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1479932776ebook Do Endividamento Ao Investimento PDF
1479932776ebook Do Endividamento Ao Investimento PDF
para
DO ENDIVIDAMENTO
AO INVESTIMENTO
O PEQUENO MANUAL DO ENDIVIDADO
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Índice
Introdução 03
Raio-X 04
Antes de tudo 06
Entendendo os porquês 08
Encarando o problema 11
Negociando e reestruturando as dívidas 13
Comemore muito, mas não perca o rumo 17
De devedor a credor: uma nova vida 18
INTRODUÇÃO
Introdução
Introdução
Olá, amigo! Você está lendo este eBook porque, provavelmente, está com
problemas em sua vida financeira, correto? Antes de mais nada, parabéns!
O fato de procurar ajuda mostra disposição, vontade de sair da inércia e
interesse em começar a arrumar a casa. Acredite: nada é mais prejudicial
a sua vida do que ficar parado, repetindo velhos erros. Outra coisa que
precisa saber é que, infelizmente, você não está sozinho – pelo contrário:
o número de endividados no mundo, sobretudo no Brasil, só aumenta. Em-
bora não resolva o problema, traz algum alento saber que você não é o
único, não é?
Acredite quando falamos que “o principal você já fez”, isto é, assumiu que
existe um problema e está procurando alternativas para resolvê-lo. Aliás,
esse é o equívoco básico da maioria: manter o foco no problema e não na
solução. Dado este primeiro e importante passo, agora, é preciso força de
vontade, disciplina e paciência para enfrentar os desafios que irão se inter-
por entre você e seu objetivo de liquidar suas dívidas e começar a investir
seu dinheiro. É preciso, portanto, não relaxar e manter-se nesse caminho
virtuoso, até que você tenha atingido o almejado objetivo. Em bom portu-
guês: não cometa os mesmos erros. Afinal, errar uma vez, tudo bem; duas…
você já sabe.
Vamos lá?
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Raio-X
É muito comum usar de forma equivocada os termos “dívida” e “endivi-
damento” ou confundi-los com “inadimplência” ou “insolvência”. Como é
importante que se entenda o inimigo para, então, combatê-lo, vejamos as
definições a seguir:
Dívida
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Inadimplência
Insolvência
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Antes de tudo
Já ouviu dizer que antes de correr você precisa aprender a andar? Pois
bem: antes de atacar os sintomas, você precisa atacar a doença. Quando o
assunto é dinheiro, a doença é um orçamento desequilibrado, resultando
em um fluxo de caixa “desencaixado”. Os sintomas são: alto endividamento,
inadimplência e morte (financeira). Assim, prezado leitor, é fundamental
olhar para seu orçamento antes de ir adiante para renegociar dívidas. O
motivo é simples: se seu orçamento continuar da mesma maneira, haverá
um alívio momentâneo, mas, logo, o quadro geral tende a piorar.
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Refaça seu orçamento do zero, de trás para frente. Comece colocando o
que é fundamental para você e sua família, isto é, faça uma enumeração
das suas prioridades, por ordem de importância, por mais fúteis que elas
possam parecer. Assim, se a prioridade da família é a escola dos filhos que
custa bem acima da média, esta despesa deve estar no topo e as outras
precisam vir em sequência. Afinal, se a prioridade é a escola, então, vocês
podem remanejar o restante e, por exemplo, escolher morar em um lugar
mais barato ou dirigir um carro mais simples.
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Entendendo “os porquês”
Para não repetir os mesmos erros, mesmo antes de repará-los, é impor-
tante que você entenda o caminho que o fez chegar até aqui. É como diz o
Gato que Ri de Alice no País das Maravilhas: “Se você não sabe aonde quer
chegar, pouco importa o caminho”. Fazendo uma adaptação: se você não
quer ir, novamente, a algum lugar degradável, é muito importante conhecer
os caminhos que o levaram até lá.
Qual a razão de alguém gastar o que não tem? Seria simples se houvesse
apenas uma explicação definitiva. Contudo, as motivações são muitas: vão
de imprevistos (algo até aceitável) a problemas emocionais.
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Imprevistos
Por mais que esteja preparado, os imprevistos podem ser mais sérios e
maiores do que suas reservas: desde um acidente até um problema gra-
ve de saúde. Algumas famílias, infelizmente, jamais se recuperam de algo
assim. De qualquer sorte, é importante o máximo possível de precaução,
acumulando uma boa reserva financeira e contratando seguros, que po-
dem cobrir morte, invalidez ou mesmo sua renda mensal por qualquer tipo
de impossibilidade de trabalhar. Em última instância, não tenha pena de
vender um bem para evitar as altas taxas de juros dos bancos. Resumindo:
é impossível prever o imprevisível, logo, algumas vezes, as coisas fogem do
planejado. Assim, resta fazer um controle de danos e partir para a recons-
trução.
Emocional
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de hábito diárias é possível colocar sua vida financeira e emocional nos
trilhos. Apenas uma pequena parcela de pessoas necessita, antes, de trata-
mento psicológico, já que o consumo emerge de questões que a educação
financeira, sozinha, não é capaz de resolver.
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Encarando o problema
É muito comum ver uma pessoa endividada fugindo do problema, não aten-
dendo a telefonemas de credores e até mudando de endereço. Resumindo
em uma frase: não faça isso! Problemas são resolvidos com ação e foco nas
possíveis soluções. Fugir só faz o “problema aumentar”. Lembre-se de que,
a cada dia, os juros exorbitantes praticados em nosso país fazem com que
sua dívida cresça, tornando a possibilidade de pagamento cada vez mais
distante.
Agora que seu orçamento está em ordem, veja o passo a passo para enfren-
tar seu endividamento:
I - Conheça profundamente seu endividamento
Jogar faturas e cartas de cobrança no lixo e esquecer a senha de seu banco
são atitudes que afastarão você de qualquer chance de sair do revés finan-
ceiro em que vive. Por isso, mapeie suas dívidas, saiba exatamente QUAN-
TO deve, ONDE deve, POR QUE deve e COMO pagar. Todos os detalhes,
como prazo, número de parcelas, taxa de juros, multas e se há garantia real
(como no financiamento de um carro), são fundamentais para começar a
traçar um plano para sair da situação atual.
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no entanto, causa danos, geralmente maiores que os juros. Fugir aumenta
a desconfiança dos credores e diminui sua disposição em qualquer tipo de
flexibilização na dívida para ajudá-lo. Pior ainda, cria antipatia e má vonta-
de. No limite, apressa o acionamento de cartórios e da justiça para a co-
brança da dívida – isso pode ser evitado quando você se mantém próximo
daqueles que lhe deram crédito. Lembre-se de que há vida após a dívida.
Então, por que não manter as portas abertas?
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Negociando e reestruturando as dívidas
Agora que você manteve o canal aberto para conversar com seus credores,
é hora de partir para a ação. Existem, basicamente, dois caminhos a serem
seguidos: renegociação ou substituição (reestruturação), que podem resul-
tar em um terceiro, a consolidação. Veja:
Renegociação
Reestruturação
Ou substituição, como o nome sugere, é “trocar uma dívida cara por uma
opção mais barata”. Isso quer dizer que, se você deve no cheque especial
(o qual possui juros superiores a 10% ao mês), você pode procurar uma
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opção de crédito pessoal, com parcelas compatíveis com seu orçamento e
juros significativamente mais baixos – um crédito pessoal “caro” tem taxas
em torno de 5% ao mês; metade do cheque especial.
Consolidação
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As modalidades disponíveis para reestruturação e consolidação são as
seguintes:
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Crédito Consignado: pesadelo de muitos brasileiros, essa modalidade con-
siste em tomar dinheiro do banco, de forma que as parcelas sejam debita-
das em seu holerite. Por, de certa forma, ser garantida pela empresa em-
pregadora, está entre as formas mais baratas de empréstimo. As pessoas
que podem tomar esse tipo de crédito são: empregados com carteira assi-
nada, funcionários públicos, aposentados e pensionistas do INSS. No início,
falamos “pesadelo”, pois muitas pessoas se enrolam por não terem discipli-
na para lidar com as parcelas descontadas de seus rendimentos mensais e
continuam gastando normalmente, sem considerá-las em seu orçamento.
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Comemore muito, mas não perca o rumo
O relaxamento após o cum-
primento de uma meta é
muito comum e esperado,
senão não escreveríamos
esse capítulo. Assim, quan-
do o grande dia chegar…
comemore! Leve a família
para um jantar e celebre
muito esse que será o início
de um novo ciclo.
Feito isso, é hora de manter o barco na rota, sem jamais perder de vista que
o verdadeiro objetivo é aprender com o erro para não repeti-lo. Sem sombra
de dúvida, isso resultará em uma vida equilibrada e repleta de satisfação.
A disciplina usada até aqui deve ser mantida, sem deixar de lado alguns
prazeres, mas sempre dentro de um planejamento. Disciplina e hábito são
as chaves para deixar esse passado obscuro, de fato, no passado. Desse
momento em diante, aquele valor que era destinado ao pagamento da dívi-
da, agora, poderá ser destinado à poupança da família. Assim, você deixará
de ser um devedor e passará a ser credor ou investidor.
Vamos repetir: não deixe de lado toda a luta que trouxe você até aqui,
quanto mais o tempo passa, menos margem de erro você (e seus entes que-
ridos) tem para outro infortúnio financeiro. Mantenha-se firme e vigilante,
cuidando de seu orçamento com o mesmo carinho com que cuida das coi-
sas que você mais ama. Enfatizamos, pois sabemos que evitar a tentação de
repetir o erro é um desafio tão grande quanto a busca pelo fim da penúria.
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De devedor a credor: uma nova vida!
Como foi dito no capítulo anterior: até aqui você fez um exercício enorme
e inúmeras concessões para enxugar seu orçamento, arredondar seu fluxo
de caixa e, desse modo, conseguir pagar suas dívidas. Ufa! Mas também
dissemos que não é hora de relaxar, certo? Então, você não é mais deve-
dor, parabéns! Hora ideal para se tornar CREDOR; que é quem empresta o
dinheiro e recebe por isso, também conhecido como investidor.
Não é hora de mudar nada em sua vida financeira, pois será preciso, justa-
mente, poupar aquele valor que antes era destinado ao pagamento de suas
dívidas. Além disso, se houver incremento na renda da sua família (aumen-
to de salário, por exemplo) é fundamental que estes recursos extras tam-
bém sejam destinados à construção de patrimônio. Isso dará mais velocida-
de ao processo.
Antes de investir, é preciso poupar. Não, as duas coisas não são iguais. Pou-
par é o processo de conseguir separar do orçamento um dinheiro cujo fim é
a acumulação (como você fez com o seu, para pagar suas dívidas, por exem-
plo). Investir, por outro lado, é o destino dado ao dinheiro poupado. Agora
que aprendeu a poupar, é hora de investir e compreender como objetivos e
prazos afetam suas decisões. Veja como você deve pensar seu patrimônio:
Capital de Giro
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rentabilidade não é tão importante, a disponibilidade, porém, é fundamen-
tal. Este é um dinheiro que deve ficar na sua conta corrente – hoje em dia,
esta é atrelada à poupança para prover uma remuneração mínima ao di-
nheiro que ali fica “parado”. Assim, deixe lá a quantia suficiente para pagar
suas contas com uma folga de 10%, assim, em caso de “desencaixe no fluxo
de caixa” – isto é, uma conta vencendo em uma data que não seja boa em
relação a suas receitas –, você terá dinheiro disponível para não entrar no
vermelho.
Reserva de Emergência
Agora que as contas do mês estão garantidas, é hora de pensar nos impre-
vistos e constituir sua reserva de emergência, antes mesmo de pensar nos
demais investimentos. Afinal, uma casa é construída pelos alicerces. Como
o nome sugere, é uma reserva cuja finalidade é suprir sua família em um
momento agudo de estresse financeiro, como em caso de perda do empre-
go, doença ou fatalidades semelhantes. Trocar de carro não é emergência,
certo? Aqui, também, a liquidez (disponibilidade) é mais importante do que
a rentabilidade, mas, diferentemente do capital de giro, você pode buscar
aplicações melhores – como TESOURO SELIC, que tem boa disponibili-
dade e rende mais do que a Poupança.
Lembre-se de repor o capital caso tenha
necessidade de usar essa reserva.
Aposentadoria
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no não é suficiente para garantir a qualidade de vida que se imagina. Dessa
forma, é preciso que você crie sua própria reserva. Analisamos esse tema
a fundo, para mostrar exatamente o que deve ser feito, no eBook “O Novo
Aposentado”.
Objetivos Pontuais
Para cada sonho ou objetivo é
importante guardar o dinheiro
correspondente. Em vez de entrar,
novamente, naquela ciranda de
prestações para comprar o próximo
carro, que tal pagar essas parcelas
para “si mesmo”, em um tipo de in-
vestimento adequado ao prazo que
você estipulou? Da primeira vez
não é tão simples, mas depois fica
automático.
Por exemplo, você pretende trocar de carro. Em vez de fazê-lo agora e pa-
gar juros pelos próximos anos, por que não postergar o consumo, guardar o
dinheiro e pagar a diferença à vista? Ou então, pense em comprar um car-
ro usado ou mais barato, para que não faça nenhuma dívida. Dessa forma,
você fará o uso inteligente de seus recursos, evitando que caia nas mesmas
armadilhas do passado.
Seguro de vida
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ro é capaz de proporcionar. Por isso, jamais veja o seguro como dinheiro
jogado fora. Veja-o como a garantia do conforto financeiro de sua família,
caso você venha a faltar. Além da perda afetiva, passar por dificuldades
financeiras pode gerar um transtorno incalculável.
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Sobre os autores
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