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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

CAMPUS CAMPO MOURÃO


CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

DOMINIQUE MARTINS SALA


RAFAEL FARIA CARARD

CONVERSÃO GEOTÉRMICA

TRABALHO ACADÊMICO

CAMPO MOURÃO
2014
DOMINIQUE MARTINS SALA
RAFAEL FARIA CARARD

CONVERSÃO GEOTÉRMICA

Trabalho acadêmico apresentado como


requisito para obtenção de nota parcial da
disciplina de Conversão, Conservação de
Energia E Eficiência Energética, referente ao 7º
período do curso de Engenharia Ambiental.

Orientador: Profa. Dr. Maria Cristina R.


Halmeman

CAMPO MOURÃO
2014
1 INTRODUÇÃO
Apesar da maior parte da energia renovável utilizada no mundo ser
proveniente do sol, existem diversas fontes de energia que cumprem o mesmo
papel, e uma delas é a energia geotérmica.
A Terra é composta por várias camadas, sendo estas o núcleo interior, o
núcleo exterior, o manto inferior, manto superior e a crosta. No interior da Terra
é encontrado uma grande quantidade de energia térmica que pode ser
transmitida por condução. De acordo com Branco (1930), essa ideia de grande
energia acumulada no interior do planeta é dada a partir dos movimentos
aparentes na crosta terrestre, como a violência dos vulcões e terremotos, a
elevação de cordilheiras e até o deslocamento dos continentes.
Hinrichs (1941) afirma que apesar de ter-se uma grande quantidade de
energia geotérmica no interior do planeta, esta disponibilidade é limitada a
poucas regiões. Além disso, esta é uma fonte finita de energia, que pode ser
esgotada se utilizada de forma irracional através da exploração intensiva.
A energia geotérmica é utilizada desde o começo dos tempos em formas
mais simples, como em termas por exemplo. Tempos depois foi descoberta a
possibilidade de se utilizar esta energia para gerar eletricidade em centrais
geotérmicas ou para usos não elétricos, e tal conhecimento vem se
estabelecendo cada vez mais entre os países do mundo.
Hinrichs (1941) aponta ainda os países com maior capacidade geradora
térmica mundial em 2003, sendo que o maior potencial pertence aos EUA com
2.200 MWe, seguido de Filipinas (1.931MWe), México (953MWe), Itália
(790MWe), Indonésia (805Mwe), e está presente também no Japão, Nova
Zelândia, Islândia, El Salvador, Costa Rica e Quênia, porem com capacidade
bem menor. Há ainda países onde tem-se o uso da energia geotérmica mas não
se tem um número substancial de instalações geotérmicas, como por exemplo a
Califórnia e as ilhas do Havaí. A capacidade total mundial é de aproximadamente
8.700MWe.
Muitas das fontes de energia do mundo são de grande potencial poluidor,
como por exemplo o petróleo, fazendo com que a energia geotérmica tenha uma
grande importância para a sustentabilidade energética e seja bastante
promissora, apesar de ser encontrada em poucas áreas geográficas. O presente
trabalho tem por objetivo apresentar alguns conceitos básicos do que é a energia
geotérmica e quais os tipos de utilização no mundo, tendo em vista que esta é
uma fonte renovável e não-poluente, despertando o crescente interesse dos
grandes empreendedores como alternativa de produção e uso com reduzido
impacto ambiental.

2 CONCEITO
Energia geotérmica é aquela oriunda do calor terrestre, que segundo
Samuel Branco (1930) estão acumuladas nas regiões internas do planeta, é
proveniente do núcleo derretido do planeta, onde as temperaturas atingem
4.000ºC.
As técnicas de aproveitamento da energia geotérmica e de sua condução
se estabelece em relação as diferentes temperaturas em que a água subterrânea
é encontrada. Uma delas é quando tem-se altas temperaturas (maior que
150ºC), envolvendo áreas de atividade vulcânica, magmática ou sísmica e pode
ser aproveitada para produzir energia elétrica. De acordo com Hinrichs (1941),
nesses pontos mais quentes, a energia é mais facilmente extraída, sendo
vantajoso também economicamente e tecnologicamente falando. A outra é em
baixas temperaturas, (menor que 100ºC), onde ocorre a circulação de água
originadas de fraturas e/ou falhas ou de rochas porosas de grande profundidade,
com os chamados sistemas hidrotermais.
A água da chuva entra no solo a partir das fraturas, falhas e rochas
porosas e se acumula nas camadas do subsolo e das rochas impermeáveis. O
centro do planeta encontra-se com temperaturas extremamente elevadas e com
presença do magma, o que consequentemente aquece essas rochas e faz com
que a água acumulada seja evaporada criando bolsas de vapor entre as
camadas de rochas impermeáveis, com temperaturas que podem chegar em até
400ºC. Os gêiseres, fumarolas ou termas se formam a partir das falhas ou
perfurações que permitem que essas bolsas escapem para a superfície.

3 UTILIZAÇÃO NO BRASIL E NO MUNDO

Segundo Walisiewicz (2008) a primeira usina geotérmica a ser construída,


em 1913, se encontra em Larderello, Itália. Segundo o autor, a energia
geotérmica é uma das fontes mais promissoras em relação as renováveis,
estando presente, por exemplo, nos Estados Unidos onde possui uma geração
de 2,85 mil MW, o que equivale a quase 4 vezes a energia eólica e solar
combinadas.
Para Hinrichs, Kleinbach & Reis (2010) atualmente a eletricidade gerada
nos EUA em 4%, é proveniente da energia geotérmica, o que corresponderia
segundo o mesmo, a 2 vezes o produzido pela energia eólica e solar, sendo que
na eólica, a capacidade instalada é 3 vezes maior que a geotérmica. De qualquer
forma, é possível indagar que a mesma se demonstra mais atuante, no que hoje
é considerado como a maior potência do mundo, merecendo então seu devido
destaque.
Walisiewicz (2008) afirma que “a maior usina geotérmica do mundo, The
Geysers, na Califórnia, produz energia suficiente para abastecer as cidades de
San Francisco e Oakland.” A ANEEL destaca que o estado da Califórnia
apresenta uma geração de 500 MW.
De maneira geral a indústria de geração geotérmica cresce
aproximadamente 8% ao ano, sendo as melhores estimativas a indicar que
futuramente será capaz de produzir 115 MW para com somente os EUA
(Walisiewicz, 2008). Para Hinrichs, Kleinbach & Reis (2010) globalmente
falando, está energia tem crescido constantemente a uma taxa de 3,5% ao ano
aproximadamente.
Este segmento é considerado de crescimento lento, com baixo número de
unidades e em poucos países, como por exemplo, no Brasil ainda não existe
nenhum empreendimento, nem mesmo de forma experimental. Apesar disso,
países como México, Japão e Islândia, entre outros procuram expansão no
segmento geotérmico (ANEEL).
Para tanto, é possível observar na tabela N. abaixo, a capacidade
geotérmica mundial instalada nos anos de 1990, 2003 e 2007, bem como os
respectivos países que implantam essa atividade.

LOCAL CAPACIDADE INSTALADA(Mw)


1990 2003 2007
Estados 2.775 2.200 2936,5
Unidos
Filipinas 890 1.931 1.978
México 700 953 959,5
Itália 545 790 810,5
Indonésia 145 807 807
Japão 215 561 537,3
Nova 283 421 434
Zelândia
Islândia 45 200 456
El Salvador 95 162 204
Costa rica 0 161 162,5
Quênia 45 127 127
TOTAL 5739 8313 9412,3
Fonte: Hinrichs, Kleinbach e Reis (2010) e ANEEL. ( adaptado)

Segundo Hinrichs, Kleinbach & Reis (2010) a capacidade total mundial é


de cerca de 8.700 MWe, com os gêiseres do norte da Califórnia, que compõe a
maior instalação do mundo, correspondendo a 1000 MWe. Pode-se citar
também segundo o autor, o Havaí que tem 25% de sua energia elétrica baseada
em recursos geotérmicos. Para ANEEL a capacidade mundial em 2007
correspondia a 9720 MW, com sua maior concentração nos EUA, Filipinas e
México correspondendo a 60% da capacidade total instalada mundialmente.
Em alguns países, não se observa um avanço significativo em relação a
instalação, como nos anos de 2006 e 2007, os EUA e Islândia apresentou
somente um crescimento de 8,1%, que corresponde a 456 MW. Enquanto isso
a Austrália teve um recuo de 46, 7%. Apesar disso, a energia geotérmica já vem
sendo difundida em alguns países, com outras aplicações extensivas não
elétrica, sendo algumas até bem antigas. É o caso da utilização de aguas
quentes de fontes subterrâneas em casas na capital da Islândia, que já ocorre a
seis décadas. Cita-se também o aquecimento a vapor geotérmico na Hungria
desde os tempos do império Romano, bem como residências e escritórios nos
EUA sendo aquecidos via energia geotérmica (HINRICHS, KLEINBACH & REIS,
2010 e ANEEL).

4 PROCESSO DE CONVERSÃO

Tipos de uso da energia geotérmica

É apontado três possibilidades de uso da energia geotérmica: a forma


direta, as bombas de calor e as centrais geotérmicas. De acordo com Hinrichs
(1941), poços geotérmicos captam o vapor úmido e água quente que foi liberada
do interior da Terra pelas rachaduras, formando fontes quentes.
A forma direta é quando os reservatórios geotérmicos de temperatura
moderada ou baixa e geralmente sobre pressão oferecem calor de forma direta
para industrias (indústria alimentar por exemplo), termas (para lazer ou
tratamentos medicinais), aquecimento de ambientes (fornecendo calor para
casas e escritório), em estufas, aquicultura (fazenda de peixes), entre outros.
Segundo Hinrichs (1941), para que a água quente possa ser utilizada, esta
deve ser trazida para a superfície, onde ocorre a transferência da energia termal
para outro fluido a partir de um sistema de trocas de calor, o fluido passa a ser
resfriado e é bombeado de volta ao solo por um poço de injeção. Para alimentar
as bombas, é utilizado energia gerada por combustíveis fósseis, indiretamente
gerando emissão de CO2, porem, como o uso é de forma reduzida, o sistema
direto não possui impactos significativos. Existem mais de 9 mil poços e fontes
termais em utilização no mundo.

Bombas de calor geotérmicas (BCG)

A bomba de calor geotérmico conduz o calor subterrâneo até a superfície,


e pode ser utilizado para aquecer construções, na maioria das vezes edifícios.
Segundo Tavares (2011), o sistema bombeia a água quente diretamente ao
edifício através das tubulações, levando o calor para o edifício. Após ser
resfriada, a água é levada de volta ao solo e em seguida volta para o reservatório.
Como a temperatura da água no subsolo é praticamente a mesma em todas as
estações do ano, a metodologia irá depender apenas da temperatura externa,
no caso do interior dos edifícios, e pode ser de duas formas. No inverno, o calor
é transmitido do subsolo para o interior do edifício, já no verão o processo é
invertido, e a bomba de calor retira o calor do interior edifício e devolve-o ao
subsolo. O sistema completo é constituído de bomba de calor, ligação ao subsolo
e de um sistema de distribuição.
De acordo com Tavares (2011) as bombas de calor funcionam a base de
energia elétrica sem necessidade de energia oriundas de combustíveis fósseis,
o que torna a energia geotérmica mais limpa, sem emissão de CO2, e ruídos e
com grande eficiência.
Existem dois tipos de sistema de bombas de calor geotérmico, o de alça
fechada (mais usual) e o de alça aberta. No sistema de alça fechada, são
instaladas tubulações subterrâneas preenchidas por um fluido que possibilita a
troca de calor, este fluido é que irá levar o calor até um sistema de compressão
localizado no edifício. Este calor comprimido é o utilizado para aquecer
ambientes e fornecer água.
O segundo tipo de processo é o de alça aberta, onde que o fluido de troca
de calor é a própria água subterrânea. São utilizados dois poços diferentes, um
deles para conduzir a água quente para a superfície e outro para leva-la de volta
ao reservatório quando já estiver esfriado. O sistema exige uma água
subterrânea limpa e acessível.

MINHA PARTE(RAFAEL)
Centrais Geotérmicas

aproveitamento direto de fluidos geotérmicos em centrais a altas temperaturas


(maior que 150ºC), para movimentar uma turbina e produzir energia elétrica.
Pode ser de 3 tipos: Vapor seco, vapor flash ou ciclo binário. Vapor seco: O vapor
retirado do subsolo (poço de produção) vai diretamente para a turbina. A turbina
está acoplada a um gerador, que transforma a energia mecânica em energia
elétrica. O calor arrefece e condensa, sendo devolvido ao subsolo (poço de
injeção). A central apenas emite vapor em excesso e uma quantidade ínfima de
outros gases.
Vapor flash: (reevaporação) – fluidos geotérmicos com pressões elevadas
são pulverizados num tanque com menor pressão, causando a rápida
vaporização do mesmo (efeito flash). Este vapor, de baixa pressão, passa por
uma turbina acoplada a um gerador, que transforma a energia mecânica em
energia elétrica. O vapor condensado é devolvido ao subsolo (poço de injeção).
Ciclo binário: o fluido geotérmico passa por um permutador de calor onde
um fluido secundário com ponto de ebulição inferior ao da água, pelo que
evapora rapidamente e é injetado da turbina, que aciona o gerador. É aplicado
na maior parte das centrais geotérmicas existentes.
Está havendo um aumento na eletricidade gerada geotermicamente.
Segundo um relatório de 2005 da ENEL, provedora de energia italiana, usinas
de energia geotérmica estavam fornecendo 8.900 megawatts para 24 países do
mundo. Os Estados Unidos produzem mais eletricidade geotérmica do que
qualquer outro país, com aproximadamente 32% do total mundial.
A primeira usina de energia geotérmica foi construída em Larderello, Itália, em
1904. Um grupo liderado por Prince Piero Ginori Conti desenvolveu uma forma
de usar o vapor de fumarolas locais para movimentar turbinas e alimentar um
gerador. Essa usina ainda está em operação. Na década de 1950, o governo da
Nova Zelândia começou a estudar a possibilidade de usar o campo geotérmico
de Wairakei para gerar energia. O campo incluía gêiseres, fumarolas, fontes
termais e piscinas de lama. A usina geotérmica de Wairakei, a segunda no
mundo, foi inaugurada em 1958. A maior usina de produção de eletricidade
geotérmica é a The Geysers, próximo a Santa Rosa, Califórnia. A usian foi
inaugurada em 1960. Embora na verdade não exista nenhum gêiser nessa
localidade, bueiros de vapor existem em toda a região. A usina de Geysers
produz cerca de 750 megawatts de energia—suficiente para uma cidade do
tamanho de San Francisco.
Desde 2000, a geração de energia geotérmica triplicou na França, na
Rússia e no Quênia. Países tão diversos quanto Filipinas, Islândia e El Salvador
produzem uma média de 25% de sua eletricidade a partir de fontes geotérmicas,
ao passo que o Tibete suprem 30% de suas necessidade energéticas dessa
forma.
As usinas geotérmicas usam um de três processos diferentes para gerar
eletricidade. Usinas de vapor direto ou vapor seco são construídas em
localidades onde os principais recursos hidrotérmicos são bueiros de vapor. Um
poço de produção captura o vapor pressurizado que escapa do solo e o envia a
uma turbina através de uma tubulação. A turbina consiste em uma série de pás
anguladas montadas em um eixo central. O vapor pressurizado passa através
da turbina, fazendo com que ela gire em seu eixo central. A turbina em
movimento, por sua vez, alimenta um gerador. A água esfria e volta ao solo.
Larderello e The Geysers são exemplos de usinas de vapor direto.
Uma usina de vapor flash utiliza água em temperaturas acima de 180ºC
(360ºF) para fazer vapor. A técnica de flash pega água quente profunda, em alta
pressão, e a pulveriza em tanques de baixa pressão. A água rapidamente volta
ao estado de vapor, “em um flash,” criando algo chamado de “vapor flash.” Esse
vapor em alta pressão movimenta as turbinas, que alimentam o gerador e
produzem eletricidade. A água resfriada é injetada de volta ao solo.
Uma usina de ciclo binário utiliza água geotérmica moderadamente
quente, de 107 a 182ºC (225 a 360ºF). A água geotérmica entra em um trocador
de calor, onde passa por um fluido secundário com um ponto de ebulição muito
mais baixo que o da água. O calor geotérmico faz com que o fluido secundário
se transforme em vapor “em um flash”, movimentando as turbinas. A água
geotérmica nunca chega à turbina diretamente; ela é injetada de volta ao solo a
partir do trocador de calor. A maioria dos recursos geotérmicos recai na categoria
de temperatura moderada; assim, a construção de usinas binárias é a mais
provável no futuro.

5 GERAÇÃO DE ENERGIA E MEIO AMBIENTE

MINHA PARTE(RAFAEL)

Vantagens e desvantagens da energia geotérmica

De acordo com Vantagens:


- os resíduos gerados não são
significativos (vapor de água e gás
carbônico).
Desvantagens:
- presença de gases indesejáveis
(H2S) e minerais dissolvidos, prejudiciais a
saúde.
- dependência da localização
georgráfica.
http://www.ifangerconsultoria.com.br/potencial.pdf
Prático – Uma solução global e integrada para:
Aquecimento
Arrefecimento
Águas Quentes e Sanitárias
Aquecimento da Piscina
Económico – Consumo incomparavelmente mais económico já que a energia
captada é completamente gratuita e o investimento rapidamente recuperado:
Por cada 1kW que paga = 3,5 a 6,5 kW consumidos
Não necessita resistência de apoio
Renovação garantida
Simples - Não há armazenamento de combustível, não necessita de chaminé,
sem regulações complicadas, quase invisível.
Confortável - A climatização é assegurada por pavimentos ou tectos radiantes
por tubagem capilar em PPR, ou por radiadores em construções já existentes, e
pode sê-lo também por ventilo – convectores.
Ecológico - Exclui todos os inconvenientes desagradáveis dos combustíveis
tradicionais: sem combustão, sem cheiros, sem fumo, sem contaminação, etc…

Problemas

As usinas de energia geotérmica são a maior causa de preocupações


referentes à energia geotérmica. Um problema: o afundamento do solo à medida
que água ou vapor são inicialmente retirados. Esse pode ser um sério problema.
Em Wairakei, o solo chegou a cair 13 metros quando a usina começou a operar.
Isso continua sendo um problema em Wairakei. Em usinas mais novas, a água
é rapidamente reinjetada para manter sua pressão e o nível do reservatório
subterrâneo.
Usinas de energia geotérmica binárias não causam emissões de nenhum
gás. Contudo, usinas de vapor flash e vapor seco emitem quantidades
relativamente pequenas de CO2, dependendo do teor da água. Também é
emitido um pouco de sulfeto de hidrogênio, mas não em quantidades
significativas para contribuir para a chuva ácida. Em função dos compostos
sulfúricos dissolvidos na água subterrânea, as usinas emitem um cheiro de
enxofre que desagrada às pessoas. Nos Estados Unidos, as usinas de energia
geotérmica precisam remover o sulfeto de hidrogênio, seja por sua queima ou
por sua conversão em dióxido de enxofre. O dióxido de enxofre pode então ser
dissolvido ou convertido em ácido sulfúrico e vendido. Sais e minerais retirados
da água são injetados de volta ao reservatório subterrâneo. Um pouco de lama
também é produzido; a lama está atualmente sendo processada para remover
minerais valiosos.
A energia geotérmica consiste na inexpressiva emissão de gases poluentes, dos custos para a
construção da

usina e no abastecimento em áreas distantes. Entretanto, é uma energia cara e de baixa


eficiência, pois o calor

perdido faz aumentar a temperatura ambiente e ocorre a emissão do ácido sulfídrico, que é
corrosivo e causa

danos à saúde. A energia geotérmica possui duas finalidades básicas: o uso direto e a geração
de eletricidade.

Assim como todas as fontes energéticas, ela possui aspectos positivos e negativos, mais barata
que combustíveis

fósseis, quase nenhuma emissão de gases poluentes, produzem energia sem a interferência de
fatores externos,

usina que utiliza um local pequeno, abastecimento de locais afastados e geração de empregos.
Desvantagens
cara e pouco rentável, pode ocasionar na deterioração do ambiente, o calor que é perdido
aumenta a

temperatura do ambiente, emissão de ácido sulfídrico, a energia deve ser colocada próxima ao
campo geotérmico

e a fonte pode se esgotar.

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

7 REFERENCIAS

WALISIEWICZ, Marek. Energia Alternativa: solar, eólica, hidrelétrica e de


biocombustíveis. Publifolha. São Paulo, 2008.

HINRICHS, Roger A.; KLEINBACH, Merlin; REIS, Lineu Belico dos. Energia e Meio
Ambiente. Cengage Learning. São Paulo, 2010.

ANEEL, Agencia Nacional de Energia Elétrica. Fontes Renoveis: Outras fontes. Disponível
em: <http://www.aneel.gov.br/arquivos/PDF/atlas_par2_cap5.pdf> Acesso em: 02 dez. 2014.

RABELO, Jorge L., et al. Aproveitamento da energia geotérmica do sistema


Aqüífero Guarani – Estudo de caso. Disponível em:
http://aguassubterraneas.abas.org/asubterraneas/article/viewFile/22057/14417
Acesso em: 02 dez. 2014.

TAVARES, Juvêncio Correia. Integração de Sistemas de Bombas de


Calor Geotérmicas em Edifícios. Coimbra, setembro, 2011. Disponível em:
<http://www.portaldoconhecimento.gov.cv/bitstream/10961/2552/1/Tese-
Juv%C3%AAncio.pdf> Acesso em: 02 dez. 2014.

Energia geotérmica. Disponível em:


http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/flash/anima_como_funciona/geo18.swf.
Acesso em: 02 dez. 2014.

PORTAL ENERGIA – ENERGIAS RENOVÁVEIS. Energia geotérmica –


funcionamento e tecnologia. Disponível em: http://www.portal-
energia.com/energia-geotermica-funcionamento-e-tecnologia/. Acesso em: 02
dez. 2014.

SEED. Schlumberger Excellence in Education Development. Energia e


Mudança do Clima Global. Fontes Alternativas de Energia: Geotérmica.
Disponível em: http://www.planetseed.com/pt-br/relatedarticle/fontes-
alternativas-de-energia-geotermica. Acesso em: 02 dez. 2014.

FERNANDES, Cláudia. Geotermia: situação atual, perspectivas


futuras e potenciais. 2007/2008. Disponível em:
http://moodle.fct.unl.pt/pluginfile.php/72863/mod_resource/content/0/LECN/Geo
logia_Economica_e_Recursos_Energeticos/Geotermia.pdf. Acesso em: 02 dez.
2014.

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