


agrícola:

Agricultor/utilizador deverá pôr em prática os procedimentos relativos aos resíduos de


embalagens na sua exploração agrícola:
- Recolher as embalagens vazias, proceder à tripla lavagem, inutilização e armazenamento
temporário em sacos adequados à recolha, solicitados em pontos de venda ou nos centros de
recepção;
- entrega destes sacos nos centros de recepção nos períodos de recolha previamente definidos e
divulgados.

PONTO DE VENDA - deverão transmitir informação sobre o sistema (funcionamento,


procedimentos, datas de recolha...) e fornecer aos agricultores sacos de recolha quando
solicitados.

CENTRO DE RECEPÇÃO - operador económico que recepciona as


embalagens vazias de produtos fitofarmacêuticos que deverá estar
devidamente autorizado pela SIGERU, cumprindo as exigências/requisitos estabelecidos para o
efeito. Os Centros deverão:
-Estar identificados com um dístico do sistema Valorfito;
-Dispor de um espaço com condições técnicas e de segurança para recepção e armazenagem
temporária dos resíduos de embalagens;
-Disponibilizar aos utilizadores finais e pontos de venda, sacos de plástico entregues pelo Valorfito
para recolha dos resíduos de embalagens;
-Receber resíduos de embalagens primárias provenientes dos utilizadores finais ou dos pontos de
venda;
-Sempre que solicitado, emitir um comprovativo de entrega de embalagens vazias (com nome de
utilizador data e quantidade de resíduos entregues);
-Servir de veículo de informação ao utilizador (funcionamento do sistema, datas de recepção,
etc...) e, por outro lado, prestar informações à SIGERU sobre a recolha de resíduos realizada.

Terminado o período de recolha, o Sistema Valorfito encarrega-se de recolher os resíduos de


embalagens entregues nos diversos centros de recepção, recorrendo a serviços de operadores
especializados (licenciados pelo Instituto de Resíduos). Será
também do Valorfito a responsabilidade da gestão final dos resíduos de embalagens (estações de
tratamento, valorização energética entre outras).

EMPRESAS DETENTORAS DE APV -


responsáveis pela colocação de produtos fitofarmacêuticos no mercado, deverão criar sistemas
individuais de gestão de resíduos ou transferir a
sua responsabilidade pela gestão destes resíduos perigosos
para a SIGERU, que se encontra devidamente licenciada para
o efeito..

As empresas detentoras de APV deverão:


-declarar à SIGERU a quantidade de embalagens primárias de
produtos fitofarmacêuticos que colocaram no mercado todos os

anos;
-colocar nos rótulos dessas embalagens, o símbolo do Valorfito.

A embalagem vazia deverá ser lavada 3 vezes, inutilizada, fechada, e colocada em sacos de recolha; as águas
de lavagem deverão ser usadas na preparação da calda. Esta embalagem vazia, sendo um resíduo perigoso,
deverá ser entregue num centro de recepção do sistema Valorfito.

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