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PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
GJBB
Nº 70010592574
2004/CÍVEL
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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL
PODER JUDICIÁRIO
TRIBUNAL DE JUSTIÇA
GJBB
Nº 70010592574
2004/CÍVEL
ACÓRDÃO
Vistos, relatados e discutidos os autos.
Acordam os Desembargadores integrantes da Vigésima Primeira
Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado, à unanimidade, em dar parcial
provimento ao apelo.
Custas na forma da lei.
Participaram do julgamento, além do signatário, os eminentes
Senhores DES. FRANCISCO JOSÉ MOESCH (PRESIDENTE E REVISOR) E
DES. MARCO AURÉLIO HEINZ.
Porto Alegre, 22 de junho de 2005.
R E L AT Ó R I O
DES. GENARO JOSÉ BARONI BORGES (RELATOR)
Trata-se de Apelação interposta pelo MUNICÍPIO DE SANTO
ÂNGELO contra sentença proferida nos autos dos Embargos à Execução
Fiscal que lhe move MARIA EVA BUENO DE MOURA, a qual acolheu a
prescrição do crédito tributário por IPTU relativo ao exercício de 1997, e deu
pela procedência dos Embargos por gozar a Embargante de isenção nos
termos do artigo 114 da lei municipal 1.852/92.
Em suas razões, sustenta o Município a inocorrência da
prescrição do IPTU do ano de 1997, tendo em vista que a citação válida
interrompe a prescrição, fazendo-a retroagir à data da propositura da ação.
Quanto à isenção, entende que o d. Juízo “a quo” ampliou norma de
interpretação restritiva. Refere que se a Apelada percebe R$ 6,81 acima do
salário mínimo, não preenche os requisitos da lei municipal, não podendo ser
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VOTOS
DES. GENARO JOSÉ BARONI BORGES (RELATOR)
I- DA PRESCRIÇÃO.
Com acerto se houve a d. sentença, no ponto.
O crédito tributário relativamente ao IPTU exercício de 1997 foi
definitivamente constituído pelo lançamento ocorrido em 02/12/97 (CDA - fl. 5
da Execução).
A citação, todavia, só se deu em 13/02/2003 (fl. 7v - da
Execução), quando já operada a prescrição, nos termos do artigo 174 do CTN.
E desimporta a data do ajuizamento da execução como causa
interruptiva da prescrição, como sustenta o Município.
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II- MÉRITO.
Quanto ao mais, também sem razão o Município.
Os incisos V e VI, do artigo 114 do Código Tributário Municipal
(Lei 1.852/94) asseguram isenção do pagamento do IPTU (1) aos proprietários
que contam mais de sessenta anos de idade e (2) às viúvas com mais de
cinqüenta anos, desde que não percebam pensões ou proventos de valor
superior a um salário mínimo e não vivam às expensas ou juntamente com
filhos casados (parágrafo único, inciso II do mesmo artigo); tudo a depender de
solicitação até o dia 31 de dezembro para valer para o exercício seguinte e
mediante comprovação periódica de que continuam preenchendo as condições
estabelecidas (mesma lei – artigos 117, I , a) e 118).
Como sustenta o Município e demonstra a d. Procuradora de
Justiça no judicioso parecer de fls., nos exercícios de 1998, 1999, 2000 e 2001
a Apelada percebeu pensão em valor sempre superior a um salário mínimo.
Basta cotejar a planilha de fl. 174 com o demonstrativo de fl. 59.
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