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Auditoria de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios)

Aula 00 - Aula Demonstrativa


Profs. Fabrício Mareco e Gustavo Rocha

Aula 00
AUDITORIA DE OBRAS RODOVIÁRIAS TCE-SC (Teoria e Exercícios)
Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes,
aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução.

Professores: Fabrício Mareco e Gustavo Rocha

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Olá pessoal!

Saiu o edital do concurso para Auditor Fiscal de Controle Externo do Tribunal


de Contas do Estado de Santa Catarina! A

No total serão 10 vagas (9 para ampla concorrência e 1 para candidatos com


deficiência) para o cargo de Auditor Fiscal de Controle Externo – Especialidade:
Engenharia Civil, sendo que os 30 melhores classificados na prova objetiva
serão convocados para avaliação de títulos. O salário é excelente, cerca
R$ 11.607,42 iniciais! Portanto, vale muito a pena!

Estamos muito satisfeitos em dar nossa contribuição nessa sua caminhada


rumo à sua aprovação neste concurso.

Então, convidamos vocês a participarem deste novo curso de Auditoria de


Obras Rodoviárias para TCE/SC (Teoria e Exercícios).

A prova está prevista para o dia 3/4/2015. O nosso objetivo é que


terminemos o curso até 14/3/2016. Com isso, terão tempo de estudar todo o
conteúdo e ainda ter tempo para dar uma boa revisada em toda a matéria até
a data da prova.

Esse curso cobrirá todo o conteúdo programático da disciplina de Obras


Rodoviárias exigido no Edital do TCE-SC. E nele nós procuramos apresentar
cada assunto da maneira mais didática possível, de maneira que o
entendimento mesmo que abrangente, seja assimilado de forma tranquila pelo
aluno. A abordagem dos assuntos nas aulas será feita com a profundidade
necessária para a resolução das questões de provas anteriores. Não se
pretende aqui esgotar os temas ou extrapolar a abrangência exigida pela
Banca. Assim, o objetivo do curso será o de melhorar o custo-benefício do seu
estudo, no limite suficiente à resolução das questões de prova.

Procuramos no nosso curso filtrar para vocês o que achamos de mais


importante sobre essa disciplina, especialmente os conceitos mais relevantes
de cada tópico.

Acreditamos que com o conteúdo desse curso, vocês terão um material


contendo os temas mais relevantes e com maior probabilidade de cobrança na
prova.

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E é com esta finalidade que vamos apresentar um material que aborde o


conteúdo da disciplina diretamente ao ponto principal de cada assunto,
evidenciando os principais temas cobrados em provas de concursos.

Este curso será ministrado por dois professores que têm experiência
diretamente nesta área: Auditorias de Obras Rodoviárias.

Bem, vamos às apresentações:

Meu nome é Fabrício Helder Mareco Magalhães, graduado em engenharia


civil pela Universidade Federal do Ceará - UFC e Mestre engenharia generalista
pela École Centrale de Lyon na França.

Durante a faculdade, realizei vários estágios na área de obras rodoviárias,


razão pela qual escolhi em ser lotado na extinta Secretaria de Obras
Rodoviárias - Secobrodov, hoje SeinfraRodovias, quando entrei no Tribunal de
Contas da União – TCU em 2012. Trabalhei por três anos nesse setor,
fiscalizando e instruído processos relacionados com obras públicas rodoviárias,
tendo tido a oportunidade de ter exercido o cargo de Assessor-Substituto
nessa Secretaria. Ademais, ao longo desses três anos, realizei vários cursos
pelo TCU voltados para a área rodoviária. Atualmente, embora lotado na
Secretaria de Controle Externo do Estado do Ceará – Secex/CE continuo
fiscalizando e realizando trabalhos na área rodoviária.

Com intuito de me qualificar e agregar mais conhecimento aos meus cursos,


comecei uma especialização na área de Gestão, Licenciamento e Auditoria
Ambiental, tema, como veremos, intrinsecamente relacionado a projetos e
execução de obras rodoviárias.

Eu sou o Gustavo Baptista Lins Rocha, graduado pela Universidade Federal


de Goiás com pós-graduação em Construção Civil pela Escola de Administração
de São Paulo da Fundação Getulio Vargas – FGV/EASP.

Trabalhei durante muitos anos na iniciativa privada e durante esse período tive
oportunidade de acompanhar diversos tipos de obras de engenharia
(edificações, pontes, saneamento etc.), mas, sobretudo, executei diversas
obras rodoviárias.

Após esse período na iniciativa privada, no início de 2010 resolvi dar um novo
rumo à minha vida, prestando concursos públicos. No final deste mesmo ano
fui aprovado em 1º lugar para o concurso do Inmetro. Em 2011, fiz o concurso
para Auditor Federal de Controle Externo do Tribunal de Contas da União –
TCU na área de obras, sendo aprovado em 4º lugar nesse certame. Esse é o
cargo que ocupo atualmente, estando lotado na Secretaria de Infraestrutura de
Obras Rodoviárias – Seinfra Rodovias, tendo a oportunidade de já ter exercido

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o cargo de Diretor-Substituto na 3ª Diretoria de Obras Rodoviárias dessa


Secretária do TCU.

Durante nossa experiência como Auditor de Obras realizamos diversas


auditorias nas mais variadas obras rodoviárias, além de termos participados de
uma série de cursos ministrados para o TCU para a área de rodovias.

Acreditamos que neste período pós-edital o estudo deva ser o mais


estratégico. Dessa forma, pensamos em desenvolver o curso trazendo a teoria
da matéria da forma mais enxuta possível, focando nos conceitos básicos que
são considerados imprescindíveis para entender a lógica por traz das questões.

Por falar em questões, TODAS em nosso curso serão COMENTADAS!! Isso


mesmo!! E não pensem que serão poucas não, acreditamos que serão mais de
600 questões comentadas!! Só nessa aula demonstrativa já temos 86 no
total!!

Esse grande número de questões comentadas é simplesmente para que você,


candidato, chegue na prova conhecendo bem como a matéria é cobrada pela
banca e conhecendo as suas principais pegadinhas!! Uma outra vantagem de
ter um curso com bastante questões comentadas é que antes da data da
prova, caso você não tenha tempo de revisar todo o conteúdo da matéria, você
pode estudar apenas pelos comentários das questões que você revisará
praticamente tudo de mais importante na matéria.

Como a banca que fará o concurso será a CESPE, a grande maioria das
questões comentadas no curso serão dessa banca. No entanto, visando
abranger o máximo possível daquilo que já foi cobrado desta disciplina em
diversos outros concursos, lançaremos mãos de questões que já foram
cobradas em outras bancas como a VUNESP, a ESAF e a FCC.

Faremos o possível para tornar o tema claro para o entendimento, sempre


trazendo o enfoque que as bancas têm dado para cada assunto. Nosso objetivo
é colocá-los em nível adequado de conhecimento para vocês se familiarizarem
com a forma de cobrança dos assuntos e comentar o máximo de questões
sobre o tema. Essa será a chave para a sua aprovação.

Pessoal, outra coisa que consideramos muito importante para a aprovação de


vocês é o canal direto que vocês terão com a gente por meio do uso do fórum
de dúvidas quando adquirirem o curso. Dessa forma, se porventura restar
dúvidas sobre determinando tema ou questão, ou, até mesmo dar sugestões
para melhoria do curso, vocês poderão fazê-lo por esse canal.

Uma coisa que aprendemos nessa vida de concurseiro é que disciplina,


determinação, persistência, assim como um estudo estratégico são elementos

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que ajudam bastante a atingir mais rapidamente o sucesso da aprovação. Faça


um planejamento dos estudos e tenha sobre tudo muita força de vontade!!

No que concerne à previsão e ao cronograma das aulas, ao todo nosso curso


terá 11 aulas, sendo os assuntos dispostos da seguinte forma:

Aula Conteúdo Programático


-Especificação e execução de serviços: terraplenagem: (cortes,
00
aterros, bota-foras, etc.). Controle e execução.
-Especificação e execução de serviços: pavimentação: reforço do
01 subleito, sub-base, base e revestimento asfáltico. Controle e
execução.
-Estudos geotécnicos (análise de relatório de sondagens).
-Especificações de materiais: características físicas.
02
-Controle de materiais: cimento, agregados, aditivos, materiais
betuminosos.
-Principais equipamentos utilizados na terraplenagem e de
03 pavimentação.
-Equipamentos para transporte, desmonte e compactação de solo.
04 -Especificação e execução de serviços: drenagem
-Especificação e execução de serviços: obras de arte especiais.
05 -Execução de serviços de sinalização.
-Principais impactos ambientais e medidas mitigadoras.
-Principais ensaios técnicos: de solo, de materiais betuminosos e de
06
agregados.
-Análise orçamentária: Sistema de Custos Rodoviários do DNIT
07
(SICRO). Metodologia e conceitos, produtividade e equipamentos.
-Organização do canteiro de obras.
-Fiscalização: acompanhamento da aplicação de recursos (medições,
cálculos de reajustamento, mudança de data-base, emissão de fatura
08
etc.), análise e interpretação de documentação técnica (editais,
contratos, aditivos contratuais, cadernos de encargos, projetos, diário
de obras etc.)
-Acompanhamento de obras: apropriação de serviços.
09 -Geometria de vias urbanas e estradas; Especificação e
dimensionamento de pavimentos.
10 - Vistoria, recuperação e conservação de pavimentos.

Lembramos que os exercícios que forem resolvidos serão apresentados em


forma de lista no final de cada aula, para que aqueles alunos que desejam
resolvê-los antes de ver o gabarito e de ler os respectivos comentários.

Pessoal, após as devidas apresentações, não percamos tempo e vamos ao que


nos interessa!!
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O tema que trataremos hoje é serviços de Terraplenagem. Veremos que na


concepção de uma rodovia a escolha do trajeto é de vital importância na
quantificação do custo de uma rodovia e que dependendo do trajeto e da cota
do terrapleno escolhido pode-se usar uma boa parte do material que será
obtido em cortes para a construção dos aterros ou rejeitá-lo quando inservível
como material de bota-fora.

Também veremos as Normas DNIT sobre as Especificações de Serviços de


terraplenagem. Consideramos essa parte como a mais cansativa da aula,
porque há muito decoreba o que gera um número muito grande de conceitos a
serem retidos. Mas, garanto a vocês que essa leitura que farão poderá ser a
diferença entre os aprovados e os não aprovados no certame. Vamos ver que
em diversas questões existentes sobre o tema, as bancas gostam de pedir a
literalidade dessas Normas. Estudaremos as partes que consideramos mais
importantes, mas aconselhamos que posteriormente, se tiverem tempo, leiam
as normas que serão tratadas nesta aula.

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SUMÁRIO

1.TERRAPLENAGEM ....................................................................................................................... 9

1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM ...................................................................... 9

1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM ......................................... 14

1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO .......................................................... 20

2. CORTES .................................................................................................................................... 23

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 23

2.2. TIPOS DE CORTES ................................................................................................................. 24

2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA ........................................................ 26

2.4. TALUDE DE CORTE ................................................................................................................ 29

2.5. TALUDE ESCALONADO ......................................................................................................... 31

2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES ............................................................. 31

3. EMPRÉSTIMOS......................................................................................................................... 46

3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS ..................................................................................................... 46

3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS ......................................................................................... 47

4. BOTA – FORA ........................................................................................................................... 50

5. ATERROS .................................................................................................................................. 52

5.1. COMPACTAÇÃO DOS ATERROS ............................................................................................ 54

5.2. MATERIAIS ............................................................................................................................ 55

5.3. ASPECTOS CONSTRUTIVOS E PARTICULARIEDADES............................................................. 56

5.4. EXECUÇÃO DE ATERROS COM MATERIAIS ROCHOSOS ........................................................ 58

6. EXECUÇÃO DE ATERROS COM AREIA ...................................................................................... 58

7. EXECUÇÃO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES ...................................................................... 59

7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS .................................................................................................... 59

7.2. ESTABILIDADE DOS ATERROS E CONSOLIDAÇÃO DAS FUNDAÇÕES .................................... 60

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7.3. CONTROLE DE INSUMOS ...................................................................................................... 69

7.4. CONTROLE DA EXECUÇÃO DA COMPACTAÇÃO ................................................................... 71

8. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES ................................................................................................ 76

8.1. COMPENSAÇÃO LONGITUDINAL .......................................................................................... 77

8.2 COMPENSAÇÃO LATERAL OU TRANSVERSAL ........................................................................ 77

8.3. FATORES DE CONVERSÃO .................................................................................................... 78

9. DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL A SER ESCAVADO ..................................................................... 81

9.1 DIAGRAMA DE BRÜCKNER .................................................................................................... 83

QUESTÕES COMENTADAS NA AULA 0 ........................................................................................ 94

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ........................................................................ 147

GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA ............................................................... 171

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................. 173

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1.TERRAPLENAGEM

O serviço de terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo


terrestre para implantação de obras de engenharia, tais como açudes, canais
de navegação, canais de irrigação, rodovias, ferrovias, aeroportos, pátios
industriais, edificações, barragens e plataformas diversas.

De forma genérica, a terraplanagem ou movimento de terras, pode ser


entendida como o conjunto de operações necessárias para remover a
terra, dos locais em que se encontra em excesso para aqueles em que
há falta, tendo em vista um determinado projeto a ser implantado.

Pessoal, muitas pessoas confundem o termo “terraplenagem”, e acham que a


terraplenagem serve para aplainar (deixar plano) o terreno. Isso não é
verdade, a terraplenagem é o movimento de terra para conformar o terreno
natural, e adequá-lo às dimensões do projeto.

1.1 ETAPAS CONSTITUINTES DA TERRAPLENAGEM

O DNIT define terraplenagem como o conjunto de operações de


escavação, carga, transporte, descarga e compactação dos solos,
aplicadas da construção de aterros e cortes, dando à superfície do
terreno a forma projetada para construção de rodovias.

Vejam que o Manual de Implantação Básica do DNIT traz 5 operações de


terraplenagem, são elas:

a) escavação

b) carga

c) transporte
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d) descarga

e) compactação

Portanto, a terraplenagem pode ser definida como um conjunto de operações


destinadas a conformar o terreno existente aos gabaritos definidos em projeto,
englobando os serviços de corte (escavação de materiais) e de aterro
(deposição e compactação de materiais escavados). A conjugação desses dois
serviços tem por finalidade proporcionar condições geométricas compatíveis
com o volume e tipo dos veículos que irão utilizar a rodovia.

a) Escavação

Consiste no emprego de ferramentas cortantes, como a faca de lâmina ou os


dentes da caçamba de uma carregadeira, com o intuito de romper a
compacidade do solo em seu estado natural.

1.1.1. Carregamento

Consiste no enchimento da caçamba, ou no acúmulo diante da lâmina, do


material que já sofreu seu processo de desagregação, ou seja, que já foi
escavado.

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1.1.2. Transporte

Consiste na movimentação da terra do local em que é escavada para onde será


colocada em definitivo.

Distinguimos o transporte com carga, quando o equipamento está carreado,


isto é, a caçamba está ocupada em sua totalidade pelo material escavado, do
transporte vazio, fase em que a máquina já retorna ao local de escavação
sem a carga de terra.

1.1.3. Descarga e espalhamento

Consistem na descarga e espalhamento do material transportado no local do


aterro a se construído, com o objetivo de execução do aterro propriamente
dito. Quando as especificações determinam a obtenção de certo grau de
compactação no aterro haverá, ainda, a operação final de adensamento do
solo até índices mínimos estabelecidos.

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Espalhamento com motoniveladora

Essas quatro primeiras operações básicas podem ser executadas pela mesma
máquina ou por equipamentos diversos. Exemplificando, um trator de esteira
provido de lâmina, executa sozinho todas as operações acima indicadas, sendo
que as três primeiras com simultaneidade.

1.1.4. Compactação

Compactação de aterros é o processo manual ou mecânico de aplicação de


forças destinadas a reduzir o volume do solo até atingir a densidade
máxima. Entre outras razões, a diminuição do volume deve-se a:

● Melhor disposição dos grãos do solo, permitindo aos menores ocupar os


espaços deixados pelos maiores;

● Diminuição do volume de vazios pela nova arrumação do solo;

● Utilização da água como lubrificante.

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Essas cinco operações repetem-se através do tempo, constituindo-se,


portanto, num trabalho cíclico e o seu conjunto denomina-se ciclo de
operação. A determinação do ciclo de operação permitirá o estudo da
estimativa da produção de um equipamento de terraplenagem.

1 - (IPOJUCA 2009 – CESPE) Terraplenagem é a movimentação de


terra por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de
torná-la plana e, se necessário ao projeto, horizontal.

Bem, nessa questão o examinador tentou enganar o candidato alterando o


conceito de terraplenagem. No início da aula vimos que o serviço de
terraplenagem tem como objetivo a conformação do relevo terrestre para
implantação de obras de engenharia.

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Portanto, pessoal, não caia nessa não! Lembrem-se quando estão viajando de
carro por uma rodovia e recordem como há inúmeros trechos com subidas e
descidas ao longo do caminho. O conteúdo da afirmativa está errado.

Gabarito: Errada

2 - (TJ/CE CESPE – 2014) A terraplanagem é o processo de


movimentação de terra constituído por algumas operações básicas que
ocorrem em sequência ou de forma simultânea. Assinale a opção em
que são apresentadas as operações que constituem fases integrantes
da movimentação de terra.

A) remoção com transporte; escavação

B) remoção com transporte; sondagem

C) descarga com espalhamento; organização do canteiro

D) escavação; limpeza do terreno

E) carga do material escavado; sondagem

Questão bem tranquila que trata das fases integrantes da movimentação de


terra. Como estudamos, há 5 operações de terraplenagem, são elas:

a) escavação
b) carga
c) transporte
d) descarga
e) compactação

Logo a alternativa correta é a letra A.

Gabarito: Letra A

1.2 ATIVIDADES PRELIMINARES À EXECUÇÃO DA TERRAPLENAGEM

A terraplenagem consiste, em termos gerais, na execução de cortes e de


aterros.

Porém, antes de dar início às operações básicas*, é necessária a retirada


de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não participarão
diretamente ou que possam interferir nestas duas operações.

*Não se pode começar nenhuma operação básica antes dos serviços


preliminares
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O conjunto de todas essas atividades é designado por Serviços Preliminares,


os quais compreendem o desmatamento, o destocamento e a limpeza.

O desmatamento é o corte e remoção de toda vegetação de qualquer


densidade e posterior limpeza das áreas destinadas à implantação da
plataforma a ser construída.

O destocamento e a limpeza são operações de escavação e remoção total


dos tocos e raízes e da camada de solo orgânico, na profundidade necessária,
até o nível do terreno considerado apto para terraplenagem das áreas
destinadas à implantação da plataforma a ser construída.

Trator de Esteiras efetuando o destocamento

A área a desmatar deverá ser definida após o projeto de terraplenagem onde


são previstos os limites necessários à implantação dos cortes e aterros
denominados off-sets de terraplenagem.

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Os off-sets são as linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos


serviços.

Caros alunos, segundo o Glossário de Termos Técnicos Rodoviários do DNIT,


off-set significa estaca cravada a 2 m da crista de corte ou pé de aterro,
devidamente cotada, que serve de apoio à execução de terraplenagem e
controle topográfico, sempre no mesmo alinhamento das seções transversais.

Essa “folga” (de 2,00m) é necessária para que durante a execução das
escavações dos cortes ou compactação dos aterros a referência do off-set seja
mantida. Um auxiliar de campo, chamado de “greidista” irá acompanhar a
aferição destas medidas e garantir que os serviços estejam sendo realizados
conforme as definições de projeto.

É comum durante a fase de implantação da rodovia a alteração dos limites


de desmatamento definidos em projeto, em face da dificuldade das
máquinas de acompanhar a linha sinuosa que limita os off-set, principalmente
nas regiões de vegetação densa. Então para facilitar o desempenho
operacional, o desmatamento passa a ser feito por segmento de reta,
aumentando a área a desmatar, agredindo o meio ambiente, facilitando a
erosão e o assoreamento, bem como diminuindo a estabilidade do talude.

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Pessoal, nosso interesse é o foco em concursos públicos. O importante é tentar


extrair do conteúdo os principais conceitos de cada tema e mostrar como são
as cobranças das bancas. Vamos a um resumo da norma DNIT 104/2009 –
ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares” que contém os serviços de
“desmatamento, destocamento e limpeza” que fizemos para vocês. Em
seguida, vamos ver como isso já caiu em provas:

Desmatamento, Destocamento e Limpeza

►Nos cortes

Nas áreas destinadas a CORTES, a exigência é de que a camada 60 cm


abaixo do greide projetado fique totalmente isenta de tocos ou raízes.

►Nos aterros

Quando a cota vermelha* de um ATERRO for superior a 2,00 m, o


desmatamento deve ser executado de modo que os cortes das árvores fique no
máximo, nivelado ao terreno natural, não havendo necessidade do
DESTOCAMENTO.

*cota vermelha é a diferença da cota final de projeto (greide) em relação à


cota do terreno natural

Verificação

-É admitida, como tolerância, uma variação da largura da faixa a ser


trabalhada de + 0,15 m p/ cada lado do eixo*
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* Não é admitida variação negativa

Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza

a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2*

* metro quadrado

b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas


ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos:

b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m

b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m

Obs: o diâmetro das árvores deve ser apreciado a um metro de altura do nível do terreno.

Além do resumo, vamos ver outros detalhes importantes da norma DNIT


104/2009 – ES “Terraplenagem – Serviços Preliminares”:

- Nos serviços preliminares, preferencialmente, devem ser utilizados


tratores de esteiras, com lâminas ou com implementos especiais*
apropriados às tarefas, e motosserras.

* “empurrador de árvore”, “destocador” e “ancinho”

- O equipamento empregado, nos serviços preliminares, deve dispor de


estruturas metálicas de proteção à cabine do operador e à própria
máquina, para protegê-los de eventual queda de galhos e ramos secos ou
mesmo de árvores que venham a ser derrubadas.

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- As operações devem ser complementadas com o emprego de serviço


manual.

- A fiscalização deve assinalar, mediante caiação, as árvores que devem


ser preservadas e as toras que pretende reservar – as quais devem ser,
então, transportadas para local determinado, visando posterior
aproveitamento.

- A limpeza deve ser sempre iniciada pelo corte das árvores e arbustos de
maior porte, tomando-se os cuidados necessários para evitar danos às
árvores a serem preservadas, linhas físicas aéreas ou construções nas
vizinhanças.

- Na operação de limpeza, quando o terreno for inclinado, o trator deve


trabalhar sempre de cima para baixo.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL:

– O projeto deve fornecer orientações sobre os procedimentos a serem


adotados para garantir a qualidade dos serviços de manejo;

– O material decorrente das operações executadas deve ser retirado e


estocado de forma a não agredir o meio-ambiente, podendo ser usado nos
taludes de aterros;

– Não devem ser utilizados explosivos para remoção da vegetação;

Leia também:

DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem – Serviços Preliminares - Especificações de


Serviço)
Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT104_2009_ES.pdf

3 – (PETROBRÁS TEC. EDIFICAÇÃO 2004 – CESPE) Na construção de


aterros, deve ser procedida uma preparação adequada do terreno para
receber o aterro, especialmente com retirada de vegetação ou restos
de demolições eventualmente existentes.

Acabamos de ver que os Serviços Preliminares compreendem o


desmatamento, o destocamento e a limpeza.

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Vimos também que antes de dar início às operações básicas (cortes e aterros)
é necessária a retirada de todos os elementos, naturais ou artificiais, que não
participarão diretamente ou que possam interferir nestas duas operações.

Já o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos serviços


à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente desmatada e
destocada com o respectivo entulho removido.

Gabarito: Certa

4 – (TCE - RN 2006 – CESPE) Os serviços de desmatamento,


destocamento e limpeza são considerados preliminares e nenhum
movimento de terra pode começar antes de esses serviços terem sido
totalmente concluídos.

Vejam que as provas por diversas vezes retomam alguns temas. Por isso é tão
importante resolvermos questões sobre os conteúdos cobrados em concursos,
especialmente da banca que irá organizá-los.

Segundo a norma DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterro –


Especificações de Serviço), antes do início da execução dos aterros, os
elementos/componentes do processo construtivo pertinente e que serão
utilizados para a respectiva implantação do aterro, devem estar em condições
adequadas, condições estas retratadas pelo atendimento do disposto nos itens
4.1 a 4.8 da norma DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes –
Especificações de Serviço).

Por sua vez, o item 4.1 da norma DNIT 106/2009-ES condiciona o início dos
serviços à área objeto dos serviços se apresentar convenientemente
desmatada e destocada com o respectivo entulho removido.

Gabarito: Certa

1.3. ABERTURA E MELHORIA DE CAMINHOS DE SERVIÇO

São estradas de padrão apenas suficiente que garanta o trânsito de


equipamentos e veículos, com a finalidade de interligar cortes e aterros,
assegurar o acesso ao canteiro de serviço, áreas de empréstimos, jazidas,
obras de arte, fontes de abastecimento de água e demais instalações previstas
no canteiro da obra.

Tais estradas se constituem em obras de baixo custo, com movimentos de


terra mínimos, envolvendo ordinariamente, a utilização de solo local e
abrangendo plataforma com largura de 4,0 m a 5,0 m.
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A abertura dos caminhos de serviço, ordinariamente compreende o


aproveitamento da camada do solo superficial ocorrente na respectiva
faixa a ser trabalhada – cumprindo observar que, por se tratar de via
provisória e a ser submetida ao tráfego de pequena magnitude, os
requisitos geotécnicos exigidos para os solos são relativamente brandos,
conforme as normas da espécie.
Caminho de Serviço

Agora, um pequeno resumo de algumas partes importantes da norma DNIT


105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de
Serviço)

Caminhos de Serviço

Vias implantadas de caráter provisório => deslocamento de equipamentos e


veículos

Verificação

-Estabelece-se para a largura da pista de caminho de serviço uma tolerância


de + 0,20 m, em relação a definida pela fiscalização

Medição – Caminhos de Serviços

a) Se dentro dos “off-sets” => será medido como serviço correspondente


(Corte ou Aterro)

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b) Se fora dos “off-sets” => medição específica dos serviços (escavação,


carga, transporte, etc) como caminho de serviço

Também é importante saber:

- Os caminhos de serviços, embora de utilização provisória, devem estar


submetidos a serviço de MANUTENÇÃO atento e permanente, em função da
magnitude do tráfego.

- Os serviços de manutenção devem estar sempre presentes, com a


mobilização periódica de motoniveladora, para promover a
regularização da pista e de sorte a garantir, para o equipamento,
desenvolvimento de velocidade adequada e com a devida segurança. Da
mesma maneira, a fim de combater a formação de poeira deve-se
umedecer as pistas com caminhões pipa ou adicionar-se substâncias
estabilizantes que retêm a umidade natural.

- As exigências pode evoluir, a juízo da Fiscalização, para a execução de


revestimento primário*, envolvendo, então, a utilização de material
adequado, a ser especificado pelo DNIT.

*Revestimento primário: Camada de solo selecionado de boa qualidade,


estabilizado, superposta ao leito natural de uma rodovia, para permitir uma
superfície de rolamento com características superiores às do solo natural,
garantindo melhores condições de trânsito.

Execução de revestimento primário (camada de solo de boa qualidade, para melhorar


as condições de trânsito)

- Quando evidenciada a necessidade, a juízo da Fiscalização, deve-se buscar


uma melhoria relativa do “greide”, eliminando-se ou suavizando-se as
rampas de inclinação mais forte.

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Pessoal, isso significa que para os caminhos de serviço deve-se buscar sempre
aproveitar o leito natural do terreno (já que os caminhos de serviços são
provisórios). Mas há situações em que o terreno natural tem uma topografia
muito acentuada, então, nesses casos, a juízo da fiscalização, deve-se suavizar
as rampas de inclinação forte.

- Nas baixadas, ante a ocorrência de solos de má qualidade ou a possibilidade


de inundações, pode caber, a juízo da Fiscalização, a execução de pequenos
aterros, com os respectivos dispositivos de drenagem, inclusive bueiros.

- As pistas devem ser dotadas de adequadas condições de escoamento


das águas pluviais. Se necessário, a plataforma deve dispor de caimentos
transversais de 1% a 2%, evitando-se a formação de poças d’água ou o
umedecimento do solo, que diminuem sua capacidade de suporte.

Leia também:

DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações de


Serviço)

Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT105_2009_ES.pdf

2. CORTES

2.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

CORTE é um segmento da rodovia, cuja implantação requer escavação do


material constituinte do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos
limites das seções do projeto (off-sets) que definem o corpo estradal, o qual
corresponde à faixa terraplenada.

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2.2. TIPOS DE CORTES

2.2.1. Corte a céu aberto

Escavação praticada na superfície do solo.

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2.2.2. Corte a meia encosta

Escavação para passagem de uma rodovia, que atinge apenas parte de sua
seção transversal.

2.2.3. Corte em caixão

Escavação em que os taludes estão praticamente na vertical.

Corte em caixão (taludes praticamente na vertical)


2.2.4. Corte em raspagem

Quando a sua altura não supera 0,40 m em secção plena ou 0,80 m em


seção mista.

Corte em raspagem

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2.3. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DIFICULDADE EXTRATIVA

É a seguinte a definição das categorias de material escavado, no âmbito do


DNIT:

a) 1ª categoria: terra em geral, piçarra ou argila, rocha em adiantado estado


de decomposição, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior de
15 cm, qualquer que seja o teor de umidade, compatíveis com a utilização
de “dozer”, “scraper” rebocado ou motorizado.

Material 1ª Categoria

b) 2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao


granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de
diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com
emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas de
terraplenagem e ferramentas manuais comuns.

Material de 2ª Categoria (escavação difícil, pode usar explosivos)

c) 3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou


igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1
m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento, se
processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo.

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Material de 3ª categoria – rocha não alterada (uso contínuo de explosivos)

Em princípio, os materiais da 1ª categoria são aqueles facilmente


escaváveis com os equipamentos normais, ainda que se apresentem
bastante rijos, em razão de baixo teor de umidade, pois, se úmidos, podem
perder a resistência oferecida ao desmonte.

Além disso, ainda que estejam misturados com pedras, seixos rolados ou
matacões, desde que sejam escaváveis com o equipamento indicado, são
considerados como de 1ª categoria.

O mesmo se pode afirmar no caso de rocha alterada, desde que apresente


pouca compacidade e permita o uso dos equipamentos comuns.

Os materiais de 2ª categoria são mais resistentes ao desmonte e não


admitem o uso dos equipamentos comuns, a não ser após o emprego de
algum tratamento prévio.

Já os materiais de 3ª categoria são rochas cuja extração e redução, para


tornar possível o carregamento, se processam com o emprego
CONTÍNUO de explosivo.

É importante destacar que o primeiro critério empregado na classificação dos


materiais é a comparação de sua resistência de penetração com a do
granito e o segundo critério deve considerar as dificuldades de escavação,
classificando-os em primeira, segunda e terceira categorias.

Na verdade, a necessidade de se classificar os materiais de escavação nas


citadas categorias provém do simples fato de que os mais resistentes,
oferecendo maior dificuldade ao desmonte, demandam emprego de um
número maior de horas de equipamento ou obrigam ao seu uso de modo mais
intensivo, gerando, obviamente, maiores custos de escavação.

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Após essa constatação, conclui-se que as diferentes categorias corresponderão


preços unitários de escavação bastante diversos.

Daí deriva a importância econômica da classificação dos materiais, permitindo


a remuneração dos serviços de desmonte de acordo com o esforço empregado
nessa operação.

Pessoal, a especificação de Serviço 106/2009 – ES – Terraplenagem –


Cortes do DNIT trás um conceito um pouco deferente do visto anteriormente
(Manual de Implantação Básica do DNIT). Vamos ver:
“3.9 - Material de 1ª categoria

Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou


não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de
umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização
de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado.

3.10 - Material de 2ª categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da


rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos
que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os
blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de
diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

3.11 - Material de 3ª categoria

Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à


rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00
m, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim
de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de
explosivos.”

Portanto, as duas classificações, apesar de divergentes, são válidas. Guardem


as duas!!

Podem ficar tranquilos, pois as bancas não vão explorar questões elementares
do tipo: “Uma rocha com volume igual a 1,5 m3, pode ser classificada como
material de 3ª categoria?”. Geralmente, o conceito cobrado traz todo o
entendimento do que é um material de 3ª categoria, por exemplo.

Reparem que o primeiro critério é quanto á resistência do material, e, no caso,


a norma traz um parâmetro diferente do Manual de Implantação Básica.

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Norma => resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não


alterada

Manual => resistência à penetração mecânica superior ou igual à do granito

Isso vocês precisam saber! Esses detalhes dos dois conceitos!

O mais importante, para a classificação do material de 3ª categoria,


realmente, é que para a sua extração é necessário o uso CONTÍNUO de
explosivos.

Tentem assimilar o conceito como um todo, dessa forma se vier uma questão
de prova, vocês facilmente saberão diferenciar as classificações dos materiais.
Veremos várias questões de concursos que ajudarão a entender como essas
classificações costumam ser abordadas.

5 - (MP/ENAP CESPE - 2015) Da composição do quadro-resumo de


terraplenagem deve constar a classificação dos materiais escavados,
cujo primeiro critério deve ser a comparação com materiais como o
granito e cujo segundo critério deve considerar as dificuldades de
escavação, definindo-se os materiais como de primeira categoria, de
segunda categoria e de terceira categoria.

Pessoal, acabamos de ver que os critérios utilizados na classificação dos


materiais nas categorias está relacionado em comparar os materiais com a
resistência do granito e considerar as dificuldades de escavação, classificando-
os em primeira, segunda e terceira categorias. Tal critério se torna bastante
evidente quando estudamos os conceitos dos materiais de 2ª e 3ª categorias:

2ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica inferior ao


granito, blocos de pedra de volume inferior a 1m³, matacões e pedras de
diâmetro médio superior a 15 cm, cuja extração se processa com
emprego de explosivo ou uso combinado de explosivos, máquinas
de terraplenagem e ferramentas manuais comuns.
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3ª categoria: rocha com resistência à penetração mecânica superior ou


igual à do granito e blocos de rocha de volume igual ou superior a 1
m³, cuja extração e redução, para tornar possível o carregamento,
se processam com o emprego CONTÍNUO de explosivo.

Gabarito: Certa

2.4. TALUDE DE CORTE

Superfície inclinada do terreno natural de um corte

2.4.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Denomina-se talude a superfície inclinada ou vertical, proveniente dos


trabalhos de terraplenagem e que limita o terreno natural com o corpo da
estrada. É também chamado de saia de corte ou de aterro.

Nos cortes, o talude é resultante da escavação do terreno natural. Sua


inclinação é determinada antes do início dos serviços. Nos cortes em solos
finos e expansivos, a inclinação é maior do que nos solos estáveis,
chegando a vertical nos cortes em rocha sã.

Nos aterros, o talude é resultado da colocação dos materiais, provenientes dos


cortes e/ou empréstimos, em camadas sucessivas compactadas. Tanto nos
cortes como nos aterros, a inclinação do talude é função da natureza
do solo e das alturas destes.

A prática rodoviária aconselha, para os cortes, um talude máximo de 1:1 (V:H)


e, para os aterros compactados, a inclinação máxima de 2:3 (V:H), tendo-se
sempre presente que cada tipo de solo merece um estudo específico, devendo
o assunto ser definido, de forma precisa, no Projeto de Engenharia.

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2.5. TALUDE ESCALONADO

Talude em geral alto, em que se praticam banquetas, com vistas à redução


da velocidade das águas pluviais superficiais, para facilitar a drenagem e
aumentar a estabilidade do maciço.

Seção transversal de um corte escalonado

2.6. EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES

EQUIPAMENTOS

A seleção do equipamento deve obedecer às indicações seguintes:

a) Corte em solo - utilizam-se, em geral, tratores equipados com lâminas,


escavo-transportadores, ou escavadores conjugados com transportadores
diversos.

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A operação deve incluir, complementarmente, a utilização de tratores e moto-


niveladoras para escarificação, manutenção de caminhos de serviço e áreas de
trabalho, além de tratores empurradores (“pushers”).

b) Corte em rocha – empregam-se perfuratrizes pneumáticas ou elétricas


para o preparo das minas, tratores equipados com lâmina para a operação de
limpeza da praça de trabalho, e carregadores conjugados com transportadores
para a carga e transporte do material extraído.

Nesta operação, utilizam-se explosivos e detonadores adequados à natureza


da rocha e às condições do canteiro de serviço.

c) Remoção de solos orgânicos, turfa* ou similares, inclusive execução


de corta-rios, utilizam-se retro escavadeiras e escavadeiras com implementos
adequados, e complementados por outros equipamentos citados nas alíneas
anteriores.

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*turfa é um tipo de solo com grande porcentagem de partículas fibrosas de


material carbonoso, ao lado de matéria orgânica no estado coloidal, com
coloração marrom-escura a preta; material mole, não plástico, combustível e
de cheiro característico, além de consistência fofa.

Resumindo, a TURFA é um material muito ruim para a construção de


uma rodovia, visto que tem péssimas características estruturais.

EXECUÇÃO - NORMA DNIT 106/2009-ES – CORTES

Quando alcançado o nível da plataforma dos cortes:

a) Se for verificada a ocorrência de ROCHA sã ou em decomposição, deve-


se promover o rebaixamento do greide, da ordem de 0,40m, e o
preenchimento do rebaixo com material inerte, indicando no projeto de
engenharia ou em sua revisão;

Rocha = quaRenta cm

b) Se for verificada a ocorrência de solos de expansão maior que 2% e


baixa capacidade de suporte, deve-se promover sua remoção, com
rebaixamento de 0,60 m.

expanSivos = Sessenta cm

Em se tratando de solos orgânicos, o projeto ou sua revisão fixarão a


espessura a ser removida. Em todos os casos, deve-se proceder à execução
de novas camadas, constituídas de materiais selecionados, os quais devem ser
objeto de fixação no projeto de engenharia ou em sua revisão;

c) No dos cortes em solo, considerando o preconizado no projeto de


engenharia, devem ser verificadas as condições do solo “in natura” nas
camadas superficiais (0,60 m superiores, equivalente à camada final do
aterro), em termos de grau de compactação. Os segmentos que não
atingirem as condições mínimas de compactação devem ser
escarificados, homogeneizados, levados à umidade adequada e, então,
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devidamente compactados, de sorte a alcançar a energia estabelecida no


Projeto de Engenharia.

Os taludes dos cortes devem apresentar, após a operação de terraplenagem, a


inclinação indicada no projeto de engenharia, para cuja definição foram
consideradas as indicações provenientes das investigações geológicas e
geotécnicas.

Constatada a conveniência técnica e econômica de reserva de materiais


escavados nos cortes, para a confecção das camadas superficiais da
plataforma, deve ser procedido o depósito dos referidos materiais, para sua
oportuna utilização.

Ou seja, pessoal, o material escavado no corte pode ser estocado para


posterior uso.

Atendido o projeto e, desde que técnica e economicamente aconselhável, a


juízo da Fiscalização, as massas em excesso, que resultariam em bota-foras,
podem ser integradas aos aterros, constituindo alargamentos da
plataforma, adoçamento dos taludes ou bermas de equilíbrio*.

*falaremos sobre os bermas de equilíbrio daqui a pouco quando estudaremos


aterro

Então pessoal, desse modo, os excessos de volumes do corte podem ser


aproveitados nos aterros, desde que técnica e economicamente
aconselhável, além disso tem que ser aprovado pela Fiscalização.

Isso vale para os excessos!!

A regra é aproveitar todo o volume do corte para os aterros. Somente


quando o material escavado do corte for muito ruim é que se faz o bota-
fora**!

**veremos em breve os conceitos de bota-fora

As massas excedentes que não se destinarem ao fim indicado na subseção


anterior devem ser, então, objeto de deposição em bota-foras e de modo a
não se constituírem em ameaça à estabilidade da rodovia e nem
prejudicarem o aspecto paisagístico da região, atendendo ao
preconizado no projeto de engenharia.

Nos cortes de altura elevada, em função do definido no projeto de


engenharia, deve ser procedida a implantação de patamares, com
banquetas de largura mínima de 3 m, valetas revestidas e proteção
vegetal.

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Nos pontos de passagem* de corte para aterro, a Fiscalização deve exigir,


precedendo a execução deste último, a escavação transversal ao eixo, até
a profundidade necessária para evitar recalques diferenciais**.

*ponto de passagem é o limite de onde termina o corte e onde começa o


aterro, ou vice-versa.

**abatimento (afundamento) do solo, de maneira não uniforme (desigual).

Corte

- Regra: escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem


indicado (nível da plataforma)
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- Exceção:

- ocorrência de rocha sã ou em decomposição: rebaixamento de 0,40m


+ execução de novas camadas c/ materiais selecionados

- ocorrência de solos expansivos (> 2%), poucos resistentes ou


orgânicos: rebaixamento de 0,60m + substituição por solos selecionados

Medição - Cortes

- considera o volume extraído medido no corte (“in natura”) e a distância de


transporte entre este e o local de depósito

- cálculo dos volumes: Seções Primitivas

- aplicando o método da "média das áreas"

Verificação

a) Variação da altura máxima para eixos e bordas

• Cortes em solo = ± 0,05 m

• Cortes em rocha = ± 0,10 m

b) Variação máx. da largura => + 0,20 m p/ cada semi-plataforma*

* Não é admitida variação negativa


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Leia também:

DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem – Cortes - Especificações de Serviço)


Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT106_2009_ES.pdf

Questões de concursos:

6 - (CGU 2008 – ESAF) Segundo as especificações do DNIT –


Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, “o corte é
um segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação
do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das
seções do projeto, que definem o corpo estradal”. Com relação a esse
serviço, é correto afirmar que:

a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e


a distância de transporte entre este e o local do depósito.

b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível


incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de
empréstimos.

c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a


ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um
rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com
materiais selecionados.

d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares,


com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e
proteção vegetal.

e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª


categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”,
escavadeiras e carregadeiras.

Pessoal, essa questão da ESAF, do concurso da CGU de 2008, cobrou algumas


literalidades de norma do DNIT.

Durante a aula, abordamos os principais pontos das normas de terraplenagem,


inclusive fizemos um resumo do que achamos que deve ser revisado com mais
frequência. Mas, mesmo assim, achamos muito importante dar uma lida em
algumas dessas normas do DNIT. Especialmente nas seguintes:

- DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem - Serviços Preliminares - Especificações


de Serviço)

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- DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações


de Serviço)

- DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço)

- DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem - Empréstimos – Especificações de


Serviço)

- DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem - Aterros – Especificações de Serviço)

Os links para o acesso a essas normas foram disponibilizados ao longo da aula


no final de cada um desses assuntos.

Então, vamos analisar cada um dos itens dessa questão:

a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e


a distância de transporte entre este e o local do depósito.

Em suma, a norma DNIT 106/2009-ES estabelece que como critério de


medição o seguinte:

A medição será feita pelo volume extraído, MEDIDO NO CORTE, e a


distância de transporte entre este e o local de depósito, obedecendo-se
às seguintes condições:

► O cálculo dos volumes será resultante da aplicação do método da "média


das áreas".

► A distância de transporte será medida ao longo do percurso seguido pelo


equipamento transportador, entre os centros de gravidade das massas. O
percurso a ser utilizado deverá ser previamente aprovado pela Fiscalização.

► Uma vez perfeitamente caracterizado o material de 3ª categoria,


proceder-se-á à medição específica do mesmo, não se admitindo, neste
caso, classificação percentual do referido material. Os cortes que
apresentarem mistura de 3ª categoria com as demais, com limites pouco
definidos, deverão merecer atenção especial da Fiscalização, de maneira a
permitir uma classificação justa dos materiais escavados. Em função da
respectiva magnitude, deve ser promovida a anexação de fotografias do corte,
efetuadas imediatamente antes da extração da rocha e em sequencia à
detonação do explosivo, procedendo-se, ainda, devidas anotações no “Diário
de Obras”.

É importante sabermos que nesses preços estão consideradas:

- as operações de escavação, carga e transporte ao local de deposição;


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- manutenção dos caminhos de serviço;

- escarificação; e

- conformação de taludes.

O método das áreas, citado anteriormente, consiste no cálculo do volume de


cada interperfil, elaborado a partir das áreas das seções transversais, pela
aplicação do método da média das áreas:

sendo “l” o espaçamento entre duas seções subseqüentes S1 e S2 (ver figura a


seguir).

A alternativa, afirma que o sistema de medição considera o volume medido


após a extração. Conforme visto, a medição será feita pelo volume extraído,
MEDIDO NO CORTE (“in natura”).Portanto, o item está incorreto.

b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível


incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de
empréstimos.

Vimos que, quando houver excesso de material de cortes e for impossível


incorporá-los ao corpo dos aterros, serão constituídos BOTA-FORAS e não
áreas de empréstimos, o que torna a alternativa incorreta.

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EMPRÉSTIMOS locais em que é retirado material para o aterro

BOTA-FORA local de deposição do material inservível* retirado nos


cortes

*devido à má qualidade, volume ou excessiva distância de transporte

c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a


ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um
rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com
materiais selecionados.

De acordo com a norma DNIT 106/2009-ES para cortes a regra é escavação do


terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem indicado (nível da
plataforma).

As exceções são:

a) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de


ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem
de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

Rocha = quaRenta cm

b) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de


solos de elevada expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos,
promove-se um rebaixamento da ordem de 0,60m, para posterior
substituição por solos selecionados.

expanSivos = Sessenta cm

Conforme constatado, a alternativa está correta, sendo, portanto, o gabarito


da questão.

d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares,


com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e
proteção vegetal.

Mais uma vez recorrendo à norma DNIT 106/2009-ES, temos que: nos cortes
de altura elevada, em função do definido no projeto de engenharia, deve ser
procedida a implantação de patamares, com banquetas de largura mínima
de 3 m, valetas revestidas e proteção vegetal.

e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª


categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”,
escavadeiras e carregadeiras.
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Com relação aos materiais de 1ª categoria tá tudo certo! Mas os materiais de


2ª categoria, como vimos nas definições da aula, são aqueles que não
podem ser escavados de forma normal e econômica pelos equipamentos
usuais, a saber: tratores de lâmina, motoscrapers, escavadeiras e
carregadeiras, devido à elevada resistência mecânica à extração, que pode
atingir valores estimados entre 500 e 1000 kg/cm². Errado o item.

Gabarito: Letra C

7 - (Técnico em Estradas - IEPRO 2009) O Departamento Nacional de


Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, na especificação de serviço,
classifica os materiais escavados em três categorias para efeito de
pagamento. Os materiais classificados de 2a categoria estão definidos
por:

a) Rochas fraturadas com blocos de diâmetro inferior a 0,15 m e


volume superior a 2,00 m3;

b) Solos consolidados contendo blocos de pedra com volume superior


a 2,00 m3;

c) Blocos de rocha com volume inferior a 2,00 m3, matacões e pedras


de diâmetro médio inferior a 1,00 m, cuja extração necessita utilização
de equipamento com escarificadores e eventualmente poderá envolver
o uso de explosivos;

d) Rochas brandas e fraturadas com blocos com diâmetro médio


inferior a 0,15 m;

e) Alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se


processa em equipamentos com utilização escarificadores.

Pessoal, conforme vimos na aula, a especificação de serviço 106/2009 – ES –


Cortes, trás o seguinte conceito de material de 2ª categoria:

Material de 2ª categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da


rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos
que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os
blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de
diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

Portanto, a resposta correta é a letra “c”.


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Gabarito: Letra C

8 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na execução de aterros, os materiais


provenientes de escavações de cortes devem ser descartados, devido à
dificuldade de controle tecnológico desses materiais.

É justamente o contrário do que se afirma na questão. Deve-se dar prioridade


aos materiais provenientes das escavações dos cortes, sendo que só se deve
recusar a utilização desses materiais devido:

- a má qualidade;

- ao excesso de volume; ou

- a excessiva distância de transporte (que inviabilize economicamente a


utilização deste material no aterro).

Caros alunos, a regra é que o material escavado no corte seja


depositado no aterro.

Porém quando ele apresenta pelo menos uma das 3 características citadas
acima, faz-se o “Bota-fora”.

Gabarito: Errada

9 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Segundo a especificação de


serviço DNIT 106/2009 – ES do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes relativa a serviços de terraplenagem
realizados em cortes, é correto afirmar que:

a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com


diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a
utilização de Dozer ou Screper.

b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em


áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da
faixa de domínio.

c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática


ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas,
tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e
carregadores conjugados com transportadores para operação de
carregamento e transporte do material extraído.

d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da


plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a

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paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento


do greide e substituição de material.

e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem,


apresentar inclinações compatíveis com as características do solo
local; inclinação esta definida pela experiência profissional do
encarregado de terraplenagem.

Vejam que a banca citou a especificação de serviço. Portanto, os conceitos


cobrados nesta questão deveriam estar de acordo com a referida norma.

Vamos analisar cada uma das alternativas apresentadas:

a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com


diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a
utilização de Dozer ou Screper.

Há dois erros nessa alternativa. Para os materiais de 2ª categoria:

- diâmetro nominal deve estar compreendido entre 0,15 m e 1,00 m

- extração se processe por combinação de métodos que obriguem a


utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente. Além disso, a extração eventualmente PODE envolver o
uso de explosivos ou processo manual adequado.

Item incorreto.

b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em


áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da
faixa de domínio.

O material denominado de bota-fora (inservível) deve ser depositado fora da


plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio,
quando possível.

Item incorreto.

c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática


ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas,
tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e
carregadores conjugados com transportadores para operação de
carregamento e transporte do material extraído.

É isso mesmo!

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Perfuratriz na preparação dos locais e trator com lâmina para limpeza

Carregadores e transportadores para operação de carregamento e transporte


do material extraído

Correta. Portanto, esta alternativa é o gabarito da questão.

d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da


plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a
paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento
do greide e substituição de material.

Pessoal, vimos que isso não está correto!

Quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a ocorrência de


ROCHA sã ou em decomposição , promove-se um rebaixamento da ordem
de 0,40m e a execução de novas camadas com materiais selecionados.

Rocha = quaRenta cm

Item incorreto.

e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem,


apresentar inclinações compatíveis com as características do solo
local; inclinação esta definida pela experiência profissional do
encarregado de terraplenagem.

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A primeira parte do item está correto, as inclinações devem ser compatíveis


com as características do solo local. Porém, a inclinação deve estar indicada no
projeto de engenharia.

Item incorreto.

Gabarito: Letra C

10 – (UNIPAMPA 2009 – CESPE) Durante os serviços de cortes de solo


pode haver excesso de material que gerará os bota-foras. O manejo
ambiental desses materiais prevê sua compactação e o depósito em
áreas à jusante da rodovia.

O entendimento dessa questão está na especificação de serviços ES – 00181


- Execução de Cortes e Aterros da Companhia Estadual de Habitação e
Obras Públicas do Estado de Sergipe – CEHOP/SE. Segundo essa norma:

Quando houver excesso de material de cortes e for impossível incorporá-los


ao corpo dos aterros, serão constituídos “bota-foras”, que poderão ser
compactados, caso haja previsão em projeto. Preferencialmente, as áreas a
eles destinadas serão localizadas a jusante da obra.

Pessoal, o termo “jusante” refere-se aos elementos/trechos que se localizam


após da estrutura. Já o termo “montante” refere-se aos elementos/trechos
que se localizam antes da estrutura.

MONTANTE = ANTES

JUSANTE = APÓS

E por que a jusante?

Os bota-foras devem ser dispostos preferencialmente à jusante (depois da


obra) da futura rodovia para se evitar carreamento de materiais que possam
se desprender e atrapalhar a construção e causar acidentes na construção das
rodovias, caso fossem depositados a montante (antes da obra).

Gabarito: Certa

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3. EMPRÉSTIMOS

Áreas indicadas no projeto, ou selecionadas, onde devem ser escavados


materiais a utilizar na execução da plataforma da rodovia, nos segmentos em
aterro.

Tais áreas são utilizadas para suprir a deficiência ou insuficiência de materiais


extraídos dos cortes.

Empréstimos são escavações efetuadas em locais previamente definidos


para a obtenção de materiais destinados à complementação de volumes
necessários para aterros, quando houver insuficiência de volume nos
cortes, ou por razões de ordem qualitativa de materiais, ou de ordem
econômica (elevadas distâncias de transporte).

Dependendo da situação podem ser considerados dois tipos distintos de


empréstimos: laterais e concentrados (ou localizados).

3.1. EMPRÉSTIMOS LATERAIS

Os empréstimos laterais se caracterizam por escavações efetuadas


próximas ao corpo estradal, sempre dentro dos limites da faixa de
domínio. Ao lado da plataforma rodoviária.

Nos casos de segmentos de cortes se processa o alargamento da


plataforma com consequente deslocamento dos taludes.

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No caso de aterros, escavações do tipo “valetões”, em um ou ambos os


lados.

Logicamente, o que vai definir a execução ou não desses empréstimos é a


qualidade do material adjacente aos cortes ou aterros em que se fará a
escavação e o volume necessário para suprir a carência de material no
aterro de destino.

3.2. EMPRÉSTIMOS CONCENTRADOS

Os empréstimos concentrados* são definidos por escavações efetuadas em


áreas fora da faixa de domínio, em locais que contenham materiais em
quantidade e qualidade adequada para confecção dos aterros.

A utilização desse tipo de empréstimo se dá quando não existem materiais


adequados nas faixas laterais a cortes ou aterros para efetivação de
empréstimos laterais, ou quando esses últimos não proporcionam a retirada do
volume total necessário.

Os locais dos empréstimos concentrados ou localizados devem ser


selecionados dentre as elevações do terreno natural próximas ao aterro a que
se destinará o material, devendo-se definir a área e forma de exploração de tal
maneira que, após a escavação, se tenha uma aparência topográfica natural.
As medidas minimizadoras dos impactos ambientais sugeridas para os
empréstimos materiais aplicam-se, na totalidade, aos empréstimos
concentrados.

*os empréstimos concentrados são também chamados de JAZIDAS DE


EMPRÉSTIMOS, estas jazidas se localizam fora da faixa de domínio.

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Empréstimos

2 Tipos: - Laterais: dentro dos limites da faixa de domínio

- Concentrados: fora da faixa de domínio

Nos Cortes:

a) Adoção de taludes mais suaves (maior inclinação) => melhorar a


estabilidade

b) Rebaixamento do fundo de corte, com modificação do greide, para melhorá-


lo.

Execução de empréstimos

- No caso de caixas de empréstimos laterais destinadas a trechos com


greide elevado, as bordas internas das caixas devem ter distância mínima
de 5,00 m do pé do aterro.

- Empréstimos laterais entre borda externa das caixas de empréstimo e o


limite da faixa de domínio deve ser mantida, sem exploração, uma faixa
de 2,00 m de largura, a fim de permitir a implantação da vedação
delimitadora*.

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* No caso de empréstimo de alargamento de corte => largura mínima de


3,00 m.

Medição - Empréstimos

- considera o volume extraído medido na caixa de empréstimo (“in natura”)

CONDICIONANTES AMBIENTAIS

• Atendimento aos preceitos vigentes e os instituídos pelos competentes


órgãos regionais;

• Execução do PRAD – Plano de Recuperação de Áreas Degradadas


aprovado, elaborado em conformidade com o respectivo Programa Ambiental;

• Preservação dos cursos d’água, dos centros urbanos e das unidades


habitacionais;

• Preservação das áreas situadas em reservas florestais, ecológicas ou de valor


cultural, protegidas pela legislação;

• Preservação de sistemas naturais e das espécies de fauna rara, ou em


extinção, e de interesse científico ou econômico;

• Adoção de medidas, objetivando evitar a ocorrência ou aceleração de


processos erosivos e a formação de processos de instabilidade física;

• Instalação de sistema de drenagem específico;

• Realização de inspeções ambientais, de conformidade com a periodicidade


estabelecida, e a ter lugar durante a fase de operação das caixas de
empréstimo.

Recuperação de área de empréstimo lateral

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DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem – Empréstimos - Especificações de


Serviço)

Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT107_2009_ES.pdf

4. BOTA – FORA

Material de escavação de cortes, não aproveitado nos aterros, devido à


sua má qualidade, ao seu volume ou à excessiva distância de
transporte, e que é depositado fora da plataforma da rodovia, de preferência
nos limites da faixa de domínio, quando possível, ou seja, são volumes de
matérias escavados não utilizáveis na terraplenagem.

O local de depósitos desses materiais deve ser criteriosamente definido, a fim


de não causar danos às outras obras de construção.

Local de bota-fora: lugar estabelecido para depósito de materiais inservíveis.

MANEJO AMBIENTAL:

• Os bota-foras devem evitar que as águas pluviais promovam erosões e


assoreamentos.

• Após conformação final, deve ser feito revestimento vegetal dos bota-
foras, inclusive do material de 3ª categoria, incorporando à paisagem local.

Utilização de material de bota-fora para recuperação de área degradada

Pessoal, muitas vezes a fiscalização da obra determina que se utilize o material


de bota-fora para combater erosões existentes. Dessa maneira, aproveita-se o
material do bota-fora para recuperar uma área erodida.

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11 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) Entre as operações de corte, podem-se


citar as seguintes etapas: escavação dos materiais, transporte dos
materiais escavados para aterros ou bota-fora e retirada das camadas
de má qualidade, visando à preparação das fundações dos aterros.

Pessoal, além da parte teórica que curso traz, nós estamos tentando mostrar
para vocês também algumas das principais fontes de referências usadas pelas
bancas ao elaborar as questões. O objetivo é mostrar a vocês a forma como as
questões são elaboradas a partir dos diversos materiais disponíveis,
especialmente dos manuais e normas do DNIT (chamando a sua atenção para
os mais relevantes entre os inúmeros existentes) e eventualmente a partir de
outras fontes que vamos citando durante as explicações dos exercícios.

Conhecendo essas fontes, aumenta, e muito, as chances do candidato estudar


um material em que, eventualmente, podem ser tiradas questões de prova.

Especificamente, nessa prova da Unipampa, elaborada pelo CESPE, em 2009,


um das fontes foi o material do CEHOP/SE mencionado na questão anterior.
Vejam só o que está escrito nele:

As operações de cortes compreendem:

Escavação do terreno natural até o nível (greide) da terraplenagem


indicado no projeto;

Escavação do terreno natural, abaixo do greide (quando for rocha sã


ou em decomposição (0,40 m) e ocorrência de solos de elevada
expansão, baixa capacidade de suporte ou solos orgânicos (0,60 m) para
posterior substituição por solos selecionados.

Retirada das camadas de materiais de má qualidade com a


finalidade de preparar as fundações dos aterros, de acordo com as indicações
do projeto.

Transporte dos materiais retirados para aterros, depósitos ou locais


de “bota-fora”, indicados pela Fiscalização ou previstos em projeto, de modo
a não causar transtorno à obra, em caráter temporário ou definitivo.

Gabarito: Certa

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5. ATERROS

Conforme a NORMA DNIT 108/2009 – ES - Terraplenagem – Aterros:

São segmentos de rodovia cuja implantação requer depósito de materiais


provenientes de cortes e/ou de empréstimos no interior dos limites das
seções de projeto (off sets) que definem o corpo estradal, o qual corresponde
à faixa terraplenada.

Podemos resumir a definição de ATERRO como o enchimento do terreno com


material de áreas de empréstimo feito com a finalidade de se implantar a
plataforma em cota superior ao terreno natural.

Aterro em seção plena

A Norma supracitada ainda traz conceitos importantes:

a) Faixa terraplenada

Faixa correspondente à largura que vai de crista a crista do corte, no caso de


seção plena em corte; do pé do aterro ao pé do aterro, no caso de seção plena

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em aterro; e da crista do corte ao pé do aterro, no caso da seção mista. É a


área compreendida entre as linhas “Off sets”.

b) Corpo do aterro

Parte do aterro situada sobre o terreno natural até 0,60 m abaixo da cota
correspondente ao greide de terraplenagem.

c) Camada final

Parte do aterro constituída de material selecionado, com base em preceitos


técnico-econômicos, com 60,0 cm de espessura, situada sobre o corpo do
aterro ou sobre o terreno remanescente de um corte e cuja superfície é
definida pelo greide de terraplenagem.

d) Plataforma da estrada

Superfície do terreno ou do terrapleno, compreendida entre os dois pés dos


cortes, no caso da seção em corte; de crista a crista do aterro, no caso da
seção em aterro; e do pé do corte a crista do aterro, no caso da seção mista.
No caso dos cortes, a plataforma compreende também a sarjeta.

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5.1. COMPACTAÇÃO DOS ATERROS

Pode-se afirmar que a compactação dos aterros é a fase em que maiores


cuidados devem ser tomados no emprego correto das técnicas e
procedimentos recomendados, pois a má execução desse trabalho tem sempre
consequências desagradáveis e onerosas ao construtor e ao usuário das obras.

Assim, a compactação é tarefa da maior importância. Existem fatores adversos


e aleatórios que perturbam sua operação como: chuvas, excesso de umidade
do solo e variação imprevisível nas suas características e que podem vir a
contribuir para a eventual má qualidade do aterro.

A compactação é a operação por processo manual ou mecânico, destinada


a reduzir o volume dos vazios de um solo ou outro material, com a
finalidade de aumentar-lhe a massa específica, resistência e
estabilidade.

A meta almejada, no caso, deve ser sempre a obtenção das massas específicas
indicadas no Projeto de Engenharia e/ou pelas Especificações das Obras.
Entretanto, algumas regras básicas devem ser obedecidas, visando-se o bom
desenvolvimento e a qualidade dos serviços.

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a) Uma vez processada a limpeza do terreno, os buracos ou depressões


ocasionados por desmatamento/destocamento devem ser preenchidos com
material dos cortes ou empréstimos devidamente compactados;

b) Iniciar o aterro sempre no ponto mais baixo, em camadas horizontais;

c) Prever o caimento lateral ou longitudinal para o rápido escoamento


das águas pluviais, evitando o seu acúmulo em qualquer ponto.

5.2. MATERIAIS

Os materiais a serem utilizados na execução dos aterros devem ser


provenientes das escavações referentes à execução dos cortes e da utilização
de empréstimos, devidamente caracterizados e selecionados com base nos
Estudos Geotécnicos desenvolvidos através do Projeto de Engenharia.

Tais materiais, que ordinariamente devem se enquadrar nas classificações de


1ª categoria e de 2ª categoria, devem atender a vários requisitos, em
termos de características mecânicas e físicas, conforme se registra a seguir:

a) Ser preferencialmente utilizados de conformidade com sua qualificação e


destinação prévia fixada no projeto.

b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem


ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas.

c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de


suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%.

d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro


das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-
econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%.

O atendimento aos mencionados preceitos deve ser efetivado através de


análise técnico-econômica, considerando as alternativas de disponibilidade de
materiais ocorrentes e incluindo-se, pelo menos, 01 (uma) alternativa com a
utilização de material com CBR≥ 6%.

e) Em regiões onde houver ocorrência de materiais rochosos e na falta de


materiais de 1ª e/ou 2ª categoria admite-se, desde que devidamente
especificado no projeto de engenharia, o emprego destes materiais de 3ª
categoria (rochas), atendidas as condições prescritas no projeto de
engenharia.

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Material para aterro (preferencialmente de 1ª e 2ª Categoria)

5.3. ASPECTOS CONSTRUTIVOS E PARTICULARIEDADES

Há três etapas distintas na execução propriamente dita dos aterros: o


lançamento do material pelo equipamento de transporte; o espalhamento
em camada, e a compactação (de cada camada).

O lançamento do material para a construção dos aterros deve ser feito em


camadas sucessivas, em toda a largura da seção transversal, e em
extensões tais que permitam seu umedecimento e compactação, de acordo
com o previsto no projeto de engenharia. Para o corpo dos aterros, a
espessura de cada camada compactada não deve ultrapassar de 0,30 m. Para
as camadas finais essa espessura não deve ultrapassar de 0,20 m.

Todas as camadas do solo devem ser convenientemente compactadas, de


conformidade com o definido no projeto de engenharia. Ordinariamente, o
preconizado é o seguinte:
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a) Para o corpo dos aterros, na umidade ótima, mais ou menos


3%, até se obter a massa específica aparente seca correspondente a 100%
da massa específica aparente máxima, do ensaio realizado pela Norma
DNER ME 129/94, Método A [proctor normal].

b) Para as camadas finais, aquela massa específica aparente seca


deve corresponder a 100% da massa específica aparente máxima seca do
ensaio DNER-ME 129/94, Método B [proctor intermediário].

Pessoal, falaremos sobre o ensaio de compactação nas próximas aulas. Mas


antecipamos que ele se divide em: Normal, Intermediário e Modificado. A
diferença principal entre eles é a energia utilizada para compactação do solo. O
Ensaio de Proctor Normal tem uma energia de compactação menor do que o
intermediário e essa menor do que o do modificado.

Vimos também que são inúmeras as características de controle exigidas


quando da execução das camadas de corpo e finais de aterro. Como tais
características já foram muito cobradas em provas anteriores há uma grande
possibilidade de termos uma questão sobre esse tema neste certame, então
resolvemos fazer um quadro-resumo que aconselhamos decorá-lo antes de sua
prova:

Espessura de
Expansão
Camada cada camada G.Compactação ISC (%) h(ótima)

compactada

Corpo de
≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%
aterro

Melhor
Finais de
≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade 2%. + /- 3%
aterro
de suporte

Sendo:

P.N. – Proctor Normal

P.I. – Proctor Intermediário

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5.4. EXECUÇÃO DE ATERROS COM MATERIAIS ROCHOSOS

A execução deste serviço deve observar as diretrizes a seguir:

• O corpo dos aterros de rocha deve ser construído em camadas


sucessivas, para toda a largura da seção transversal, com espessura máxima
de 0,75 m. A maior dimensão de qualquer pedra utilizada deve ser, no
máximo, igual a 0,60 m;
• A primeira camada deve ser executada mediante descarga da rocha
no ponto mais baixo do trecho em execução e com utilização de trator de
esteiras com lâmina para espalhamento do material na espessura indicada;
• Cada camada subsequente deve ser construída a partir de uma
extremidade, lançando-se a rocha no topo da camada em construção e, após,
empurrando-se o material para frente com trator de lâmina, de tal modo que
as pedras sejam acomodadas sobre a camada precedente;
• Os interstícios entre as pedras maiores devem ser preenchidos com
pedras de menor tamanho e com fragmentos produzidos por essa operação e
pela colocação de carregamentos sucessivos de material;
• Os últimos 2,0 m do aterro devem ser executados em camada,
cuja espessura não pode ser superior a 0,30 m nem conter pedras com
dimensão superior a 2/3 da espessura da camada, devendo ser usados
rolos vibratórios apropriados;
• Deve ser obtido um conjunto livre de grandes vazios e
engaiolamentos e o diâmetro máximo dos blocos de pedra deve ser limitado
pela espessura da camada;
• A camada final deve ser constituída com granulometria tal que
assegure uniformidade à superfície;
• Os materiais de dimensões maiores que as especificadas devem ser
reduzidos por marroagem ou outros métodos.

6. EXECUÇÃO DE ATERROS COM AREIA

Em regiões onde houver ocorrência predominante de areia, deve ser


admitido seu uso na execução de aterros. O projeto de engenharia deve
definir a espessura e demais características das camadas de areia e de
material terroso subsequente.

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Ocorrência predominante de areia (é admitido o uso)

7. EXECUÇÃO DE ATERROS SOBRE SOLOS MOLES

7.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Muitas vezes, na construção de uma estrada, nos deparamos com problemas


de construção de um aterro sobre um terreno de baixa resistência e com
umidade bastante alta. A construção do aterro diretamente sobre esse tipo de
terreno pode ocasionar problemas de recalques e prejudicar a qualidade do
serviço.

Quando a espessura da camada mole é menor do que 5 m, a melhor


solução geralmente é remover todo esse material com o uso de
escavadeiras dotadas de “retro” ou drag-line, colocando o material do lado ou
transportando-o em caminhões basculantes para locais de bota-fora. O
material depositado, resultante da remoção, deve ser disposto de forma a não
prejudicar o escoamento das águas superficiais e o meio ambiente local,
devendo receber conformação adequada, de forma que resulte uma superfície
final "suavizada" e compatível com o terreno natural.

O material de reposição deverá ser arenoso por permitir a percolação da


água, devido à sua alta permeabilidade.

Entretanto, quando a espessura da camada mole é superior a 5 m, exceto


quando a extensão for pequena, várias soluções podem ser estudadas para
o caso, as quais demandam a elaboração de projeto específico.

Dentre essas soluções as mais usuais são: estacas de areia, estivas de


madeira, uso de geotêxteis e até uso de explosivos.

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Remoção do solo mole com o emprego da drag-line

7.2. ESTABILIDADE DOS ATERROS E CONSOLIDAÇÃO DAS FUNDAÇÕES

A execução dos aterros implica em dois problemas principais, quanto à sua


estabilidade: fundação e compactação.

Ainda que a compactação da massa do aterro seja feita com todos os cuidados
técnicos, a sua estabilidade pode ficar prejudicada irremediavelmente, se o
mesmo não tiver como fundação uma camada de bom suporte, resultando daí
em recalques excessivos ou, eventualmente, em escorregamentos laterais, que
comprometem totalmente a sua utilização.

Aterro sobre solo mole que rompeu

Algumas camadas têm capacidade de suporte tão baixa, além de possuírem


alta compressibilidade, que qualquer aterro executado sobre elas apresentaria
um comportamento indesejável, no que se refere aos recalques ou
escorregamentos. Três são os principais tipos de ocorrências:
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a) Recalque por adensamento

Resulta da pressão proveniente do peso próprio e das cargas móveis que


trafegam sobre o aterro, nas camadas compressíveis, ocasionando a
diminuição lenta do volume de vazios pela expulsão da fase líquida, devido ao
aumento da pressão neutra, resultando no adensamento da camada e, em
consequência, na ocorrência de recalques.

b) Ruptura por afundamento

Pode ocorrer quando a camada portante for de muito baixa capacidade


de suporte e atingir grande profundidade. Nesse caso, o corpo do aterro
sofre um deslocamento vertical e afunda por igual no terreno mole, havendo a
expulsão lateral do material de má qualidade, com água.

c) Ruptura por escorregamento

A ruptura por escorregamento acontece quando o aterro é construído sobre


uma camada muito mole, com baixa resistência ao cisalhamento e que
se apóia sobre uma mais resistente. Na ocasião de chuvas intensas, o
aumento da pressão hidrostática, devido à elevação do lençol freático, se
traduz pelo aumento da pressão neutra, reduzindo sensivelmente a resistência
ao cisalhamento, formando uma superfície de escorregamento que afeta o
aterro, levando-o à ruptura.

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Torna-se evidente que, existindo solos muito moles, materiais com grandes
porcentagens de matéria orgânica, solos brejosos ou turfosos, impõe-se, antes
da execução do aterro, a adoção de medidas, visando à consolidação e
estabilização do terreno de fundação.

A solução a ser adotada deve ser definida em Projeto de Engenharia específico


e com base em considerações técnico-econômicas. Com frequência, a solução
ideal ditada estritamente pelo critério técnico conduz a custos de execução
bastante elevados e, em razão disto, são adotadas soluções outras, menos
onerosas que, obviamente, envolvem algum risco.

7.2.1. PROCESSO EXECUTIVO

a) Preparo do terreno de fundação

Antes da execução do aterro o terreno deve ser desmatado e destocado


pelos processos convencionais. Se a solução de projeto for a de lançamento do
aterro sem a remoção da argila mole, deve ser mantida a trama de raízes
existentes na crosta superficial, pois a resistência desta camada colabora para
estabilidade geral do aterro, e sua remoção, especialmente no caso de argilas
muito moles, pode trazer problemas de execução, como a impossibilidade de

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se manter um espessura reduzida da camada de trabalho devido à ocorrência


de rupturas localizadas.

b) Lançamento da camada de trabalho

Se o aterro for construído sem a remoção da camada de argila mole, deve ser
lançada inicialmente uma camada de trabalho constituída de um dos seguintes
materiais:

• Areia limpa, satisfazendo os critérios de material drenante e com


espessura mínima de 0,50 m, para permitir a drenagem da água expulsa do
subsolo pela ação do adensamento deste sob o peso do aterro;

• Material arenoso, com no máximo 5% passando na peneira 200 e


espessura mínima de 0,50 m, se não for essencial à função drenante dessa
camada;

• Geotêxtil, se as condições de trabalho forem muito difíceis e/ou a areia


limpa for escassa na região.

c) Alteamento e compactação

O aterro deve ser compactado em camadas de 0,20 a 0,30 m de espessura,


dependendo das características dos rolos empregados.

O material do aterro deve satisfazer às exigências usuais, como estar isento


de raízes e material orgânico, sem excesso de mica e livre de pedregulhos
ou pedras com dimensão superior à metade da espessura da camada
espalhada.

O material de empréstimo deve satisfazer às exigências de projeto quanto à


umidade e, se esta estiver muito acima da umidade ótima e o clima da região
tornar impraticável a secagem do material pelos métodos convencionais (ao ar,
destorroando-se com grade de discos), podem ser empregadas, após
aprovação da Fiscalização, camadas alternadas de argila e areia pura, de
modo a permitir redução da umidade das primeiras através da drenagem de
seu excesso de água pelas camadas de areia, sob o peso do aterro
sobrejacente.

7.2.2. ALTERNATIVAS CONSTRUTIVAS

Vamos agora ver as principais alternativas construtivas para execução dos


aterros, quando houver camada de solo inservível:

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a) Escavação completa

A remoção por escavação completa, adequada a trechos onde a espessura de


material compressível é pequena, sendo certamente econômico quando ela é
de no máximo de 4 a 5 m. Em certos casos, como o de encontro de pontes,
têm sido removidas camadas de espessuras maiores.

b) Escavação parcial

Quando a camada de argila mole for muito espessa (superior a 5 m), sua
remoção pode ser parcial.

c) Construção em etapas

A construção por etapas implica subdividir a altura de aterro em duas ou


três etapas. A primeira é construída aquém da altura crítica, para que seja
estável, seguindo-se um período de repouso para que o processo de
consolidação dissipe parte das poropressões e o solo mole ganhe
resistência. Após certo tempo, quando o ganho de resistência chegar aos
níveis estabelecidos no projeto e que garantam a estabilidade, uma segunda
etapa do aterro pode ser executada.

Esta técnica implica em geral em longos tempos de permanência que na


maioria das vezes são inaceitáveis para um projeto rodoviário sobre solos
moles de baixa permeabilidade. Entretanto, pode ser eficaz se empregada em
conjunto com os geodrenos e sobrecarga temporária que aceleram os tempos
de dissipação.

d) Execução de bermas de equilíbrio

Sob certas condições, é possível evitar-se o deslocamento dos materiais


instáveis, durante a execução do aterro, construindo-se camadas laterais, que
servem de contrapeso aos empuxos resultantes da carga do aterro principal,
denominadas bermas de equilíbrio.

Evitam a formação dos bulbos e o deslocamento do material instável, bem


como o afundamento do material de boa qualidade do aterro, obtendo-se um
processo de estabilização rápido e econômico.

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Pessoal, as bancas costumam cobrar muito o conhecimento sobre a aplicação e


definição de bermas de equilíbrio, portanto, fiquem atentos quanto a esse
ponto!

e) Execução de drenos verticais

e.1) Areia

Os drenos verticais de areia são constituídos de tubos com diâmetro entre 20 a


60 cm, com uma distância entre os drenos na ordem de dez vezes o valor do
seu diâmetro. Os drenos visam aumentar o adensamento da camada mole, a
sua resistência ao cisalhamento e melhoria da capacidade de suporte.

ETAPAS:

1. Cravejamento de tubos (drenos) até atingir a camada de bom suporte;

2. Remoção do material interno dos drenos com jatos d’água;

3. Enchimento dos drenos c/ material filtrante, com alto teor de


permeabilidade;

4. Construção de camada drenante no topo dos drenos;

5. Execução do aterro sobre a camada filtrante, fazendo com que a pressão da


sobrecarga do aterro faça a água da camada mole percolar até o dreno
vertical, atingindo a base do aterro e saindo pela camada drenante;

6. O adensamento da camada mole é acelerado por meio da perda de água,


redução do volume de vazios e aumento da resistência de cisalhamento.

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Qualquer que seja o material constituinte do dreno, o mesmo deverá ter


permeabilidade igual ou maior do que a camada permeável por onde se
processo o fluxo.

Drenos de areia

e.2) Geodrenos

Os geodrenos são elementos drenantes constituídos de materiais sintéticos


com 100 mm de largura e 3 a 5 mm de espessura e grande comprimento. São
cravados verticalmente no terreno, dispostos em malha, de forma a
permitir a drenagem e acelerar os recalques. Os geodrenos são a alternativa
técnica e econômica que vieram para substituir os drenos de areia, porém
esses ainda vem sendo utilizados.

Os geodrenos são constituídos de, pelo menos, dois materiais: o miolo


drenante e o seu revestimento. Este tem por objetivo permitir a passagem
da água e reter o ingresso de solo. O miolo drenante, tem por objetivo
conduzir a água até a superfície do terreno e drená-la através do colchão
drenante na superfície e resistir aos esforços de instalação e os provenientes
da deformação do aterro.

Etapas da cravação do geodreno

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Cravação dos Geodrenos

f) Utilização de geotêxteis

Vem sendo de uso cada vez maior na execução de aterros sobre solos moles.
Consiste em colocação de mantas com características apropriadas, em
posições cuidadosamente definidas (horizontal e verticalmente), sobre as quais
vão sendo colocadas as diversas camadas de solo.

Requerem cuidados especiais para garantia da drenagem e do próprio


andamento dos trabalhos, geralmente exigindo a execução manual de aterro
nas suas primeiras camadas.

O geotêxtil distribui carga do maciço e facilita a drenagem. É de fácil


aplicação e tem custo bastante competitivo, quando comparado com o de
outras soluções.

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g) Aterro estaqueado

Esta solução pretende transferir a carga do aterro diretamente a um


substrato mais resistente, aliviando a camada mole e evitando os
recalques. Consiste em empregar um conjunto de estacas, em geral pré-
moldadas de concreto armado ou madeira tratada dispostas em malha
quadrada. O topo das estacas recebe um capitel de concreto armado. As
estacas são projetadas para transferir toda a carga do aterro para as camadas
mais resistentes do terreno.

Sobre a cabeça de cada estaca executa-se uma pequena laje denominada


capitel, o aterro compactado é executado em seguida de maneira
convencional.

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(CGE/PI 2014 – CESPE) Na execução de um aterro necessário em obra


de terraplenagem para implantação de rodovia, verificou-se a
existência de uma camada de solo mole com 20 metros de
profundidade, que foi removida e substituída por material de melhor
qualidade. Considerando essa situação, julgue os itens subsecutivos.

12 - (CGE/PI 2014 – CESPE) No processo de remoção da camada de


solo mole dessa obra, o material de reposição deve ser, de preferência,
arenoso.

Estudamos que ao realizar a remoção da camada de solo mole, o material de


reposição deverá ser arenoso por permitir a percolação da água, devido à sua
alta permeabilidade.

Gabarito: Certa

13 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A remoção e a substituição da camada de


solo mole na obra em questão constituem uma solução
economicamente viável.

No enunciado da questão é dito que a espessura da camada de solo mole


possui 20 metros de profundidade.

Vimos em aula que quando a espessura camada mole é < que 5 m, a melhor
solução geralmente é remover todo esse material com o uso de
escavadeiras dotadas de “retro” ou drag-line, colocando o material do lado ou
transportando-o em caminhões basculantes para locais de bota-fora.

Entretanto, quando a espessura da camada mole é > que 5 m, exceto


quando a extensão for pequena, várias soluções podem ser estudadas para
o caso, as quais demandam a elaboração de projeto específico.

Dessa forma, a remoção e a substituição da camada de solo mole na obra em


questão não constituem uma solução economicamente viável, tendo em vista
que a camada de solo mole é superior a 5 m.

Gabarito: Errada

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14 - (CGE/PI 2014 – CESPE) Devido à baixa carga sobre rodovias, é


desnecessário tratamento para consolidação do solo em aterros sobre
camadas de argila.

Pelo contrário não é pessoal, sobre as rodovias passam altíssimas cargas e


com isso torna-se extremamente necessária a realização da consolidação do
solo para evitar o recalque do aterro.

Estudamos também que na construção por etapas, subvidi-se a altura do


aterro em duas ou três etapas. A primeira é construída aquém da altura crítica,
para que seja estável, seguindo-se um período de repouso para que o
processo de consolidação dissipe parte das poropressões e o solo mole
ganhe resistência. Após certo tempo, quando o ganho de resistência chegar
aos níveis estabelecidos no projeto e que garantam a estabilidade, uma
segunda etapa do aterro pode ser executada.

Gabarito: Errada

15 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A utilização de drenos de areia é uma


possível solução para o problema trazido pela presença de solo mole
na referida obra.

Vimos que os drenos verticais de areia visam aumentar o adensamento da


camada mole, a sua resistência ao cisalhamento e melhoria da capacidade de
suporte. Portanto, alternativa correta.

Drenos de areia

GABARITO: Certa

16 - (FUB CESPE – 2015) A remoção de solos moles e a substituição


desses por material granular poderão ser totais ou parciais e só serão
viáveis para depósitos pouco extensos.

O erro da questão foi considerar que a remoção dos solos moles e a


substituição por material granular SÓ seria viável para locais pouco extensos,

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porém como vimos a viabilidade ou não da remoção dos solos moles está mais
relacionada com a profundidade da escavação e não com a sua extensão.

Gabarito: Errada

7.3. CONTROLE DE INSUMOS

Deve ser procedido o controle tecnológico dos materiais terrosos utilizados,


objetivando verificar quanto ao atendimento aos vários requisitos, em termos
de características físicas e mecânicas.

Neste sentido, devem ser adotados os seguintes procedimentos:

a) Para o corpo de aterro:

Ensaio Amostragem
01 ensaio de compactação a cada 1.000 m³ de material
01 ensaio de granulometria
a cada grupo de 10 amostras
01 ensaio de limite de liquidez
do ensaio de compactação
01 ensaio de plasticidade
b) Para a camada final de aterro (últimos 60 cm):

Ensaio Amostragem
01 ensaio de compactação a cada 200 m³ de material
01 ensaio de granulometria
01 ensaio de limite de liquidez
a cada grupo de 04 amostras
01 ensaio de plasticidade do ensaio de compactação
01 ensaio de índice de suporte
califórnia

7.4. CONTROLE DA EXECUÇÃO DA COMPACTAÇÃO

Devem ser adotados os seguintes procedimentos:

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Ensaio de massa específica aparente seca “in situ”, em locais escolhidos


aleatoriamente, por camada, distribuídos regularmente ao longo do segmento,
pelos Métodos do Frasco de Areia e do Óleo*.

Para pistas de extensões limitadas, com volume de, no máximo, 1.200m³ no


corpo do aterro, ou 800m³ para as camadas finais, devem ser feitas, pelo
menos, cinco determinações para o cálculo do grau de compactação
(GC).
O número de ensaios de massa específica aparente “in situ”, para o controle da
execução, deve ser definido em função do risco de rejeição de um serviço de
boa qualidade.

*Esses dois ensaios servem para determinar a massa específica aparente seca
“in situ”, a qual, ao compararmos com a massa específica aparente de
laboratório**. Estudaremos detalhadamente cada um desses ensaios na aula
06 (Ensaios Técnicos).

**determinada no ensaio de compactação (Proctor)

Resumo:

Aterro

- executado em camadas sucessivas

- espessura máx. compactada: - corpo do aterro = 0,30m

- camadas finais = 0,20m

- Camada final: 3 camadas individuais de 20 cm cada (total 60,0 cm)

- Bota-fora: Material não aproveitado nos aterros, devido à má qualidade,


volume ou excessiva distância de transporte, e que é depositado fora da

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plataforma da rodovia, de preferência nos limites da faixa de domínio, quando


possível (Jusante da obra)

- Execução de aterros = Descarga + espalhamento + homogeneização +


umedecimento + compactação

=> Materiais de 1ª e 2ª Categoria (Pode de 3ª em circunstâncias excepcionais)

Camada Espessura de G.C. ISC (%) Expansão h(ótima)


cada camada ≤
compactada

Corpo de ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%


aterro
Melhor
Finais de ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade 2%. + /- 3%
aterro de suporte
OBS1: Camada Final: deve ser efetivado através de análise técnico-
econômica, considerando as alternativas de disponibilidades ocorrentes e
incluindo-se, pelo menos, 01 alternativa com a utilização de material com CBR
≥ 6%.

OBS2: Corpo de Aterro: a norma considera para o corpo de aterro GC ≥


100% do P.I.

Verificação

a) Variação máx. de altura máxima => ± 0,04 m p/ eixos e bordas

b) Variação máx. da largura => + 0,30 m p/ plataforma*

* Não é permitida variação negativa

Leia também:

DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem – Aterros - Especificações de Serviço).

Disponível em: http://ipr.dnit.gov.br/normas/DNIT108_2009_ES.pdf

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17 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) As turfas e os solos expansivos são


utilizados como materiais de aterro, independentemente da sua altura
e da finalidade.

Na aula foi dito que os materiais a serem utilizados na execução dos aterros
devem:

a) Ser preferencialmente utilizados, de conformidade com sua qualificação e


destinação prévia fixada no projeto.
b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem
ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas. (alínea “b” do item 5.1 da
norma DNIT 108/2009-ES).

c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de


suporte adequada ( ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%. (alínea
“c” do item 5.1 da norma DNIT 108/2009-ES)

d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro


das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-
econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%. (alínea
“d” do item 5.1 da norma DNIT 108/2009-ES)

Vamos relembrar mais uma vez o nosso quadro-resumo para os aterros:

Camada Espessura de G.Compacta ISC (%) Expansão h(ótima)


cada camada ção ≤
compactada

Corpo de ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%


aterro
Melhor
Finais de ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade 2%. + /- 3%
aterro de suporte

As alíneas c e d estão resumidas nesse quadro.

Gabarito: Errada

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18 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) A variação máxima no valor da


umidade ótima do material de aterro deve ser de, no máximo, 6%.

Mais uma questão que dá para matar com a utilização do resumo que fizemos
para vocês! A variação máxima da umidade ótima é de 3%.

Gabarito: Errada

19 – (INSS 2008 - CESPE) Quando houver disponibilidade de solo


expansivo como material para aterro, esse deve ser preferido a outros
sem essa característica.

É claro que não! O solo expansivo é indesejado para aterro, tanto que a norma
restringe os percentuais de expansão para as camadas de aterro.

Gabarito: Errada

20 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na opção de aterro do tipo estaqueado,


as estacas são projetadas para transferir toda a carga do aterro para
um substrato mais resistente.

Como acabamos de ver, é exatamente essa a função das estacas no aterro do


tipo estaqueado: transferir toda a carga do aterro para um substrato mais
resistente.

Gabarito: Certa

21 - (TCE-ES/2012 – CESPE) A remoção de solo mole e a substituição


por material granular devem ser consideradas em casos de depósitos
muito extensos e de espessura de solo mole inferior a 6 m. Para
espessuras maiores, deve-se aprovar solução de substituição parcial.

Vamos recordar o que foi dito na aula:

“A remoção por escavação completa, adequada a trechos onde a espessura de


material compressível é pequena, sendo certamente econômico quando ela é
de no máximo de 3 m. Em certos casos, como o de encontro de pontes, têm
sido removidas camadas de espessuras maiores.”

Portanto, a remoção completa deve ser considerada para os casos em que a


espessura é de no máximo de 3 m e não com inferior a 6 m, como afirma o
item.

Gabarito: Errada

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22 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Os geodrenos exercem grande função


portante, por serem elementos drenantes constituídos de materiais
sintéticos, cravados verticalmente no terreno, e dispostos em malha,
de forma que seja permitido drenar e acelerar os recalques.

Mais uma questão que cobra os conhecimentos acerca das diversas


alternativas construtivas dos aterros.

Realmente, os geodrenos são elementos drenantes constituídos de materiais


sintéticos, cravados verticalmente no terreno e dispostos em malha, de forma
a permitir a drenagem e acelerar os recalques.

Porém esses elementos não têm a função portante, possuem a função


drenante somente.

Gabarito: Errada

23 - (FUB CESPE – 2015) Materiais de empréstimo para execução de


corpo de aterro devem apresentar capacidade de suporte maior ou
igual a 2% (ISC >= 2%) e expansão menor que 4%, determinados por
meio de ensaio de compactação e de ensaio de CBR.

Conforme nosso quadro-resumo, a questão está correta!

Camada Espessura de G.Compactação ISC (%) Expansã h(ótima)


cada camada o≤
compactada

Corpo de ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%


aterro
Melhor
Finais de ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade 2%. + /- 3%
aterro de suporte

Gabarito: Certa

8. COMPENSAÇÃO DE VOLUMES

A execução de escavações em cortes ou empréstimos determina o surgimento


de volumes de materiais que deverão ser transportados para aterros ou bota-
foras.

Ainda, quanto à configuração do terreno onde se realiza uma operação de


corte, esta poderá determinar uma seção dita de “corte pleno” ou uma “seção
mista”.

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Dependendo da situação topográfica do segmento, teremos caracterizados dois


tipos distintos de compensação de volumes: compensação longitudinal ou
compensação lateral.

8.1. COMPENSAÇÃO LONGITUDINAL

Uma compensação é dita longitudinal em duas situações:


1. A escavação é em corte pleno, ou a escavação provém de empréstimo não
lateral a aterro.

Neste caso, todo o volume extraído será transportado para segmentos


diferentes daquele de sua origem: de corte para aterro (ou bota-fora) e de
empréstimo para aterro, unicamente.

2. A escavação do corte é em seção mista onde o volume de corte supera o


volume de aterro. Neste caso, o volume excedente de corte em relação ao
volume necessário de aterro no mesmo segmento terá destinação a segmento
distinto do de origem.

8.2 COMPENSAÇÃO LATERAL OU TRANSVERSAL

A compensação lateral se caracteriza pela utilização de material escavado, no


mesmo segmento em que se processou a escavação. É o caso de segmentos
com seções mistas ou em que a situação do terreno existente apresente
pequenos aterros disseminados em cortes plenos ou vice-versa.

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8.3. FATORES DE CONVERSÃO

É de grande importância para as operações de terraplenagem, tanto no que


respeita à etapa de projeto como à própria construção, que se tenha o
adequado conhecimento das variações volumétricas ocorrentes durante a
movimentação dos materiais envolvidos.

Um material a ser terraplenado, possuidor de massa m, ocupa no corte de


origem um volume Vcorte. Ao ser escavado, este material sofre um
desarranjo em suas partículas, de forma que a mesma massa passa a ocupar
um volume Vsolto. Finalmente, após ser descarregado e submetido a um
processo mecânico de compactação, o material ocupará um terceiro volume,
Vcomp.

Para os solos, materiais mais frequentemente envolvidos nas operações de


terraplenagem, prevalece entre estes volumes a seguinte relação:

Vcomp < Vcorte < Vsolto

Em se tratando de uma mesma massa m a ser terraplenada, é fácil concluir


que as variações nas densidades (ou massas específicas aparentes) do
material obedecerão às desigualdades abaixo:

Dcomp > Dcorte > Dsolta

No exemplo abaixo indica que a escavação de 1,4m3 de solo no corte, gera


1,6m3 solo solto e 1 m³ de aterro compactado.

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Nota-se, portanto, e a prática confirma esta assertiva, que o material (solos


em geral) compactado no aterro terá uma densidade final superior a aquela do
seu local de origem e, consequentemente, ocupará um volume menor do que o
ocupado originalmente.

Em vista do exposto, foram conceituados alguns fatores, aqui designados


genericamente por fatores de conversão, que objetivam permitir a
transformação imediata entre os volumes verificados nas três etapas de
terraplenagem retro-enumeradas. São eles:

a – Empolamento, Fator de Empolamento e Porcentagem de


Empolamento:

Pessoal, segundo o DNIT, o fenômeno do empolamento pode ser expresso por


três relações:

1. A primeira das relações, denominada empolamento (ep), traduz a relação


entre o volume solto e o volume natural;

2. A segunda das relações, denominada porcentagem (ou taxa) de


empolamento [p(%)], nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do
volume solto em relação ao volume natural;

3. A terceira delas, denominada fator de empolamento (φ), traduz a relação


de redução da massa específica aparente seca ao se escavar o material, com
valor sempre menor do que 1.

Abaixo, segue uma tabela exemplificativa dessas três relações para diferentes
tipos de solos:

Para o cálculo do volume de aterro e desaterro (corte) não se considera o fator


de empolamento. No aterro, mede-se o volume de aterro executado de acordo
com a seção transversal do projeto. No corte, mede-se o volume extraído no
corte.

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O fator de empolamento é levado em consideração para o transporte do


material escavado, quer seja para bota-fora ou para um local de aterro. O
SICRO2 – Sistema de Custos Rodoviários, do DNIT, considera o fenômeno do
empolamento já na composição do transporte, sendo que o orçamentista não
precisa saber o fator ou a taxa de empolamento, porque isto já está dentro da
composição.

Pessoal, é o seguinte: o fator de empolamento deve ser considerado no


orçamento. No caso do SICRO2*, esta consideração está no PREÇO
UNITÁRIO do serviço de TRANSPORTE.

Portanto, caso o orçamentista esteja utilizando como referência o SICRO2, e


ele considerar o fator de empolamento no cálculo das quantidades, ocorrerá
duplicidade de utilização deste fator.

Dessa forma, o fator de empolamento deve sempre ser considerado, mas no


caso do SICRO2, ele já está considerado no Preço Unitário do serviço, não
devendo ser majorado no quantitativo.

*Para a orçamentação de obras rodoviárias públicas federais é obrigatório ter o


SICRO2 como referência.

b - Fator de Contração:

Trata-se também de parâmetro adimensional, assumindo, para os solos,


valores inferiores à unidade. No entanto, quando a escavação for executada
em materiais compactos (rocha sã, p.ex.) de elevada densidade “in situ”,
resultará fator de contração superior à unidade.

Este parâmetro permite que se faça uma estimativa do material, medido no


corte, necessário à confecção de um determinado aterro.

c - Fator de Homogeneização:

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O objetivo deste parâmetro, também adimensional, é similar ao do fator de


contração, ou seja, estimar o volume de corte necessário à confecção de um
determinado aterro. Sua aplicação é voltada para a etapa de projeto
constituindo-se em subsídio fundamental ao bom desempenho da tarefa de
distribuição do material escavado. Sendo o inverso do fator de contração,
assume valores superiores à unidade para solos, e inferiores para materiais
compactos.

Pessoal, os Auditores e Analistas da área de obras rodoviárias e/ou obras


viárias trabalham muito com esses fatores, especialmente o Fator de
Homogeneização (FH).

Quando estamos analisando os quantitativos das medições de serviços da


obras auditadas, comparamos a quantidade de volume escavado (Vcorte) com a
quantidade de volume de aterro compactado (Vcomp), a relação entre eles é o
Fator de Homogeneização (FH) considerado nas medições de serviços.

Posteriormente, por meio dos ensaios técnicos de laboratório é possível aferir


se esses valores de FH, considerados nas medições, estão adequados com a
realidade dos materiais empregados na execução de aterros, ou se estão
majorados.

9. DISTRIBUIÇÃO DO MATERIAL A SER ESCAVADO

Calculados os volumes de cortes e aterros existentes entre cada par de seções


sucessivas e estabelecidos os demais controles do projeto de terraplenagem
(classificação quanto à dificuldade extrativa, critérios para a seleção qualitativa
e fatores de homogeneização), é necessário que se execute a distribuição
teórica do material a ser escavado, ou seja: definir toda a origem e destino
dos materiais envolvidos na terraplenagem, seus volumes e classificação e
as correspondentes distâncias médias de transporte. Notar que o
transporte dos materiais escavados é computado, para fins de pagamento, em
conjunto com a execução dos cortes (escavação, carga e transporte).

O conceito de distância média de transporte advém dos primórdios da


construção de estradas, quando a distribuição dos materiais era feita de forma
sumária, pela observação do perfil da locação e acompanhamento simultâneo
das operações de terraplenagem. Cada volume escavado e o aterro
correspondente eram anotados neste perfil.

As distâncias de transporte resultantes eram tomadas graficamente, medindo-


se na escala do desenho as distâncias entre os centros de gravidade de cada
escavação e cada aterro. Para fins de pagamento do transporte, calculava-se a
distância média resultante pela expressão:

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Onde:

• vi: volumes parciais escavados.


• di: distâncias de transporte parciais.
• Σvi: volume total escavado.

O produto de um volume escavado pela distância segundo a qual este volume


é transportado representa, em terraplenagem, o parâmetro conhecido como
momento de transporte. O numerador da expressão de cálculo anterior indica,
portanto, o momento de transporte total de distribuição em causa:

MT = Σ vi x di

As unidades usuais para o momento de transporte são o m³xkm e o m³xdam.

É fácil de imaginar que existem inúmeras possibilidades de se executar uma


distribuição de terras na terraplenagem. A cada uma destas alternativas
corresponderá uma distância média de transporte global e, consequentemente,
um determinado custo de construção. Assim, o projeto de terraplenagem
deverá procurar indicar a melhor distribuição de terras, de sorte que a
distância média de transporte e, consequentemente, o custo das operações de
terraplenagem, sejam reduzidos a valores mínimos, ou próximos a estes.

A prática de projeto de estradas tem desenvolvido, em seus vários estágios,


diversos procedimentos gráficos visando a execução de uma adequada
distribuição de materiais na terraplenagem. Sucederam-se o “diagrama das
áreas”, o “diagrama de Lalanne” e, como uma evolução deste, o “diagrama
de Brückner”, ainda de uso corrente em projetos atuais. Sobre este último,
apresentam-se, na seqüência, as considerações de ordem teórica pertinentes.

Questões de concurso:

24 - (INSS 2008 - Cespe) Na escavação de vala, o volume de material


que deve ser transportado é igual ao volume medido (cubicado) no
corte.
Será que o volume transportado (volume solto) é igual ao medido no corte (in
natura)?

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Não é mesmo! No volume solto devemos considerar o empolamento do


material devido ao rearranjo das partículas do solo.

Quando for calcular o volume transportado mutiplica-se o volume do corte pelo


fator de empolamento.

Gabarito: Errada

9.1 DIAGRAMA DE BRÜCKNER

a) Construção

Para que seja possível a construção gráfica do diagrama de Brückner, é


necessário que se calculem as chamadas “ordenadas de Brückner”. Estas
ordenadas são, em verdade, volumes de cortes e aterros acumulados
sucessivamente, seção a seção, considerando-se os primeiros com sinal
positivo e os segundos com sinal negativo. A somatória dos volumes é feita a
partir de uma ordenada inicial arbitrária, em geral um volume suficientemente
grande para evitar o aparecimento de ordenadas negativas, que dificultariam
os cálculos.
Os volumes envolvidos no cálculo das ordenadas de Brückner são aqueles ditos
“efetivos”, ou seja: considerada a influência da camada vegetal.

O fator de homogeneização é aplicado sobre os volumes de aterro,


atuando neste como um multiplicador. Assim se procede, “expandindo” os
volumes de aterro, para tornar realística a compensação com os volumes de
cortes, que, como se sabe, sofrem redução após compactação nos aterros.

Nos casos de seções mistas, a compensação lateral é feita de forma


automática quando do cálculo das ordenadas de Brückner, pois os volumes de
corte e de aterro são, respectivamente, somados e subtraídos a cada seção, de
forma que o acréscimo ou decréscimo nas ordenadas será dado pela diferença
entre os dois volumes considerados.

Como regra prática, pode-se dizer que a compensação lateral será o menor
dos dois volumes e que o volume disponível para compensação longitudinal,
que afeta as ordenadas, será a diferença entre estes volumes. A figura abaixo
exemplifica o exposto anteriormente, para uma situação em que o volume de
corte disponível entre duas estacas consecutivas supera ao volume do aterro
(homogeneizado) da seção mista:

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Cabe notar, ainda, que para fins práticos, o volume existente entre duas
consecutivas (interperfis) é considerado aplicado na estaca correspondente à
segunda seção. Este procedimento facilita a utilização do diagrama e a própria
distribuição de terras, como será visto adiante.

As ordenadas calculadas são plotadas geralmente sobre uma cópia do perfil


longitudinal do projeto. Em abscissas é marcado o estaqueamento e em
ordenadas, numa escala adequada, os valores calculados para as ordenadas de
Brückner, seção a seção. Os pontos assim marcados, unidos por uma linha
curva, sintetizam o diagrama de Brückner.

b) Propriedades

Pessoal, fiquem atentos às propriedades abaixo, pois é um dos assuntos que


mais caem em provas no que concerne ao Diagrama de Brückner. Elas são
bem tranquilas de serem aprendidas. Caso tenham dúvidas, não se esqueçam
de usar o nosso fórum.

As propriedades básicas do diagrama de Brückner, em geral decorrentes da


forma segundo a qual o mesmo é construído, são as seguintes:

1ª Propriedade: Considerando-se o sentido crescente do estaqueamento, os


ramos ascendentes do diagrama correspondem a cortes (ou predominância de
cortes em seções mistas) e os ramos descendentes correspondem a aterros
(ou predominância de aterros nas seções mistas).

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Propriedade: Os pontos de máximo do diagrama representam a passagem de


cortes para aterros e os de mínimo a passagem de aterros para cortes.

3ª Propriedade: Considerando um mesmo ramo, a diferença entre duas


ordenadas mede o volume (de corte ou aterro) existente entre as seções
correspondentes.

Propriedade: Linhas horizontais (ditas “linhas de compensação” ou “linhas


de distribuição”), interceptando ramos ascendentes e descendentes, destacam
segmentos que correspondem a volumes de cortes e aterros
compensados.

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Como a linha lançada é horizontal, as ordenadas dos pontos 1, 3, 5 e 7 são


iguais. Logo, aplicando-se ao exemplo acima exposto a 3ª propriedade, é fácil
concluir que:
(Vc)I = (VA)I
(Vc)II = (VA)II
(Vc)III = (VA)III

As setas indicadas dentro de cada segmento compensado representam, em


linhas gerais, a origem e a destinação de cada porção de material a ser
escavado. Se, por exemplo, fossem designadas as estacas correspondentes
aos pontos 1, 2 e 3 por X, Y e Z, poder-se-ia enunciar a seguinte orientação
para o primeiro segmento compensado: “o corte que inicia na estaca X e
termina na estaca Y, possuidor de volume (Vc)I = (2) - (1), será destinado
ao aterro que inicia na estaca Y e termina na estaca Z. Neste enunciado,
faltam as referências quanto à dificuldade extrativa do material do corte (1ª,
2ª ou 3ª categoria) e a distância de transporte que resultará desta operação.
Este último aspecto é enfocado na 6ª propriedade.

Ressalta-se, neste ponto, que os volumes de aterros utilizados para a


construção do diagrama devem ter sido afetados pelo fator de
homogeneização. Portanto, se fosse desejado o cálculo do volume real de
aterro (“volume geométrico”) para fins de pagamento, no exemplo literal do
primeiro segmento compensado, ter-se-ia que aplicar a expressão:

5ª Propriedade: A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de


compensação mede o momento de transporte da distribuição considerada.
Para o caso abaixo figurado tem-se que: S = MT

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Para se compreender esta propriedade, tomam-se inicialmente duas paralelas


à linha de compensação, no âmbito do segmento compensado, destacando-se
um volume v bastante pequeno.

O volume v do corte deve ser transportado ao aterro segundo uma distância de


transporte d. Sendo este volume muito pequeno, a figura representada pela
faixa situada entre as duas paralelas pode ser assimilada a um retângulo de
área S’= v x d. Ora, por definição, o produto v x d representa o momento de
transporte desta distribuição parcial (MT’):

MT’= S’ = v x d

A área total S pode ser obtida pela somatória de todas as áreas de pequenas
distribuições parciais como a esquematizada:

S = Σ S’I
Em consequência, é possível deduzir que a área total S é também a somatória
de todos os momentos de transporte parciais, ou seja, representa
efetivamente o momento de transporte do segmento compensado:

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S = Σ MT’I = MT

6ª Propriedade: A distância média de transporte (DMT) de cada distribuição


pode ser considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do
segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento.
Na figura abaixo esquematizada, segundo esta propriedade, a distância média
de transporte do segmento compensado seria dada por:

Pela 4ª propriedade, sabe-se que a diferença de ordenadas entre B e D


representa o volume total compensado no segmento: V = BD. Por outro lado,
foi demonstrado na 5ª propriedade que a área do segmento compensado
representa o momento de transporte da distribuição. Então: SABCDA = MT.

Como, por hipótese, o retângulo ilustrado tem área igual à do segmento


compensado, resulta: S1234 = MT.

A área do retângulo pode ser calculada por:

S1234 = b x BD = b x V.

Sabendo-se, finalmente, que o momento de transporte da distribuição é dado


pelo produto do volume compensado (V) pela correspondente distância média
de transporte (DMT), resulta:

MT = V x DMT = S1234

Logo:

b x V = V x DMT, ou b = DMT

Na prática, o traçado do retângulo de área equivalente é feito de forma


subjetiva, porém bastante facilitado pelo fato de se trabalhar sobre papel
milimetrado. O grau de precisão obtido na determinação das distâncias médias
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de transporte é perfeitamente compatível, já que a quantificação do serviço de


corte é efetuada por “faixas” de distância de transporte.

A teoria do diagrama de Brückner envolve, ainda, duas outras propriedades,


que visam definir, dentre as diversas possibilidades de lançamento de linhas de
compensação, qual seria aquela que conduziria a um custo de transporte
mínimo. No entanto, muito embora razoavelmente defensáveis sob o ponto de
vista teórico, estas propriedades são de difícil aplicação prática, para a grande
maioria das situações normalmente verificadas em um projeto de
terraplenagem, quais seja:

i. Extensões de projeto relativamente elevadas, conduzindo a diagramas


linearmente bastante extensos.
ii. Necessidade frequente de lançamento de diversas linhas de compensação
auxiliares, pelo aspecto assumido pelo diagrama.
iii. Necessidade de se procurar correlacionar o sentido preferencial de
escavação com a geometria longitudinal da estrada. Por exemplo: prevendo a
abertura de um corte no sentido descendente do greide, com o aterro-
destinatário situado a jusante.

Caros alunos, o diagrama de Brückner por vezes é explorado pelas bancas.


Além disso, é muito importante para um Auditor de obras viárias usar essa
ferramenta, pois através desse diagrama podemos analisar se o projeto de
terraplenagem está contemplando os menores custos.

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Diagrama de Brückner (ou de massas)

1. O diagrama de massas não é um perfil. A forma do diagrama de massas


não tem nenhuma relação com a topografia do terreno.

2. Inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam grandes


movimentos de terras.

3. Todo trecho ascendente do diagrama corresponde a um trecho de corte


(oupredominância de cortes em seções mistas).

4. Todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de aterro


(ou predominância de aterros em seções mistas).

5. A diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de


terra entre esses pontos.

6. Os pontos extremos do diagrama correspondem aos pontos de passagem


(PP).

7. Pontos de máximo correspondem à passagem de corte para aterro.

8. Pontos de mínimo correspondem à passagem de aterro para corte.

9. Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina trechos de


volumes compensados (volume de corte = volume de aterro corrigido).
Esta horizontal, por conseguinte, é chamada de linha de compensação (ou
linha de terra). A medida do volume é dada pela diferença de ordenadas entre
o ponto máximo ou mínimo do trecho compensado e a linha horizontal de
compensação.

10. A posição da onda do diagrama em relação à linha de compensação indica


a direção do movimento de terra. Ondas positivas (linha do diagrama acima da
linha de compensação) indicam transporte de terra no sentido do
estaqueamento da estrada. Ondas negativas indicam transporte no sentido
contrário ao estaqueamento da estrada.

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11. A área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de


compensação mede o momento de transporte da distribuição
considerada.

12. A distância média de transporte de cada distribuição pode ser


considerada como a base de um retângulo de área equivalente à do
segmento compensado e de altura igual à máxima ordenada deste segmento.

25 – (MPOG 2008 - CESPE) Os ramos ascendentes do diagrama


correspondem aos aterros, e os descendentes, aos cortes.

Essa afirmação diz o contrário do que falamos em aula com relação a 1ª


Propriedade do Diagrama de Brückner:

Considerando-se o sentido crescente do estaqueamento, os ramos


ascendentes do diagrama correspondem a cortes (ou predominância de
cortes em seções mistas) e os ramos descendentes correspondem a aterros
(ou predominância de aterros nas seções mistas).
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No desenho apresentado, a curva de cima representa o terreno natural e a reta


inclinada, o greide, enquanto a curva de baixo representa o diagrama de
massas ou diagrama de Brukner.

Gabarito: Errada

26 – (MPOG 2008 - CESPE) A diferença entre as ordenadas de dois


pontos do diagrama representa o volume acumulado entre eles.

Exatamente igual ao que falamos na 3ª Propriedade do Diagrama de


Brückner:

Considerando um mesmo ramo, a diferença entre duas ordenadas mede o


volume (de corte ou aterro) existente entre as seções correspondentes.

Cada ordenada representa o volume acumulado até a respectiva seção. O


ponto máximo representa todo o volume do corte do primeiro trecho (início do
corte até o ponto de passagem entre o corte e o aterro – estacas 0 a 4).

Gabarito: Certa

27 – (MPOG 2008 - CESPE) Os pontos máximos e mínimos do diagrama


correspondem aos pontos de passagem de corte para aterro e de
aterro para corte, respectivamente.

Foi isso que vimos na 2ª Propriedade do Diagrama de Brückner:

Pontos de máximo do diagrama representam a passagem de cortes para


aterros;

Pontos de mínimo a passagem de aterros para cortes.

Vocês encontram mais coisas sobre o Diagrama de Brückener no documento


“Noções de Topografia Para Projetos Rodoviários”, disponível em:

http://www.topografiageral.com/Curso/capitulo%2018.php

Gabarito: Certa

28 – (Valec 2012 – FEMPERJ) A figura abaixo ilustra o Diagrama de


Bruckner para os serviços de terraplenagem de uma rodovia, onde a
linha em traço grosso representa o estaqueamento no eixo dessa
estrada:

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Considerando que o material proveniente de cortes entre as estacas A


e B podem ser completamente reaproveitados para a realização de
aterros nessa estrada, pode-se dizer que, considerando o movimento
de terra em todo o trecho entre as estacas A e B, haverá:

(A) sobra de 11,0m3 de material proveniente de corte;


(B) falta de 12,0m3 de material para a realização de aterro;
(C) sobra de 14,0m3 de material proveniente de corte;
(D) falta de 17,0m3 de material para a realização de aterros;
(E) sobra de 28,0m3 de material para a realização de aterro.

O diagrama de Bruckner indica corte nos trechos ascendentes e aterros nos


trechos descendentes, sendo que a compensação é sempre zero nos trechos
que cruzam a linha (linha de compensação ou linha de terra).

Até o ponto indicado pela seta houve uma compensação dos volumes de cortes
e aterros.
Portanto, a compensação final é indicada pelo último ponto do gráfico, mais à
direita. No caso, este ponto indica uma necessidade de 17m3 de aterro, ao
longo do trecho da figura.

Gabarito: Letra D

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Então, pessoal, vamos a uma bateria de exercícios comentados?

Lembrando que no fim da aula serão apresentadas essas questões sem o


gabarito, favorecendo o treinamento do aluno.

OUTRAS QUESTÕES COMENTADAS

29 - (TCE-RS/2014 – FCC) Nos trabalhos de terraplenagem, sabendo-


se que a relação entre o volume de material no corte e o volume de
material solto de terra comum seca é 0,80, a porcentagem de
empolamento é
(A) 55
(B) 25
(C) 80
(D) 35
(E) 40

Pessoal, essa questão é muito boa para pegar candidatos. Veja que o comando
da questão pede a porcentagem de empolamento e não o empolamento
propriamente dito. Como estudamos o empolamento é a relação entre o
volume solto e o volume natural do solo, ou seja, o volume de corte.

Vejam que a relação, dada no comando da questão, entre o volume de


material no corte e o volume de material solto nos dá o fator de empolamento,
que como estudamos é sempre <1. Ou seja, podemos concluir que o fator de
empolamento é o inverso do empolamento.

Como nosso objetivo é encontrar a porcentagem (ou taxa) de empolamento,


p(%), que nos dá a taxa de aumento, em porcentagem, do volume solto em
relação ao volume natural, basta desenvolvermos a relação Vc/Vs=0,8. Por
meio dela, é possível encontrar que Vs/Vc= 1/0,8 = 1,25, ou seja, o
empolamento é de 1,25 e a taxa de empolamento é de 25%, pois foi esse o
aumento do solo solto em relação ao volume do solo no corte, ou natural.

Gabarito: letra B

30 - (Metrô/2009 – FCC) Em uma escavação, foram retirados 2.500 m3


de solo argiloso e 3.500 m3 de solo siltoso, ambos medidos no corte do
solo, com índices de empolamento, respectivamente, iguais a 0,77 e
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0,88. Durante o transporte, os valores em m³ transportados,


respectivamente, de argila e silte serão:

(A) 2.345 e 3.143.

(B) 1.925 e 3.080.

(C) 4.950 e 4.950.

(D) 3.000 e 3.000.

(E) 3.247 e 3.977.

Pessoal, após resolvermos a questão anterior essa ficou fácil. A questão solicita
que encontremos o volume solto ou de transporte da argila e do silte.

Quanto ao volume transportado de argila:

O fator de empolamento da argila é de 0,88, ou seja, o Vc/Vs=0,77. Como o


volume retirado ou de corte foi de 2500 m3, logo o Vs= 2500/0,77 = 3246,75
m3. Portanto o Volume transportado da argila foi de 3247 m3.

Quanto ao volume transportado do silte:

O fator de empolamento do silte é de 0,88, ou seja, o Vc/Vs=0,88. Como o


volume retirado ou de corte foi de 3500 m3, logo o Vs= 3500/0,88 = 4375
m3. Portanto o Volume transportado de silte foi de 4375 m3.

Gabarito: Letra E

31 - (TCE/GO 2009 – FCC) O coeficiente de empolamento refere-se à


variação volumétrica do solo de corte para o aterro. Sabendo-se que o
solo é, genericamente, um sistema trifásico (sólidos, água e ar),
portanto, o espaço ocupado por uma certa quantidade de solo depende
dos vazios em seu interior. Em processos de terraplenagem a taxa de
empolamento é a relação
(A) percentual entre os volumes de corte e aterro antes da
compactação.
(B) percentual entre os volumes de corte e aterro, depois de
compactado.
(C) entre o volume de corte calculado e o volume de corte executado
no campo.
(D) percentual entre a massa de solo retirada da área de empréstimo e
a transportada para a área de aterro.
(E) volumétrica entre o solo transportado e o nivelado no campo para
receber a compactação.

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Pessoal, essa questão é bastante controversa!

A alternativa dada como correta foi a de letra B. No entanto, divergimos do


posicionamento dado pela banca.

Vimos que a porcentagem (ou taxa) de empolamento [p(%)] nos dá a taxa de


aumento, em porcentagem, do volume solto em relação ao volume natural. Ou
seja, representa o percentual de expansão volumétrica do solo, no estado
solto, ao ser retirado do seu estado natural. No entanto, pelas alternativas
acima, não há respostas.

Entendemos que essa questão deveria ter sido anulada pela banca, no entanto,
a examinadora resolveu manter como correta a alternativa B.

Gabarito: Letra B

Para responder às questões abaixo considere as seguintes


informações:
A terraplenagem, em geral, é paga pelo volume medido no corte, em
seu estado natural.
ϕ1 = fator de empolamento = 0,80
ϕ2 = fator de redução volumétrica = 0,875
capacidade de carga de um caminhão = 5m3

32 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para o transporte de terra escavada, cujo


volume natural (no corte) é avaliado em 12 000 m3, o número de
viagens de caminhão necessárias é
(A) 1 920
(B) 2 400
(C) 2 700
(D) 3 000
(E) 3 333

Pessoal, essa questão é bastante fácil

Vejam que o volume solo de seu estado natural (ou no corte) é de 12.000 m3.
E que o fator de empolamento (Vc/Vs) é 0,8. Primeiramente, devemos
encontrar o empolamento do solo parq em, seguida, encontramos o volume
solto ou transportado do solo.

Da relação, Vc/Vs=0,8, temos que o empolamento é Vs/Vc= 1,25.


Como Vc= 12.000m3, Vs= 1,25*12.000 = 15.000 m3. Logo o volume solto, ou
volume a ser transportado, é de 15.000 m3!!

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Como a capacidade da caçamba do caminhão é de 5m3, o número de viagens


necessárias para que o caminhão transporte os 15.000 m3 de solo solto é de n
= 15.000/5 = 3.000 viagens.

Gabarito: Letra D

33 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para executar um aterro compactado de 14


000 m3, o número de viagens de caminhão necessárias é
(A) 1 960
(B) 2 450
(C) 3 200
(D) 3 500
(E))4 000

Estudamos que o fator de contração, ou redução volumétrica, é dado pela


expressão:

Dessa forma, temos que Vcomp/Vcorte= 0,875. Como o aterro compactado


terá 14.000m3 de solo, o Volume que preciso cortar para executar tal aterro
será Vcorte = Vcomp/Fc = 14.000/0,875 = 16.000 m3. Ou seja, preciso retirar
16.000 m3 de solo para executar 14.000 m3 de aterro.

Ora, a questão pede o número de viagens que o caminhão fará para


transportar o solo para execução dos 14.000 m3 de aterro. Para isso, temos
que encontrar agora o volume solto, ou o volume a ser transportado. Como
sabemos que o empolamento é de 1,25, dado pela expressão Vs/Vc=1,25, e
como temos o Vc=16.000 m3, o Vs = 1,25*16.000 = 20.000 m3. Logo o
volume a ser transportado será de 20.000 m3.

Dessa forma, como a capacidade da caçamba do caminhão é de 5m3, o


número de viagens necessárias para que o caminhão transporte os 20.000 m3
de solo solto é de n = 20.000/5 = 4.000 viagens.

Gabarito: Letra E

34 - (TCE/SE 2011 – FCC) Sobre os cálculos dos volumes acumulados


nos processos de terraplenagem, é correto afirmar:

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(A) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser


compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário
corrigir os volumes de aterro com o fator de redução de forma.
(B) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser
compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário
corrigir os volumes de corte com o fator de redução de forma.
(C) Para que os volumes geométricos dos cortes possam ser
compensados pelos volumes geométricos de aterro, é necessário
corrigir os volumes de aterro com o fator de empolação.
(D) Considerando o fator de redução de forma, volumes geométricos
dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra
dos volumes geométricos de corte.
(E) Considerando o fator de empolação, volumes geométricos dos
aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos
volumes geométricos de corte.

Pessoal, na questão anterior, vimos que por meio da utilização do fator de


contração, ou redução, é possível determinar o volume de corte necessário a
ser realizado para a execução de um determinado aterro compactado. Tal fator
é dado pela seguinte expressão:

Dessa forma, a única alternativa correta é a letra A.

Gabarito: Letra A

35 - (TCE/PI 2005 - FCC) Os solos, para que possam ser utilizados nos
aterros das obras de terraplanagem, devem ter certas propriedades
que melhoram o seu comportamento técnico. Para atingir este objetivo
NÃO é recomendável
(A) reduzir as possíveis variações volumétricas causadas por ações
externas.
(B) aumentar sua resistência de ruptura.
(C) aumentar seu coeficiente de permeabilidade.
(D) aumentar sua coesão e seu atrito interno.
(E) reduzir seu coeficiente de permeabilidade.

Pessoal, essa questão é bastante fácil e bem intuitiva.


Veja que dos itens acima, apenas o item C não é recomendável para a
construção de aterros, pois ao aumentar o coeficiente de permeabilidade do
solo mais sujeito à ruptura estará o aterro.

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Gabarito: Letra C

36 - (Infraero/2009 – FCC) Com relação ao controle tecnológico da


execução de aterros, além da realização de ensaios geotécnicos,
devem ser controlados no local os seguintes aspectos:
I. preparação adequada do terreno para receber o aterro,
especialmente retirada da vegetação ou restos de demolições
eventualmente existentes.
II. emprego de materiais selecionados para os aterros, não podendo
ser utilizadas turfas, argilas orgânicas, nem solos com matéria
orgânica micácea ou ditomácea, devendo ainda ser evitado o emprego
de solos expansivos.
00000000000
III. as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou
aeração e compactação do material de forma que a espessura da
camada compactada seja de no máximo 0,20 m.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I, apenas.
(D) II, apenas.
(E) III, apenas.

Vamos comentar cada item:

I. preparação adequada do terreno para receber o aterro,


especialmente retirada da vegetação ou restos de demolições
eventualmente existentes.

Correto. Como vimos a retirada da vegetação ou restos de demolições


eventualmente existentes trata de serviços preliminares, que são realizados
nas áreas destinadas ao recebimento do aterro.

II. emprego de materiais selecionados para os aterros, não podendo


ser utilizadas turfas, argilas orgânicas, nem solos com matéria
orgânica micácea ou ditomácea, devendo ainda ser evitado o emprego
de solos expansivos.

Vimos que materiais a serem utilizados na execução dos aterros devem ser
provenientes das escavações referentes à execução dos cortes e da utilização
de empréstimos, devidamente caracterizados e selecionados com base nos
Estudos Geotécnicos desenvolvidos através do Projeto de Engenharia.

Em termos de características mecânicas e físicas, conforme se registra a


seguir:
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a) Ser preferencialmente utilizados de conformidade com sua qualificação e


destinação prévia fixada no projeto.

b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem


ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas.

c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de


suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%.

d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro


das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-
econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%.

Dessa forma, o item está correto.

III. as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou


aeração e compactação do material de forma que a espessura da
camada compactada seja de no máximo 0,20 m.

Estudamos que io lançamento do material para a construção dos aterros


deve ser feito em camadas sucessivas, em toda a largura da seção
transversal, e em extensões tais que permitam seu umedecimento e
compactação, de acordo com o previsto no projeto de engenharia. Para o
corpo dos aterros, a espessura de cada camada compactada não deve
ultrapassar de 0,30 m. Para as camadas finais essa espessura não deve
ultrapassar de 0,20 m.

Ou seja, apenas para as camadas finais é que a espessura de cada camada


compactada não deve ultrapassar 0,20 m.

Item errado.

Logo, apenas os itens I e II estão corretos.

Gabarito: letra A

37 – (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de


serviço DNIT 106/2009 – ES relativa a serviços de terraplenagem em
cortes, é correto afirmar que:

a) quando for atingida a cota topográfica final do greide em


escavações realizadas em camadas de solos, recomenda-se investigar
as condições naturais da camada de solo localizada a uma

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profundidade de 2,0 metros abaixo da cota final do greide, verificando


a presença ou não de lençol freático.

b) o controle geométrico dos serviços de escavação deverá ser


realizado por levantamento topográfico e com a utilização de gabarito
apropriado, considerando os elementos geométricos estabelecidos nas
notas de serviço.

c) atendido o projeto, desde que seja economicamente viável, a


fiscalização poderá deliberar pelo carregamento, transporte e
lançamento de todo material extraído do corte e classificado como
material de 3a categoria, para dentro da estrutura do aterro a ser
construído próximo ao local.
d) os materiais denominados de 2a categoria são escavados somente
com o uso de explosivos.

e) nas superfícies dos taludes é permitido depositar blocos de rocha e


ou matacão que tenham diâmetro máximo de 50cm, sendo necessário
retirar qualquer outro material sólido cujo
diâmetro seja superior ao estabelecido.

Mais uma questão que cobrou a literalidade da especificação de serviço DNIT


106/2009 – ES. Vamos analisar cada um dos itens:

a) quando for atingida a cota topográfica final do greide em


escavações realizadas em camadas de solos, recomenda-se investigar
as condições naturais da camada de solo localizada a uma
profundidade de 2,0 metros abaixo da cota final do greide, verificando
a presença ou não de lençol freático.

Não há essa previsão na norma. Os estudos geotécnicos deverão orientar a


execução da obra quanto à presença ou não de lençol freático.

Errada.

b) o controle geométrico dos serviços de escavação deverá ser


realizado por levantamento topográfico e com a utilização de gabarito
apropriado, considerando os elementos geométricos estabelecidos nas
notas de serviço.

Redação retirada do item 7.3.1 da Norma.

Correta.

c) atendido o projeto, desde que seja economicamente viável, a


fiscalização poderá deliberar pelo carregamento, transporte e

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lançamento de todo material extraído do corte e classificado como


material de 3a categoria, para dentro da estrutura do aterro a ser
construído próximo ao local.

Pessoal, esta previsão de utilização do material de 3ª categoria deverá estar


no projeto de engenharia.

Errada.

d) os materiais denominados de 2a categoria são escavados somente


com o uso de explosivos.

Os materiais de 2ª categoria são mais resistentes ao desmonte e não


admitem o uso dos equipamentos comuns, a não ser após o emprego de
algum tratamento prévio.
Esse tratamento prévio é o desmonte inicial obtido com o emprego de
motoniveladoras com escarificadores (“rippers”), acionados
hidraulicamente e montados na parte posterior de tratores de esteiras
pesados, que rasgam a superfície compactada, através de várias passadas,
propiciando a posterior utilização do equipamento comum.

Motoniveladora e Trator de Esteiras com escarificador (“ripper”)

Muitas vezes, porém, há necessidade de serem empregados explosivos


de baixa potência, de forma descontínua, nos trechos que demonstrem
maior dureza e nos quais nem o emprego de “ripper” traz os resultados
esperados.

Em outras circunstâncias, especialmente no caso de rocha em várias etapas de


alteração, pode ocorrer a utilização concomitante dos dois processos, isto é,
a pré-escarificação e o uso de explosivos.

Cabe assinalar, entretanto, que determinados equipamentos modernos,


dispondo de grande esforço trator, aliado à grande aderência (por exemplo,

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“motoscraper” de motor traseiro), utilizados por tratores empurradores


(“pusher”), já têm sido empregados com relativo êxito na escavação de
material de 2ª categoria, desde que o grau de resistência ao corte não seja
muito elevado e não se apresente misturado com matacões ou blocos de rocha
viva.

Atualmente, de acordo com a necessidade, a 2ª categoria costuma ser


subdividida em duas subcategorias; conforme seja necessária a pré-
escarificação e/ou o emprego de explosivos de baixa potência:

► 2ª categoria com material pré-escarificável;

►2ª categoria com emprego descontínuo de explosivos e pré-escarificação.

Portanto, os materiais de 2a categoria podem ou não ser escavados com a


utilização de explosivos.
Errada.

e) nas superfícies dos taludes é permitido depositar blocos de rocha e


ou matacão que tenham diâmetro máximo de 50cm, sendo necessário
retirar qualquer outro material sólido cujo diâmetro seja superior ao
estabelecido.

Segundo a norma, nas superfícies dos taludes de corte não deve ser permitida
a presença de blocos de rocha nos taludes que possam colocar em risco a
segurança do trânsito.

Errada.

Gabarito: Letra B

38 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB) “Estaca cravada a 2,0m


da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada, que serve de
apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no
mesmo alinhamento das seções transversais” (DNIT, 1997):

A) cota vermelha.
B) declividade.
C) offset.
D) ordenada.
E) vértice.

Falamos sobre os off-sets no início da aula! Os off-sets também podem ser


conceituados como linhas de estacas demarcadoras da área de execução dos
serviços dispostas a 2,0m da crista de corte ou pé de aterro. Portanto, a letra
C está correta.

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Gabarito: Letra C

39 – (TRE-AL 2010 - FCC) Terraplenagem é a técnica de engenharia


para o manuseio de solos e rochas, inclusive o desmonte de rocha,
sendo que as etapas relacionadas na aplicação dessa técnica são:

(A) escavação, carregamento, transporte e espalhamento.


(B) prospecção, escavação, desmonte e transporte.
(C) mapeamento, planificação, escavação e carregamento.
(D) prospecção, escavação, segregação e amontoamento.
(E) sulcagem, estiramento, escavação e transporte.

Essa é uma questão bem básica. Na aula nós vimos que as etapas que
constituem os serviços de terraplenagem são as seguintes:

a)escavação;
b)carregamento do material escavado;
c)transporte;
d)descarga e espalhamento.

Portanto, a alternativa correta é a letra A

Gabarito: Letra A

40 - (TCU 2007 – CESPE) Ao se executar a terraplenagem de um trecho


de rodovia, o volume de corte de terra deve, necessariamente, ser
transportado para os aterros no próprio trecho; apenas o volume não
utilizado nos aterros deverá ser transportado para local conveniente,
fora da estrada.

A palavra “necessariamente” compromete o item. O material escavado nos


cortes deve ser aproveitado sempre que possível, evitando-se assim nova
escavação. A intenção é que haja a compensação de volumes e, acima de
tudo, evitar custos desnecessários.

Mas, também pode ocorrer de o material retirado do corte ser inservível para
utilização em aterros, tal como solos expansivos, argilas moles ou turfas, por
exemplo.

Gabarito: Errada

41 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Consideram-se solos de primeira


categoria aqueles com resistência ao desmonte mecânico inferior à
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rocha não alterada, para os quais eventualmente há necessidade de


explosivos.

A especificação de Serviço 106/2009 – ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT


trás os seguintes conceitos:

“3.9 Material de 1ª categoria

Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou


não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de
umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização
de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado.

3.10 Material de 2ª categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da


rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos
que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os
blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de
diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

3.11 Material de 3ª categoria

Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à


rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a 1,00 m,
ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de
possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo de
explosivos.

Portanto, a questão está incorreta porque a definição contida em seu comando


contém o conceito de material classificado como de 2ª categoria.

Pessoal, já comentamos anteriormente que há uma pequena diferença nos


conceitos estudados na aula (retirado do Manual de Implantação Básica do
DNIT) e da norma 106/2009 – ES – Terraplenagem – Cortes do DNIT. É
importante saber os dois conceitos.

Gabarito: Errada

42 - (MP 2006 – ESAF) A terraplenagem, no caso de edificações, tem


por objetivos regularizar e uniformizar o terreno, envolvendo três
operações distintas: escavação, transporte e aterro.

Com relação aos serviços de terraplenagem é incorreto afirmar que

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A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com


espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de
0,20 m para as camadas finais.

B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de


compactação mínimo de 95%.

C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando,


por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos
ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros
(determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, etc).

D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa


deve ser providenciado um enrocamento no pé do aterro.

E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento,


pois quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu
volume que influenciam principalmente a operação de transporte.

Vejam que o comando da questão pede a alternativa INCORRETA! Fiquem


atentos para o que se pede no enunciado.

Vamos à análise de cada uma das alternativas.

A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com


espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de
0,20 m para as camadas finais.

Então, é hora de relembrarmos daquele quadro-resumo que fizemos para os


aterros:

Camada Espessura de Grau ISC Expansão h(ótima)


cada camada Compactação (%) ≤
compactada

Corpo de ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%


aterro
Melhor
Finais de ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidad 2%. + /- 3%
aterro e de
suporte

Conforme visto, o item está correto.

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Fazemos questão de repetir esse quadro durante a explicação das questões


porque o conteúdo dele é comumente cobrado por todas as bancas. Ele facilita
muito a vida do candidato!!

B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de


compactação mínimo de 95%.

Vimos na aula que as camadas finais correspondem aos 60 cm finais do


aterro, e que suas exigências técnicas são mais rigorosas que às exigidas para
o corpo de aterro.

Para efeito de compactação, a camada final é dividida em três camadas


individuais de 20 cm cada.

Olhando a nossa esquematização dos parâmetros de aterro, baseado na norma


DNIT 108/2009 ES, percebemos que as camadas finais do aterro deverão
apresentar um grau de compactação mínimo de 100%.

Portanto, a alternativa está incorreta, sendo esta a resposta da questão.

C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando,


por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos
ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros
(determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, etc).

Segundo o documento “Obras Públicas: Recomendações Básicas para a


Contratação e Fiscalização de Obras de Edificações Públicas”, publicado pelo
TCU, temos o seguinte:

Cumpre à fiscalização realizar as seguintes atividades específicas, com


relação aos serviços iniciais:

conferir visualmente a fidelidade da planta do levantamento planialtimétrico


com o terreno;

verificar visualmente, durante a execução do movimento de terra, se as


principais características do solo local confirmam as indicações contidas nas
sondagens anteriormente realizadas;

proceder ao controle geométrico dos trabalhos, com o auxílio da equipe de


topografia, conferindo as inclinações dos taludes, limites e níveis de
terraplenos e outros, com vistas à obediência ao projeto e à determinação dos
quantitativos de serviços realizados, para a liberação das medições;

controlar a execução dos aterros, verificando, por exemplo, a


espessura das camadas, e programar a realização dos ensaios

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necessários ao controle da qualidade dos aterros (determinação do


grau de compactação, ensaios de CBR, entre outros) pelo laboratório
de controle tecnológico;

conferir a veracidade da planta de cadastramento das redes de águas


pluviais, esgotos e linhas elétricas existentes na área.”
(grifos nossos)

Portanto, este item está correto.

D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa


deve ser providenciado um enrocamento no pé do aterro.

De acordo com a especificação “ES0181 – Execução de Cortes e Aterros”, da


CEHOP-SE, temos o seguinte, havendo a possibilidade de solapamento da
saia em épocas chuvosas deverá ser a construído enrocamento no pé
do aterro.
Diante do exposto, item correto.

E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento,


pois quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu
volume que influenciam principalmente a operação de transporte.

O empolamento representa, em termos percentuais, qual o incremento de


volume que resulta após a escavação de um material de um corte.

Ao volume que está no terreno natural chamamos de volume de corte. Este


volume, ao ser escavado, sofre um desarranjo em suas partículas, de forma
que a mesma massa passa a ocupar um volume, que chamamos de volume
solto.

Vcorte < Vsolto

O volume solto é o volume considerado nas operações de transporte.

Certo o item.

Gabarito: Letra B

43 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de


serviço DNIT 108/2009 – ES do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes intitulada terraplenagem aterros, é
verídica a informação:

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a) para a construção de um aterro, as etapas convencionais e


sequencias são, respectivamente: descarga e espalhamento do
material em camadas, homogenização da camada e compactação.

b) o lançamento do material para a construção de um aterro deverá


ser feito em camadas sucessivas de espessura mínima igual a 50cm,
realizada em toda a largura da plataforma e numa extensão máxima
que permita a eficiência dos serviços de compactação.

c) durante o processo de compactação, todas as camadas de solo


lançadas no aterro deverão ter espessura máxima de 20cm, aceitando-
se desvio de umidade de até 2% em relação à umidade ótima e grau
de compactação mínimo de 95%.

d) a compactação de aterro localizado próximo de encosta de ponte


(encabeçamento), enchimento de cavas de fundações e trincheiras de
bueiros, deverá ser realizada utilizando-se compactadores especiais,
como, por exemplo, o sapo mecânico.

e) em regiões onde houver incidência e predominância de solos


arenosos, recomenda-se a correção granulométrica destes para a sua
utilização, visto que os solos não possuem coesão suficiente para se
garantir a estabilidade dos taludes
e evitar o surgimento de processo erosivo.

Pessoal, ressaltamos a importância de conhecer as seguintes especificações do


DNIT, acerca de terraplenagem:

- DNIT 104/2009-ES (Terraplenagem - Serviços Preliminares - Especificações


de Serviço)

- DNIT 105/2009-ES (Terraplenagem - Caminhos de Serviço - Especificações


de Serviço)

- DNIT 106/2009-ES (Terraplenagem - Cortes – Especificações de Serviço)

- DNIT 107/2009-ES (Terraplenagem - Empréstimos – Especificações de


Serviço)

- DNIT 108/2009-ES (Terraplenagem - Aterros – Especificações de Serviço)

Quase sempre há questões envolvendo o conhecimento dessas normas,


especialmente a DNIT 106/2009-ES (Cortes) e a DNIT 108/2009-ES (Aterros).
Fiquem atentos!!

Bem, vamos analisar as alternativas apresentadas pela banca:

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a) para a construção de um aterro, as etapas convencionais e


sequencias são, respectivamente: descarga e espalhamento do
material em camadas, homogenização da camada e compactação.

Segundo a norma DNIT 108/2009-ES (Aterro), as etapas convencionais e


sequenciais para execução de aterros são:

- Descarga;
- Espalhamento em camadas;
- Homogeneização;
- Umedecimento ou aeração; e
- Compactação

Portanto, a alternativa omitiu a etapa de “umedecimento ou aeração”, que


é executada antes da compactação.

Item incorreto.

b) o lançamento do material para a construção de um aterro deverá


ser feito em camadas sucessivas de espessura mínima igual a 50cm,
realizada em toda a largura da plataforma e numa extensão máxima
que permita a eficiência dos serviços de compactação.

Pessoal, vocês se lembram da nossa tabela de aterros? Pois é, ela ajuda


bastante! A espessura máxima é de 30 cm para o corpo do aterro e 20 cm
para a camada final.

Item incorreto.

c) durante o processo de compactação, todas as camadas de solo


lançadas no aterro deverão ter espessura máxima de 20cm, aceitando-
se desvio de umidade de até 2% em relação à umidade ótima e grau
de compactação mínimo de 95%.

Tudo errado! Outra alternativa que a tabela “mataria”.

A espessura máxima pode ser de 30 cm para o corpo do aterro (para a


camada final é de 20 cm). A tolerância da umidade ótima é de ± 3%, e o
grau de compactação deve ser igual ou maior que 100%.

Portanto, item incorreto.

d) a compactação de aterro localizado próximo de encosta de ponte


(encabeçamento), enchimento de cavas de fundações e trincheiras de
bueiros, deverá ser realizada utilizando-se compactadores especiais,
como, por exemplo, o sapo mecânico.

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No caso de aterros junto a muros de arrimo, a compactação junto ao


paramento interno deve ser feita com equipamento tipo sapo ou placa
vibratória.

O emprego de equipamento pesado de terraplanagem (rolos vibratórios ou


pneumáticos) pode induzir esforços horizontais de magnitude maior que a
prevista nos cálculos da estrutura da ponte ou bueiro.

Além disso, em locais muito estreitos (cavas ou trincheiras), a compactação


adequada somente é possível com a utilização desses equipamentos especiais
(placa vibratória ou sapo mecânico), sendo muito eficientes.

Utilização de sapo mecânico para compactação próximo à lateral de um bueiro


celular e compactação de vala

Placa Vibratória

Item correto.

e) em regiões onde houver incidência e predominância de solos


arenosos, recomenda-se a correção granulométrica destes para a sua
utilização, visto que os solos não possuem coesão suficiente para se
garantir a estabilidade dos taludes e evitar o surgimento de processo
erosivo.

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Vimos na aula que, segundo a norma, em regiões onde houver ocorrência


predominante de areia, deve ser admitido seu uso na execução de
aterros. O projeto de engenharia deve definir a espessura e demais
características das camadas de areia e de material terroso subsequente.

Item incorreto.

Gabarito: Letra D

44 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) O revestimento vegetal dos taludes,


quando previsto, deve ser executado ao final dos serviços de
terraplenagem.

Ao contrário do que afirma a questão a especificação de serviços ES – 00181


da CEHOP/SE afirma que o revestimento vegetal dos taludes, quando
previsto, deverá ser executado imediatamente após o corte.

Portanto, o item está errado.

Gabarito: Errada

45 - (ANTAQ/2005 - CESPE) Nas escavações de material para aterro,


solo com diâmetro máximo de 15 cm é classificado como material de
3.ª categoria.

Olha só, pessoal! Na aula falamos sobre a classificação dos materiais quanto à
dificuldade de extração. A norma DNIT 106/2009-ES – Cortes – Especificações
de Serviços usa as seguintes definições:

Material de 1ª categoria

Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou


não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de
umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização
de “Dozer” ou “Scraper” rebocado ou motorizado.

Material de 2ª categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha


não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que
obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria

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os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de


diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

Material de 3ª categoria

Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente


à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a
1,00 m, OU de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução,
a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo
de explosivos.

Esquematizando:

1ª categoria ø < 0,15 m

2ª categoria 0,15 m < ø < 1,00 m

3ª categoria ø > 1,00 m

Portanto, a afirmativa está errada. Solo com diâmetro máximo de 15 cm é


classificado como material de 1ª categoria.

Gabarito: Errada

46 - (PETROBRAS 2008 - CESPE) Ao se movimentar terra, ou


transportá-la, deve-se considerar o empolamento.

Vimos na aula que há variações no volume dependendo do estado em que este


se encontra. Até colocamos para vocês uma relação entre estes volumes:

Vcomp < Vcorte < Vsolto

Ou seja, o volume compactado é menor que o volume no corte (“in natura”),


que por sua vez é menor que o volume solto.

E qual o conceito de empolamento?

EMPOLAMENTO é o aumento percentual de volume de um solo escavado em


relação ao seu volume inicial ou em natura.

Volume empolado é o mesmo que volume solto.

Então, o correto, pessoal, é considerarmos o empolamento nos cálculos de


transporte de terra.
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Gabarito: Certa

47 – (Infraero 2011 – FCC) Ao se deparar com regiões de solos


compressíveis (moles), o engenheiro deve estudar a melhor solução
para obter o melhor desempenho do pavimento a ser implantado.

Dependendo da espessura de ocorrência deste material, procede-se


com a remoção. Caso contrário, deve-se intervir nesta região
anteriormente à implantação do pavimento. Uma solução possível é a
implantação de bermas de equilíbrio, que podem ser
simplificadamente definidas como

(A) aterros drenantes para equilibrar a umidade do maciço do aterro


principal.
(B) aterros executados para equilibrar o peso exercido pelo solo mole.
(C) cortes laterais para drenar os solos moles saturados.
(D) aterros laterais para equilibrar o peso exercido pelo maciço do
aterro principal.
(E) cortes combinados com drenos verticais na região de solo mole.

Na aula, vimos a definição de berma de equilíbrio:

Aterro ladeado por banquetas laterais, gradualmente decrescentes em


altura, de sorte que a distribuição das tensões se faz em área bem mais ampla
do que aquela que resultaria da utilização de um aterro convencional.

As bermas de equilíbrio deverão ser executadas desde o início da construção


do aterro.

Gabarito: Letra D

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A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para uma


ponte e seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a execução de
todo o projeto, pretende-se utilizar os dados de sondagem à
percussão, executada no local, e cujos resultados são mostrados na
figura. O aterro será compactado com grau de compactação igual a
80% e com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de
± 3%. O controle de compactação do aterro proposto baseia-se na
verificação do peso específico úmido de cada camada compactada, ao
final da compactação, com a utilização do ensaio de frasco de areia.
Para a base do aterro, está prevista a utilização de uma camada de
reforço de geogrelha, com resistência a tração igual a 35 kN/m. A
solução de fundação proposta para a ponte é de tubulões executados a
céu aberto, sem revestimento. Com relação a essa proposta, julgue os
itens.

48 – (TCU 2005 - CESPE) Nas especificações de execução do aterro,


deve-se prever que a sua construção dure o menor tempo possível,
pois, quanto mais rapidamente o aterro for executado, melhores serão
as suas condições de estabilidade.

A norma DNER-PRO 381/98 – “Projeto de aterro sobre solos moles para obras
viárias” prevê como uma das soluções para construção de aterro sobre solo
mole a construção por etapas, que implica subdividir a altura do aterro em
duas ou três etapas.

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O aterro deve ser construído em etapas, com alturas < h crítica, para que não
haja o colapso do solo mole subjacente, até que ele se consolide com cada
etapa de sobrecarga do aterro, com a saída da água dos vazios do solo mole.

Como foi visto, na aula, obtém-se um ganho de resistência de argila mole,


se o aterro for construído em etapas. Portanto, é necessário especificar no
projeto como se deve controlar e acompanhar esse ganho, que em geral é feito
com emprego de instrumentação.

Gabarito Errada

49 – (TCU 2005 - CESPE) As especificações de compactação do solo de


aterro propostas são insatisfatórias para as características da obra.

As especificações propostas no enunciado da questão são:

a) O aterro será compactado com grau de compactação igual a 80% e;

b) com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de ± 3%.

Mais uma vez, vamos recorrer à esquematização que fizemos para os aterros:

Camada Espessura de Grau ISC Expansão h(ótima)


cada camada Compactação (%) ≤
compactada

Corpo de ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%


aterro
Melhor
Finais de ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidad 2%. + /- 3%
aterro e de
suporte

O valor de 80% é insatisfatório, tanto para o corpo de aterro quanto para as


camadas finais.

Já com relação ao com desvio de umidade máximo em relação à umidade


ótima de ± 3%, tal especificação está de acordo para o corpo de aterro.

Portanto, as especificações de compactação do solo de aterro propostas são


insatisfatórias para as características da obra.

Gabarito: Certa

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50 – (TCU 2005 - CESPE) A utilização da geogrelha como reforço na


base do aterro do encontro reduzirá substancialmente os recalques do
aterro.

Segundo a norma DNER-PRO 381/98 – “Projeto de aterro sobre solos moles


para obras viárias”, as geogrelhas atuam na estabilidade do aterro e na
redução de deslocamentos laterais, sem influência significativa nos
recalques.

Gabarito: Errada

51 – (TCU 2005 - CESPE) O controle de compactação do aterro com


base somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto
no projeto, é insatisfatório.

Essa estava fácil, não é pessoal!! A palavra restritiva “somente” já deixa o


candidato desconfiado. E era razoável imaginar que a realização de somente
um ensaio não fosse suficiente para a realização do controle tecnológico do
aterro.

O controle de execução do aterro é realizado através dos ensaios de teor de


umidade (ensaio denominado speedy), do ensaio de densidade “in situ” (ensaio
do frasco de areia) e do ensaio de compactação (ensaio proctor normal para o
corpo do aterro ou intermediário para as camadas finais).

Não se preocupe com esses ensaios ainda. Eles serão estudados com mais
detalhes nas aulas seguintes. Colocamos aqui só para mostrar que o controle
de compactação do aterro com base somente na obtenção do peso
específico úmido, como proposto no projeto, é de fato insatisfatório, já
que são necessários diversos outros ensaios.

Gabarito: Certa

52 - (Téc. Estradas DNIT 2013 - ESAF) Em relação ao conteúdo


controle geométrico das seções, é correto afirmar que:

a) nos aterros, o controle será por instrumento denominado de


cruzeta, fixado a uma distância de 5 metros do eixo da plataforma.

b) nos aterros, o controle será realizado por meio de estaca


denominada de off-set, fixada junto à cota mais baixa do aterro (no pé
do aterro).

c) em aterros, o controle da rampa (saia) poderá ser realizado com a


utilização de gabarito de madeira, com relação de cateto 3:2, sendo 3

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(medida horizontal) e 2 (medida vertical), ou através de teodolito e


mira graduada.

d) no corte, a estaca off-set utilizada para o controle da cota de


escavação, deverá ser colocada exatamente no local onde a máquina
iniciará o corte; ela permanecerá neste local até o final da escavação,
servindo de referência de cota para a paralisação da escavação.

e) em serviços de corte admiti-se um erro de + ou - 50 cm entre as


cotas da plataforma da terraplenagem em relação às cotas do projeto.

Dentre as opções apresentadas na questão vamos ver qual é a correta:

a) nos aterros, o controle será por instrumento denominado de


cruzeta, fixado a uma distância de 5 metros do eixo da plataforma.

O controle geométrico dos aterros deve ser feito por levantamento


topográfico e com gabarito apropriado e considerando os elementos
geométricos estabelecidos nas “Notas de Serviço”.

Pessoal, as “Notas de Serviço” de terraplenagem constituem um conjunto


de planilhas nas quais são relacionados todos os pontos característicos da
seção transversal necessários à implantação da geometria projetada, estaca
por estaca.

Os pontos são referenciados nas notas de serviço em termos de seus


afastamentos (distâncias) em relação ao eixo de locação e as
correspondentes cotas.

Veja abaixo o modelo de nota de serviço apresentado pelo DNIT:

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Com a Nota de Serviço, procede-se à marcação dos off-sets no campo. Para


isso, devem ser colocadas, junto aos off-sets dos aterros, varas com
cruzetas na parte superior, de modo a indicar a altura a ser atingida pelo
aterro.

Já vimos na aula que o off-set é a representação da “faixa terraplenada”, que


corresponde aos limites das seções transversais dos cortes ou aterros. Esta
representação, de acordo com o DNIT, é uma estaca cravada a 2 m da
crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada.

Ou seja, o off set é a delimitação da seção de terraplenagem.

Esses “off-sets” orientam os operadores das máquinas e é através deles que


podemos saber se é necessário cortar ou aterrar aquela parte da estrada.

Nos pés do aterro são fixadas cruzetas de marcação, indicando a altura da


plataforma em relação aos pontos de "off-set".

Dessa forma, a alternativa está incorreta, pois as cruzetas devem ser


colocadas juntos aos off-sets, no pé do aterro, e não a 5 metros do eixo
da plataforma.

Alternativa incorreta.

b) nos aterros, o controle será realizado por meio de estaca


denominada de off-set, fixada junto à cota mais baixa do aterro (no pé
do aterro).

Acabamos de ver que o off-set é fixado a 2 metros do pé do aterro.

Alternativa incorreta.

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c) em aterros, o controle da rampa (saia) poderá ser realizado com a


utilização de gabarito de madeira, com relação de cateto 3:2, sendo 3
(medida horizontal) e 2 (medida vertical), ou através de teodolito e
mira graduada.

Na prática, os taludes dos aterros variam de 2:3 (V: H) a 1:4 (V: H). O
talude 1:4 (V:H) é empregado nas autoestradas quando os aterros são baixos
(abaixo de 2,50 m), visando oferecer melhor segurança ao tráfego. Tendo-se
sempre presente que cada tipo de solo merece um estudo específico, devendo
o assunto ser definido, de forma precisa, no Projeto de Engenharia.

Gabarito de madeira
Dessa forma, a inclinação máxima para aterros compactados é a de 2:3
(V:H).

A banca apenas trocou a ordem da relação dos catetos (V:H) para (H:V), o que
não invalida a questão. Ou seja 2:3 (V:H) é a mesma coisa que 3:2 (H:V).

Alternativa correta.

d) no corte, a estaca off-set utilizada para o controle da cota de


escavação, deverá ser colocada exatamente no local onde a máquina
iniciará o corte; ela permanecerá neste local até o final da escavação,
servindo de referência de cota para a paralisação da escavação.

Se a estaca de off-sets for colocada exatamente no local onde o equipamento


iniciará o corte, este poderá danificá-la, prejudicando o controle geométrico do
aterro.

Vimos na aula que a “folga” (de 2,00m) é necessária para que durante a
execução das escavações dos cortes ou compactação dos aterros a referência
do off-set seja mantida.

Alternativa incorreta.

e) em serviços de corte admiti-se um erro de + ou - 50 cm entre as


cotas da plataforma da terraplenagem em relação às cotas do projeto.

Vimos na aula que, para os serviços de cortes:


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a) Variação da altura máxima para eixos e bordas

• Cortes em solo = ± 0,05 m

• Cortes em rocha = ± 0,10 m

Portanto, alternativa incorreta.

Gabarito: Letra C

53 – (PF REGIONAL 2004 – CESPE) Para cálculo de volumes de aterros


e cortes, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao
volume de aterro ou corte dividido pelo fator de empolamento.

Muita calma nessa hora!! Na aula vimos que o fator de empolamento é:

O volume de transporte mencionado na questão é o volume solto.

Vtransp = Vsolto.

Portanto, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao VOLUME


DE CORTE multiplicado pelo fator de empolamento.

Gabarito: Errada

54 – (Infraero 2011 – FCC) Na execução da terraplenagem em um


terreno para a implantação de um aeroporto, foi necessária, na
movimentação de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado
mediu-se o volume de 1.200 m3 de solo. Por meio do controle
tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo
compactado é de 2.030 kg/m3, a densidade natural é de 1.624 kg/m3
e a densidade solta é de 1.160 kg/m3. Considerando que este solo foi
transportado por caminhão basculante com capacidade de 6 m3, o
número de viagens necessárias foi de
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(A) 400.
(B) 200.
(C) 250.
(D) 300.
(E) 350.

Essa é uma questão em que temos que fazer umas continhas

Dados:

Vcomp = 1.200 m3

Dcomp = 2.030 kg/ m3

Dnat = 1.624 kg/ m3

Dsolta = 1.160 kg/ m3

Vocês se lembram quando fizemos as relações das densidades? Vamos


recordar:

Em se tratando de uma mesma massa m a ser terraplenada, é fácil concluir


que as variações nas densidades (ou massas específicas aparentes) do
material obedecerão às desigualdades abaixo:

Dcomp > Dcorte > Dsolta

A questão nos fornece o volume compactado. Mas o volume que queremos é o


volume solto, que é o volume considerado nas operações de transporte.

Para isso, basta compararmos a densidade compactada com a densidade


solta, dividindo uma pela outra.

Dcomp = 2030 = 1,75

Dsolta 1.160

Então, se o volume compactado é 1.200 m3, o volume solta será:

Vsolto = 1.200,00 m3 x 1,75 = 2.100,00 m3

O comando da questão informa que o transporte foi realizado com caminhões


basculante com capacidade de 6 m3. Então, se dividirmos o total do volume
solto pela capacidade dos caminhões, teremos a quantidade de viagens
necessárias, ou seja:
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2.100 = 350

Portanto, o número necessário de viagens foi de 350 viagens.

Gabarito: Letra E

55 – (TCU 2009 – CESPE) Em serviços de terraplanagem, o preço


unitário relativo ao destocamento do terreno é expresso por m2 da
área a ser destocada, independentemente do diâmetro das árvores.

Opa! Não foi isso que vimos na aula não! De acordo com a norma DNIT
104/2009 – ES - Terraplenagem – Serviços Preliminares - Especificação de
Serviço:

Medição – Desmatamento, Destocamento e Limpeza

a) árvores com diâmetro inferior a 0,15 m => m2

b) árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem ser medidas


ISOLADAMENTE, em função de 2 conjuntos:

b.1) Árvores com diâmetro entre 0,15 m e 0,30 m

b.2) Árvores com diâmetro superior a 0,30 m

Portanto, somente as árvores com diâmetro inferior a 0,15 m é que possuem o


preço unitário relativo ao destocamento do terreno expresso por m2 da área a
ser destocada, as árvores com diâmetro igual ou superior a 0,15 m devem
ser medidas isoladamente.

Gabarito: Errada

56 – (TRT 17ª Região 2009- CESPE) Em uma obra de compactação de


um aterro, o critério de medição do serviço é o volume medido por
camada acabada.

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É isso aí! Os aterros são medidos em m3 por camada acabada, afinal fazem
parte do custo unitário dos serviços de compactação de aterros: a descarga e
o espalhamento do material em camadas, o ajuste e homogeneização da
umidade do solo, a compactação propriamente dita e o respectivo
acabamento do aterro. (item 8.1 da norma DNIT 108/2009 ES-
Terraplenagem – Aterro – Especificações de Serviço).

Gabarito: Certa

57 – (SEGER-ES 2011- CESPE) Os solos expansivos são adequados


para a execução de aterros, pois permitem rápida compactação e
adensamento.

Ninguém cai mais nessa não, né? Só erra uma questão dessas quem não leu
esta aula!!

Gabarito: Errada

58 – (BASA 2007- CESPE) Em um serviço de movimento de terra, para


efeito de orçamento do transporte de terra escavada na execução de
um corte, multiplica-se o volume de solo a ser escavado no seu estado
natural, ou intacto, pelo preço unitário de transporte.

Não é mesmo!! Falamos tanto que o volume transportado é o volume solto, e


para calcularmos esse volume temos que considerar o empolamento. Portanto,
mutiplica-se o volume do corte pelo fator de empolamento.

Gabarito: Errada

59 – (INSS 2008- CESPE) Aterros com volumes superiores a 1.000 m3


devem ter, obrigatoriamente, controle tecnológico na sua execução.

Segundo a norma DNIT 108/2009 ES devem ser adotados os seguintes


procedimentos:

Um ensaio de compactação para cada 1000 m³ de um mesmo material do


corpo do aterro (segundo o Método DNER-ME 129 - Proctor Normal);

Gabarito: Certa

60 - (MPU 2004 – ESAF) As ordenadas de Bruckner correspondem às


diferenças entre as cotas projetadas para a estrada e as cotas de seu
perfil original.

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O diagrama de massas NÃO é um perfil. A forma do diagrama de massas


não tem nenhuma relação com a topografia do terreno. A diferença de
ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o volume de terra entre
esses pontos. Portanto, a afirmativa está incorreta.

Gabarito: Errada

61 - (Engenheiro de Trânsito 2012-BIORIO) - Ao analisar o diagrama


de Brückner (diagrama de massas), constata-se um ponto de máximo
local pertencente a um trecho compensado por uma linha de terra no
sentido do estaqueamento. Esse ponto corresponde no perfil
longitudinal:

(A) a uma passagem de aterro para corte;


(B) a uma passagem de corte para aterro;
(C) ao ponto de maior cota vermelha neste trecho;
(D) ao ponto de maior cota azul neste ponto;
(E) a um greide cuja inclinação da tangente é zero

Pessoal, conforme a 2ª Propriedade do diagrama de Brückner:

Os pontos de máximo do diagrama representam a passagem de cortes


para aterros e os de mínimo a passagem de aterros para cortes.

Portanto, a alternativa correta é a letra B.

Gabarito: Letra B

62 - (INFRAERO/ADAPTADA - NCE UFRJ) - O significado de um ponto


máximo em um diagrama de Bruckner (diagrama de massas de
terraplenagem) é:

(A) máxima compensação;


(B) passagem de corte para aterro;
(C) menor momento de transporte;
(D) distância média de transporte;
(E) volume escavado.

E aí, pessoal, qual é a resposta? Agora ficou fácil! Vimos que o ponto máximo
em um diagrama de Brückner refere-se à passagem de cortes para aterros,
portanto a letra B está correta!!

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Pessoal, vejam a importância de se fazer provas anteriores e de bancas


diferentes. Quem sabe uma questão desse tipo não cai na prova de vocês,
hein?!

Gabarito: Letra B

63 - (Ponto dos Concursos 2012) – As linhas horizontais que


interceptam ramos ascendentes e descendentes no diagrama de
Brückner destacam:

(A) o volume médio escavado no trecho em aterro.


(B) o volume total escavado na frente de ataque da zona de corte
considerada.
(C) o momento parcial de transporte do empréstimo.
(D) o volume de cortes e aterros compensados.
(E) os pontos de início de corte e fim de aterro no perfil longitudinal.

Pessoal, a 4ª propriedade diz:

Linhas horizontais (ditas “linhas de compensação” ou “linhas de


distribuição”), interceptando ramos ascendentes e descendentes,
destacam segmentos que correspondem a volumes de cortes e aterros
compensados.

Portanto, concluímos que a alternativa correta é a letra D, já que traduz


literalmente 4ª propriedade.

Gabarito: Letra D

64 – (TRE - RN 2011 – FCC) Considere as afirmações abaixo sobre


projeto de terraplenagem.

I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os


cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e
começam os cortes.

II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma


redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução
depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes
e grau de compactação dos aterros.

III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o


diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos
uma onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser

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cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de


compensação.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

Vamos analisar cada uma das afirmativas:

I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os


cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e
começam os cortes.

Então pessoal, é isso mesmo! Os pontos de passagem são os pontos de


máximo e de mínimo do diagrama, e eles correspondem aos pontos onde
terminam os cortes e começam os aterros (ponto máximo) e os pontos
onde terminam os aterros e começam os cortes (ponto mínimo).

Observem só o desenho abaixo:

Correto, portanto, o item.

II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma


redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução
depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes
e grau de compactação dos aterros.

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Corretíssimo o que se afirma no item acima. Quando executamos um aterro,


compactamos o volume que estava originalmente no corte. Essa compactação
faz com que este material sofra uma redução no seu volume, e
consequentemente um aumento da densidade.

O valor desta redução de volume depende do tipo de material (geralmente, as


argilas sofrem uma redução de volume maior que as areias, por exemplo);
densidade natural (condição que a massa específica do solo se apresenta no
local do corte antes do material ser retirado); adensamento nos corte
(quantidade de vazios que o solo apresenta no seu “estado natural”) e grau de
compactação (quantidade de energia despendida para compactar o solo).

Afirmativa correta.

III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o


diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos
uma onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser
cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de
compensação.

Qualquer horizontal traçada sobre o diagrama determina trechos de


volumes compensados (volume de corte = volume de aterro corrigido).
Esta horizontal, por conseguinte, é chamada de linha de compensação (ou
linha de terra).

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Além disso, todas as ondas do diagrama de massas deverão ser


cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de
compensação.

Portanto, está certa a afirmativa.

Gabarito: Letra E

Pessoal, este tema (diagrama de massas) é um assunto bem explorado nos


concursos, portanto fiquem atentos aos conceitos.

Vamos a uma pequena revisão no tema:

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65 - (FISCAL DE OBRAS RODOVIARIAS - UFPR 2010) Ao se efetuar um


corte no terreno, o volume do material solto é maior que o volume
original do solo. Esse fenômeno é denominado:

a) inchamento.
b) empolamento.
c) desadensamento.
d) incorporação de vazios.
e) expansão.

Vimos em aula que a taxa de empolamento representa, em termos


percentuais, qual o incremento de volume que resulta após a escavação de um
material de um corte:

Portanto, a resposta correta é a letra B.

Gabarito: Letra B

66 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB). Em escavações, são


considerados materiais de 3ª categoria os:

A) solos orgânicos e as argilas moles.


B) que exigem uso contínuo de explosivos.
C) que são escaváveis com auxílio de escarificador.
D) que exigem uso eventual de explosivos.
E) solos em geral.

Conforme vimos na aula, os matérias de 3ª categoria exigem o uso contínuo


de explosivos.

Gabarito: Letra B

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A partir da figura acima, que apresenta um aterro para pavimento


rodoviário construído sobre uma camada de solo mole, saturada,
uniforme e homogênea, julgue os seguintes itens.

67 - (PF 2002 - CESPE) A utilização de bermas de equilíbrio reduz a


altura admissível do aterro.

Ao contrário, a utilização de bermas de equilíbrio proporciona mais


estabilidade, portanto, aumenta a altura admissível do aterro, ou seja, se
utilizarmos bermas de equilíbrio poderemos construir um aterro mais alto.

Gabarito: Errada

68 - (PF 2002 - CESPE) Na situação mostrada na figura, para uma


maior garantia da estabilidade do aterro, seria recomendado que o
mesmo fosse construído o mais rápido possível.

Simplesmente repetição da questão do TCU 2005. E olha que essa mesma


abordagem foi feita em uma questão da prova do concurso de Analista de
Infraestrutura (Área I) do MPOG 2010.

Gabarito: Errada

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69 - (Infraero 2011- FCC) No projeto de terraplenagem de uma


rodovia deve ser definida a movimentação de terra resultante da
implantação do greide projetado. O diagrama de massas, ou diagrama
de Brückner, é utilizado para a representação dos momentos de
transporte ao longo do traçado. Analise o diagrama:

No diagrama acima, o volume do maior aterro é igual a

(A) 40 m3.
(B) 50 m3.
(C) 140 m3.
(D) 130 m3.
(E) 10 m3.

Pessoal, lembram que quando falamos do diagrama de massas (ou diagrama


de Brückner) mencionamos que na sua representação, considerando-se o
sentido crescente do estaqueamento, os ramos ascendentes do diagrama
correspondem a cortes e os ramos descendentes correspondem a aterros.

Então ficou fácil! Se olharmos no diagrama o ponto máximo (+ 50) de quando


o sentido começa a ficar descendente (estaca 101) até o ponto mínimo (-90)
de quando termina essa descendência (Estaca 103,5), teremos o primeiro
trecho todo em aterro. Este valor é igual a 140 m3(50 + 90).

O segundo trecho em aterro começa na estaca 106 (+ 40) e termina na estaca


107 (-10). Com volume de 50 m3.

Portanto, a resposta é 140 m3.

Gabarito: Letra C
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70- (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Em relação à sistemática a ser


empregada na execução de empréstimos de materiais utilizados para
execução de aterros, de acordo com a Especificação de Serviço DNIT
107/2009 – ES, a opção incorreta é:

a) nos cortes, de uma maneira geral, deve ser adotado o rebaixamento


do fundo do corte, com modificação do greide, para melhorá-lo.

b) no caso dos cortes em tangente, de altura significativa, promover o


alargamento até determinada altura, criando-se banquetas e
melhorando a estabilidade dos taludes.

c) no caso dos aterros, os empréstimos laterais devem ser feitos com o


intuito de diminuir a distância de transporte do equipamento,
melhorando as condições de drenagem (elevação do greide).

d) os solos para efeito de execução do corpo do aterro devem


apresentar capacidade de suporte compatível (ISC ≥ 4%) e expansão
menor ou igual a 2%, compactados com a energia do Proctor Normal.

e) a borda externa das caixas de empréstimos laterais e o limite da


faixa de domínio deve ser mantida sem exploração numa faixa de 2,00
m de largura, a fi m de permitir a implantação da vedação
delimitadora.

Reparem, mais uma vez, que nesta questão a banca pede para vocês
escolherem a opção INCORRETA.

No caso, o erro está na alternativa “d”. Mais uma questão que a nossa tabela
sobre aterros resolveria.

Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de


suporte adequada (ISC ≥ 2%) e não a 4%.

Gabarito: Letra D

71 – (MPOG 2012 – Área I – CESPE) Caso uma quantidade de terra


lançada em um aterro seja compactada mecanicamente, o seu volume
final será igual ao volume que essa massa ocupava no corte.

Vimos na aula que o volume no corte (“in natura”) é diferente do volume


compactado. Afinal, compactação de aterros é o processo manual ou mecânico
de aplicação de forças destinadas a reduzir o volume do solo até atingir a
densidade máxima.

Vcomp < Vcorte < Vsolto

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Gabarito: Errada

Com relação às operações de terraplenagem e às obras de estradas,


julgue os itens a seguir.

72 – (TRT 10a/2013 – CESPE) Os materiais de empréstimo para a


execução de corpo de aterro devem ter capacidade de suporte maior
ou igual a 2% (ISC 2%) e expansão menor ou igual a 4%, valores
estes determinados por meio de ensaios de compactação e de CBR.

Pessoal, vejam como esse assunto é recorrente!!

Vamos à nossa tabela:

Camada Espessura de G.C. ISC (%) Expansão h(ótima)


cada camada ≤
compactada

Corpo de ≤ 0,3 m 100 % P.N. ≥ 2% 4%. + /- 3%


aterro
Melhor
Finais de ≤ 0,2 m 100 % P.I. capacidade 2%. + /- 3%
aterro de suporte

Dessa forma, a questão está correta!

Gabarito: Certa

73 - (TRT 10a/2012/Prova anulada – CESPE) Durante a terraplenagem,


é considerado material de 3a categoria aquele que necessita de
emprego de escarificador eventualmente auxiliado por explosivos.

A norma DNIT 106/2009-ES – Cortes – Especificações de Serviços usa as


seguintes definições:

Material de 2ª categoria

Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha


não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que
obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido
contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de
explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria
os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de
diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m.

Material de 3ª categoria
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Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente


à rocha não alterada e blocos de rocha com diâmetro médio superior a
1,00 m, OU de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução,
a fim de possibilitar o carregamento, se processem com o emprego contínuo
de explosivos.

Após essas definições, vemos que a questão está errada, pois ela traz o
conceito de material de 2ª categoria.

Gabarito: Errada

74 - (ITESP 2013 – VUNESP) Banquetas laterais de equilíbrio como,


por exemplo, na figura apresentada, têm por objetivo ajudar a
resistência ao cisalhamento da camada mole de fundação do aterro.
Essas plataformas laterais de contrapeso, construídas junto ao aterro,
criam um momento resistente que, se opondo ao de ruptura provocado
pela carga de aterro, auxilia a resistência ao cisalhamento próprio da
argila. O texto se refere a:

(A) inclinações do talude.

(B) materiais estabilizantes.

(C) muros de arrimo e ancoragens.

(D) drenagens superficiais e profundas.

(E) bermas.

Para quem viu o conteúdo da nossa aula deve ter acertado fácil, fácil. Afinal,
comentamos várias vezes sobre as Bermas. Inclusive chamamos a atenção de
vocês para que fiquem atentos a esse conteúdo. As bancas costumam cobrar
bastante sobre ele.

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Gabarito: Letra E

75 - (PREFEITURA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2015 – VUNESP) Para


compactar e adensar um talude executa-se um reaterro escavando um
material que tem empolamento igual a 20%. Se são carregados cinco
caminhões de 3 m3 com material solto em uma hora de trabalho,
então, em 4 horas de trabalho, o volume desse material medido no
corte é de

(A) 100 m3.


(B) 80 m3.
(C) 60 m3.
(D) 50 m3.
(E) 40 m3.

Temos que cada caminhão carrega 3,00 m3 de material solto e o empolamento


é de 20%, portanto, na verdade, cada caminhão carrega 2,4 m3 de material
do corte (estado natural, que está confinado):

Vimos que a porcentagem (ou taxa) de empolamento [p(%)] nos dá a taxa de


aumento, em porcentagem, do volume solto em relação ao volume natural. Ou
seja, representa o percentual de expansão volumétrica do solo, no estado
solto, ao ser retirado do seu estado natural, ou seja:

► Vs = Vc x (taxa de empolamento)

No caso a taxa de empolamento é sempre maior que 1.

Vs/Vc = 1,20

Portanto, Vc = 3/1,20 => Vc = 2,50 m3

► Como temos 5 caminhões para 1 hora de trabalho, então:

V1 = 2,5 x 5 = 12,50 m3 por hora

► Para 4 horas de trabalho teremos:

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V4 = 12,50 x 4 = 50 m3

Gabarito: Letra D

76 - (SPTrans 2012 – VUNESP) A garantia do correto controle


tecnológico da execução de aterros e reaterros em obras de
construção de edificações residenciais, comerciais ou industriais
requer
(A) o emprego de materiais selecionados para o aterro, permitido o
uso de solos com matéria orgânica micácea ou diatomácea.

(B) que nas operações de lançamento, homogeneização,


umedecimento ou aeração e compactação do material, a espessura da
camada compactada seja de, no máximo, 0,30 m.

(C) que as camadas devam ser compactadas, estando o material na


umidade ótima do correspondente ao ensaio de comparação,
admitindo-se uma variação desta umidade de 10% para mais ou para
menos.

(D) o grau de compactação a ser atingido seja de, pelo menos, 85%.

(E) que durante a execução deva ser feito um controle de compactação


diário por camada.

Mais uma questão da banca VUNESP! Vamos analisar cada uma das
alternativas para verificarmos qual é a certa:

(A) o emprego de materiais selecionados para o aterro, permitido o


uso de solos com matéria orgânica micácea ou diatomácea.

Na aula explicamos que, para a seleção dos materiais para compactação dos
aterros, temos que atender a vários requisitos, em termos de características
mecânicas e físicas, conforme se registra a seguir:

a) Ser preferencialmente utilizados de conformidade com sua qualificação e


destinação prévia fixada no projeto.

b) Ser isentos de matérias orgânicas, micáceas e diatomáceas. Não devem


ser constituídos de turfas ou argilas orgânicas.

c) Para efeito de execução do corpo do aterro, apresentar capacidade de


suporte adequada (ISC ≥ 2%) e expansão menor ou igual a 4%.

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d) Para efeito de execução da camada final dos aterros, apresentar dentro


das disponibilidades e em consonância com os preceitos de ordem técnico-
econômica, a melhor capacidade de suporte e expansão ≤ 2%.

Portanto, está errada a alternativa A. Pois devem estar ISENTOS desses


materiais!!

ITEM INCORRETO

(B) que nas operações de lançamento, homogeneização,


umedecimento ou aeração e compactação do material, a espessura da
camada compactada seja de, no máximo, 0,30 m.

Correto isso! Vimos várias vezes isso! Espessura MÁXIMA de 30 cm para


compactação de aterros!!!

ITEM CORRETO

(C) que as camadas devam ser compactadas, estando o material na


umidade ótima do correspondente ao ensaio de comparação,
admitindo-se uma variação desta umidade de 10% para mais ou para
menos.

Mais uma para matar com a utilização do resumo que fizemos para vocês! A
variação máxima da umidade ótima é de 3%.

ITEM INCORRETO

(D) o grau de compactação a ser atingido seja de, pelo menos, 85%.

85%??? Não, né!!!!


Outra alternativa que a tabela “mataria”.
O grau de compactação deve ser igual ou maior que 100%.

ITEM INCORRETO

(E) que durante a execução deva ser feito um controle de compactação


diário por camada.

Não existe essa de controle diário!!

O controle deve ser realizado da seguinte forma:

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a) Para o corpo de aterro:

Ensaio Amostragem
01 ensaio de compactação a cada 1.000 m³ de material
01 ensaio de granulometria
a cada grupo de 10 amostras do ensaio de
01 ensaio de limite de liquidez compactação

01 ensaio de plasticidade

b) Para a camada final de aterro (últimos 60 cm):

Ensaio Amostragem
01 ensaio de compactação a cada 200 m³ de material
01 ensaio de granulometria
01 ensaio de limite de liquidez a cada grupo de 04 amostras do ensaio de
compactação
01 ensaio de plasticidade
01 ensaio de índice de suporte Califórnia

Gabarito: Letra B

77 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Com a escavação


de um material que tem empolamento igual a 20%, em uma hora de
trabalho carregaram-se 10 caminhões de 6 m3 com material solto. Em
quatro horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de

(A) 90 m3.
(B) 100 m3.
(C) 120 m3.
(D) 150 m3.
(E) 200 m3.

Mais uma questão desse tipo! Vocês não podem ir para essa prova sem saber
resolver esse tipo de questão, pois as bancas muitas vezes cobram esse tipo
de conhecimento em questões de concurso:

► Vs/Vc = taxa de empolamento

Vs/Vc = 1,20

Portanto, Vc = 6/1,20 => Vc = 5,00 m3


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► Como temos 10 caminhões para 1 hora de trabalho, então:

V1 = 5,00 x 10 = 50,00 m3 por hora

► Para 4 horas de trabalho teremos:

V4 = 50,00 x 4 = 200 m3

Gabarito: Letra E

78 - (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2012 – VUNESP) O


diagrama de massas (ou de Brückner) é aplicado na análise da
distribuição dos materiais escavados, definindo a origem e o destino
dos solos e rochas que são objeto das operações de terraplenagem,
com indicação de seus volumes, classificações e distâncias médias de
transporte.

Considerando as propriedades do diagrama de massas, pode-se


afirmar que

(A) inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam


grandes movimentos de terra.

(B) todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de


corte.

(C) os pontos de máximo correspondem à passagem de aterro para


corte.

(D) a área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de


compensação mede a distância média de transporte da distribuição
considerada.

(E) a diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o


fator de homogeneização de volumes.

Conforme o Resumo que fizemos para vocês acerca do diagrama de Brückner


(ou diagrama de massas):

- inclinações muito elevadas indicam grandes movimentos de terras;

- diferença de ordenadas entre 2 pontos mede o volume de terra entre esses


pontos;

- Pontos extremos: pontos de passagem.

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- Pontos de máximo: passagem de corte para aterro.

- Pontos de mínimo: passagem de aterro para corte;

- a horizontal traçada sobre o diagrama é chamada de linha de


compensação (ou linha de terra).

- a distância média de transporte (DMT) pode ser considerada como a base


de um retângulo.

Portanto, a alternativa correta é a letra A

Gabarito: Letra A

79 - (Fundação Casa/2013 – VUNESP) Ao se efetuar um movimento de


terra, admite-se um empolamento de 20% para terra comum seca, que
no estado natural tem um peso específico de 2.400 kgf/m3. No estado
solto, o peso específico é de

(A) 1.200 kgf/m3

(B) 1.500 kgf/m3

(C) 1.840 kgf/m3

(D) 2.000 kgf/m3

(E) 160 kgf/m3

Mais uma questão sobre empolamento envolvendo material no estado natural


e material no estado solto.

Bem, é bastante fácil! O empolamento é justamente a diferença de volume


entre os dois estados.

No estado solto o peso específico é MENOR que no estado natural (confinado


ou no corte).

Portanto:

Se PN = 2.400 Kgf/m3 então:

PS = PN/1,20 => 2.400/20 => PS = 2.000 Kgf/m3

Gabarito: Letra D

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80 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Sobre o controle


tecnológico da execução de aterros, considere os seguintes casos:

X – aterros com responsabilidade de suporte de fundações,


pavimentos ou estruturas de contenção;

Y – aterros com altura superior a 1 m;

Z – aterros com volume superior a 1 000 m3.

O controle é obrigatório em

(A) X, Y e Z.

(B) X e Z, apenas.

(C) Y e Z, apenas.

(D) X e Y, apenas.

(E) Z, apenas.

Questão bem fácil! Em todos os casos é obrigatório o controle tecnológico na


execução dos aterros!!

Gabarito: Letra A

81 - (PREFEITURA DE SOROCABA/SP 2011 – VUNESP) Para


implantação de uma obra de saneamento, executou-se um aterro.
Após a sua conclusão, foi feito o levantamento topográfico,
determinando-se a área das seções transversais do maciço, conforme
a tabela.

Considerando-se um afastamento de 20 m entre as seções, o volume


total executado do aterro foi de

(A) 8 351,00 m³.

(B) 11 482,60 m³.


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(C) 16 702,00 m³.

(D) 22 965,20 m³.

(E) 33 404,00 m³.

Essa é uma questão bem fácil! Basta calcular os volumes em cada um dos
segmentos e depois soma-los.

Para calcular o volume de cada segmento deve-se obter a Área Média do


segmento e multiplicar pelo comprimento entre as estacas:

V1 = (272,84 + 521,94)/2 x 20,00 = 7.947,80 m3

V2 = (521,94 + 353,48)/2 x 20,00 = 8.754,20 m3

VT = V1 + V2 = 7.947,80 + 8.754,20 => VT = 16.702,00 m3

Gabarito: Letra C

82 - (SAEP/2014 – VUNESP) Para executar um reaterro, escavou-se


um material que tem empolamento igual a 20%, carregando-se 3
caminhões de 5 m3 com material solto em uma hora de trabalho. Em 8
horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de

(A) 90 m3

(B) 200 m3

(C) 150 m3

(D) 120 m3

(E) 100 m3

Vejam como essa banca gosta desse tipo de questão.

► Vs/Vc = taxa de empolamento

Vs/Vc = 1,20

Portanto, Vc = 5/1,20 => Vc = 4,17 m3

► Como temos 3 caminhões para 1 hora de trabalho, então:

V1 = 4,17 x 3 = 12,50 m3 por hora

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► Para 8 horas de trabalho teremos:

V4 = 12,50 x 8 = 100 m3

Gabarito: Letra E

Figura II

(TCE/RN CESPE – 2015) Em um projeto de terraplanagem, a


distribuição de materiais dos cortes pelos aterros seguiu as ordenadas
da curva de Brückner, apresentada na figura I.
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Na distribuição de terras, admitiu-se que a DMT máxima é de 1.000 m,


e que só há local para empréstimo ou bota-fora no meio do trecho.
Com o intuito de se obter o menor custo, a linha de compensação foi
dividida em três segmentos, na forma da distribuição apresentada na
figura II.

Com base nessas informações, julgue os próximos itens.


83 - (TCE/RN CESPE – 2015) A distribuição elaborada, dos materiais
escavados, apresentou um volume de empréstimo de 300 m3 e um
volume de bota-fora de 400 m3.

Pessoal, questão bem tranquila de Diagrama de Bruckner.

Primeiramente, vemos que há três segmentos de linhas horizontais na figura II


(est. 0 a 50, est. 58 a 142 e est. 149 a 200). Tais linhas, denominadas
também de linha de compensação, indicam que naquele trecho os volumes de
cortes são iguais aos volumes de aterro corrigidos, ou seja, não há empréstimo
ou bota-fora a ser feito!

No entanto, entre as estacas 52 a 58 e 142 a 149 não há tal linha de


compensação, significando que há empréstimo ou bota fora a ser feito, ou os
dois.

Vimos que entre as estacas 52 a 58 a curva é descendente, representando


assim um trecho em aterro, logo o volume de material de empréstimo a ser
realizado será a diferença entre as ordenadas (volumes) de cada estaca que é
300m3.

Da mesma forma, utilizando o mesmo raciocínio, entre as estacas 142 e 149 a


curva é ascendente representando um trecho em corte, logo o volume de
bota-fora será a diferença entre as ordenadas (volumes) de cada estaca, isto é
400m3. Logo alternativa está correta.

Como estudamos, deve-se dar prioridade aos materiais provenientes das


escavações dos cortes para ser utilizado nos aterros, sendo que só se deve
recusar a utilização desses materiais devido:

- a má qualidade;

- ao excesso de volume; ou

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- a excessiva distância de transporte (que inviabilize economicamente a


utilização deste material no aterro).

No enunciando da questão, admitiu-se que a DMT máxima seria de 1000m, o


que inviabilizaria o transporte do material retirado do corte na estaca 142 a
149 para a 52 a 58, tendo em vista que a DMT seria superior a 1000m.

Gabarito: Certa

84 - (TCE/RN CESPE – 2015) A partir do perfil esquemático do terreno,


verifica-se que serão executados três cortes e dois aterros.

Pessoal, primeiramente vemos que o enunciado da questão está errado, pois o


digrama de massas não tem nenhuma relação com ou perfil ou topografia
do terreno!!

Mas deixando esse erro de lado, é possível identificar na figura II três trechos
ascendentes, representado cortes, e três trechos descendentes, representando
aterros. Logo, a questão está errada (aliás, duplamente rsrs), pois afirma que
serão executados três cortes e dois aterros.

Gabarito: Errada

85 - (TCE/RN CESPE – 2015) O maior corte, localizado entre as estacas


0 e 52, tem volume de 600 m3 e o maior aterro, entre as estacas 58 e
100, tem volume de 300 m3.

O maior corte será entre as estacas onde houver a maior curva ascendente,
portanto a maior curva ascendente se dará entre as estacas 130 e 170, com o
volume de 1050m3.

O maior aterro será entre as estacas onde houver a maior curva descendente,
portanto a maior curva descendente se dará entre as estacas 25 e 75, com o
volume de 1200m3.

Gabarito: Errada

86 - (MP/ENAP CESPE - 2015) A distribuição do material escavado


pode ser efetivada por meio do diagrama de Bruckner, o mais
utilizado, do diagrama de áreas e do diagrama de Lalanne.

Pessoal estudamos que a prática de projeto de estradas tem desenvolvido, em


seus vários estágios, diversos procedimentos gráficos visando a execução de
uma adequada distribuição de materiais na terraplenagem.

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Dessa forma, surgiram o “diagrama das áreas”, o “diagrama de Lalanne”


e, como uma evolução deste, o “diagrama de Brückner”, ainda de uso
corrente em projetos atuais.

Dessa forma, tanto o diagrama de Lalanne bem como o de Bruckner são


utilizados para a distribuição do material escavado, sendo de Bruckner o mais
utilizado atualmente.

Gabarito: Certa

Pessoal, chegamos ao fim da nossa aula demonstrativa do curso de Auditoria


de Obras Rodoviárias para o TCE-SC (Teoria e Exercícios).

Esperamos que tenham gostado do material e que ele possa ajudá-los a


conseguir sucesso na caminhada rumo à aprovação nesse excelente órgão.

Qualquer dúvida, acessem nosso fórum de dúvidas disponível no site do curso.

Não deixem de usá-lo.

Nós nos vemos na próxima aula!

Bons estudos! Um forte abraço.

Fabrício Mareco e Gustavo Rocha

LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1 - (IPOJUCA 2009 – CESPE) Terraplenagem é a movimentação de


terra por corte ou aterro de uma determinada área, com o objetivo de
torná-la plana e, se necessário ao projeto, horizontal.

2 - (TJ/CE CESPE – 2014) A terraplanagem é o processo de


movimentação de terra constituído por algumas operações básicas que
ocorrem em sequência ou de forma simultânea. Assinale a opção em
que são apresentadas as operações que constituem fases integrantes
da movimentação de terra.

A) remoção com transporte; escavação

B) remoção com transporte; sondagem

C) descarga com espalhamento; organização do canteiro


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D) escavação; limpeza do terreno

E) carga do material escavado; sondagem

3 – (PETROBRÁS TEC. EDIFICAÇÃO 2004 – CESPE) Na construção de


aterros, deve ser procedida uma preparação adequada do terreno para
receber o aterro, especialmente com retirada de vegetação ou restos
de demolições eventualmente existentes.

4 – (TCE - RN 2006 – CESPE) Os serviços de desmatamento,


destocamento e limpeza são considerados preliminares e nenhum
movimento de terra pode começar antes de esses serviços terem sido
totalmente concluídos.

5 - (MP/ENAP CESPE - 2015) Da composição do quadro-resumo de


terraplenagem deve constar a classificação dos materiais escavados,
cujo primeiro critério deve ser a comparação com materiais como o
granito e cujo segundo critério deve considerar as dificuldades de
escavação, definindo-se os materiais como de primeira categoria, de
segunda categoria e de terceira categoria.

6 - (CGU 2008 – ESAF) Segundo as especificações do DNIT –


Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes, “o corte é
um segmento natural da rodovia cuja implantação requer escavação
do terreno natural, ao longo do eixo e no interior dos limites das
seções do projeto, que definem o corpo estradal”. Com relação a esse
serviço, é correto afirmar que:

a) o sistema de medição considera o volume medido após a extração e


a distância de transporte entre este e o local do depósito.

b) quando houver excesso de materiais de cortes e não for possível


incorporá-los ao corpo de aterros, deverão ser constituídas áreas de
empréstimos.

c) quando, ao nível da plataforma dos cortes, for verificada a


ocorrência de rocha, sã ou em decomposição, promove-se um
rebaixamento da ordem de 0,40m e a execução de novas camadas com
materiais selecionados.

d) nos cortes de altura elevada é prevista a implantação de patamares,


com banquetas de largura mínima de 1m, valetas revestidas e
proteção vegetal.

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e) para a escavação dos materiais classificados como de 1ª e 2ª


categorias, poderão ser utilizados tratores de lâmina, “motoscrapers”,
escavadeiras e carregadeiras.

7 - (Técnico em Estradas - IEPRO 2009) O Departamento Nacional de


Infra-Estrutura de Transportes – DNIT, na especificação de serviço,
classifica os materiais escavados em três categorias para efeito de
pagamento. Os materiais classificados de 2a categoria estão definidos
por:

a) Rochas fraturadas com blocos de diâmetro inferior a 0,15 m e


volume superior a 2,00 m3;

b) Solos consolidados contendo blocos de pedra com volume superior


a 2,00 m3;

c) Blocos de rocha com volume inferior a 2,00 m3, matacões e pedras


de diâmetro médio inferior a 1,00 m, cuja extração necessita utilização
de equipamento com escarificadores e eventualmente poderá envolver
o uso de explosivos;

d) Rochas brandas e fraturadas com blocos com diâmetro médio


inferior a 0,15 m;

e) Alterações de rocha fendilhada e/ou alterada, cuja extração se


processa em equipamentos com utilização escarificadores.

8 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na execução de aterros, os materiais


provenientes de escavações de cortes devem ser descartados, devido à
dificuldade de controle tecnológico desses materiais.

9 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Segundo a especificação de


serviço DNIT 106/2009 – ES do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes relativa a serviços de terraplenagem
realizados em cortes, é correto afirmar que:

a) material de 2a categoria, composto por solo e matacão com


diâmetro nominal máximo de 20 cm, deverão ser escavados com a
utilização de Dozer ou Screper.

b) material denominado de bota fora deverá ser depositado sempre em


áreas apropriadas, localizadas a uma distância mínima de 2 km da
faixa de domínio.

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c) em serviços de corte em rocha, emprega-se perfuratriz pneumática


ou elétrica na preparação dos locais destinados à instalação das minas,
tratores equipados com lâminas para operação de limpeza da área, e
carregadores conjugados com transportadores para operação de
carregamento e transporte do material extraído.

d) durante a escavação, constatado que a cota topográfica da


plataforma final coincidiu sob um maciço rochoso, é recomendada a
paralisação da escavação, não sendo necessário realizar rebaixamento
do greide e substituição de material.

e) os taludes de corte deverão, após operação de terraplenagem,


apresentar inclinações compatíveis com as características do solo
local; inclinação esta definida pela experiência profissional do
encarregado de terraplenagem.

10 – (UNIPAMPA 2009 – CESPE) Durante os serviços de cortes de solo


pode haver excesso de material que gerará os bota-foras. O manejo
ambiental desses materiais prevê sua compactação e o depósito em
áreas à jusante da rodovia.

11 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) Entre as operações de corte, podem-se


citar as seguintes etapas: escavação dos materiais, transporte dos
materiais escavados para aterros ou bota-fora e retirada das camadas
de má qualidade, visando à preparação das fundações dos aterros.

(CGE/PI 2014 – CESPE) Na execução de um aterro necessário em obra


de terraplenagem para implantação de rodovia, verificou-se a
existência de uma camada de solo mole com 20 metros de
profundidade, que foi removida e substituída por material de melhor
qualidade. Considerando essa situação, julgue os itens subsecutivos.

12 - (CGE/PI 2014 – CESPE) No processo de remoção da camada de


solo mole dessa obra, o material de reposição deve ser, de preferência,
arenoso.

13 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A remoção e a substituição da camada de


solo mole na obra em questão constituem uma solução
economicamente viável.

14 - (CGE/PI 2014 – CESPE) Devido à baixa carga sobre rodovias, é


desnecessário tratamento para consolidação do solo em aterros sobre
camadas de argila.

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15 - (CGE/PI 2014 – CESPE) A utilização de drenos de areia é uma


possível solução para o problema trazido pela presença de solo mole
na referida obra.

16 - (FUB CESPE – 2015) A remoção de solos moles e a substituição


desses por material granular poderão ser totais ou parciais e só serão
viáveis para depósitos pouco extensos.

17 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) As turfas e os solos expansivos são


utilizados como materiais de aterro, independentemente da sua altura
e da finalidade.

18 – (PETROBRAS 2004 - CESPE) A variação máxima no valor da


umidade ótima do material de aterro deve ser de, no máximo, 6%.

19 – (INSS 2008 - CESPE) Quando houver disponibilidade de solo


expansivo como material para aterro, esse deve ser preferido a outros
sem essa característica.

20 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Na opção de aterro do tipo estaqueado,


as estacas são projetadas para transferir toda a carga do aterro para
um substrato mais resistente.

21 - (TCE-ES/2012 – CESPE) A remoção de solo mole e a substituição


por material granular devem ser consideradas em casos de depósitos
muito extensos e de espessura de solo mole inferior a 6 m. Para
espessuras maiores, deve-se aprovar solução de substituição parcial.

22 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Os geodrenos exercem grande função


portante, por serem elementos drenantes constituídos de materiais
sintéticos, cravados verticalmente no terreno, e dispostos em malha,
de forma que seja permitido drenar e acelerar os recalques.

23 - (FUB CESPE – 2015) Materiais de empréstimo para execução de


corpo de aterro devem apresentar capacidade de suporte maior ou
igual a 2% (ISC >= 2%) e expansão menor que 4%, determinados por
meio de ensaio de compactação e de ensaio de CBR.

24 - (INSS 2008 - CESPE) Na escavação de vala, o volume de material


que deve ser transportado é igual ao volume medido (cubicado) no
corte.

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25 – (MPOG 2008 - CESPE) Os ramos ascendentes do diagrama


correspondem aos aterros, e os descendentes, aos cortes.

26 – (MPOG 2008 - CESPE) A diferença entre as ordenadas de dois


pontos do diagrama representa o volume acumulado entre eles.

27 – (MPOG 2008 - CESPE) Os pontos máximos e mínimos do diagrama


correspondem aos pontos de passagem de corte para aterro e de
aterro para corte, respectivamente.

28 – (Valec 2012 – FEMPERJ) A figura abaixo ilustra o Diagrama de


Bruckner para os serviços de terraplenagem de uma rodovia, onde a
linha em traço grosso representa o estaqueamento no eixo dessa
estrada:

Considerando que o material proveniente de cortes entre as estacas A


e B podem ser completamente reaproveitados para a realização de
aterros nessa estrada, pode-se dizer que, considerando o movimento
de terra em todo o trecho
entre as estacas A e B, haverá:

(A) sobra de 11,0m3 de material proveniente de corte;


(B) falta de 12,0m3 de material para a realização de aterro;
(C) sobra de 14,0m3 de material proveniente de corte;
(D) falta de 17,0m3 de material para a realização de aterros;
(E) sobra de 28,0m3 de material para a realização de aterro.

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29 - (TCE-RS/2014 – FCC) Nos trabalhos de terraplenagem, sabendo-


se que a relação entre o volume de material no corte e o volume de
material solto de terra comum seca é 0,80, a porcentagem de
empolamento é
(A) 55
(B) 25
(C) 80
(D) 35
(E) 40

30 - (Metrô/2009 – FCC) Em uma escavação, foram retirados 2.500 m3


de solo argiloso e 3.500 m3 de solo siltoso, ambos medidos no corte do
solo, com índices de empolamento, respectivamente, iguais a 0,77 e
0,88. Durante o transporte, os valores em m³ transportados,
respectivamente, de argila e silte serão:

(A) 2.345 e 3.143.

(B) 1.925 e 3.080.

(C) 4.950 e 4.950.

(D) 3.000 e 3.000.

(E) 3.247 e 3.977.

31 - (TCE/GO 2009 – FCC) O coeficiente de empolamento refere-se à


variação volumétrica do solo de corte para o aterro. Sabendo-se que o
solo é, genericamente, um sistema trifásico (sólidos, água e ar),
portanto, o espaço ocupado por uma certa quantidade de solo depende
dos vazios em seu interior. Em processos de terraplenagem a taxa de
empolamento é a relação
(A) percentual entre os volumes de corte e aterro antes da
compactação.
(B) percentual entre os volumes de corte e aterro, depois de
compactado.
(C) entre o volume de corte calculado e o volume de corte executado
no campo.
(D) percentual entre a massa de solo retirada da área de empréstimo e
a transportada para a área de aterro.
(E) volumétrica entre o solo transportado e o nivelado no campo para
receber a compactação.

Para responder às questões abaixo considere as seguintes


informações:

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A terraplenagem, em geral, é paga pelo volume medido no corte, em


seu estado natural.
ϕ1 = fator de empolamento = 0,80
ϕ2 = fator de redução volumétrica = 0,875
capacidade de carga de um caminhão = 5m3

32 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para o transporte de terra escavada, cujo


volume natural (no corte) é avaliado em 12 000 m3, o número de
viagens de caminhão necessárias é
(A) 1 920
(B) 2 400
(C) 2 700
(D) 3 000
(E) 3 333

33 - (TCE/PI 2005 – FCC) Para executar um aterro compactado de 14


000 m3, o número de viagens de caminhão necessárias é
(A) 1 960
(B) 2 450
(C) 3 200
(D) 3 500
(E))4 000

34 - (TCE/SE 2011 – FCC) Sobre os cálculos dos volumes acumulados


nos processos de terraplenagem, é correto afirmar:
(A) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser
compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário
corrigir os volumes de aterro com o fator de redução de forma.
(B) Para que os volumes geométricos dos aterros possam ser
compensados pelos volumes geométricos de corte, é necessário
corrigir os volumes de corte com o fator de redução de forma.
(C) Para que os volumes geométricos dos cortes possam ser
compensados pelos volumes geométricos de aterro, é necessário
corrigir os volumes de aterro com o fator de empolação.
(D) Considerando o fator de redução de forma, volumes geométricos
dos aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra
dos volumes geométricos de corte.
(E) Considerando o fator de empolação, volumes geométricos dos
aterros correspondem sempre à metade da quantidade de terra dos
volumes geométricos de corte.

35 - (TCE/PI 2005 - FCC) Os solos, para que possam ser utilizados nos
aterros das obras de terraplanagem, devem ter certas propriedades
que melhoram o seu comportamento técnico. Para atingir este objetivo
NÃO é recomendável

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(A) reduzir as possíveis variações volumétricas causadas por ações


externas.
(B) aumentar sua resistência de ruptura.
(C) aumentar seu coeficiente de permeabilidade.
(D) aumentar sua coesão e seu atrito interno.
(E) reduzir seu coeficiente de permeabilidade.

36 - (Infraero/2009 – FCC) Com relação ao controle tecnológico da


execução de aterros, além da realização de ensaios geotécnicos,
devem ser controlados no local os seguintes aspectos:
I. preparação adequada do terreno para receber o aterro,
especialmente retirada da vegetação ou restos de demolições
eventualmente existentes.
II. emprego de materiais selecionados para os aterros, não podendo
ser utilizadas turfas, argilas orgânicas, nem solos com matéria
orgânica micácea ou ditomácea, devendo ainda ser evitado o emprego
de solos expansivos.
00000000000
III. as operações de lançamento, homogeneização, umedecimento ou
aeração e compactação do material de forma que a espessura da
camada compactada seja de no máximo 0,20 m.
Está correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) I, II e III.
(C) I, apenas.
(D) II, apenas.
(E) III, apenas.

37 – (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de


serviço DNIT 106/2009 – ES relativa a serviços de terraplenagem em
cortes, é correto afirmar que:

a) quando for atingida a cota topográfica final do greide em


escavações realizadas em camadas de solos, recomenda-se investigar
as condições naturais da camada de solo localizada a uma
profundidade de 2,0 metros abaixo da cota final do greide, verificando
a presença ou não de lençol freático.

b) o controle geométrico dos serviços de escavação deverá ser


realizado por levantamento topográfico e com a utilização de gabarito
apropriado, considerando os elementos geométricos estabelecidos nas
notas de serviço.

c) atendido o projeto, desde que seja economicamente viável, a


fiscalização poderá deliberar pelo carregamento, transporte e
lançamento de todo material extraído do corte e classificado como

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material de 3a categoria, para dentro da estrutura do aterro a ser


construído próximo ao local.
d) os materiais denominados de 2a categoria são escavados somente
com o uso de explosivos.

e) nas superfícies dos taludes é permitido depositar blocos de rocha e


ou matacão que tenham diâmetro máximo de 50cm, sendo necessário
retirar qualquer outro material sólido cujo
diâmetro seja superior ao estabelecido.

38 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB) “Estaca cravada a 2,0m


da crista de corte ou pé de aterro, devidamente cotada, que serve de
apoio à execução de terraplenagem e controle topográfico, sempre no
mesmo alinhamento das seções transversais” (DNIT, 1997):

A) cota vermelha.
B) declividade.
C) offset.
D) ordenada.
E) vértice.

39 – (TRE-AL 2010 - FCC) Terraplenagem é a técnica de engenharia


para o manuseio de solos e rochas, inclusive o desmonte de rocha,
sendo que as etapas relacionadas na aplicação dessa técnica são:

(A) escavação, carregamento, transporte e espalhamento.


(B) prospecção, escavação, desmonte e transporte.
(C) mapeamento, planificação, escavação e carregamento.
(D) prospecção, escavação, segregação e amontoamento.
(E) sulcagem, estiramento, escavação e transporte.

40 - (TCU 2007 – CESPE) Ao se executar a terraplenagem de um trecho


de rodovia, o volume de corte de terra deve, necessariamente, ser
transportado para os aterros no próprio trecho; apenas o volume não
utilizado nos aterros deverá ser transportado para local conveniente,
fora da estrada.

41 - (TCE-ES/2012 – CESPE) Consideram-se solos de primeira


categoria aqueles com resistência ao desmonte mecânico inferior à
rocha não alterada, para os quais eventualmente há necessidade de
explosivos.

42 - (MP 2006 – ESAF) A terraplenagem, no caso de edificações, tem


por objetivos regularizar e uniformizar o terreno, envolvendo três
operações distintas: escavação, transporte e aterro.

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Com relação aos serviços de terraplenagem é incorreto afirmar que

A) o aterro deve ser executado em camadas sucessivas, com


espessura máxima compactada de 0,30 m para o corpo do aterro, e de
0,20 m para as camadas finais.

B) as camadas finais do aterro deverão apresentar um grau de


compactação mínimo de 95%.

C) cumpre à fiscalização controlar a execução dos aterros, verificando,


por exemplo, a espessura das camadas, e programar a realização dos
ensaios necessários ao controle de qualidade dos aterros
(determinação do grau de compactação, ensaios de CBR, etc).

D) quando houver possibilidade de solapamento na época chuvosa


deve ser providenciado um enrocamento no pé do aterro.

E) no movimento de terra é importante considerar o empolamento,


pois quando se move o solo de seu lugar original, há variações de seu
volume que influenciam principalmente a operação de transporte.

43 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Conforme a especificação de


serviço DNIT 108/2009 – ES do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes intitulada terraplenagem aterros, é
verídica a informação:

a) para a construção de um aterro, as etapas convencionais e


sequencias são, respectivamente: descarga e espalhamento do
material em camadas, homogenização da camada e compactação.

b) o lançamento do material para a construção de um aterro deverá


ser feito em camadas sucessivas de espessura mínima igual a 50cm,
realizada em toda a largura da plataforma e numa extensão máxima
que permita a eficiência dos serviços de compactação.

c) durante o processo de compactação, todas as camadas de solo


lançadas no aterro deverão ter espessura máxima de 20cm, aceitando-
se desvio de umidade de até 2% em relação à umidade ótima e grau
de compactação mínimo de 95%.

d) a compactação de aterro localizado próximo de encosta de ponte


(encabeçamento), enchimento de cavas de fundações e trincheiras de
bueiros, deverá ser realizada utilizando-se compactadores especiais,
como, por exemplo, o sapo mecânico.

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e) em regiões onde houver incidência e predominância de solos


arenosos, recomenda-se a correção granulométrica destes para a sua
utilização, visto que os solos não possuem coesão suficiente para se
garantir a estabilidade dos taludes
e evitar o surgimento de processo erosivo.

44 - (UNIPAMPA 2009 - CESPE) O revestimento vegetal dos taludes,


quando previsto, deve ser executado ao final dos serviços de
terraplenagem.

45 - (ANTAQ/2005 - CESPE) Nas escavações de material para aterro,


solo com diâmetro máximo de 15 cm é classificado como material de
3.ª categoria.

46 - (PETROBRAS 2008 - CESPE) Ao se movimentar terra, ou


transportá-la, deve-se considerar o empolamento.

47 – (Infraero 2011 – FCC) Ao se deparar com regiões de solos


compressíveis (moles), o engenheiro deve estudar a melhor solução
para obter o melhor desempenho do pavimento a ser implantado.

Dependendo da espessura de ocorrência deste material, procede-se


com a remoção. Caso contrário, deve-se intervir nesta região
anteriormente à implantação do pavimento. Uma solução possível é a
implantação de bermas de equilíbrio, que podem ser
simplificadamente definidas como

(A) aterros drenantes para equilibrar a umidade do maciço do aterro


principal.
(B) aterros executados para equilibrar o peso exercido pelo solo mole.
(C) cortes laterais para drenar os solos moles saturados.
(D) aterros laterais para equilibrar o peso exercido pelo maciço do
aterro principal.
(E) cortes combinados com drenos verticais na região de solo mole.

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A figura acima apresenta a seção transversal de projeto para uma


ponte e seus aterros de encontro em uma rodovia. Para a execução de
todo o projeto, pretende-se utilizar os dados de sondagem à
percussão, executada no local, e cujos resultados são mostrados na
figura. O aterro será compactado com grau de compactação igual a
80% e com desvio de umidade máximo em relação à umidade ótima de
± 3%. O controle de compactação do aterro proposto baseia-se na
verificação do peso específico úmido de cada camada compactada, ao
final da compactação, com a utilização do ensaio de frasco de areia.
Para a base do aterro, está prevista a utilização de uma camada de
reforço de geogrelha, com resistência a tração igual a 35 kN/m. A
solução de fundação proposta para a ponte é de tubulões executados a
céu aberto, sem revestimento. Com relação a essa proposta, julgue os
itens.

48 – (TCU 2005 - CESPE) Nas especificações de execução do aterro,


deve-se prever que a sua construção dure o menor tempo possível,
pois, quanto mais rapidamente o aterro for executado, melhores serão
as suas condições de estabilidade.

49 – (TCU 2005 - CESPE) As especificações de compactação do solo de


aterro propostas são insatisfatórias para as características da obra.

50 – (TCU 2005 - CESPE) A utilização da geogrelha como reforço na


base do aterro do encontro reduzirá substancialmente os recalques do
aterro.

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51 – (TCU 2005 - CESPE) O controle de compactação do aterro com


base somente na obtenção do peso específico úmido, como proposto
no projeto, é insatisfatório.

52 - (Téc. Estradas DNIT 2013) Em relação ao conteúdo controle


geométrico das seções, é correto afirmar que:

a) nos aterros, o controle será por instrumento denominado de


cruzeta, fixado a uma distância de 5 metros do eixo da plataforma.

b) nos aterros, o controle será realizado por meio de estaca


denominada de off-set, fixada junto à cota mais baixa do aterro (no pé
do aterro).

c) em aterros, o controle da rampa (saia) poderá ser realizado com a


utilização de gabarito de madeira, com relação de cateto 3:2, sendo 3
(medida horizontal) e 2 (medida vertical), ou através de teodolito e
mira graduada.

d) no corte, a estaca off-set utilizada para o controle da cota de


escavação, deverá ser colocada exatamente no local onde a máquina
iniciará o corte; ela permanecerá neste local até o final da escavação,
servindo de referência de cota para a paralisação da escavação.

e) em serviços de corte admiti-se um erro de + ou - 50 cm entre as


cotas da plataforma da terraplenagem em relação às cotas do projeto.

53 – (PF REGIONAL 2004 – CESPE) Para cálculo de volumes de aterros


e cortes, deve-se considerar o volume de transporte como igual ao
volume de aterro ou corte dividido pelo fator de empolamento.

54 – (Infraero 2011 – FCC) Na execução da terraplenagem em um


terreno para a implantação de um aeroporto, foi necessária, na
movimentação de terra, o empréstimo de solo. Depois de compactado
mediu-se o volume de 1.200 m3 de solo. Por meio do controle
tecnológico conduzido, verificou-se que a densidade do solo
compactado é de 2.030 kg/m3, a densidade natural é de 1.624 kg/m3
e a densidade solta é de 1.160 kg/m3. Considerando que este solo foi
transportado por caminhão basculante com capacidade de 6 m3, o
número de viagens necessárias foi de

(A) 400.
(B) 200.
(C) 250.
(D) 300.
(E) 350.
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55 – (TCU 2009 – CESPE) Em serviços de terraplanagem, o preço


unitário relativo ao destocamento do terreno é expresso por m2 da
área a ser destocada, independentemente do diâmetro das árvores.

56 – (TRT 17ª Região 2009- CESPE) Em uma obra de compactação de


um aterro, o critério de medição do serviço é o volume medido por
camada acabada.

57 – (SEGER-ES 2011- CESPE) Os solos expansivos são adequados


para a execução de aterros, pois permitem rápida compactação e
adensamento.

58 – (BASA 2007- CESPE) Em um serviço de movimento de terra, para


efeito de orçamento do transporte de terra escavada na execução de
um corte, multiplica-se o volume de solo a ser escavado no seu estado
natural, ou intacto, pelo preço unitário de transporte.

59 – (INSS 2008- CESPE) Aterros com volumes superiores a 1.000 m3


devem ter, obrigatoriamente, controle tecnológico na sua execução.

60 - (MPU 2004 – ESAF) As ordenadas de Bruckner correspondem às


diferenças entre as cotas projetadas para a estrada e as cotas de seu
perfil original.

61 - (Engenheiro de Trânsito 2012-BIORIO) - Ao analisar o diagrama


de Brückner (diagrama de massas), constata-se um ponto de máximo
local pertencente a um trecho compensado por uma linha de terra no
sentido do estaqueamento. Esse ponto corresponde no perfil
longitudinal:

(A) a uma passagem de aterro para corte;


(B) a uma passagem de corte para aterro;
(C) ao ponto de maior cota vermelha neste trecho;
(D) ao ponto de maior cota azul neste ponto;
(E) a um greide cuja inclinação da tangente é zero

62 - (INFRAERO/ADAPTADA - NCE UFRJ) - O significado de um ponto


máximo em um diagrama de Bruckner (diagrama de massas de
terraplenagem) é:

(A) máxima compensação;


(B) passagem de corte para aterro;
(C) menor momento de transporte;
(D) distância média de transporte;
(E) volume escavado.
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63 - (Ponto dos Concursos 2012) – As linhas horizontais que


interceptam ramos ascendentes e descendentes no diagrama de
Brückner destacam:

(A) o volume médio escavado no trecho em aterro.


(B) o volume total escavado na frente de ataque da zona de corte
considerada.
(C) o momento parcial de transporte do empréstimo.
(D) o volume de cortes e aterros compensados.
(E) os pontos de início de corte e fim de aterro no perfil longitudinal.

64 – (TRE - RN 2011 – FCC) Considere as afirmações abaixo sobre


projeto de terraplenagem.

I. Define-se como ponto de passagem os pontos onde terminam os


cortes e começam os aterros e os pontos onde terminam os aterros e
começam os cortes.

II. Quando o material do corte é aplicado no aterro ele sofre uma


redução de volume, por causa da compactação. O valor desta redução
depende do tipo de solo, densidade natural e adensamento nos cortes
e grau de compactação dos aterros.

III. Linha de compensação é toda linha horizontal, traçada sobre o


diagrama de massas (Diagrama de Bruckner) que corte pelo menos
uma onda. Todas as ondas do diagrama de massas deverão ser
cortadas, ou ao menos tangenciadas, por uma única linha de
compensação.

Está correto o que se afirma em

(A) I, apenas.
(B) II, apenas.
(C) III, apenas.
(D) I e II, apenas.
(E) I, II e III.

65 - (FISCAL DE OBRAS RODOVIARIAS - UFPR 2010) Ao se efetuar um


corte no terreno, o volume do material solto é maior que o volume
original do solo. Esse fenômeno é denominado:

a) inchamento.
b) empolamento.
c) desadensamento.
d) incorporação de vazios.
e) expansão.
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66 - (Técnico em Estradas/Semarh - FUNCAB). Em escavações, são


considerados materiais de 3ª categoria os:

A) solos orgânicos e as argilas moles.


B) que exigem uso contínuo de explosivos.
C) que são escaváveis com auxílio de escarificador.
D) que exigem uso eventual de explosivos.
E) solos em geral.

A partir da figura acima, que apresenta um aterro para pavimento


rodoviário construído sobre uma camada de solo mole, saturada,
uniforme e homogênea, julgue os seguintes itens.

67 - (PF 2002 - CESPE) A utilização de bermas de equilíbrio reduz a


altura admissível do aterro.

68 - (PF 2002 - CESPE) Na situação mostrada na figura, para uma


maior garantia da estabilidade do aterro, seria recomendado que o
mesmo fosse construído o mais rápido possível.

69 - (Infraero 2011- FCC) No projeto de terraplenagem de uma


rodovia deve ser definida a movimentação de terra resultante da
implantação do greide projetado. O diagrama de massas, ou diagrama
de Brückner, é utilizado para a representação dos momentos de
transporte ao longo do traçado. Analise o diagrama:

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No diagrama acima, o volume do maior aterro é igual a

(A) 40 m3.
(B) 50 m3.
(C) 140 m3.
(D) 130 m3.
(E) 10 m3.

70 - (Téc. Estradas DNIT 2013 – ESAF) Em relação à sistemática a ser


empregada na execução de empréstimos de materiais utilizados para
execução de aterros, de acordo com a Especificação de Serviço DNIT
107/2009 – ES, a opção incorreta é:

a) nos cortes, de uma maneira geral, deve ser adotado o rebaixamento


do fundo do corte, com modificação do greide, para melhorá-lo.

b) no caso dos cortes em tangente, de altura significativa, promover o


alargamento até determinada altura, criando-se banquetas e
melhorando a estabilidade dos taludes.

c) no caso dos aterros, os empréstimos laterais devem ser feitos com o


intuito de diminuir a distância de transporte do equipamento,
melhorando as condições de drenagem (elevação do greide).

d) os solos para efeito de execução do corpo do aterro devem


apresentar capacidade de suporte compatível (ISC ≥ 4%) e expansão
menor ou igual a 2%, compactados com a energia do Proctor Normal.

e) a borda externa das caixas de empréstimos laterais e o limite da


faixa de domínio deve ser mantida sem exploração numa faixa de 2,00
m de largura, a fim de permitir a implantação da vedação delimitadora.
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71 – (MPOG 2012 – Área I – CESPE) Caso uma quantidade de terra


lançada em um aterro seja compactada mecanicamente, o seu volume
final será igual ao volume que essa massa ocupava no corte.

Com relação às operações de terraplenagem e às obras de estradas,


julgue os itens a seguir.

72 – (TRT 10a/2013 – CESPE) Os materiais de empréstimo para a


execução de corpo de aterro devem ter capacidade de suporte maior
ou igual a 2% (ISC 2%) e expansão menor ou igual a 4%, valores
estes determinados por meio de ensaios de compactação e de CBR.

73 - (TRT 10a/2012/Prova anulada – CESPE) Durante a terraplenagem,


é considerado material de 3a categoria aquele que necessita de
emprego de escarificador eventualmente auxiliado por explosivos.

74 - (ITESP 2013 – VUNESP) Banquetas laterais de equilíbrio como,


por exemplo, na figura apresentada, têm por objetivo ajudar a
resistência ao cisalhamento da camada mole de fundação do aterro.
Essas plataformas laterais de contrapeso, construídas junto ao aterro,
criam um momento resistente que, se opondo ao de ruptura provocado
pela carga de aterro, auxilia a resistência ao cisalhamento próprio da
argila. O texto se refere a:

(A) inclinações do talude.

(B) materiais estabilizantes.

(C) muros de arrimo e ancoragens.

(D) drenagens superficiais e profundas.

(E) bermas.

75 - (PREFEITURA SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2015 – VUNESP) Para


compactar e adensar um talude executa-se um reaterro escavando um

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material que tem empolamento igual a 20%. Se são carregados cinco


caminhões de 3 m3 com material solto em uma hora de trabalho,
então, em 4 horas de trabalho, o volume desse material medido no
corte é de

(A) 100 m3.


(B) 80 m3.
(C) 60 m3.
(D) 50 m3.
(E) 40 m3.

76 - (SPTrans 2012 – VUNESP) A garantia do correto controle


tecnológico da execução de aterros e reaterros em obras de
construção de edificações residenciais, comerciais ou industriais
requer
(A) o emprego de materiais selecionados para o aterro, permitido o
uso de solos com matéria orgânica micácea ou diatomácea.

(B) que nas operações de lançamento, homogeneização,


umedecimento ou aeração e compactação do material, a espessura da
camada compactada seja de, no máximo, 0,30 m.

(C) que as camadas devam ser compactadas, estando o material na


umidade ótima do correspondente ao ensaio de comparação,
admitindo-se uma variação desta umidade de 10% para mais ou para
menos.

(D) o grau de compactação a ser atingido seja de, pelo menos, 85%.

(E) que durante a execução deva ser feito um controle de compactação


diário por camada.

77 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Com a escavação


de um material que tem empolamento igual a 20%, em uma hora de
trabalho carregaram-se 10 caminhões de 6 m3 com material solto. Em
quatro horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de

(A) 90 m3.
(B) 100 m3.
(C) 120 m3.
(D) 150 m3.
(E) 200 m3.

78 - (PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS/SP 2012 – VUNESP) O


diagrama de massas (ou de Brückner) é aplicado na análise da
distribuição dos materiais escavados, definindo a origem e o destino
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dos solos e rochas que são objeto das operações de terraplenagem,


com indicação de seus volumes, classificações e distâncias médias de
transporte.

Considerando as propriedades do diagrama de massas, pode-


-se afirmar que

(A) inclinações muito elevadas das linhas do diagrama indicam


grandes movimentos de terra.

(B) todo trecho descendente do diagrama corresponde a um trecho de


corte.

(C) os pontos de máximo correspondem à passagem de aterro


para corte.

(D) a área compreendida entre a curva de Brückner e a linha de


compensação mede a distância média de transporte da distribuição
considerada.

(E) a diferença de ordenadas entre dois pontos do diagrama mede o


fator de homogeneização de volumes.

79 - (Fundação Casa/2013 – VUNESP) Ao se efetuar um movimento de


terra, admite-se um empolamento de 20% para terra comum seca, que
no estado natural tem um peso específico de 2.400 kgf/m3. No estado
solto, o peso específico é de

(A) 1.200 kgf/m3

(B) 1.500 kgf/m3

(C) 1.840 kgf/m3

(D) 2.000 kgf/m3

(E) 160 kgf/m3

79 - (PREFEITURA DE DIADEMA/SP 2011 – VUNESP) Sobre o controle


tecnológico da execução de aterros, considere os seguintes casos:

X – aterros com responsabilidade de suporte de fundações,


pavimentos ou estruturas de contenção;

Y – aterros com altura superior a 1 m;

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Z – aterros com volume superior a 1 000 m3.

O controle é obrigatório em

(A) X, Y e Z.

(B) X e Z, apenas.

(C) Y e Z, apenas.

(D) X e Y, apenas.

(E) Z, apenas.

81 - (PREFEITURA DE SOROCABA/SP 2011 – VUNESP) Para


implantação de uma obra de saneamento, executou-se um aterro.
Após a sua conclusão, foi feito o levantamento topográfico,
determinando-se a área das seções transversais do maciço, conforme
a tabela.

Considerando-se um afastamento de 20 m entre as seções, o volume


total executado do aterro foi de

(A) 8 351,00 m³.

(B) 11 482,60 m³.

(C) 16 702,00 m³.

(D) 22 965,20 m³.

(E) 33 404,00 m³.

82 - (SAEP/2014 – VUNESP) Para executar um reaterro, escavou-se


um material que tem empolamento igual a 20%, carregando-se 3
caminhões de 5 m3 com material solto em uma hora de trabalho. Em 8
horas de trabalho, o volume de material medido no corte é de

(A) 90 m3
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(B) 200 m3

(C) 150 m3

(D) 120 m3

(E) 100 m3

Figura II
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(TCE/RN CESPE – 2015) Em um projeto de terraplanagem, a


distribuição de materiais dos cortes pelos aterros seguiu as ordenadas
da curva de Brückner, apresentada na figura I.

Na distribuição de terras, admitiu-se que a DMT máxima é de 1.000 m,


e que só há local para empréstimo ou bota-fora no meio do trecho.
Com o intuito de se obter o menor custo, a linha de compensação foi
dividida em três segmentos, na forma da distribuição apresentada na
figura II.

Com base nessas informações, julgue os próximos itens.


83 - (TCE/RN CESPE – 2015) A distribuição elaborada, dos materiais
escavados, apresentou um volume de empréstimo de 300 m3 e um
volume de bota-fora de 400 m3.

84 - (TCE/RN CESPE – 2015) A partir do perfil esquemático do terreno,


verifica-se que serão executados três cortes e dois aterros.

85 - (TCE/RN CESPE – 2015) O maior corte, localizado entre as estacas


0 e 52, tem volume de 600 m3 e o maior aterro, entre as estacas 58 e
100, tem volume de 300 m3.

86 - (MP/ENAP CESPE - 2015) A distribuição do material escavado


pode ser efetivada por meio do diagrama de Bruckner, o mais
utilizado, do diagrama de áreas e do diagrama de Lalanne.

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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS EM AULA

1) E 25) E

2) Letra A 26) C

3) C 27) C

4) C 28) Letra D

5) C 29) Letra B

6) Letra C 30) Letra E

7) Letra C 31) B

8) E 32) D

9) Letra C 33) E

10) C 34) A

11) C 35) C

12) C 36) A

13) E 37) Letra B

14) E 38) Letra C

15) C 39) Letra A

16) E 40) E

17) E 41) E

18) E 42) Letra B

19) E 43) Letra D

20) C 44) E

21) E 45) E

22) E 46) C

23) C 47) Letra D

24) E 48) E
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49) C 68) E

50) E 69) Letra C

51) C 70) Letra D

52) Letra C 71) E

53) E 72) C

54) Letra E 73) E

55) E 74) Letra E

56) C 75) Letra D

57) E 76) Letra B

58) E 77) Letra E

59) C 78) Letra A

60) E 79) Letra D

61) Letra B 80) Letra A

62) Letra B 81) Letra C

63) Letra D 82) Letra E

64) Letra E 83) C

65) Letra B 84) E

66) Letra B 85) E

67) E 86) C

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT.


Diretoria de Planejamento e Pesquisa. Coordenação Geral de Estudos e
Pesquisa. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de Implantação
Básica - 3. ed. Rio de Janeiro: 2010.

BRASIL. Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. DNERES278-


97 – Terraplenagem – Serviços Preliminares.

______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -


DNIT. NORMA DNIT 104/2009 – ES - Terraplenagem – Serviços
Preliminares -Especificação de Serviço

______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -


DNIT. NORMA DNIT 105/2009 – ES - Terraplenagem – Caminhos de
Serviço -Especificação de Serviço.

______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -


DNIT. NORMA DNIT 106/2009 – ES - Terraplenagem - Cortes -
Especificação de Serviço.

______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -


DNIT. NORMA DNIT 107/2009 – ES - Empréstimos - Aterros -
Especificação de Serviço.

______. Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes -


DNIT. NORMA DNIT 108/2009 – ES - Terraplenagem - Aterros -
Especificação de Serviço.

______. Tribunal de Contas da União. Obras Públicas Recomendações


Básicas para a Contratação e Fiscalização de
Obras de Edificações Públicas.

ABRAM, Isaac e ROCHA, Aroldo. Manual Prático de Terraplenagem, 1ª


ed., Salvador/BA, 2000.

Curso de Construção de Estradas – Coletânea de Notas de Aula Escola


Politécnica da UFBA – Salvador – Outubro, 1996.

Introdução à Terraplenagem. Apostila da disciplina TT-401 –


Transportes “A” do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal
do Paraná – UFPR. Curitiba: 2010.

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RICARDO, Hélio de Souza e CATALANI, Guilherme, Manual prático de


escavação: terraplanagem e escavação de rocha, 3ª. ed. –
São Paulo/SP: Pini, 2007.

SERGIPE. Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas do Estado


de Sergipe – CEHOP/SE. Execução de Cortes e Aterros –
ES00181.

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