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J o s é A l b e r t o D e l Po r t o
D e p a r t a m e n t o d e Ps i q u i a t r i a d a U n i f e s p / E P M
Correspondência
E n d e r e ç o p a r a c o r r e s p o n d ê n c i a : Ru a D i o g o d e Fa r i a , 1 0 8 7 a p t o 4 0 9
Vila Clementino
0 4 0 3 7 - 0 0 3 S ã o Pa u l o , S P
Te l . : ( 0 x x 1 1 ) 5 5 4 9 - 3 9 9 8
E-mail: delporto@uol.com.br
O diagnóstico diferencial deve ser fei to com base na história pessoal (na doença
bipolar, os quadros são agudos e seguidos por períodos de depressão ou de remissão)
e f a m i l i a r ( c o m c e r t a f r e q ü ê n c i a , p o d e m s e r i d e n t i fi c a d o s q u a d r o s d e m a n i a e
depressão nas família) .
Epidemiologia
Diagnóstico diferencial
Tr a t a m e n t o
Sais de lítio
A n t e s d e s e i n i c i a r o t r a t a m e n t o , o p a c i e n t e d e v e s e r a v a l i a d o p e l o ex a m e f í s i c o g e r a l
e p o r ex a m e s l a b o r a t o r i a s q u e i n c l u e m : h e m o g r a m a c o m p l e t o ; e l e t r ó l i t o s ( N a + , K + ) ; e
a v a l i a ç ã o d a f u n ç ã o r e n a l ( u r é i a , c r e a t i n i n a , ex a m e d e u r i n a t i p o I ) e d a f u n ç ã o
tiro ideana (T3, T4 e TSH) . Em pacient es com mais de 40 anos ou com antecedent es de
doença cardíaca , recomenda-se solici tar eletroca rdiograma (depressão do nó sinusal e
a l t e r a ç õ e s d a o n d a T p o d e m s u r g i r e m d e c o r r ê n c i a d o l í t i o , e é c o n v e n i e n t e o b t e r- s e
um traçado inicial para comparação posterior) . Como o lít io freqüentement e acarreta
polidipsia e poliúria (por antagonizar os efei tos do hormônio antidiurét ico), deve- se
também solic itar dosagem da glicemia ant es de sua introdução. Algumas vezes, o
diabetes melli tus pode passar desapercebido; o psiquiatra julga que a polidpsia e
p o l ú r i a d e v e m - s e , ex c l u s i v a m e n t e , a o e s p e r a d o d i a b e t e s i n s i p i d u s p r o d u z i d o p e l o
lí tio, quando, na verdade , o prime iro pode também estar present e.
As queixas re lativas aos efei tos colat erais mais comuns são: sede e polúria;
problemas de memória; tremores; ganho de peso; sonolência/cansaço, e diarré ia. No
início do tratamento, são comuns: azia; náuseas; fezes amolecidas, assim como a
sensação de peso nas pernas e cansaço, desaparec endo com o temp o. Diarréia e
tremores grosseiros, aparecendo ta rdiamente no curso do tratamento, podem indicar
intoxicação e requerem imediata aval iação.
Dentre os efei tos colatera is tardios do lít io, os efei tos sobre a tiróide merecem
p a r t i c u l a r a t e n ç ã o ; o d e s e n v o l v i m e n t o d e u m h i p o t i r o i d i s m o c l i n i c a m e n t e s i g n i fi c a t i v o
ocorre em até 5% dos pacientes (em alguns casos, chegando ao bócio) , enquanto
elevações do TSH chegam a 30% dos casos. Muitas vezes, a complementação com
hormônios da tireóide (mais comumente T4) torna desnecessária a inte rrupção do uso
do lí tio, mas, eventualmente , o médico precisará mudar para outro estabilizador do
h u m o r. O l í t i o p o d e a u m e n t a r o s n í v e i s s é r i c o s d o c á l c i o , e a a s s o c i a ç ã o c o m
anormalidades da parat iróide pode ocorrer, embora mais raramente . Outros efei tos
são: edema; acne; agravamento de psoríase; tremores (eventualmente tratados com
beta-bloqueadores); e ganho de peso (25% dos pacientes em uso do lít io to rnam-se
obesos, razão pela qual nunca será demais insistir precocem ente em cuidados
r e l a t i v o s à d i e t a e a o s e xe r c í c i o s ) . C u m p r e n o t a r t a m b é m q u e o l í t i o p o d e d i m i n u i r o
limiar convulsígeno e, em alguns casos, pode causar ataxia , fala pastosa e síndrome
extrapiramidal (particula rmente em idosos). Os efei tos renais do lítio incluem
aumento da diurese, conseqüente à diminuição da capacidade de concentração da
urina e oposição à ação do hormônio antidiuré tico (ADH); fala-se em diabetes
insipidus, quando os pacientes produzem mais que três litros de urina por dia. O lít io
pode causar nefrite intersticial, a qual geralmente não tem importância clínica. As
alt erações cardíacas são geralmente benignas e incluem achatamento ou possível
inversão da onda T, diminuição da frequência cardíaca e, raramente, arri tmias. Casos
isolados de disfunção do nó sinusal têm sido descritos que eventualmente podem
ocasionar síncope; esses eventos são mais comuns em idosos. Leucocitose pode se
desenvolver , não se consti tuindo, em geral, em moti vo de preocupação. Efei tos
teratogênicos (anomalias da tricúspide e dos vasios da base) têm sido associados ao
u s o d o l í t i o , p a r t i c u l a r m e n t e , n o p r i m e i r o t r i m e s t r e d a g r a v i d e z ; o u s o d o l í t i o , a o fi m
d a g r a v i d e z , p o d e f a z e r c o m q u e o b e b ê n a s ç a c o m h i p o t o n i a ( s í n d r o m e d o fl o p p y
baby).
As intoxicações pelo lí tio costumam ocorrer com concentrações séricas acima de 1,5
mEq/l , e podem ser precipi tadas por desidratação, dietas hipossódicas, ingestão
e x c e s s i v a d e l í t i o , a l t e r a ç õ e s n a e xc r e ç ã o r e n a l o u i n t e r a ç ã o c o m o u t r o s
m e d i c a m e n t o s q u e a u m e n t a m s e u s n í v e i s s é r i c o s ( a n t i i n fl a m a t ó r i o s , d i u r é t i c o s e t c . ) .
C o n s t i t u e m - s e e m s i n a i s e s i n t o m a s d a i n t ox i c a ç ã o p e l o l í t i o : s o n o l ê n c i a ;
f a s c i c u l a ç õ e s m u s c u l a t r e s ; t r e m o r e s m a i s g r o s s e i r o s ; h i p e r- r e fl e x i a ; a t a x i a ; v i s ã o
t u r v a ; f a l a p a s t o s a ; a r r i t m i a s c a r d í a c a s ; e c o n v u l s õ e s . Re c o m e n d a - s e a e s t r i t a
monitoração dos níveis séricos. Em casos leves, basta a manutenção do equilíbrio
hidroele trolít ico, eventualment e, forçando - se a diurese com manitol, e alcalinizando -
s e a u r i n a . A d i á l i s e p o d e s e r r e q u e r i d a e m i n t ox i c a ç õ e s m a i s g r a v e s ( n í v e i s s é r i c o s
maiores do que 4 mEq/l ou na dependência do estado geral e da função renal do
paciente).
Cumpre notar que o uso de antidepressivos (em especial os tricícl icos) pode causar
mudança para a fase maníaca em pacient es bipolares, ainda quando em uso
concomitante de lí tio, além de poderem eliciar o aparecimento de ciclos rápidos e de
episódios mistos. O tratamento da depressão nos pacientes bipolares deve ser
tentado antes com estabi lizadores do humor, empregando -se, eventualmente , também
o bupropion ou IMAOs (com as cautelas requeridas para esse grupo de pacientes) ou
também a ECT, nos casos resistentes aos tratamentos habituais (re tirando -se
previam ente o lít io).
Anticonvulsivantes
O v a l p r o a t o o u o d i v a l p r o ex ( u m c o m p o s t o c o n t e n d o i g u a i s p r o p o r ç õ e s d e á c i d o
valpróico e valproato de sódio) t êm sido amplamente utilizados, nos últimos anos,
p a r a o t r a t a m e n t o d o t r a n s t o r n o b i p o l a r. E x i s t e m e s t u d o s c o n t r o l a d o s m o s t r a n d o s u a
e fi c á c i a n o t r a t a m e n t o d a m a n i a a g u d a ; h á t a m b é m d a d o s i n d i c a n d o q u e o v a l p r o a t o
p o d e s e r m a i s e fi c a z d o q u e o l í t i o p a r a a m a n i a m i s t a e p a r a o s c i c l a d o r e s r á p i d o s .
Embora faltem estudos controlados sobre o uso do valproato na manutenção, existem
e s t u d o s a b e r t o s e n a t u r a l í s t i c o s q u e a p o n t a m p a r a s u a e fi c á c i a t a m b é m n a p r o fi l a x i a
da mania e da depressão. Há menos evidências que sustentem o uso do valproato no
t r a t a m e n t o d a d e p r e s s ã o b i p o l a r , e m b o r a a l g u n s e s t u d o s s u g i r a m c e r t a e fi c á c i a . O
v a l p r o a t o o u o d i v a l p r o e x p o d e m s e r c o m b i n a d o s c o m o l í t i o . Re s p e i t a n d o - s e a s
i n t e r a ç õ e s f a r m a c o c i n é t i c a s , e v e n t u a l m e n t e , o v a l p r o a t o o u o d i v a l p r o ex p o d e m s e r
combinados também com a carbamazepina, nos casos resistent es à monoterapia .
Efeitos colaterais comuns do valproato incluem: sedação; perturbações
gastrointestinais; náusea; vômi tos; diarré ia; el evação benigna das transaminases; e
t r e m o r e s . L e u c o p e n i a a s s i n t o m á t i c a e t r o m b o c i t o p e n i a p o d e m o c o r r e r. O u t r o s e f e i t o s
incluem: queda de cabelo (às vezes acentuada) e aumento do peso e do apetite. Em
alguns casos, a leucpenia pode ser severa e acarretar a inte rrupção do tratament o.
Efeitos idiossincráticos incluem o desenvolvimento de ovários policísticos e
hiperandrogenismo. Casos de morte , embora raros, têm sido descritos devido a
hepatotoxicidade, pancreati te e agranuloci tose. Os pacientes ou seus responsáveis
devem ser adver tidos a respei to dos sinais e sintomas precoces dessas raras
c o m p l i c a ç õ e s . A i n t o x i c a ç ã o c o m d o s e s ex c e s s i v a s e v e n t u a l m e n t e r e q u e r
h e m o d i á l i s e , a l é m d a s m e d i d a s d e s u p o r t e e , à s v e z e s , d o n a l t r e xo n e . O v a l p r o a t o
deve ser iniciado com doses baixas (250 mg por dia), titulando-se a dose em
aumentos graduais de 250 mg com espaço de alguns dias, até a concentração sérica
de 50 microgramas a 100 microgramas por ml (não se excedendo a dose de 60 mg/kg
por dia). Controles dos níve is séricos, do hemograma e das enzimas hepáticas são
requeridos. Os níveis séricos do valproato podem ser diminuídos pela carbamazepina
e a u m e n t a d o s p o r d r o g a s c o m o a fl u oxe t i n a . O v a l p r o a t o a u m e n t a o s n í v e i s s é r i c o s d o
fenobarbital, da fenitoína e dos tricícl icos. A aspirina desloca o valproato de sua
ligação às proteínas, aumentando sua fração li vre .
A carbamazepina (CBZ) tem sido utilizada no transto rno bipolar desde a década de
1970; estudos controlados sugerem taxa de resposta, na mania aguda, em torno de
61%. A CBZ tem sido menos estudada no tratamento da depressão bipolar, embora
alguns estudos dêem suporte a sua utilizaçã o. Quatorze estudos controlados (ou
p a r c i a l m e n t e c o n t r o l a d o s ) s u g e r e m q u e a C B Z p o s s a s e r e fi c a z n a p r o fi l a x i a d a
doença bipolar, em que pesem algumas limitações metodológicas. Embora os níveis
p l a s m á t i c o s e fi c a z e s d i f e r e m m u i t o e n t r e o s i n d i v í d u o s , e m g e r a l , p r e c o n i z a m - s e o s
níve is entre 4 a 12 microgramas por ml. Como a CBZ induz ao aumento de seu própro
metabolismo, suas doses devem ser ajustadas depois de algum tempo, para que os
níveis no sangue sejam mantidos. Deve-se lembrar que a indução de enzimas
hepáticas pela carbamazepina reduz os níve is de várias outras substâncias (como os
hormônios tiroideanos) e medicamentos, entre os quais os anticoncepcionais, cujas
doses devem ser reajustadas, em acordo com o ginecologista.
Entre os efeitos colaterais da CBZ estão: diplopia, visão borrada, fadiga, náusea e
ataxia. Esses efeitos geralmente são transitórios, melhorando com o tempo e/ou com
a r e d u ç ã o d a d o s e . M e n o s f r e q ü e n t e m e n t e o b s e r v a m - s e “r a s h ” c u t â n e o , l e u c o p e n i a
le ve, trombocitopenia lev e, hipoosmolaridade e lev e elevação das enzimas hepáticas
(em 5% a 15% dos pacientes). Caso os níveis da leucopenia e a elevação das enzimas
hepáticas se agravem, a CBZ deve ser interrompida. A hiponatremia deve-se à
ret enção de água dev ido ao ef eito antidiurético da CBZ, mais comum nos idosos; às
vez es, a hiponatrem ia leva à necessidade de int erromper o uso desse medicamento. A
CBZ pode diminuir os níve is de tiroxina e ele var os nív eis do cortisol . No entanto,
r a r a m e n t e e s s e s e f e i t o s s ã o c l i n i c a m e n t e s i g n i fi c a t i v o s . E f e i t o s r a r o s , m a s
potencialment e fatais, incluem: agranulocitose , anemia aplásica, dermati te esfoliati va
( p o r exe m p l o , S t e v e n s - J o h n s o n ) e p a n c r e a t i t e . O s p a c i e n t e s d e v e m s e r a l e r t a d o s
sobre os sinais e sintomas que precocemente fazem suspei tar dessas condições. Muito
r a r a m e n t e p o d e o c o r r e r i n s u fi c i ê n c i a r e n a l e a l t e r a ç õ e s d a c o n d u ç ã o c a r d í a c a . O s
cuidados prévios na introdução da CBZ incluem , além da anamnese a respei to de
história prévia de discrasias sangüíneas e doença hepática , hemograma completo ,
enzimas hepáticas, bili rrubinas, fosfatase alcalina, eletró litos (dado o risco de
hiponatremia) e avaliação da função renal. As doses dev em ser iniciadas aos poucos
(100 mg/dia a 200 mg/dia, inicialmente), aumentando-se gradualmente até atingir
níveis séricos compatíveis ou melhora terapêutica; as doses devem ser divididas em
três ou quatro tomadas, aumentando -se o intervalo para as preparações de liberação
lenta . Doses superiores a 1.200 mg/dia não são geralmente recomendadas.
Inicialmente monitoram-se o hemograma e a função hepática a cada duas semanas,
nos primeiros dois meses, e, poster iormente , a monitoração ocorre a cada três meses.
Muitas das condições descritas acima não são previstas por meio desses exames,
devendo os pacient es serem instruídos a relatar os sintomas precoces de cada
condição potencialment e perigosa (l eucopenia , quadros alérgicos, icter ícia, entre
outros sintomas).
A o xc a r b a z e p i n a é o 1 0 - c e t o a n á l o g o d a c a r b a m a z e p i n a ( C B Z ) , q u e e m c o n t r a s t e c o m
e s t a , n ã o i n d u z a o a u m e n t o d o m e t a b o l i s m o ox i d a t i v o h e p á t i c o . A p a r e n t e m e n t e , a
o xc a r b a z e p i n a c a u s a m e n o s s e d a ç ã o e “r a s h ” c u t â n e o d o q u e a C B Z , a s s i m c o m o n ã o
el eva as enzimas hepáticas na mesma freqüência do que a CBZ. Alguns estudos
c o n t r o l a d o s i n d i c a m s u a e fi c á c i a n a m a n i a a g u d a , p o d e n d o e v e n t u a l m e n t e s u b s t i t u i r a
C B Z , q u a n d o e l a n ã o f o r b e m t o l e r a d a . Fa l t a m , n o e n t a n t o , e s t u d o s r e f e r e n t e s à
d e p r e s s ã o e à p r o fi l a x i a d o t r a n s t o r n o b i p o l a r. A s d o s e s u t i l i z a d a s , e m d i f e r e n t e s
estudos, têm variado entre 600 mg/dia a 2.400 mg/dia, administradas em dois a três
tomadas diárias; o aumento das doses deve ser gradual.
A gabapentina não sofre metabolização no organismo humano, sendo elim inada pelos
rins praticamente inalt erada. Não interage, por isso, com o sist ema do ci tocromo P
450, sendo praticament e desti tuída de interações fa rmacológicas. Seus efe itos
colaterais mais comuns são: sonolência, tonturas, ataxia, fadiga e nistagmos. As
doses terapêuticas usuais situam-se entre 900 mg/dia a 1.800 mg/dia, divididas em
três doses. Inicia-se o tratam ento com 300 mg, geralmente à noit e, pela sonolência
que acarreta, aumentando -se gradualmente as doses, em 300 mg ao dia, a cada três
ou quatro dias, na dependência da tolerabi lidade do pacient e. Embora haja muitos
e s t u d o s a b e r t o s e “n a t u r a l í s t i c o s ” , f a l t a m a i n d a e s t u d o s p r o s p e c t i v o s , r a n d o m i z a d o s ,
q u e p o s s a m c o n fi r m a r a e fi c á c i a d a g a b a p e n t i n a , e m m o n o t e r a p i a , n o t r a n s t o r n o
b i p o l a r.
Neurolépticos
A o l a n z a p i n a , e m p e s q u i s a r a n d o m i z a d a e c o n t r o l a d a c o m p l a c e b o , m o s t r o u - s e e fi c a z
n o c o n t r o l e d a m a n i a a g u d a , e e s t á s e n d o e s t u d a d a c o m o e s t a b i l i z a d o r a d o h u m o r.
Outros agentes
Eletroconvulsoterapia
Re f e r ê n c i a s
1 . S a c h s G , Pr i n t z D J , K a h n D A , C a r p e n t e r D , D o c h e r t y J . T h e ex p e r t c o n s e n s u s
g u i d e l i n e s e r i e s : m e d i c a t i o n t r e a t m e n t o f b i p o l a r d i s o r d e r 2 0 0 0 . Po s t g r a d u a t e
Medicine: A special report (April); 2000. p. 1-104.
2 . Fr a n c e s A , D o c h e r t y J P , K a h n D A . T h e ex p e r t c o n s e n s u s g u i d e l i n e s e r i e s : t r e a t m e n t
o f b i p o l a r d i s o r d e r. J C l i n Ps y c h i a t r y 1 9 6 6 ; 5 7 ( S u p p l 1 2 A ) : 1 - 8 8 .
3 . A m e r i c a n Ps y c h i a t r i c A s s o c i a t i o n . Pr a c t i c e g u i d e l i n e s f o r t h e t r e a t m e n t o f p a c i e n t s
w i t h b i p o l a r d i s o r d e r. A m J Ps y c h i a t r y 1 9 9 4 ; 1 5 1 ( 1 2 ) : 1 - 3 6 .