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A iniciação de um OLÓÕSANYÌN, ou de um OLÓÒGÙN e composta de sete passos .

Em um desses
passos o mesmo recebe e deve engolir um OLUGBOHUN (magia que faz com que nossas palavras voem
com o vento e tem o poder de fazer com que os nossos desejos aconteçam), um AFOSE (magia para dar
força à palavra) e um EPE (magia que dá poder de comando, usado para orar, abençoar e ate mesmo
maldizer objetos animados e inanimados) e um MAYEHUN (ninguém recusa um pedido meu) e que isso
passa a agir internamente, mesclado-se com sua própria essência. E que posteriormente o OLÓÒGÙN
passará por um ritual semelhante ao AJEGUN (ritual esse feito as mãos de um Bàbálawo que potencializa
os signos marcados no Ôpön Ifá e também as medicinas preparadas pelo mesmo) conhecido como
AKÔÒGÙN, ritual esse que transforma o sacerdote de Õsanyìn, naquilo que ele e normalmente
conhecido: AKÔ (homem) OÒGÙN (medicina; magia) = HOMEM MEDICINA = Mago.
Mas o que vem a ser um OLÓÒGÙN, ou um homem medicina = Akôògùn?
É um sacerdote que recebeu corretamente suas iniciações dentro dessa tradição (Õsanyìn) e passa
também a ser conhecido como Omo Àiyé. Para entendermos melhor o que é um Omo Àiyé, temos antes
que entender que entre o Õrun (Mundo Espiritual) e o Àiyé (Mundo Material), existe um espaço
suprassensível que converge com o Õrun e o Àiyé, habitado por energias e espíritos poderosos como
ÈSÙ, ÌYÁMI (Àjë), OSÓ, ÊMÊRÊ, EGÚNGÚN, EGBE WOROWO e todos os AJÒGÚNS, e ao se
transformar em um Omo àiyé, o sacerdote em questão possui plenas condições de evocar e manipular
essas energias buscando restaurar a ordem e o equilíbrio de sua comunidade, afastar pestes e ate
mesmo guerrear, quando se torna extremamente necessário, pois, como foi dito anteriormente, o
OLÓÒGÙN, por conhecer todas as possibilidades de seu sacerdócio, deve ser antes de mais nada um
homem de paz.

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