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​Conhece os prazos de prescrição das dívidas?

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Espaço do Consumidor

28 dez, 2017 • Fátima


Casanova
Para não pagar o que já prescreveu, esteja a par dos
diferentes prazos.
Todas as dívidas prescrevem a determinada altura. O prazo varia em função da dívida em
causa e existe para que o consumidor não seja surpreendido com o pagamento de dívidas
de que já não estava à espera.

Apesar de a dívida existir, a partir de determinado prazo é dada a possibilidade ao devedor


de recusar o seu pagamento, invocando a sua prescrição.

Apesar de o prazo geral de prescrição ser de 20 anos, existem dívidas que fogem a esta
regra.

Para não pagar o que já prescreveu, conheça os diferentes prazos:

Dívidas que prescrevem no prazo de seis meses:

Dívidas dos chamados serviços públicos essenciais são as que prescrevem no espaço de
tempo mais curto, seis meses após a data da sua prestação ou do seu consumo. É o caso
das contas da água, electricidade, gás, telemóvel e telefone.

Dívidas que prescrevem no prazo de dois anos:

Contas relacionadas com alimentação e alojamento de estudantes ou de estabelecimentos


de ensino e de saúde privados.

Dívidas que prescrevem no prazo de três anos:

Contas relacionadas com serviços prestados por serviços de saúde públicos. Falamos de
taxas moderadoras, de consultas e meios complementares de diagnóstico efectuados em
centros de saúde e hospitais. No caso de tratamentos prolongados, o tempo começa a
contar desde a prestação do ultimo tratamento.

Dívidas que prescrevem no prazo de quatro anos:

É o caso de dívidas ao Fisco. As Finanças têm quatro anos para fazerem a cobrança de
dívidas, relativas, por exemplo, ao IUC, IRS, IVA ou IRC.

A dívida prescreve automaticamente?

Não. O consumidor tem de invocar a prescrição da dívida – recusar, por escrito, o


pagamento da dívida, por carta registada com aviso de recepção.
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Caso surja um caso destes, também é preciso guardar as facturas e as comunicações
feitas pela empresa. É fundamental guardar todos os documentos.

Paguei uma dívida prescrita. E agora?

Não há nada na lei que impeça o cidadão de pagar uma dívida prescrita. Se não tinha
conhecimento da prescrição da dívida e a pagou, não vai receber esse dinheiro de volta.

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