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INSTITUTO AVANÇADO DE EDUCAÇÃO, CULTURA, PESQUISA, TECNOLOGIA E

MEIO AMBIENTE – IESPIMA.


CURSO DE BACHAREL EM SERVIÇO SOCIAL

REINALDA GOMES DE ARAÚJO

VIOLÊNCIA NA ESCOLA. ESTUDO DE CASO NA UNIDADE DE ENSINO LUIZ DE


OLIVEIRA NO MUNICÍPIO DE ESTREITO-MA

Estreito - MA
2018
REINALDA GOMES DE ARAÚJO

VIOLÊNCIA NA ESCOLA. ESTUDO DE CASO NA UNIDADE DE ENSINO LUIZ DE


OLIVEIRA NO MUNICÍPIO DE ESTREITO-MA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Instituto IESPIMA, como requisito parcial à
obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social.

Orientador: Prof. Me. Daniel Bueno Amorim

Estreito-MA
2018
REINALDA GOMES DE ARAÚJO

VIOLÊNCIA NA ESCOLA. ESTUDO DE CASO NA UNIDADE DE ENSINO LUIZ DE


OLIVEIRA NO MUNICÍPIO DE ESTREITO-MA

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao


Instituto IESPIMA, como requisito parcial à
obtenção do grau de Bacharel em Serviço Social.

Orientador: Prof. Me. Daniel Bueno Amorim

Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do Grau
em Bacharel em Administração do Curso de Administração do Instituto IESPIMA e
aprovado em sua forma final em: ____ de Maio 2018.

Apresentado à Banca Examinadora composta pelos professores:

_________________________________________________________________
EXAMINADOR: PROF ME.: DANIEL BUENO AMORIM
INSTITUTO IESPIMA

________________________________________________________________
EXAMINADOR(A): PROF(a) ESP.: CRISTIANE MARIA DE ARAÚJO FONSCECA
INSTITUTO IESPIMA

_______________________________________________________________
ORIENTADOR (A): PROF(a): DANIEL BUENO AMORIM
INSTITUTO IESPIMA
15

VIOLÊNCIA NA ESCOLA. ESTUDO DE CASO NA UNIDADE DE ENSINO LUIZ DE


OLIVEIRA NO MUNICÍPIO DE ESTREITO-MA

VIOLENCE AT SCHOOL. CASE STUDY IN THE LUIZ DE OLIVEIRA


TEACHING UNIT IN THE MUNICIPALITY OF ESTREITO-MA
Reinalda Gomes de Araújo1
Daniel Bueno Amorim (Or.)2

RESUMO

A cada dia atos de violência nas escolas se espalham de país a fora,


neste, será posto em pauta a violência na unidade escolar Luiz de Oliveira da cidade
de Estreito-MA, um estudo de caso. É uma questão muito polêmica, assustadora,
preocupante em todos os sentidos, pois querendo ou não, incomodam bastante as
pessoas e as autoridades do município. Por mais que há a realização de seminários,
conferências, com a finalidade de conscientização para a compreensão do
problema, mesmo assim, todo dia cresce o número de vítimas de violência nas
escolas. Neste projeto será feito campanhas, em apoio total no município em
questão, que é fato da violência nas escolas, é uma situação que afeta toda a
sociedade, filho, sobrinho, irmão, amigo, qualquer que seja o grau de parentesco ou
de amizade. Este será um estudo de caso na unidade escolar citada acima. A
realização deste, não é com o objetivo de acabar com esses atos praticados, mas
sim para tentar reduzi-los. A escola é um ambiente que procura trabalhar no alcance
de objetivos, cumprimento de metas, e êxito em suas ações, visando melhorar
sempre o processo ensino-aprendizagem, através de suas ferramentas e
profissionais em exercício, e não para violências. Portanto acredita-se que, o
empenho de várias profissionais, abraçando esta causa, que é bastante crítica, não
apenas no município específico, na escola de referência, onde será realizado este, e
sim no país inteiro. A sociedade sofre, se comove, portanto, espera-se que, as
autoridades sejam atuantes, para tentar diminuir esse problema social, que hajam

1Graduanda em Serviço Social IESPIMA.


2Bacharel (2011) em Ciências Contábeis e Mestre (2015) em Administração Estratégica pela
Pontifícia Universidade Católica de Goiás – PUC - GO, Goiânia (GO). Professor do Curso de
Administração do Instituto IESPIMA em Estreito (MA). E-mail: danielbuenoa93@gmail.com
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uma preocupação por parte de gestores, secretários, áreas assistenciais, e demais


pessoas da sociedade. Jamais pode se pensar que a situação não tem nada a ver
com você, devido nenhum parente ou amigo seu esteja incluído no meio deste. Não
é por isso que virará as costas para essa questão, esse problema é de todos.
Havendo pessoas atuantes, que possam contribuir de uma certa forma, até por meio
de conscientização, essas ações podem surtir efeitos.

Palavras Chaves: Violência nas escolas. Pessoas. Problema.


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ABSTRACT

Every day, acts of violence in schools spread from country to country, violence in the
school unit Luiz de Oliveira in the city of Estreito-MA, a case study, will be put into
the mini-strategy. It is a very controversial issue, frightening, worrisome in every way,
because wanting or not, it bothers the people and the authorities of the municipality.
Although there are seminars, conferences, with the purpose of raising awareness of
the problem, even so, every day there is a growing number of victims of violence in
schools. In this project campaigns will be carried out, in total support in the
municipality in question, which is a fact of violence in schools, is a situation that
affects all society, child, nephew, brother, friend, whatever the degree of kinship or
friendship. This will be a case study in the school unit quoted above. The realization
of this, is not for the purpose of ending these acts practiced, but rather to try to re-
duzi them. The school is an environment that seeks to work towards achieving goals,
meeting goals, and succeeding in its actions, in order to always improve the process
of teaching and learning, through its tools and practicing professionals, and not to
violence. Therefore it is believed that the commitment of several professionals,
embracing this cause, which is quite critical, not only in the specific municipality, in
the school of reference, where it will be carried out this, but in the whole country. The
society suffers, it is moved, therefore, it is expected that the authorities are active, in
order to reduce this social problem, that there is a concern on the part of managers,
secretaries, care areas, and other people in society. You can never think that the
situation has nothing to do with you, because no relative or friend of yours is included
in the middle of it. That is not why you will turn your back on this issue, this problem
belongs to everyone. If people are active, who can contribute in a certain way, even
through awareness, these actions can have effects.

Key Words: Violence in schools. People. Problem.

1 INTRODUÇÃO
Neste, serão apresentadas propostas de implantação de campanhas
contra a violência nas escolas, especificamente na unidade escolar Luiz de Oliveira
no município de Estreito-MA, um estudo de caso. Através de trabalhos realizados
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por profissionais altamente capacitados, com habilidades, na busca de soluções


para os problemas eminentes. Sabe-se que, o ambiente escolar no seu contexto
histórico, sempre sofreu de atos violentos, por parte de alunos, professores, e
demais servidores da escola, dentre outros.
No mesmo será apresentado os principais fatores que provocam essa
questão social, situação esta que envolve muitas pessoas, inclusive os familiares
dos autores e das vítimas. As autoridades devem terem uma preocupação sobre
possíveis atos de violência existentes na escola Luiz de Oliveira de Estreito-MA. Fica
a pergunta da sociedade, será que sempre tem a solução para o problema? Sabe-se
que os problemas sociais, a cada dia surgem novos casos para se resolver, portanto
é necessário políticas de conscientização, direcionadas a redução de atos violentos
na unidade escolar citada.
A violência são crimes e delitos mas ela não é essencialmente isso no
meio escolar, o verdadeiro problema nos parece o da incivilidade que desorganiza
atualmente o mundo escolar nos seus estabelecimentos desfavorecidos criando uma
crise de sentido, às vezes dramática, um sentimento de insegurança que é muitas
vezes imaginário. A violência desorganizadora surge do inesperado ( Arendt, 1952);
não se trata de negar a realidade dos delitos mas de não exagerá-los.
(DEBARBIEUX, 1996 apud LATERMAN, 200, pág.37).
Com o apoio de vários profissionais, e as autoridades locais, esta busca
alternativa, uma luta constante contra esse fenômeno preocupante, que a violência
na escola acima relacionada. O objetivo principal da escola é a formação de
cidadãos, um ambiente que funcione o processo de ensino aprendizagem, obtendo-
se resultados. O Assistente Social pode contribuir nesta área, trabalhar na
conscientização de alunos, professores, e demais profissionais da escola. No
decorrer será abordado as variadas situações existentes, pois o problema pode ser
minimizado, basta a devida atenção dos interessados.
Este estudo está divido em quatro capítulos. No primeiro será feito uma
pequena apresentação sobre as causas e os principais atos de violências que
podem ocorrer no ambiente escolar, uma abordagem geral sobre atitudes de
violência que ocorreram na escola Luiz de Oliveira, escola está situada no munícipio
de Estreito-MA. No segundo capítulo será discutido sobre o principal assunto que é
a violência nas escolas em um contexto geral, mas baseado na escola citada.
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Enquanto no terceiro capítulo será mostrado os principais tipos de violências nas


escolas, e como é a relação entre família e a escola, além das relações sociais no
ambiente escolar. No Quarto e último capitulo será feito um trabalho de campo com
onde será mostrado estatisticamente as diversas situações sobre o tema violência
na escola Luiz de Oliveira em Estreito-MA.
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2 VIOLÊNCIAS NAS ESCOLAS


Qualquer pessoa que ouve falar sobre esse nome “violência” define bem
o seu significado, pois todos os dias é visto cenas da mesma, na televisão, em
jornais, nos filmes, na rua, no trabalho, no trânsito, dentro da própria casa, na família
e também dentro do ambiente escolar. Em décadas passadas o problema da
violência nas escolas se dava em sua maioria por autores contra o patrimônio
educacional como: depredações e invasões, e isso era fator que preocupava
bastante, devido a fragilidade da estrutura física da escola, objetos poderiam serem
furtados e equipamentos de segurança. Com implantação de projetos e liberação de
verbas, foram feitos diversos investimentos no setor da educação, nos prédios, no
pátio com muro, havendo assim melhorias significativas. Hoje em dia quando se
trata do assunto é um contexto totalmente diferente, a violência nas escolas é um
fator preocupante na sociedade, é problema para as vítimas, pelas sequelas que
ficam, aos os autores que cometem a infração, e também para os que presenciam
os atos, que são as testemunhas da situação. A escola ao invés de proporcionar um
lugar harmonioso, prazeroso, de novas amizades, se transforma as vezes em local
de desentendimento, com conflitos e brigas.
Denominam-se violência escolar todos os atos ou ações de violência,
comportamentos agressivos e antisociais, incluindo conflitos interpessoais, danos ao
patrimônio, atos criminosos, marginalizações, discriminações, dentre outros
praticados por, e entre a comunidade escolar (alunos, professores, funcionários,
familiares e estranhos à escola) no ambiente escolar. (PRIOTTO, BONETI, 2009,
pág. 162).
A escola é um ambiente com objetivo na formação educacional de
cidadãos, para futuramente o indivíduo exercer uma profissão. São muitos conceitos
aplicados, é um processo extenso de ensino-aprendizagem até o sujeito chegar à
idade adulta. Essa questão está bem presente no cotidiano das pessoas, que a cada
dia a situação piora, afeta alunos e professores. Esses atos são tão comuns que não
se procura especificamente a solução, e sim uma forma de amenizar essas atitudes,
e para isso necessita do empenho de todos da comunidade e do poder público.
Além da deterioração do ambiente, que é chamado de vandalismo,
subtração de objetos, criminalidade, uso de drogas, homicídio, bullying, racismo,
homofobia, dentre outros. São variados problemas que geram atos de violência nas
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escolas. Na escola de estudo, que é a Luiz de Oliveira situada na Cidade de


Estreito-MA, não é caracterizada todas as situações abordadas acima, mas algumas
delas sim, pois no decorrer deste serão expostos os casos. As causas são diversas
e bem complexas, não é por acaso que a maioria dos profissionais se especializam
em outras áreas, e não optam por trabalharem na educação, é porque os problemas
existentes não são poucos, e traz bastante afeto na sociedade.
É demais. É violência a toda hora. É ‘eu vou pegar você lá fora, vou lhe
furar’. Um quer bater no outro. Uma vez mesmo, eu fui entrar no meio e quase que
tomo um murro. É assim essa violência. Então, a violência na escola, dentro da
escola, está sendo demais, mais do que lá fora. Numa escola que fica no bairro
onde eu dou aula à noite, um aluno foi baleado pelo outro. Na escola pública, a
violência está demais. (RISTUM, 2001, pág. 183).
Para o educador desdobrar e procurar soluções para o problema é
necessário fazer um trabalho com carinho, de a proximidade e intimidade, ter uma
relação humana, compreender um histórico vivido ou até mesmo procurar entender
a cultura, atitudes e hábitos dos discentes com dedicação, conhecimento e
criatividade.
O problema da violência nas escolas é tão agravante que é debatido e
apontado não para acabar e sim pelo o menos para frear os atos, e isso depende de
um conjunto de ações, de um trabalho não somente da escola pelo os educadores e
sim por toda a comunidade. Os conflitos as vezes é gerado na rua, portanto não se
limita aos muros dos colégios, pode ser reflexo de outros ambientes. Por isso é
importante a participação ativa da sociedade, impor políticas públicas, projetos
voltados para a segurança escolar como: câmeras de vigilância, detector de metais,
cercas elétricas, equipamentos de proteção coletivo e individual, dentre outros,
sendo fundamental também pessoas que trabalhem na vigilância, porteiros, etc. Ao
mesmo tempo que surgem as dificuldades e os problemas nas escolas, o uso das
tecnologias ajudam no combate a violência, mas para as ferramentas colaborarem
na redução de atos violentos necessita de pessoas capacitadas para manusear, pois
as mesmas não trabalham sozinhas.
A violência da escola se caracteriza na violência institucional, simbólica,
que os próprios jovens suportam através da maneira como a instituição e seus
agentes os tratam (modos de composição das classes, de atribuição de notas, de
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orientação, palavras desdenhosas dos adultos, atos considerados pelos alunos


como injustos e racistas. (CHARLOT, 2002, pág. 435).
A realidade escolar hoje pode ser consequência de cenas assistidas por
crianças e adolescentes que ficam muito tempo sozinhas em suas casas nas TVs
como: desenho, filmes, novelas e telejornais e ao mesmo tempo mostra que os
autores não sofrem punições, ou seja, é visto que apesar dos danos causados, os
mesmos ficam impune. Outro fator que logicamente contribui para a violência nas
escolas crescerem, é a formação do profissional que é o professor, antigamente era
mais completa e humana, hoje em dia com a finalidade do indivíduo se formar
rapidamente, o mesmo tem uma formação acelerada, e o mesmo é formado, ou
seja, o processo ensino aprendizagem é em curto período de tempo, o que deixa
muito a desejar, quando se trata em qualificação. É uma formação sem qualidade.
A idealização dessa formação do professor é que também se mostra o
desafio podendo surgir uma grande indagação: Como deve ser a formação do
professor? E ainda: Será que nossos cursos de formação de professores vêm se
mostrando satisfatórios? O que está faltando a eles? As respostas dessas perguntas
são de fato complexas e não tão conclusivas assim, uma vez que vários fatores
devem ser analisados e muitas são as abordagens. (REZENDE, 2016, pág. 27).
A violência entre os alunos é a mais preocupante, incluindo todas as
formas delas como xingamentos, brigas, violência física, roubo de algum objeto,
ameaças, racismo, entre outros. Os profissionais da educação até que tentam
amenizar a situação nas salas de aula, quando surge o uso de armas brancas,
utilizam-se de todos os meios, mas que o problema é grave e não é fácil, os
indivíduos já estão acostumados com o comportamento diferente, devido ser usuário
de drogas e a melhor saída é procurar através de palavras convencer de alguma
forma o sujeito autor a ter outra atitude, aconselhando-o, ao mesmo tempo tentar
conseguir adquiri a arma da pessoa que levou para a escola.
As questões da violência escolar estão ligadas a vários fatores, em
algumas situações pode ser levado em consideração a escolas próximas de favelas
ou bairros perigosos, escolas perto de ambientes onde existe tráfico de drogas, de
organizações criminosas, além dos diversos comportamentos e atitudes notadas em
alunos que desde cedo se associam a cometerem delitos de simples a complexo,
como pequenos furtos. Outros fatores são as consequências do país
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socioeconômico, e o alto índice de desemprego, a partir de várias questões surgem


as preocupações de professore, diretores, gestores e demais pessoas da sociedade.
Tudo isso citado são possíveis de invasões ou de depredações, gerando os conflitos
entre alunos, professores e funcionários da escola. Para amenizar o problema é
preciso estudar, entender e buscar apoio de pais, alunos, parceiros e áreas
assistenciais, inclusive é campo de atuação do profissional de serviço social, pode
ser desenvolvida atividades e projetos, que possam trazer soluções. Não se trata de
uma simples barreira, que reuniões ou conversas possa resolver, e sim políticas
públicas e programas implantados contra todos os tipos de violência na escola, a
mesma é um ambiente com objetivos de ensino-aprendizagem e não de conflitos.
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3 PRINCIPAIS TIPOS DE VIOLÊNCIAS NA ESCOLA LUIZ DE OLIVEIRA


Apesar que, a violência verbal é considerada não muito agravante,
dependendo do nível de discussão, é algo quase que normal entre os jovens,
principalmente no ambiente escolar, mas que em determinadas situações gera
impacto psicológico no indivíduo, podendo futuramente abrir as portas para a
violência física. Pois os alunos da escola Luiz de Oliveira de Estreito-MA se ofendem
verbalmente, com palavrões, xingamentos, apelidos, insultos dentro outros, e o
resultado pode chegar a uma possível briga. Além desses dois tipos de violência
bastante comum existem outros que em função de uma sociedade mais
desenvolvida são defendidos, que é o caso da homofobia e o racismo. A homofobia
que são os homossexuais até hoje existe discriminação sofrida entre jovens e
adolescentes. Embora o avanço da sociedade em relação a aceitação da homofobia
como algo comum, existem muitos deles machistas, que carregam o preconceito aos
padrões culturais e o caso de homossexual na escola é motivo que gera violência, e
o colégio Luiz de Oliveira na cidade de Estreito-MA, não é diferente, existem casos
relatados deste tipo de problema. Pois só a pessoa aparentar, por meio do vestuário,
as atitudes já é motivo de críticas, insultos e humilhações, a partir daí vem as
agressões.
A sociedade romana, conforme qualquer outra sociedade antiga ou
moderna, tinha uma forma específica de conceber e buscar uma justifica moral e
ideológica para o uso da violência e da crueldade. Devemos nos preocupar em
analisar e interpretar o uso da violência de acordo com o contexto histórico-cultural e
não julgar. (MENDES, 2009, p.47).
Nesta situação não só as vítimas, mas a escola em si precisa de ajuda,
convocar o público para palestras, reuniões e outros meios de conscientização,
porque o sujeito em desvantagem sofre bastante, com isolamento, baixa autoestima,
exclusão social e baixo rendimento escolar. O profissional de serviço social pode
contribuir com ações e participar ativamente de projetos voltados para a defesa do
problema, até mesmo que a homofobia já é fato comum e aceito na sociedade.
Por outro lado, é o tipo de violência racismo que classifica a pessoa pela
a categoria da cor de sua pele. Mesmo existindo defesa, punições, processos etc.,
mas que é outro tipo de discriminação comum no dia a dia na escola Luiz de
Oliveira. A ofensa pelo o racismo que são as pessoas negras, gera impacto negativo
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na opinião das crianças, jovens e adolescentes no ambiente escolar, pois de uma


brincadeira, cria um conflito entre os mesmos. Dentre os principais nomes ofensivos
são: Chocolate, Negro Cabelo de bombril, Saci-Pererê, Torrada Queimada,
Churrasquinho, Galinha preta, etc.
O acúmulo de incivilidades (pequenas grosserias, piadas de mau gosto...)
no ambiente escolar "cria às vezes um clima em que professores e alunos sentem-
se profundamente atingidos em sua identidade pessoal e profissional – ataque à
dignidade que merece o nome de violência", mas que segundo ele depende
fundamentalmente de um tratamento educativo. (CHARLOT, 2002, pág. 437).
Apesar de que, esse tipo de violência ainda existe muito no meio escolar,
mas que já reduziu significativamente, talvez pelo o fato de leis de proteção, com
punições aos autores.
Além desses tipos de violências citadas, outros tipos existem na escola
em questão, que é o caso do bullying, e de pessoas pobres, principalmente o
bullying, que é ato de provocar a pessoa repetidamente. Portanto a discriminação
provoca angustia às vítimas e gera atos de violência no ambiente escolar, e isso é
caracterizado de variados modos, e todas essas questões podem ser combatidas e
reduzidas, desde que haja políticas públicas, não é um problema especificamente da
escola, é causa de toda a sociedade, pois uma situação pode levar a outra. Pode
haver um trabalho conjunto, de parcerias. O assistente social tem um papel
fundamental na escola, na formação do cidadão, nos trabalhos de conscientização,
não apenas em uma questão, em um só problema, mas em vários. E a violência na
escola é pode ser trabalhada gradativamente, dificilmente ser definitivamente
acabada, mas que pode ter sua redução consideravelmente isso não resta dúvida.

3.1 RELAÇÕES ENTRE A FAMÍLIA E A ESCOLA

A qualidade de ensino no cotidiano depende muito dessa relação, da


interação das pessoas envolvidas nesse espaço e a família. Os conflitos são
gerados e causa uma preocupação entre pais, educadores, estudantes e gestores. A
insegurança na escola é uma dor de cabeça para todos envolvidos, o espaço onde
se espera a formação do indivíduo para uma futura profissão, se transforma em um
espaço inseguro, e atinge de forma negativa no processo de ensino aprendizagem.
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E tudo que se objetivava, que é aquisição de valores, ética, preservação de culturas,


formação do cidadão, suas particularidades vão se deixando de lado.
A relação entre Família e Escola, deve ser bem complexa a convivência,
pois existem interesses e visões diferentes nesse meio, sendo que a escola carrega
consigo objetivos, limites, regras e normas a cumprir. A família espera capitação de
conhecimento com a formação em diversas áreas do conhecimento para os seus
membros. Portanto o diálogo é importante para minimizar os problemas, até mesmo
para chegar a compreensão de determinadas situações. A participação da família no
ambiente escolar é essencial, isso torna uma relação participativa e de
responsabilidade, e com certeza o convívio é compreensivo.

3.2 AS RELAÇÕES SOCIAIS NA ESCOLA

É importante as relações sociais no ambiente escolar, neste sentido é


medido o convívio e é notado também a questão da qualidade do ensino, do meio
interno e externo da escola. É baseado nos indicadores, o cumprimento das normas
e regras, o reconhecimento dos valores, e assim é construído e analisado a relação
entre as pessoas ativas, instituição escolar, estudantes, professores, família e
funcionários. É importante ressaltar que a escola além de ser um ambiente de
aprendizagem e de socialização, é também de formação da identidade do indivíduo,
o que o mesmo vai ser ao se tornar adulto. E é por meio dos vínculos e interações
no ambiente, que irá facilitar aproximação da vivência dos sujeitos.
27

4 TRABALHO DE CAMPO NA ESCOLA LUIZ DE OLIVEIRA ESTREITO-MA

Ao perguntar aos entrevistados se já sofreram algum tipo de violência na


Escola Luiz de Oliveira localizada na Cidade de Estreito-MA, veja o resultado:

Gráfico 1 - Pessoas que já sofreram algum tipo de violência na escola Luiz de Oliveira.

Apesar de que o índice de pessoas que não sofreram foi maior, mas que
é um número assustador de pessoas que já sofreu com 44% de vítimas de ações
violentas, e um pouco mais da metade com 56% ainda não sofreram, sendo que
desse percentual é levado em consideração o tempo que frequenta a escola
mencionada.
A análise das causas e das relações que geram condutas violentas no
interior da instituição escolar impõe alguns desafios aos pesquisadores e
profissionais do ensino, pois demanda tanto o reconhecimento da especificidade das
situações como a compreensão de processos mais abrangentes que produzem a
violência como um componente da vida social e das instituições, em especial da
escola, na sociedade contemporânea. (SPOSITO, 2004, pág. 163).
Se a questão fosse um pouco mais aprofundada considerando um maior
tempo ou que seja de estudo ou que seja de trabalho, aí sim o índice teria uma
maior relevância, mas não deixa de ser um número bastante alto, observando que a
escola é considerada pequena e de cidade considerada de poucos habitantes.
28

Quando se perguntou sobre os episódios de violência os principais tipos


na Escola Luiz de Oliveira. Observe as respostas na figura abaixo:

Gráfico 2 – Tipos de violências na escola Luiz de Oliveira.

A figura mostra que a agressão verbal, através de xingamentos, ou até


mesmo palavras de afeto, de baixaria aparece em maior quantidade no percentual
com 23%, seguido de brigas com 19%, dar a entender que supostamente as brigas
é em decorrência de agressões verbais, um fator leva o outro, os chamados “bate-
bocas”, das discussões geradas, ocasionam as brigas, levando a uma situação
ainda pior que é a agressão física, sendo que esta aparece com apenas 3% dos
casos, fato até estranho, não se sabe se as pessoas entrevistadas não quiseram
relatar pensando na preservação da escola, sabendo-se que os relatos da
verdadeira situação, pode-se obter ajuda das autoridades competentes, caso os
mesmos tenha conhecimento, mesmo que não procuram trazer soluções, mas que a
sociedade terá maior força de pressionar os mesmos. Em terceiro e quarto lugar
aparecem os danos patrimoniais e empurrões com 15%, mesmo com a estrutura que
a escola possui e avanços tecnológicos, esses dois fatores ainda ocupam um
grande percentual, quando se trata de violência na escola. As atitudes maliciosas
aparecem com 11%, gritos com 8% e ameaças com 6%.
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Veja abaixo os Locais que mais aparecem ocorrência de violência na


escola citada:

AGráfico 3 – Lugar onde ocorre os atos de Violência na escola pesquisada.


figura
acima mostra que o maior índice de violência ocorre nos banheiros, bebedouros, e
corredores com 29%, talvez devido a presença de poucas pessoas nesses locais, ao
mesmo tempo contradiz a situação com 23% é dentro da sala de aula, ou seja, aí já
é observado a falta de controle do profissional da educação, não se sabe, se é em
função da falta de preparação do educador para o problema, é certo que o índice é
bem alto, em seguida os atos são praticados no pátio da escola com 22%, um
número bem expressivo, onde o esse local poderia ter um maior aproveitamento de
lazer, harmonia, fazer amizades, etc. Acaba ocorrendo um número elevado de atos
de violência no ambiente escolar. Com 16% aparece o ambiente externo, ou seja, na
rua, quando não dar certo da violência não ser praticada no próprio ambiente da
escola o acerto de contas é feito na rua. E com 10% a violência acontece na própria
portaria, os autores não se importam com a presença dos vigilantes, e dos
equipamentos de segurança.
30

Quando se questionou se a escola Luiz de Oliveira oferecia suporte para


lidar com os atos de violência que ocorriam ou que viesse a ocorrer, observe as
respostas:

Gráfico 4 – Percentual de suporte aos atos de violência na escola Luiz de Oliveira-Estreito/MA.

Ao se perguntar se a escola Luiz de Oliveira situada em Estreito-MA,


oferecia suporte nos atos de violência olha só as respostas bem assustadoras, 89%
dos entrevistados relataram que a escola citada não oferece suporte nenhum na
questão de segurança e de combate aos atos violentos, enquanto 11% relataram
que que tem suporte sim, pode ser, que as respostas positivas tenham a intenção de
preservar a mesma.
Sobre o questionamento de ações implementadas pela a escola no ano
de 2017 para combater o fenômeno da violência, veja o resultado:
31

Gráfico 5 – Percentual em ações de suporte no ano de 2017 na escola Luiz de Oliveira.

Ao se debater sobre as ações implementadas pela a escola no ano de


2017, assuntos estes sobre atos de violência na escola em questão, a ação que
mais foi realizada foram as reuniões com professores e pais de alunos com 49%,
seguida de leituras com 29%, observa nestes dois percentuais, que mesmo a
insistência nessas ações falta bastante planejamento e políticas para a minimização
do problema, porque os atos a cada dia só aumentam. Outras ações representam
18% e apenas 4% foram realizadas palestras, um número considerado baixo, se é
fato que vem aumentando sequencialmente. Em relação a oficinas e cursos a escola
Luiz de Oliveira não realizou nenhuma destas duas ações este ano em exercício de
2017, a figura mostra 0% em ambos.
32

CONCLUSÃO
Ao longo desse estudo foi trabalhado a violência na escola Luiz de
Oliveira situada no município de Estreito-MA que é um fenômeno não só específico
da mesma, mas em todo país. Foi discutido a complexidade dos variados tipos de
violência no ambiente escolar da escola de estudo, infelizmente é angústia de pais,
educadores e de toda a sociedade.
Dessa forma, o estudo buscou trazer o máximo de informações do
problema para a sociedade, até mesmo para a população fazer uma reflexão do
mesmo, pois não é de hoje que vem acontecendo tantos atos de violência na escola
citada, além do mais essa questão da violência na escola é um problema nacional e
os gestores tem o conhecimento dos fatos, cabe as esferas, estado, município e
sociedade configurarem parcerias e minimizar essa realidade, através de recursos,
oferecer melhores condições de trabalho, segurança e qualificações de profissionais.
Conclui-se neste que a escola de referência necessita de atenção, de
projetos assistenciais, para reduzir o problema. É importante campo de atuação do
profissional de serviço social em parceria com a família de alunos, educadores e
autoridade para desenvolver ações na busca de soluções para o agravante que é a
violência na escola de estudo.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BONETI, Lindomar Wessler; PRIOTTO, Elis Palma. Violência Escolar:


na escola, da escola e contra a escola. Revista Diálogo Educacional, v. 9, n. 26, p.
161-179, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, 2009. Disponível em:
<http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/MONOGRAFIA-FINAL-
ENCADERNAR.pdf>. Acesso em: 30/12/2017.

CHARLOT, Bernard. A violência na escola. Como os sociólogos


abordam essa questão. Disponível em:
<http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/MONOGRAFIA-FINAL-
ENCADERNAR.pdf> Acesso em: 31 de dez. 2017.

DA HORA, K. M. C. & RISTUM, M. Concepção de alunos em


cumprimento de medidas socioeducativas sobre cenas de violência urbana
veiculadas na televisão aberta. Não publicado. 2009. (Mimeo). Disponível em:
http://books.scielo.org/id/szv5t/pdf/assis-9788575413302-05.pdf. Acesso em 26 de
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LATERMAN, Ilana. Violência e incivilidade na Escola. Nem vítimas,


nem culpados. Florianópolis: letras contemporâneas, 2000. Disponível em:
<http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/MONOGRAFIA-FINAL-
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MENDES, Norma Musco. Roma e o Estigma da Violência e Crueldade.


BUSTAMANTE, Maria Regina da Cunha e José Francisco de Moura. (Org.) Violência
na História. Rio de Janeiro: Mauad X: FAPERJ, 2009. Disponível em:
<http://www.uneb.br/salvador/dedc/files/2011/05/MONOGRAFIA-FINAL-
ENCADERNAR.pdf>. Acesso em: 30/12/2017.

REZENDE, Ana Lúcia Santos de; REZENDE, Lomana Santos de. O papel
dos professores no enfrentamento da violência no Colégio Gov. Lourival
Baptista em Porto da Folha-Se, uma dimensão do problema. São Cristóvão:
34

UFS, 2016. Disponível em:


<https://eventos.set.edu.br/index.php/enfope/article/viewFile/2591/515>. Acesso em:
31 de dez. 2017.

RISTUM, M. O Conceito de Violência de Professoras do Ensino


Fundamental, 2001. Tese de Doutorado, Salvador: Faculdade de Educação,
Universidade Federal da Bahia. Disponível em:
http://books.scielo.org/id/szv5t/pdf/assis-9788575413302-05.pdf. Acesso em 27 de
nov. 2017.

SPOSITO, M. P. A instituição escolar e a violência. In: CARVALHO, J.


S. Educação, Cidadania e Direitos Humanos. Petrópolis: Vozes, 2004. Disponível
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<https://cdnbi.tvescola.org.br/resources/VMSResources/contents/document/publicati
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35

ANEXO
36

QUESTIONÁRIO PARA O PROJETO “VIOLÊNCIA NA ESCOLA.


ESTUDO DE CASO NA UNIDADE DE ENSINO LUIZ DE OLIVEIRA NO
MUNICÍPIO DE ESTREITO-MA”

Pedimos sua colaboração para responder as questões a seguir, a fim


de auxiliar na elaboração do projeto “VIOLÊNCIA NA ESCOLA. ESTUDO DE
CASO NA UNIDADE DE ENSINO LUIZ DE OLIVEIRA NO MUNICÍPIO DE
ESTREITO-MA”.
Obs.: Não é necessário se identificar.
Sua participação será muito importante para trazer soluções nessa
questão social:
1. Idade: _____________ 2. Sexo: ( ) masculino ( ) feminino
3. Com quem você mora?
a. ( ) pai e mãe;
b. ( ) só como pai;
c. ( ) só com a mãe;
d. ( ) mãe e padrasto;
e. ( ) pai e madrasta;
f. ( ) avos;
g. ( ) outros, quais?______________________________

4. Dos tipos de violência a seguir, quais você já presenciou na escola


Luiz de Oliveira de Estreito-MA?
a. ( ) física;
b. ( ) verbal;
c. ( ) domestica;
d. ( ) discriminação ____________
e. ( ) sexual;
f. ( ) outros, quais? ____________

5. Você já sofreu algum tipo de violência na escola Luiz de Oliveira de


Estreito-MA?
a. ( ) sim b. ( ) não Qual?______________
37

6. Qual a sua reação diante de atos violentos?


a. ( ) indiferença;
b. ( ) pede ajuda;
c. ( ) reage da mesma forma;

7. E você, já praticou alguma ação violenta?


a. ( ) sim b. ( ) não Qual?______________

8. Como você avalia sua relação familiar?


a. ( ) ótima; b. ( ) boa; c. ( ) regular; d. ( ) ruim.

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