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BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA

PB. Emerson D’Amato

A Bíblia

Bíblia é uma palavra de origem grega que significa "livros". Daí que se deu o título Bíblia à coleção dos livros que,
sendo de diversas origens, extensão e conteúdo, estão essencialmente unidos pelo significado religioso que têm
para o povo de Israel e para todo o mundo cristão: unidade e diversidade que não se opõem entre si, mas que se
complementam para dar à Bíblia o seu especialíssimo caráter.

Diversidade de designações:
Desde tempos remotos, este livro sem igual tem sido conhecido com diferentes designações. Assim, os judeus,
para os quais a Bíblia somente consta da parte que os cristãos conhecem como o Antigo Testamento, referem-se a
ela como Lei, Profetas e Escritos (cf. Lc 24.44), termos representativos de cada um dos blocos em que, para o
Judaísmo, se divide o texto bíblico transmitido na língua hebraica:

a) Lei (hebr. torah), que compreende os cinco primeiros livros da Bíblia: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números,
Deuteronômio
b) Profetas (hebr. nebiim), agrupados em: Profetas anteriores: Josué, Juízes, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis; Profetas
posteriores: Isaías, Jeremias, Ezequiel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias
c) Escritos (hebr. ketubim): Jó, Salmos, Provérbios, Rute, Cântico dos Cânticos, Eclesiastes, Lamentações, Ester,
Daniel, Esdras, Neemias, 1 e 2Crônicas.
O título referido, Lei, Profetas e Escritos, aparece reduzido em ocasiões como a Lei e os Profetas (cf. Mt 5.17) ou,
de modo mais singelo, a Lei (cf. Jo 10.34).
No Cristianismo, com a incorporação dos livros do Novo Testamento e justamente a partir da maneira que ali são
citadas passagens do Antigo, é comum referir-se à Bíblia como as Sagradas Escrituras ou, de forma alternativa,
como a Sagrada Escritura, as Escrituras ou a Escritura (cf. Mt 21.42; Jo 5.39; Rm 1.2). Freqüentemente, com essa
última designação mais breve, faz-se referência a alguma passagem bíblica concreta (cf. Mc 12.10; Jo 19.24).
As locuções Antigo Testamento e Novo Testamento, respectivamente, no seu sentido de títulos respectivos da
primeira e da segunda parte da Bíblia, começaram a ser utilizadas entre os cristãos no final do séc. II d.C. com
base em textos como 2Co 3.14. A palavra "testamento" representa aqui a aliança ou pacto que Deus estabelece
com o seu povo: em primeiro lugar, a aliança com Israel (cf. Êx 24.8; Sl 106.45); depois, a nova aliança
anunciada pelos profetas e selada com o sangue de Jesus Cristo (cf. Jr 31.31-34; Mt 26.28; Hb 10.29).
Classificação dos livros da Bíblia:Os livros da Bíblia nem sempre são classificados na mesma ordem. Ainda hoje
aparecem dispostos de maneiras distintas, seguindo para isso os critérios sustentados a esse respeito por
diferentes tradições.

A versão de João Ferreira de Almeida, em todas as suas edições, tem-se sujeitado à norma de ordenar os livros de
acordo com o seu caráter e conteúdo, na seguinte forma:

ANTIGO TESTAMENTO:
a) Literatura histórico-narrativa:
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, 1 e 2Samuel, 1 e 2Reis, 1 e 2Crônicas,
Esdras, Neemias, Ester
b) Literatura poética e sapiencial (ou de sabedoria):
Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos
c) Literatura profética:
Profetas maiores: Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel Profetas menores: Oséias, Joel, Amós, Obadias,
Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

NOVO TESTAMENTO:
a) Literatura histórico-narrativa:
Evangelhos: Mateus, Marcos, Lucas, João Atos dos Apóstolos
b) Literatura epistolar:
Epístolas paulinas: Romanos, 1 e 2Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1 e 2Tessalonicenses, 1 e
2Timóteo, Tito, Filemom
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Epístola aos Hebreus: Hebreus
Epístolas universais: Tiago, 1 e 2Pedro, 1, 2 e 3João, Judas
c) Literatura apocalíptica:
Apocalipse (ou Revelação) de João

A formação da Bíblia
Para compreender os distintos aspectos do processo de formação deste conjunto de livros que chamamos de
Bíblia, é necessário atentar para o fato básico da sua divisão em duas grandes partes indissoluvelmente vinculadas
entre si por razões culturais e espirituais: o Antigo Testamento e o Novo Testamento.
O Antigo Testamento recolhe e transmite a experiência religiosa do povo israelita desde as suas origens até a
vinda de Jesus Cristo. Os livros que o compõem são o testemunho permanente da fé Israelita no único e
verdadeiro Deus, Criador do universo. É o Deus que quis revelar-se de maneira especial na história do seu povo,
guiando-o com a sua Lei, beneficiando-o com a aliança da sua graça e fazendo-o objeto das suas promessas.
Passo a passo, Deus converteu o seu povo numa nação unida pela fé, sustentou-a e, em todo tempo, mostrou o
caminho da justiça e santidade que devia seguir para que não perdesse a sua identidade como povo escolhido.
Assim, o Antigo Testamento documenta a história de Israel desde a perspectiva do sentimento religioso, mantém
viva a expressão de adoração da sua fé através do culto e recolhe as instruções dos seus profetas e as inspiradas
reflexões dos seus sábios e poetas.
O Novo Testamento é a referência definitiva da fé cristã. Nele, se encontram consignados os acontecimentos que
deram origem à Igreja de Jesus Cristo, o Filho eterno de Deus. Os Evangelhos narram o nascimento de Jesus no
tempo do rei Herodes, os seus atos e ensinamentos, a sua morte numa cruz por ordem de Pôncio Pilatos,
governador da Judéia, e a sua ressurreição, depois da qual manifestou-se vivo àqueles que havia antes escolhido
para que anunciassem a mensagem universal da salvação. Está também no Novo Testamento o relato dos
primeiros movimentos de expansão da fé cristã, como viveram e atuaram os primeiros discípulos e apóstolos,
como nasceram e se desenvolveram as primeiras comunidades e como o Espírito Santo impulsionou os cristãos de
então a darem testemunho da sua esperança em Jesus Cristo para todas as raças, nações e culturas.
O processo de redigir, selecionar e compilar os textos da Bíblia prolongou-se pelo espaço de muitos séculos. Com
o decorrer dos anos, foram desaparecendo os dados relativos à origem de grande parte dos livros, isto é, o
momento em que os relatos e ensinamentos foram fixados por escrito, os quais até então e talvez durante muitas
gerações tinham sido transmitidos oralmente.
Por outro lado, nesse longo e complexo processo de formação, é muito difícil e até mesmo impossível fixar os
autores. Isso ocorre especialmente nos casos em que foram vários redatores que escreveram textos, os quais,
posteriormente, foram compilados num único livro ou quando também, na composição da literatura bíblica, são
utilizados ou incluídos documentos da época (p. ex., Nm 21.14; Js 10.13; Jd 14-15).
Valor religioso da Bíblia
A Bíblia é, sem dúvida, um dos mais apreciados legados literários da humanidade. Contudo, o seu verdadeiro
valor não se firma de maneira substancial no fato literário. A riqueza da Bíblia consiste no caráter essencialmente
religioso da sua mensagem, que a transforma no livro sagrado por excelência, tanto para o povo de Israel quanto
para a Igreja cristã.
Nessa coleção de livros, a Lei se apresenta como uma ordenação divina (Êx 20; Sl 119), os Profetas têm a
consciência de serem portadores de mensagens da parte de Deus (Is 6; Jr 1.2; Ez 2-3) e os Escritos ensinam que
a verdadeira sabedoria encontra em Deus a sua origem (Pv 8.22-31).
Esses valores religiosos aparecem não só no título de Sagradas Escrituras, mas também na forma que Jesus e, em
geral, os autores do Novo Testamento se referem ao Antigo, isto é, aos textos bíblicos escritos em épocas
precedentes. Isso ocorre, p. ex., quando lemos que Deus fala por meio dos profetas ou por meio de algum dos
outros livros (cf. Mt 1.22; 2.15; Rm 1.2; 1Co 9.9) ou quando os profetas aparecem como aquelas pessoas
mediante as quais "se diz" algo ou "se anuncia" algum acontecimento, forma hebraica de expressar que é o
próprio Deus quem diz ou anuncia (cf. Mt 2.17; 3.3; 4.14); também quando se afirma a permanente autoridade
das Escrituras (Mt 5.17-18; Jo 10.35; At 23.5), ou quando as relaciona especialmente com a ação do Espírito
Santo (cf. At 1.16; 28.25). Formas magistrais de expressar a convicção comum a todos os cristãos em relação ao
valor das Escrituras são encontradas em passagens como 2Tm 3.15-17 e 2Pe 1.19-21.
A Igreja cristã, desde as suas origens, tem descoberto na mensagem do evangelho o mesmo valor da palavra de
Deus e a mesma autoridade do Antigo Testamento (Mc 16.15-16, Lc 1.1-4, Jo 20.31, 1Ts 2.13). Por isso, em 2Pe
3.16, se equiparam as epístolas de "nosso amado irmão Paulo" (v. 15) às "demais Escrituras". Gradativamente, a
partir do séc. II d.C., foi sendo reconhecida aos 27 livros que formam o Novo Testamento a sua categoria de livros
sagrados e, em conseqüência, a plenitude da sua autoridade definitiva e o seu valor religioso.
Tal reconhecimento, que implica o próprio tempo da presença, direção e inspiração do Espírito Santo na formação
das Escrituras, não descarta, em absoluto, a atividade física e criativa das pessoas que redigiram os textos. Elas
mesmas se referem a essa atividade em diversas ocasiões (Ec 1.13, Lc 1.1-4, 1Co 15.1-3,11, Gl 6.11). A presença
de numerosos autores materiais é, precisamente, a causa da extraordinária riqueza de línguas, estilos, gêneros
literários, conceitos culturais e reflexões teológicas que caracterizam a Bíblia.

Origem da Bíblia
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OS ORIGINAIS

Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas.
O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns poucos textos foram escritos em aramaico.
O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época.
Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras. Porém, não existe
nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é,
os livros originais, como foram escritos pelos seus autores, se perderam. As edições do Antigo Testamento
hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram
encontradas graças às descobertas arqueológicas.

Para a tradução do Antigo Testamento, a Comissão de Tradução da SBB usa a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela
Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento é utilizado The Greek New Testament, editado pelas
Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje,
disponíveis para tradutores.

O ANTIGO TESTAMENTO EM HEBRAICO

Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros
de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em
suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.

Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por A Lei, Os Profetas e
As Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do
Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa
Bíblia. Já Os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e
1 e 2 Reis. E As Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares
de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.

Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e
copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho
separado, embora A Lei freqüentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em
hebraico - da direita para a esquerda - e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico.

Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em
hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por
Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna
próxima ao Mar Morto.

O NOVO TESTAMENTO EM GREGO

Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo
destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado. A
formação desses grupos marca o início da igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo
o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma,
começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.

A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos em
relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as
igrejas cresciam e se espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e
manuscritos cristãos similares também começaram a circular.

O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do
Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos
37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo
Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento.

OUTROS MANUSCRITOS

Além dos livros que compõem o nosso atual Novo Testamento, havia outros que circularam nos primeiros séculos
da era cristã, como as Cartas de Clemente, o Evangelho de Pedro, o Pastor de Hermas, e o Didache (ou
Ensinamento dos Doze Apóstolos). Durante muitos anos, embora os evangelhos e as cartas de Paulo fossem
aceitos de forma geral, não foi feita nenhuma tentativa de determinar quais dos muitos manuscritos eram
realmente autorizados. Entretanto, gradualmente, o julgamento das igrejas, orientado pelo Espírito de Deus,
reuniu a coleção das Escrituras que constituíam um relato mais fiel sobre a vida e ensinamentos de Jesus. No
Século IV d.C. foi estabelecido entre os concílios das igrejas um acordo comum e o Novo Testamento foi
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constituído.

Os dois manuscritos mais antigos da Bíblia em grego podem ter sido escritos naquela ocasião - o grande Codex
Sinaiticus e o Codex Vaticanus. Estes dois inestimáveis manuscritos contêm quase a totalidade da Bíblia em grego.
Ao todo temos aproximadamente vinte manuscritos do Novo Testamento escritos nos primeiros cinco séculos.

Quando Teodósio proclamou e impôs o cristianismo como única religião oficial no Império Romano no final do
Século IV, surgiu uma demanda nova e mais ampla por boas cópias de livros do Novo Testamento. É possível que
o grande historiador Eusébio de Cesaréia (263 - 340) tenha conseguido demonstrar ao imperador o quanto os
livros dos cristãos já estavam danificados e usados, porque o imperador encomendou 50 cópias para as igrejas de
Constantinopla. Provavelmente, esta tenha sido a primeira vez que o Antigo e o Novo Testamentos foram
apresentados em um único volume, agora denominado Bíblia.

HISTÓRIA DAS TRADUÇÕES

A Bíblia - o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo -, desde as suas origens, foi considerada sagrada e de
grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de
difundir seus ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções
para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de
2.000 línguas diferentes.

A PRIMEIRA TRADUÇÃO

Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam
no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram
apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro
da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico. Denominada Septuaginta (ou
Tradução dos Setenta), esta primeira tradução foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem
parte da coleção hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi
estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em
sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas
igrejas.

Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou
um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos
ensinamentos de Deus.

OUTRAS TRADUÇÕES

Outras traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas copta (Egito), etíope (Etiópia), siríaca
(norte da Palestina) e em latim - a mais importante de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente.

Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C, o bispo de Roma nomeou o grande
exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras.

Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu
durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos e examinou todos os manuscritos que conseguiu
localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns
("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste
formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.

Na Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram uma grande parte
da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras
constantes, o texto bíblico foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em latim na versão de
Jerônimo.

Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o evangelho para
Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no
segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do
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Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do
Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos as traduções de
passagens e de livros inteiros foram surgindo.
AS PRIMEIRAS ESCRITURAS IMPRESSAS
Na Alemanha, em meados do Século 15, um ourives chamado Johannes Gutemberg desenvolveu a arte de fundir
tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias
impressas decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para
imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 - alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras
seis línguas até meados do século 16 - espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e
finlandês. Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda
estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico,
preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam
auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.

Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele
passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do
Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez
estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente,
os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram
completamente confiáveis.

DESCOBERTAS ARQUEOLÓGICAS

Várias foram as descobertas arqueológicas que proporcionaram o melhor entendimento das Escrituras Sagradas.
Os manuscritos mais antigos que existem de trechos do Antigo Testamento datam de 850 d.C. Existem, porém,
partes menores bem mais antigas como o Papiro Nash do segundo século da era cristã. Mas sem dúvida a maior
descoberta ocorreu em 1947, quando um pastor beduíno, que buscava uma cabra perdida de seu rebanho,
encontrou por acaso os Manuscritos do Mar Morto, na região de Jericó.

Durante nove anos vários documentos foram encontrados nas cavernas de Qumrân, no Mar Morto, constituindo-se
nos mais antigos fragmentos da Bíblia hebraica que se têm notícias. Escondidos ali pela tribo judaica dos essênios
no Século I, nos 800 pergaminhos, escritos entre 250 a.C. a 100 d.C., aparecem comentários teológicos e
descrições da vida religiosa deste povo, revelando aspectos até então considerados exclusivos do cristianismo.
Estes documentos tiveram grande impacto na visão da Bíblia, pois fornecem espantosa confirmação da fidelidade
dos textos massoréticos aos originais. O estudo da cerâmica dos jarros e a datação por carbono 14 estabelecem
que os documentos foram produzidos entre 168 a.C. e 233 d.C. Destaca-se, entre estes documentos, uma cópia
quase completa do livro de Isaías, feita cerca de cem anos antes do nascimento de Cristo. Especialistas
compararam o texto dessa cópia com o texto-padrão do Antigo Testamento hebraico (o manuscrito chamado
Codex Leningradense, de 1008 d.C.) e descobriram que as diferenças entre ambos eram mínimas.

Outros manuscritos também foram encontrados neste mesmo local, como o do profeta Isaías, fragmentos de um
texto do profeta Samuel, textos de profetas menores, parte do livro de Levítico e um targum (paráfrase) de Jó.

As descobertas arqueológicas, como a dos manuscritos do Mar Morto e outras mais recentes, continuam a fornecer
novos dados aos tradutores da Bíblia. Elas têm ajudado a resolver várias questões a respeito de palavras e termos
hebraicos e gregos, cujo sentido não era absolutamente claro. Antes disso, os tradutores se baseavam em
manuscritos mais "novos", ou seja, em cópias produzidas em datas mais distantes da origem dos textos bíblicos.

ORIGEM DO DIA DA BÍBLIA

O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro de orações do Rei
Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado. A data
escolhida foi o segundo domingo do Advento - celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim
que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado
em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui
vieram semear a Palavra de Deus.

Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que
se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico,
juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.

Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou
ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo
ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do
Ipiranga.

Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo que em alguns, a data é
celebrada no segundo Domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata,
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conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos
os anos, milhões de cristãos em todo o País.

BÍBLIA: INSPIRADA POR DEUS

Esta palavra deriva-se de in spiro, "soprar para dentro, insuflar", aplicando-se na Escritura não só a Deus, como
Autor da inteligência do homem (Jó 32.8), mas também à própria Escritura, como "inspirada por Deus" (2Tm
3.16). Nesta última passagem claramente se acha designada uma certa ação de Deus, com o fim de transmitir ao
homem os Seus pensamentos. Ainda que se fale primeiramente de inspiração no Antigo Testamento, pode o termo
retamente aplicar-se ao Novo Testamento, como sendo este livro considerado também como Escritura. A palavra,
significando "sopro de Deus", indica aquela primária e fundamental qualidade que dá à Escritura o seu caráter de
autoridade sobre a vida espiritual, e torna as suas lições proveitosas nos vários aspectos da necessidade humana.
O que é a inspiração, pode melhor inferir-se da própria reivindicação da Escritura. Os profetas do Antigo
Testamento afirmam falar segundo a mensagem que Deus lhes deu. O Novo Testamento requer para o Antigo
Testamento esta qualidade de autoridade divina. De harmonia com isto, fala-se em toda parte da Escritura, como
sendo a "Palavra de Deus". Tais designações como "as Escrituras" e "os oráculos de Deus" (Rm 3.2). havendo
também frases como estas - "esta escrito" - claramente mostram a sua proveniência divina. Além disso, são
atribuídas as palavras da Escritura a Deus como seu Autor (Mt 1.22; At 13.34), ou ao Espírito Santo (At 1.16; Hb
3.7); e a respeito dos escritores se diz que eles falavam pelo Espírito Santo (Mt 2.15). E deste modo as própria
palavras da Escritura são considerada de autoridade divina (Jo 10.34,35; Gl 34.16), e as suas doutrinas são
designadas para a direção espiritual e temporal da humanidade em todos os tempos (Rm 15.4; 2Tm 3.16). O
apóstolo Paulo reclama para as suas palavras uma autoridade igual à do Antigo Testamento como vindas de Deus;
e semelhante coloca a sua mensagem ao nível das mais antigas Escrituras.
A garantia de ter esta doutrina da Sagrada Escrituras autoridade divina está no ensinamento a respeito do ES,
que foi prometido aos discípulos de Cristo como seu Mestre e Guia (Jo 14.26; 16.13).
É melhor usar o termo "revelação" quando se tratar, propriamente, da matéria da mensagem, e a palavra
"inspiração" quando quisermos falar do método pelo qual foi revelada a mensagem. Por inspiração da Escritura
nós compreendemos a comunicação da verdade divina, que de certo modo é única em grau e qualidade. Como os
apóstolos eram inspirados para ensinar de viva voz, não podemos pensar que não tivessem sido inspirados
quando tinham de escrever. Por conseqüência, podemos considerar a inspiração como especial dom do Espírito
Santo, pelo qual os profetas do Antigo Testamento, e os apóstolos e seus companheiros no Novo Testamento,
transmitiram a revelação de Deus, como eles a receberam.
É claro o fato de uma única inspiração das Escrituras. Mas até onde se estende esta inspiração? Revelação é a
manifestação dos pensamentos de Deus para a direção da vida do homem. Se a vontade divina tem de ser
conhecida, e transmitida às gerações, deve ser corporificada em palavras; e para se estar certo dos pensamentos,
é preciso que estejamos certos das palavras. A inspiração deve, portanto, estender-se à linguagem.
Em 2Pe 1.21, os homens, e em 2Tm 3.16, a Escritura, diz-se serem inspirados; na verdade, não poderíamos
ficar satisfeitos, considerando inspirados os homens, e não os seus escritos, porque a inspiração pessoal deve,
necessariamente, exprimir-se pela escrita, se é certo que tem de perpetuar-se. A vida estender-se por toda parte
do corpo, e não podemos realmente fazer distinção entre o espírito e a forma, entre a substância e o molde.
Todavia, a expressão "inspiração verbal" precisa ser cuidadosamente determinada contra qualquer noção
errônea. A possibilidade de haver má compreensão faz que muitos cristãos prefiram a frase "inspiração plenária".
A inspiração verbal não significa um ditado mecânico, como se os escritores fossem instrumentos meramente
passivos: ditar não é inspirar. A inspiração verbal estabelece até que ponto vai a inspiração, estendendo-se tanto
à forma como à substância. Diz-nos o "que é", e não "como é", não nos sendo explicado o método da operação do
Espírito Santo, mas somente nos é dado conhecer o resultado. Deus fez uso das características natural de cada
escritor, e por um ato especial do Espírito Santo, habilitou-os a comunicar ao homem, por meio da escrita, a Sua
divina vontade. Observa-se esta associação do divino e do humano nas passagens como estas: Mt 1.22; 2.15; At
1.16; 3.18; 4.25. A operação do Espírito Santo junta-se com a atividade mental do escritor, operando por meio
dele e guiando-o. Ainda que não saibamos explicar o modo de tal operação, conhecemos os seus resultados.
Certamente esta maneira de ver a respeito da inspiração refere-se somente aos escritos, como eles saíram das
mãos dos escritores originais. Os manuscritos originais não foram preservados e por isso precisamos do auxílio de
um minucioso criticismo textual de tal maneira que possamos aproximar-nos tanto quanto possível do tempo e
das circunstância dos autógrafos.

Esta maneira de compreender a inspiração pode ser justificada pelas seguintes considerações:
a) O uso atual da Bíblia, na vida e obra da Igreja cristã, sendo acentuada a sua autoridade no ensinamento verbal.
b) Uma ponderada e sábia exegese em todos os tempos mas especialmente em nossos dias.
c) O recurso à Bíblia em todos os assuntos de controvérsia.
d) A crença sobre este ponto nos tempos apostólicos e sub-apostólicos.
e) O uso do Antigo Testamento pelos escritores do Novo Testamento, notando-se 284 citações, e frases como
"está escrito".
f) Jesus Cristo acha apoio no Novo Testamento para suas considerações, como em Jo 10.30-36.
g) Os profetas e os apóstolos consideravam-se homens inspirados (2Sm 23.2; Jr 36.4-8; 1Co 2.13; 14.37).

É impossível limitar a inspiração à doutrina, e considerar a história como sujeita a circunstâncias comuns, pois
que doutrina e história estão unidas de tal modo que não podem separar-se. A própria revelação de Cristo é a de
BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA
uma pessoa histórica, sendo inseparável os fatos e as doutrinas que lhe dizem respeito. E diz o Novo Testamento
que a história do Antigo Testamento é inspirada e escrita pra nossa instrução (Rm 4.23,24; 15.4; 1Co 10.6,11).
Sendo a Bíblia uma autoridade para nós, assim a devemos considerar, seja qual tenha sido o método da
inspiração: porquanto o valor da autoridade realmente independente de todas as particularidades sobre o modo
como foi inspirada. É auxiliado o estudo da inspiração pela analogia entre o Verbo encarnado e a Palavra escrita:
ambos são divinos, e também são humanos, embora, em cada caso, é impossível dizer onde termina o divino e
começa o humano. Ambos os elementos ali estão, reais e inseparáveis, de maneira que, quer se trate de Cristo ou
da Bíblia, podemos dizer que tudo é perfeitamente humano e tudo é absolutamente divino.

BIBLIOLOGIA - Doutrina das Escrituras

I. INTRODUÇÃO

A) Terminologia:

Bíblia - Derivado de biblion, “rolo” ou “livro” (Lc 4.17)


Escrituras - Termo usado no Novo Testamento (N.T.) para, os livros sagrados do A.T., que eram considerados
inspirados por Deus (2Tm 3.16; Rm 3.2). Também é usado no N.T. com referência a outras porções do N.T. (2Pe
3.16)
Palavra de Deus - Usada em relação a ambos os testamentos em sua forma escrita (Mt 15.6; Jo 10.35; Hb 4.12)

B) Atitudes em Relação à Bíblia:

Racionalismo -
a. Em sua forma extrema nega a possibilidade de qualquer revelação sobrenatural.
b. Em sua forma moderada admite a possibilidade de revelação divina, mas essa revelação fica sujeita ao juízo
final da razão humana.
Romanismo -
A Bíblia é um produto da igreja; por isso a Bíblia não é a autoridade única ou final.
Misticismo -
A experiência pessoal tem a mesma autoridade da Bíblia.
Neo-ortodoxia -
A Bíblia é uma testemunha falível da revelação de Deus na Palavra, Cristo.
Seitas -
A Bíblia e os escritos do líder ou fundador de cada uma possuem igual valor.
Ortodoxia -
A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

C) As Maravilhas da Bíblia:

1) Sua formação: levou cerca de 1500 anos.


2) Sua Unidade: Tem cerca de 40 autores, mas é um só livro.
3) Sua Preservação.
4) Seu Assunto.
5) Sua Influência.

II. REVELAÇÃO

A) Definição:

“Um desvendamentos; especialmente a comunicação da mensagem divina ao homem”

B) Meios de Revelação:

1) Pela Natureza (Rm 1.18-21; Sl 19)


2) Pela Providência (Rm 8.28; At 14.15-17)
3) Pela Preservação do Universo (Cl 1.17)
4) Através de Milagres (Jo 2.11)
5) Por Comunicação Direta (At 22.17-21)
6) Através de Cristo (Jo 1.14)
7) Através da Bíblia (1Jo 5.9-12)

III. INSPIRAÇÃO

A) Definição:

Inspiração é a ação supervisionadora de Deus sobre os autores humanos da Bíblia de modo a, usando suas
próprias personalidades e estilos, comporem e registrarem sem erro as palavras de Sua revelação ao homem. A
BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA
Inspiração se aplica apenas aos manuscritos originais (chamados de autógrafos).

B) Teorias sobre a Inspiração:

1) Natural - não há qualquer elemento sobrenatural envolvido. A Bíblia foi escrita por homens de grande talento.
2) Mística ou Iluminativa - Os autores bíblicos foram cheios do Espírito como qualquer crente pode ser hoje.
3) Mecânica (ou teoria da ditação) - Os autores bíblicos foram apenas instrumentos passivos nas mãos de Deus
como máquinas de escrever com as quais Ele teria escrito. Deve-se admitir que algumas partes da Bíblia foram
ditadas (e.g., os Dez mandamentos).
4) Parcial - Somente o não conhecível foi inspirado (e.g., criação, conceitos espirituais)
5) Conceitual - Os conceitos, não as palavras, foram inspirados.
6) Gradual - Os autores bíblicos foram mais inspirados que outros autores humanos.
7) Neo-ortodoxa - Autores humanos só poderiam produzir uma registro falível.
8) Verbal e Plenária - Esta é a verdadeira doutrina e significa que cada palavra (verbal) e todas as palavras
(plenária) foram inspiradas no sentido da definição acima.
9) Inspiração Falível - Uma teoria, que vem ganhando popularidade, de que a Bíblia é inspirada mas não isenta
de erros.

C) Características da Inspiração Verbal e Plenária:

1) A verdadeira doutrina é válida apenas para os manuscritos originais.


2) Ela se estende às próprias palavras.
3) Vê Deus como o superintendente do processo, não ditando aos escritores, mas guiando-os.
4) Inclui a inerrância.

D) Provas da Inspiração Verbal e Plenária:

1) 2Tm 3.16. Theopneustos, soprado por Deus. Afirma que Deus é o autor das Escrituras e que estas são o
produto de Seu sopro criador.
2) 2Pe 1.20,21. O “como” da inspiração - homens “movidos” (lit., “carregados”) pelo Espírito Santo.
3) Ordens especificas para escrever a Palavra do Senhor (Ex 17.14; Jr 30.2).
4) O uso de citações (Mt 15.4; At 28.25).
5) O uso que Jesus fez do Antigo Testamento (A.T.) (Mt 5.17; Jo 10.35).
6) O N.T. afirma que outras partes do N.T. são Escrituras (1Tm 5.18; 2Pe 3.16).
7) Os escritores estavam conscientes de estarem escrevendo a Palavra de Deus (1Co 2.13; 1Pe 1.11,12)

E) Provas de Inerrância:

1) A fidedignidade do caráter de Deus (Jo 17.3; Rm 3.4).


2) O ensino de Cristo (Mt 5.17; Jo 10.35).
3) Os argumentos baseados em uma palavra ou na forma de uma palavra (Gl 3.16, “descendente”; Mt 22.31,32,
“sou”).

IV. CANONICIDADE.

A) Considerações fundamentais:

1) A Bíblia é auto-autenticável e os concílios eclesiásticos só reconheceram (não atribuíram) a autoridade inerente


nos próprios livros.
2) Deus guiou os concílios de modo que o cânon fosse reconhecido.

B) Cânon do Antigo Testamento (A.T.):

1) Alguns afirmam que todos os livros do cânon do A.T. foram reunidos e reconhecidos sob a liderança de Esdras
(quinto século a.C.).
2) O N.T. se refere a A.T. como escritura (Mt 23.35; a expressão de Jesus equivaleria dizer hoje “de Gênesis a
Malaquias”; cf. Mt 21.42; 22.29).
3) O Sínodo de Jamnia (90 A.D.) Uma reunião de rabinos judeus que reconheceu os livros do A.T.

C) Os princípios de Canonicidade dos Livros do Novo Testamento (N.T.):

1) Apostolicidade. O livro foi escrito ou influenciado por algum apóstolos?


2) Conteúdo. O seu caráter espiritual é suficiente?
3) Universalidade. Foi amplamente aceito pela igreja?
4) Inspiração. O livro oferecia prova interna de inspiração?

D) A Formação do Cânon do Novo Testamento (N.T.):


BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA
1) O período dos apóstolos. Eles reivindicaram autoridade para seus escritos (1Ts 5.27; Cl 4.16).
2) O período pós-apostólico. Todos os livros forma reconhecidos exceto Hebreus, 2 Pedro e 3 João.
3) O Concílio de Cartago, 397, reconheceu como canônicos os 27 livros do N.T.

V. ILUMINAÇÃO

A) Em Relação aos Não-Salvos:

1) Sua necessidade (1Co 2.14; 2Co 4.4)


2) O ministério do convencimento do Espírito ( Jo 16.7-11)

B) Em Relação ao Crente:

1) Sua necessidade (1C0 2.10-12; 3.2).


2) O ministério do ensino do Espírito (Jo 16.13-15)

VI. INTERPRETAÇÃO

A) Princípios de Interpretação:

1) Interpretar histórica e gramaticalmente.


2) Interpretar de acordo com os contextos imediatos e mais amplo.
3) Interpretar em harmonia com toda a Bíblia, comparando Escritura com Escritura.

B) Divisões Gerais da Bíblia:

1) Antigo Testamento (A.T.):

A- Livros históricos: de Gênesis a Ester.


B- Livros poéticos: de Jó a Cantares.
C- Livros proféticos: de Isaías a Malaquias.

2) Novo Testamento (N.T.):

A- Evangelhos: Mateus a João.


B- História da Igreja: Atos.
C- Epístolas: de Romanos a Judas.
D- Profecia: Apocalipse.

C) Alianças Bíblicas:

Noética (Gn 8.20-22)


Abraâmica (Gn 12.1-3)
Mosaica (Ex 19.3 - 40.38)
Palestiniana (Dt 30)
Davídica (2Sm 7.5-17)
Nova Aliança (Jr 31.31-34; Mt 26.28)

ESCATOLOGIA - Doutrina das últimas coisas.

Em relação à volta do Senhor Jesus, a única unanimidade que há entre os teólogos é que ela acontecerá.
Nos demais aspectos, são várias correntes defendidas. Cada um com sua teoria e opinião.
É praticamente impossível definir como será a volta do Senhor e os demais acontecimentos dos últimos
dias. São os mistérios do Senhor!
A seguir, transcrevo as principais correntes defendidas pelos teólogos.

Os assuntos são:

I - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO


II- O ARREBATAMENTO DA IGREJA
III- A TRIBULAÇÃO
IV- O MILÊNIO
V- OS JUÍZOS FUTUROS
VI- AS RESSURREIÇÕES
I - A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA
A. Posição Pós-milenista.

1- Significado:
A segunda vinda de Cristo se dará depois do milênio.
2- Ordem dos acontecimentos:
A parte final da Era da Igreja (i.e.. Os seus últimos mil anos) é o Milênio, que será uma época de paz e
abundância promovida pelos esforços da igreja. Depois disso, Cristo virá. Seguir-se-á então uma
ressurreição generalizada, e depois desta um juízo geral e a eternidade.
3- Método de interpretação:
A interpretação pós-milenista é amplamente espiritualizada no que tange a profecia. Apocalipse 20,
todavia, será cumprido num reino terreno, estabelecido pelos esforços da igreja.

B. Posição Amilenista

1- Significado:
A Segunda vinda de Cristo se dará no fim da época da igreja e não existe um Milênio na Terra.
Estritamente falando, os amilenistas crêem que a presente condição dos justos no céu é o Milênio, e que
não há ou haverá um Milênio terrestre. Alguns amilenistas tratam a soberania de Cristo sobre os corações
dos crentes como se fosse o Milênio.
2- Ordem dos acontecimentos:
A Era da Igreja terminará num tempo de convulsão, Cristo voltará, haverá ressurreição e juízo gerais e,
depois, a eternidade.
3- Método de interpretação:
A interpretação amilenista espiritualiza as promessas feitas a Israel como nação, dizendo que são
cumpridas na Igreja. De acordo com esse ponto de vista, Apocalipse 20 descreve a cena das almas nos
céus durante o período entre a primeira e a segunda vinda de Cristo.

C. Posição Pré-milenista.

1- Significado:
A segunda vinda de Cristo acontecerá antes do Milênio.
2- Ordem dos acontecimentos:
A Era da Igreja termina no tempo da Tribulação, Cristo volta à Terra, estabelece e dirige seu reino por
1.000 anos, ocorrem a ressurreição e o juízo dos não-salvos, e depois vem a eternidade.
3- Método de interpretação:
O pré-milenismo segue o método de interpretação normal, literal, histórico-gramatical. Apocalipse 20 é
entendido literalmente.
4- A questão do arrebatamento:
Entre os pré-milenistas não há unanimidade quanto ao tempo em que vai ocorrer o arrebatamento.

II. O ARREBATAMENTO

A- A Ocasião do Arrebatamento:

Pós-milenistas e amilenistas vêem o arrebatamento da igreja no final desta era e simultâneo com a
segunda vinda de Cristo. Entre os pré-milenistas, há vários pontos de vista.

1. Arrebatamento pré-tribulacional:

A- Significado:

O arrebatamento da Igreja (i.e., a vinda do Senhor nos ares para os Seus santos) ocorrerá antes que
comece o período de sete anos da tribulação. Por isso, a Igreja não passará pela Tribulação, segundo este
ponto de vista.

B- Provas citadas:

-A promessa de ser guardada (fora) da hora da provação. (Ap 3.10)


-A remoção do aspecto de habitação no ministério do Espírito Santo exige necessariamente a remoção dos
crentes. (2Ts 2)
-A tribulação é um período de derramamento da ira de Deus, da qual a Igreja já está isenta. (Ap 6.17, cf.
BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA
1Ts 1.10; 5.9)
-O arrebatamento só pode ser iminente se for pré-tribulacional. (1Ts 5.6)
2. Arrebatamento mesotribulacional:

A- Significado:
O arrebatamento ocorrerá depois de transcorridos três anos e meio do período da tribulação.

B- Provas citadas:
-A última trombeta de 1Co 15.52 é a sétima trombeta de Apocalipse 11.15, que soa na metade da
tribulação.
-A Grande Tribulação é composta apenas dos últimos três anos e meio da septuagésima semana da
profecia de Daniel 9.24-27, e a promessa de libertação da Igreja só se aplica a esse período. (Ap 11.2;
12.6)
-A ressurreição das duas testemunhas retrata o arrebatamento da Igreja, e sua ressurreição ocorre na
metade da tribulação. (Ap 11.3,11)
3. Arrebatamento pós-tribulacional:

A- Significado:
O arrebatamento acontecerá ao final da Tribulação. O arrebatamento é distinto da segunda vinda, embora
seja separado dela por um pequeno intervalo de tempo. A igreja permanecerá na terra durante todo o
período da tribulação.

B- Provas citadas:
-O arrebatamento e a segunda vinda são descritos pelas mesmas palavras.
-Preservação da ira significa proteção sobrenatural para os crentes durante a tribulação, não libertação por
ausência (assim como Israel permaneceu no Egito durante as pragas, mas protegido de seus efeitos).
-Há santos na terra durante a tribulação. (Mt 24.22)
4. Arrebatamento parcial:

A- Significado:
Somente os crentes considerados dignos serão arrebatados antes de a ira de Deus ser derramada sobre a
terra; os que não tiverem sido fiéis permanecerão na terra durante a tribulação.

B- Provas citadas:
-Versículos como Hebreus 9.28, que exigem vigilância e preparo.
B- A Descrição do Arrebatamento:

1- Os textos:
1Ts 4.13-18; 1Co 15.51-57; Jo 14.1-3

2- Os acontecimentos:

-Descida de Cristo.
-A Ressurreição dos mortos em Cristo.
-A Transformação de corpos mortais para imortais dos crentes vivos na ocasião.

-O encontro com Cristo nos ares para a subida ao céu.

III. A TRIBULAÇÃO

A- Sua Duração:
É a 70ª semana de Daniel e, portanto, durará sete anos (Dn 9.27). A metade desse período é apresentada
pelas expressões “42 meses” e “1.260 dias” (Ap 11.2,3)
B- Sua Distinção:
(Mt 24.21; Ap 6.15-17)
C- Sua Descrição:

-Julgamento sobre o mundo. As três séries de juízos descrevem esse julgamento (selos, Ap 6; trombeta,
Ap 8-9; taças, Ap 16)
-Perseguição contra Israel. (Mt 24.9,22; Ap 12.17)
-Salvação de multidões (ap 7).
-Ascensão e domínio do anticristo (2Ts 2; Ap 13).

D- Seu Desfecho:
A tribulação terminará com a reunião das nações para a batalha de Armagedom e com o retorno de Cristo
à terra (Ap 19).
BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA

IV. O MILÊNIO:

A- Definição:
O Milênio é o período de 1000 anos em que Cristo reinará sobre a terra, dando cumprimento às alianças
abraâmica e davídica, bem como à nova aliança.
B- Suas Designações:
O Milênio é chamado de “reino dos céus” (Mt 6.10), “reino de Deus” (Lc 19.11), “reino de Cristo” (Ap
11.15), a “regeneração” (Mt 19.28), “tempos de refrigério” (At 3.19) e o “mundo por vir” (Hb 2.5).

C- Seu Governo:

-Seu cabeça será Cristo (Ap 19.16)


-Seu caráter. Um reino espiritual que produzirá paz, equidade, justiça, prosperidade e glória (Is 11.2-5).
-Sua capital será Jerusalém (2.3).

D- Sua Relação com satanás:


Durante este período satanás estará acorrentado, sendo liberto ao seu final, para liderar uma revolta final
contra Cristo (Ap 20). Satanás será derrotado e lançado definitivamente no lago de fogo.

V. OS JUÍZOS FUTUROS

A- O Julgamento das Obras dos Crentes:


Tempo: Depois do arrebatamento da Igreja.
Lugar: No céu.
Juiz: Cristo.
Participantes: Todos os membros do Corpo de Cristo.
Base: Obras posteriores à salvação.
Resultado: Galardões ou perda de galardões.
Textos: 1Co 3.11-15; 2Co 15.10
B- O Julgamento das Nações (ou gentios):

Tempo: Na segunda vinda de Cristo.


Lugar: Vale de Josafá.
Juiz: Cristo.
Participantes: Os gentios vivos na época da volta de Cristo.
Base: Tratamento dos “irmãos” de Cristo, i.e., Israel.
Resultado: Os salvos entram no reino; os perdidos são lançados no lago de fogo.
Textos: Mt 25.31-46; Jl 3.2

C- O Julgamento de Israel:

Tempo: Na segunda vinda de Cristo.


Lugar: Na terra, no “deserto dos povos” (Ez 20.35).
Juiz: Cristo.
Participantes: Judeus vivos ao tempo da segunda vinda de Cristo.
Base: Aceitação do Messias.
Resultado: Os salvos entrarão no reino; os perdidos serão lançados no lago de fogo.
Textos: Ez 20.33-38

D- O Julgamento dos Anjos Caídos:


Tempo: Provavelmente depois do milênio.
Lugar: Não especificado.
Juiz: Cristo e os crentes.
Participantes: Anjos caídos.
Base: Desobediência a Deus ao seguirem a satanás em sua revolta.
Resultado: Lançados no lago de fogo.
Textos: Jd 6; 1Co 6.3
E- O Julgamento dos Mortos Não-Redimidos:

Tempo: Depois do Milênio.


Lugar: Perante o Grande Trono Branco.
Juiz: Cristo.
Participantes: Todos os não-salvos desde o principio da humanidade.
Base: O que faz serem julgados é a rejeição da salvação em Cristo, mas o fogo do juízo é a demonstração
BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA
de que pelas próprias más obras merecem a punição eterna.
Resultados: O lago de fogo.
Textos: Ap 20.11-15

VI. AS RESSURREIÇÕES

A- A Ressurreição dos Justos:


(Lc 14.14; Jo 5.28,29)

-Inclui os mortos em Cristo, que são ressuscitados no arrebatamento da igreja (1Ts 4.16).
-Inclui os salvos durante os período da tribulação (Ap 20.4).
-Inclui os santos do A. T. (Dn 12.2 - Alguns crêem que serão ressuscitados no arrebatamento; outros
pensam que isso se dará na segunda vinda). Todos estes são incluídos na primeira ressurreição.

B- A Ressurreição dos Ímpios:


Todos os não-salvos serão ressuscitados depois do milênio para comparecerem perante o Grande Trono
Branco e serem julgados (Ap 20.11-15). Esta segunda ressurreição resulta na segunda morte para todos
os envolvidos.

ÚLTIMAS COISAS

O Arrebatamento, a Segunda Vinda e o Milênio

A escatologia é o aspecto da doutrina bíblica que lida com as “ultimas coisas” (do grego eschatos, “final”). Em 1 Jo
2.18, João descreve os momento em que escreveu como sendo a “última hora”, evidenciando que ele, como em
todas as gerações, vivia em expectativa imediata da segunda vinda de Cristo e via o seu tempo como um no qual
a presente evidência parecia afirmar que a sua geração era mesmo a última. Não é uma atitude doentia: Cristo
Jesus deseja que as pessoas aguardem ansiosamente a sua volta ( Mt 25.1-3; 2Tm 4.8).

João não aponta apenas para o avançado da hora da história como ele a vê; ele também se volta para o assunto
do anticristo, um tema comumente discutido quando se estuda a escatologia. O espírito do anticristo, o
arrebatamento da igreja, a grande tribulação, a restauração da nação de Israel e o reino milenar de Cristo na
Terra estão todos ente os muitos assuntos que a Bíblia descreve como “últimas coisas”. A Bíblia claramente diz
que essas coisas devem acontecer. Entretanto, o momento exato não está claro: em muitos casos não é dada a
seqüência ou maneira correta do cumprimento de tais acontecimentos.

Este site não segue qualquer ponto de vista conclusivo em relação a esses assuntos popularmente discutidos. Pelo
contrário, ele procura ajudar os companheiros cristãos a compreender o ponto de vista dos outros e a fim de
auxiliar no diálogo e repudiar o fanatismo. Provavelmente não seja razoável para um cristão ser separado de outro
na interpretação de coisas ainda futuras, coisas das quais não se pode saber o resultado final até que realmente
ocorram. Tanto o arrebatamento da igreja (incluindo a segundo vinda de Cristo) quanto o milênio (ou o período de
mil anos do reino de Cristo) são peças centrais no futuro profético. Honestidade em relação a esses dois
acontecimentos, que são absolutamente certos nas Escrituras, mostra que não são absolutamente precisos em se
designar uma época especifica ou método ou ordem definitiva de ocorrência.

São apresentados três possibilidades, todas com base bíblicas, sobre a ordem das coisas dos últimos dias. Isto
sugerem, que nenhuma dessas correntes é a correta, mas, que são teorias apenas. Portanto, não deve-se jamais
discuti-las ou serem ensinadas como verdade absoluta.

1. Amilenismo: (definição: Wayne Grudem)

A primeira posição aqui explicada, o amilenismo, é realmente a mais simples.

Segundo essa posição, a passagem de Apocalipse 20.1-10 descreve a presente era da igreja. Trata-se de uma era
em que a influência de Satanás sobre as nações sofre grande redução de modo que o evangelho pode ser pregado
por todo o mundo. Aqueles que reinam com Cristo por mil anos são os cristãos que morreram e já estão reinando
com Cristo no céu. O reino de Cristo no milênio, segundo esse ponto de vista, não é um reino físico aqui na terra,
mas sim o reino celestial sobre o qual ele falou ao declarar: “Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra” (Mt
28.18).

Esse ponto de vista é chamado “amilenista” por sustentar que não existe nenhum milênio que ainda esteja por vir.
Como os amilenistas crêem que Apocalipse 20 está-se cumprindo agora na era da igreja, sustentam que o
“milênio” aqui descrito já está em curso no presente. A duração exata da era da igreja não pode ser conhecida, e
a expressão “mil anos” é simplesmente uma figura de linguagem par um longo período em que os propósitos
perfeitos de Deus vão se realizar.
BIBLIOLOGIA ESCATOLOGIA
De acordo com essa posição, a presente era da igreja continuará até o tempo da volta de Cristo. Quando Cristo
voltar, haverá ressurreição tanto de crentes como de incrédulos. Os crentes terão o corpo ressuscitado e unido
novamente com o espírito e entrarão no pleno gozo do céu para sempre. Os incrédulos serão ressuscitados para
enfrentar o julgamento final e a condenação eterna. Os crentes também comparecerão diante do tribunal de Cristo
(2 Co 5.10), mas esse julgamento irá apenas determinar os graus de recompensa no céu, pois só os incrédulos
serão condenados eternamente. Por esse tempo também começarão o novo céu e a nova terra. Imediatamente
após o juízo final, o estado eterno terá início e permanecerá para sempre.

Esse esquema é bem simples porque nele todos os eventos dos tempos do fim ocorrem de uma só vez,
imediatamente após a volta de Cristo. Alguns amilenistas dizem que Cristo pode voltar a qualquer momento,
enquanto outros (como Berkhof) alegam que alguns sinais ainda não se cumpriram.

2. Pós-milenismo: (definição: Wayne Grudem)

O prefixo pós significa “depois”. Segundo esse ponto de vista, Cristo voltará após o milênio.

Segundo esse ponto de vista, o avanço do evangelho e o crescimento da igreja se acentuarão de forma gradativa,
de tal modo que uma proporção cada vez maior da população mundial se tornará cristã. Como conseqüência,
haverá influências cristãs significativas na sociedade, esta funcionará mais e mais de acordo com os padrões de
Deus e gradualmente virá uma “era milenar” de paz e justiça sobre a terra. Esse “milênio” durará um longo
período (não necessariamente de mil anos literais) e, por fim, ao final desse período, Cristo voltará à terra,
crentes e incrédulos será ressuscitados, ocorrerá o juízo final e haverá um novo céu e uma nova terra. Entraremos
então no estado eterno.

A característica principal do pós-milenismo é ser muito otimista acerca do poder do evangelho par mudar vidas e
estabelecer o bem no mundo. A crença no pós-milenismo tende a aumentar em época em que a igreja
experimenta grande avivamento, há ausência de guerras e conflitos internacionais e aparentemente se obtêm
grandes avanços na vitória sobre o mal e sobre o sofrimento no mundo. Mas o pós0milenismo em sua forma mais
responsável não se baseia simplesmente na observação dos eventos do mundo em nossa volta, mas em
argumentos extraídos de várias passagens da Escrituras, as quais examinaremos abaixo.

3.Pré-milenismo: (defininção: Wayne Grudem)

a) Pré-milenismo clássico ou histórico:


O prefixo “pré” significa “antes” e a posição pré-milenista diz que Cristo irá voltar antes do milênio. Esse ponto de
vista é defendido desde os primeiros séculos do cristianismo.

Segundo esse ponto de vista, a presente era da igreja continuará até que, com a proximidade do fim, venha sobre
a terra um período de grande tribulação e sofrimento. Depois desse período de tribulação no final da era da igreja,
Cristo voltará à terra estabelecer um reino milenar. Quando ele voltar, os crentes que tiverem morrido serão
ressuscitados, terão o corpo reunido ao espírito, e esses crentes reinarão com Cristo sobre a terra por mil anos.
(Alguns pré-milenistas o consideram mil anos literais, enquanto outros o entendem como expressão simbólica
para um período longo.) Durante esse tempo, Cristo estará fisicamente presente sobre a terra em seu corpo
ressurreto e dominará como Rei sobre toda a terra. Os crentes ressuscitados e os que estiverem sobre a terra
quando Cristo voltar receberão o corpo glorificado da ressurreição, que nunca morrerá, e nesse corpo da
ressurreição viverão sobre a terra e reinarão com Cristo. Quanto aos incrédulos que restarem sobre a terra,
muitos (mas não todos) se converterão a Cristo e serão salvos. Jesus reinará em perfeita justiça e haverá paz por
toda a terra. Muitos pré-milenistas sustentam que a terra será renovada e veremos de fato o novo céu e a nova
terra durante esse período (mas a fidelidade a esse ponto não é essencial ao pré-milenismo, pois é possível ser
pré-milenista e sustentar que o novo céu e a nova terra virão só depois do juízo final). No início desse tempo,
Satanás será preso e lançado no abismo, de modo que não terá influência sobre a terra durante o milênio no
abismo, de modo que não terá influência sobre a terra durante o milênio (Ap 20.1-3).

De acordo com o ponto de vista pré-milenista, no final dos mil anos Satanás será solto do abismo e unirá as forças
com muitos incrédulos que se submeteram externamente ao reinado de Cristo, mas por dentro revolvem-se em
revolta contra ele. Satanás reunirá esse povo rebelde para batalhar contra Cristo, mas serão derrotados
definitivamente. Cristo então ressuscitará todos os incrédulos que tiverem morrido ao longo da história, e esses
comparecerão diante dele para o julgamento final. Uma vez realizado o juízo final, os crentes entrarão no estrado
eterno.

Parece que o pré-milenismo tende a crescer em popularidade à medida que a igreja experimenta perseguição e o
sofrimento e o mal aumentam sobre a terra. Mas, assim como no caso do pós-milenismo, os argumentos a favor
do pré-milenismo não se baseiam em observação de eventos correntes, mas em passagens específicas das
Escrituras, especialmente (mas não exclusivamente) Apocalipse 20.1-10.
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b) Pré-milenismo pré-tribulacionista (ou pré-milenismo dispensacionalista):
Outra variedade de pré-milenismo conquistou ampla popularidade nos séculos XIX e XX, em especial no Reino
Unido e nos Estado Unidos. Segundo essa posição, Cristo voltará não só antes do milênio (a volta de Cristo é pré-
milenar), mas também ocorrerá antes da grande tribulação (a volta de Cristo é pré-tribulacional). Esse ponto de
visa é semelhante à posição pré-milenista clássica mencionada acima, mas com uma importante diferença:
acrescenta outra volta de Cristo antes de sua vinda para reinar sobre a terra no milênio. Essa volta é vista como
um retorno secreto de Cristo para tirar os crentes do mundo.

Segundo esse ponto de vista, a era da igreja continuará até que, de repente, de maneira inesperada e secreta,
Cristo chegará a meio caminho da terra e chamará para si os crentes: “...os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares” (1Ts 4.16-17). Cristo então retornará ao céu com os crentes arrebatados da terra.
Quando isso acontecer, haverá uma grande tribulação sobre a terra por um período de sete anos.

Durante esse período de sete anos de tribulação, cumprir-se-ão muitos dos sinais que, segundo predições,
precederiam a volta de Cristo. O grande ajuntamento da plenitude dos judeus ocorrerá à medida que eles
aceitarem Cristo como o Messias. Em meio ao grande sofrimento haverá também muita evangelização eficaz,
realizada em especial pelos novos cristãos judeus. Ao final da tribulação, Cristo voltará com os seus santos para
reinar sobre a terra por mil anos. Depois desse período milenar haverá uma rebelião que resultará na derrota final
de Satanás e suas forças, e então virá a ressurreição dos incrédulos, o último julgamento e o começo do estado
eterno.

Deve-se mencionar outra característica do pré-milenismo pré-tribulacionista: essa postura se encontra quase
exclusivamente entre os dispensacionalistas que desejam fazer distinção clara entre a igreja a Israel. Essa posição
pré-tribulacionista permite que a distinção seja mantida, uma vez que a igreja é retirada do mundo antes da
conversão geral do povo judeu. Esse povo judeu, portanto, permanecerá um grupo distinto da igreja. Outra
característica do pré-milenismo pré-tribulacionista é sua insistência em interpretar as profecias bíblicas
“literalmente sempre que possível”. Isso se aplica em especial a profecias do Antigo testamento acerca de Israel.
Os que defendem essa posição argumentam que essas profecias da futura bênção de Deus a Israel ainda irão se
cumprir entre o próprio povo judeu; elas não devem ser “espiritualizadas”, tentando-se ver o seu cumprimento na
igreja. Por fim, uma característica atraente do pré-milenismo pré-tribulacionista é que ele permite às pessoas
insistir em dizer que a volta de Cristo pode ocorrer “a qualquer momento” e, por essa razão, fazem justiça ao
significado pleno das passagens que nos incentivam a estarmos prontos para a volta de Cristo, ao mesmo tempo
que ainda admite um cumprimento bem literal dos sinais que precedem a sua volta, pois diz que lês se darão
durante a tribulação.

Apocalipse (Ap)
Autor: Apóstolo João
Data: Cerca de 79—95 dC

Autor
O autor se refere a si mesmo quatro vezes como João (1.1,4,9; 22.8). Ele era tão bem conhecido por seus leitores
e sua autoridade espiritual era tão amplamente reconhecida que ele não precisou estabelecer suas credenciais. A
Antiga tradição eclesiásticas atribui unanimemente este livro ao apóstolo João.

Antecedentes e Data
As evidências em Ap indicam que foi escrito durante um período de extrema perseguição aos cristãos, que
possivelmente tenha começado com Nero depois do grande fogo que quase destruiu Roma, em Julho de 64 dC, e
continuou até seu suicídio, em junho de 68 dC. Segundo esta visão, portanto, o livro foi escrito antes da
destruição de Jerusalém em setembro de 70 dC, e é um profecia autêntica sobre o sofrimento continuo e a
perseguição dos cristãos, que tornou-se bem mais intensa e severa nos anos seguintes. Com base em declarações
isoladas pelos patriarca da igreja primitiva, alguns intérprete datam o livro perto do final do reino de Domiciano
(81-96 dC), depois de João ter fugido para Éfeso.

Ocasião e Objetivo
Sob a inspiração do Espírito e do AT, João sem dúvida vinha refletindo os acontecimento horripilantes que
ocorriam em Roma e em Jerusalém quando ele recebeu a “profecia” do que estava para acontecer— a
intensificação do conflito espiritual confrontando a igreja (1.3), perpetrada pelo estado anticristão e numerosas
religiões anti-cristãs. O objetivo desta mensagem era fornecer estímulo pastoral aos cristãos perseguidos,
confortando, desafiando e proclamando a esperança cristão garantida e certa, junto com a garantia de que, em
Cristo, eles estavam compartilhando o método soberano de Deus de superar totalmente as forças do mal em todas
suas manifestações. O Ap também é um apelo evangelístico a todos aqueles que estão atualmente vivendo no
reino das trevas para entrar no Reino da Luz (22.17)

Conteúdo
A mensagem central do Ap é que “Deus Todo-poderoso reina” (19.6). Este tema foi validado na história devido à
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vitória do cordeiro, que é “o Senhor dos senhores e Reis dos reis” (17.14).
Entretanto, aqueles que seguem o Cordeiro estão envolvidos em um conflito espiritual contínuo e, sendo assim, o
Ap fornece um maior discernimento quanto à natureza e tática do inimigo (Ef 6.10-12). O dragão, frustrado por
sua derrota na cruz e pelas conseqüentes restrições imposta sobre sua atividade, e desesperado para frustrar os
propósito de Deus perante seus destino inevitável, desenvolver uma trindade forjada a “fazer guerra” com os
santos (12.17). A primeira “besta” ou monstro simboliza a realidade do governo anticristão e poder político (13.1-
10,13). A segunda, a religião anticristã, a filosofia, a ideologia (13.11-17). Juntos, eles forma a sociedade,
comercio e cultura secular cristã definitivamente enganosa e sedutora, a prostituta Babilônia (caps 17-18),
composta daqueles que “habitam a terra”. Eles, portanto, possuem a “marca” do monstro, e seus nomes não
estão registrado no “Livro da Vida do Cordeiro”. O dragão delega continuamente seu poder restrito e autoridade
aos monstros e seus seguidores a fim de enganar e desanimar qualquer pessoa do propósito criativo-redentor de
Deus.

Forma Literária
Depois do prefácio, o Ap começa (1.4-7) e termina em (22.21) como uma carta típica do NT. Embora contenha
sete cartas para sete igrejas, está claro que cada membro deve “ouvir” a mensagem a cada uma das igrejas
(2.7,11,17,29; 3.6,13,22), bem como a mensagem do livro inteiro (1.3; 22.16), a fim de que possam obedecer-
lhe (1.3; 22.9). Dentro desta carta está “a profecia” (1.3; 10.11; 19.10; 22.6-7,10,18-19). De acordo com Paulo,
“o que profetiza fala aos homens para edificação, exortação(estímulo) e consolação” (1Co 14.3). O profeta fala a
Palavra e Deus como um chamamento à obediência na situação presente e na situação futura imediata, tendo em
vista o futuro definitivo. Essa profecia não deveria ser selada (22.10) por ser relevante aos cristão de todas as
gerações.

Método de Comunicação
João recebeu essas profecias de uma série de visões vívidas contendo imagens simbólicas e números que ecoam
aqueles encontrados nos livros proféticos do AT. João registra essas visões na ordem cronológica na qual as
recebeu, muitas das quais retratam os mesmos acontecimentos através de diferentes perspectivas. Entretanto, ele
não fornece uma ordem cronológica na qual determinados acontecimentos históricos devem acontecer. Por
exemplo, Jesus nasceu no cap.12, é exaltado no cap.5 e está caminhando em meio às suas igreja no cap.1. A
besta que ataca as duas testemunhas no cap.12 não é trazida à existência até o cap.13. João registra uma série
de visões sucessivas, e não uma série de acontecimentos consecutivos.
o Ap é um quadro cósmico— uma série de quadros vivos coloridos, elaborados, acompanhados e interpretados por
oradores cantores celestiais. A palavra fala é prosa elevada, mais poética do que nossas traduções indicam. A
música é semelhante a uma cantata. Repetidamente são introduzidos temas, mais tarde reintroduzidos,
combinados com outros temas desenvolvidos.
Toda a mensagem é “notificada” (1.1). Há um segredo para a compreensão das visões, todas as quais contém
linguagem figurativa que aponta para realidades espirituais em e por trás da experiência histórica. Os sinais e
símbolos são essenciais porque a verdade espiritual e a realidade invisível deve sempre ser comunicada a seres
humanos através de seus sentidos. Os símbolos apontam para o que é definitivamente indescritível. Por exemplo,
o relato de gafanhotos demoníacos do abismo (9.1-12) cria uma impressão vívida e horripilante, mesmo que os
mínimos detalhes não tenham a intenção de ser interpretados.

Cristo Revelado
Quase todos os títulos usados em várias partes do NT para descrever a natureza divino– humana e ao obra
redentora de Jesus são mencionados pelo menos uma vez no Ap, que junto com uma série de títulos adicionais,
nos fornece uma revelação multidimensional da posição presente, do ministério contínuo e da vitória definitiva do
Cristo exaltado.
Embora o ministério terreno de Jesus seja condensado entre sua encarnação e ascensão em 12.5, o Ap afirma que
o Filho de Deus, como Cordeiro, terminou completamente sua obra de redenção (1.5-6). Através de seu sangue,
os pecadores foram perdoados, purificados (5.6,9; 7.14; 12.11) liberados (1.5) e fizeram reis e sacerdotes (1.6;
5.10). Todas as manifestações resultantes de sua vitória aplicada baseiam-se em sua obra terminada na cruz;
portanto, satanás foi derrotado (12.7-12) e preso (20.1-3). Jesus ressuscitou dos mortos e foi entronado como
Soberano absoluto sobre toda a criação (1.5; 2.27). Ele é o “Reis dos reis e o Senhor dos senhores” (17.14;
19.16) e deve receber a mesma adoração que recebe de Deus, o Criador ( 5.12-14).
O único que é “digno” para executar o propósito eterno de Deus é o “Leão de Judá”, que não é um Messias
político, mas um Cordeiro morto (5.5,6). “O Cordeiro” é seu título primário, utilizado vinte e oito vezes em Ap.
Como aquele que conquistou, ele tem a legítima autoridade e poder de controlar todas as forças do mal e suas
conseqüências para seus propósitos de julgamento e salvação (6.1-7.17). O Cordeiro está no trono (4.1-5.14;
22.3).
O Cordeiro, como “um semelhante ao Filho do Homem”, está sempre no meio de seu povo (1.9-3.22; 14.1), cujos
nomes estão registrados em seu livro da vida (3.5; 21.27). Ele os conhece intimamente, e com um amor
incomensuravelmente sagrado, ele cuida, protege, disciplina e os desafia. Eles compartilham totalmente sua
vitória presente e futura (17.14; 19.11-16; 21.1-22.5), bem como a “ceia das bodas” (19.7-9; 21.2) presente e
futura. Ele habita neles (1.13), e eles habitam nele (21.22).
Como “um semelhante ao Filho do Homem”, ele também é o Senhor da colheita final (14.14-20). Ele derrama sua
ira em julgamento sobre satanás (20.10), seus aliados (19.20; 20.14) e sobre os espiritualmente “mortos”
(20.12,15) - todos aqueles que escolheram “habitar na terra” (3.10).
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O cordeiro é o Deus que está chegando (1.7-8; 11.17; 22.7,20) para consumar seu plano eterno, para completar
a criação da nova comunidade de seu povo em “um novo céu e uma nova terra” (21.1) e restaurar as bênçãos do
paraíso de Deus (22.2-5). O Cordeiro é a meta de toda a história (22.13)

O Espírito Santo em Ação


A descrição do ES como “os sete Espíritos” de Deus (1.4; 3.1; 4.5; 5.6) é distinta no NT. O número sete é um
número simbólico, qualitativo, comunicando a idéia de perfeição. Portanto, o ES é manifestado em termos de
perfeição de sua atividade dinâmica, complexa. As “sete lâmpadas de fogo” (4.5) sugerem seu ministério
iluminador, purificador e energizador. O fato de os sete espíritos estarem diante do trono (1.4; 4.5) e serem
simultaneamente os olhos do Cordeiro (5.6) significa a trindade una essencial de Deus que se revelou como Pai,
Filho e ES. Trata-se de um “habitar “ mútuo de Pessoas sem dissolver as distinções de ser e funções essenciais.
Cada uma das mensagens para as sete igreja é do Senhor exaltado, mas o membros individuais são incitados a
ouvir “o que o Espírito diz” (caps.2-3). O Espírito diz somente o que o Senhor Jesus diz.
Portanto , o Espírito é o Espírito da profecia. Cada profecia genuína é inspirada pelo ES e presta testemunho a
Jesus (19.10). As visões proféticas são comunicadas e João somente quando ele está “no Espírito” (1.10; 4.2;
21.10). O conteúdo dessas visões não é nada menos qo que a “Revelação de Jesus Cristo” (1.1).
Toda profecia genuína exige uma resposta. “O Espírito e a esposa dizem: Vem!” (22.17). Todos ouvem ou se
recusam a ouvir esse apelo. O Espírito está operando continuamente em e através da igreja para convidar a entrar
aqueles que permanecem fora da Cidade de Deus. Apenas mediante a habilitação do Espírito é permitido que a
esposa testemunhe e “suporte pacientemente”. Portanto, o Espírito penetra na experiência atual daqueles que
ouvem com antegozo do cumprimento futuro do Reino.

Esboço de Apocalipse

Prólogo 1.1
I. As cartas às sete igrejas 1.9-3.22

O cenário: um semelhante ao Filho do Homem 1.9-20


As cartas 2.1-3.22

II. Os sete selos 4.1-5.14

O cenário 4.1-5.14
Os selos 6.1-8.1

III. As sete trombetas 8.2-11.18

O cenário: O altar dourado 8.2-6


As trombetas 8.7-11.18

IV. Os sete sinais 11.19-15.4

O cenário: A arca do concerto 11.19


Os sinais 12.1-15.4

V. As sete taças 15.5-16.21

O cenário: O templo do testemunho 15.5-16.1


As sete taças 16.2-21

VI. Os sete espetáculos 17.1-20.3

O cenário: Um deserto 17.1-3


Os espetáculos 17.3-20.3

VII. As sete visões da consumação 20.4 –22.5

O Cenário: 20.4-10
As cenas 20.11-22.5

Epílogo 22.6-21
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Sete testemunhas de confirmação 22.6-17
Advertências final e garantia 22.18-20
Bênção 22.21

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